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Dieta e manejo são cruciais para reprodutoras mais eficientes

Cuidados na produção das reprodutoras, como tamanho do peito e empenamento, são alguns fatores que devem ser observados para a galinha depositar as reservas de energia no ovo

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Os cuidados com manejo e nutrição em matrizes de aves de postura devem ser revisados e feitos com atenção. Isso porque perdas econômicas para toda a cadeia podem ser consequências de pequenos erros que ainda são cometidos. O doutor Leonardo Linares falou sobre “Manejo de Matrizes Pesadas” durante o Simpósio de Manejo e Nutrição de Matrizes” da Zinpro, que aconteceu em outubro em Toledo, PR.

O principal ponto destacado pelo profissional é da importância de ter um lote uniformizado. Para isso, a nutrição é essencial. De acordo com Linares, um pintinho geralmente tem capacidade visual e vai atrás das partículas maiores. Dessa forma, é importante ficar atento para que durante o alojamento não haja alimento com muitos fios. “Investir em mini pellet é uma boa ideia. Pode ser um pouco mais caro, mas com certeza vai ter um benefício maior, já que pintinhos conseguem comer um mini pellet de até 2 cm tranquilamente”, comenta. O profissional frisa que é importante que o peso dos animais esteja semelhante um dos outros. “Isso vai afetar bastante nas questões reprodutivas e de mortalidade”, afirma.

Linares comenta que como as empresas de genética estão melhorando o frango para conversão, as reprodutoras também estão sendo selecionadas para isso. E, para isso dar certo, o profissional comenta que muitas vezes é preciso restringir a ração da reprodutora para que ela fique no peso ideal. “Se você não restringir a galinha para que tenha um bom perfil para poder produzir ovo, você vai acabar diminuindo o potencial produtivo dela”, diz. Ele conta que entre as semanas 10 e 15 é importante que tenha o balanceamento da dieta, para poder baixar a proteína e a energia e incrementar o volume da ração. “Se não houver isso vai ser complicado distribuir ração e também ter uma melhor uniformidade no lote”, diz.

O profissional destaca que para que se consiga que a galinha cresça homogeneamente é preciso fazer um bom trabalho desde o início, para que ela desenvolva bem o sistema digestivo, cardiovascular e a carcaça. “É preciso trabalhar para manter um crescimento uniforme e homogêneo e para isso precisamos investir muito na parte de ração e recria”, conta. Ele destaca que o ambiente é outro ponto importante em que deve ser investido. “Se a galinha precisa competir por espaço para comer, vai complicar na uniformidade do lote. É importante que todas tenham um bom acesso à parte dos comedouros”, afirma. Linares acrescenta que fazer uma boa distribuição de ração auxilia a manter a uniformidade. “É importante fazer um bom manejo de distribuição de ração, para que as galinhas não batam bunda com bunda. Cada uma tenha um bom acesso e que elas não fiquem correndo de um lado para o outro, porque assim elas gastam muita energia e não aproveitam a ração, desuniformizando o lote”, conta.

Qualidade

Linares comenta que é interessante fazer o “teste do filé” para confirmar como está a situação do peito da galinha. De acordo com ele, um teste fácil que pode ser feito é juntando o dedo polegar com o indicador para saber como está a consistência do peito, da parte de carne, e pode ir fazendo mudando os dedos e vendo como fica a consistência. “Sempre temos que tentar buscar uma condição mais de médio para bem passado, porque a galinha com um peito flácido significa que está metabolizando muito os nutrientes que ela tem no fleshing para manutenção do peito, para poder botar ovo”, comenta.

Ele explica que especialmente depois do pico de produção há uma estética mais visível para poder avaliar a condição que está o peito da galinha. “Se o animal está com o peito mais flácido, ela está comendo, colocando no peito e depois metabolizando fleshing, para depois poder colocar o ovo. Ou seja, ela não está sendo tão eficiente em pegar a ração, comer, absorver e colocar na gema do ovo”, informa.

O doutor explica que quanto mais reserva de gordura o animal tem, principalmente na fase inicial de 20 a 25 semanas, mais ajuda na persistência de produção. Ele alerta que não adianta colocar um monte de gordura na dieta do animal antes da 18ª semana, já que é um período que a galinha não coloca ovo. “É um período que os hormônios não estão funcionando bem, o sistema ainda não está completamente desenvolvido. Por isso a galinha vai ser magra até, pelo menos, a 17ª, 18ª semana”, comenta.

De acordo com Linares, é interessante ter galinhas com bom fleshing indo para a postura, isso porque ela vai usando aquele fleshing para poder gerar ácidos graxos, que serão depositados na gema. “Porque a galinha não tem reserva de gordura naquela idade, e se tem é muito pouco. Então ela está guardando tudo para ela. Ela não tem muita ação ainda para ser eficiente para comer, digerir e depositar na gema, dessa forma está guardando tudo para si”, explica.

Já no pico de produção, Linares explica que a dinâmica muda. “Quando coletamos ovos no pico da produção, nós podemos ver que 40% vem do fleshing. A galinha está usando ele para poder produzir glicose e poder produzir, com ácido graxo, para poder jogar na gema. Agora a galinha está mais eficiente”, conta. Ele informa que anteriormente o animal estava comendo 165 gramas, e agora, parte desta dieta está guardando como reserva, mais de 40% dela, metabolizando e jogando direto na gema. “Ela está mais eficiente. Mas agora, nesta idade ela já tem um pouco mais de reserva de gordura, então está usando cerca de 20% daqueles ácidos graxos fazendo o metabolismo da gordura, porque ela percebeu que tem reserva”, informa.

Nova Mudança

Com 45 semanas de idade, o profissional conta que a dinâmica muda mais uma vez. “Nessa idade os hormônios já estão diminuindo e a ração já começou a diminuir bastante essa dieta. A quantidade de ração que dá para a galinha e a dinâmica mudam”, conta Linares. Ele explica que o animal está usando ainda bastante o fleshing, sendo que cerca de 35% dos ácidos graxos vêm do fleshing e 33% da dieta. “Ela continua sendo eficiente, mas não tanto quanto no passado, porque agora a ração está diminuindo, então ela passa a guardar um pouco mais”, informa. Porém, nesta fase a galinha está mais eficiente na parte de usar as reservas de gordura. “Antes era zero a utilização no começo da produção, passou para 20% no pico e agora está com 33% dos ácidos graxos da gema vindo da reserva de gordura. Por isso é muito importante fazer a reserva corporal de gordura da galinha e na produção, porque a partir do momento que começa a tirar a ração, essa reserva de gordura vai dar persistência na produção”, diz.

Uso de Energia

Linares ainda alerta para o tamanho do peito do animal, já que quanto maior o peito, mais energia a galinha vai precisar para a manutenção dele. “Ela vai usar parte das reservas para manter o peito. Porém, se o peito é mais enxuto, essa galinha vai estar mais eficiente, porque ao invés de usar essa energia para o peito, ela está colocando nas reservas que vai ajudar no sistema de reprodução”, explica.

A intenção, de acordo com o profissional, é ter uma galinha com menos peito e mais reserva. “Porque se ela tem muito peito, a galinha está praticamente colocando a reserva de gordura para ela, para poder persistir na produção. Ela tem mais peito para manter, tem que gastar mais energia com isso”, conta. Outro fator que é visível que a galinha está usando sua energia para se manter é o empenamento. “A galinha está tendo que canalizar alguns aminoácidos que seriam para ajudar na condição da pena para a manutenção do peito”, menciona.

Se o animal tem problema de empenamento ele vai depender mais da ração e aumentar as reservas de energia. “Porque uma galinha mal empenada, principalmente no inverno, vai perder muito calor, e com isso ela vai deixar de usar as reservas de gordura que colocaria no ovo para se esquentar. Além do mais, a galinha vai depender muito mais da ração, prejudicando também outros fatores, como o peso vivo, a produção e o peso dos ovos”, afirma.

Mais informações você encontra na edição de Nutrição e Saúde Animal de novembro/dezembro de 2017 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Avicultura

Copacol beneficia avicultores com sobras e injeta R$ 57,7 milhões na economia

Pagamento da primeira parcela referente as reservas das sobras dos anos 2019 e 2020, proporcional a participação do produtor na entrega dos lotes, já foi depositado nas contas dos avicultores. Já a segunda parcela será depositada em conta no dia 05 de novembro.

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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Responsável pela maior fatia no faturamento bruto da Copacol a avicultura gera oportunidades para 768 cooperados que atuam de forma integrada com 1.241 aviários, promovendo a diversificação no campo e a geração empregos na cidade para milhares de colaboradores.
Conforme anunciado pela Diretoria nas reuniões dos Comitês Educativos realizadas no mês de agosto, o pagamento da primeira parcela referente as reservas das sobras dos anos 2019 e 2020, proporcional a participação do produtor na entrega dos lotes, já foi depositado nas contas dos avicultores. Já a segunda parcela será depositada em conta no dia 05 de novembro.

Cooperado de Cafelândia, Luiz Antônio Costa Curta, foi um dos beneficiados com as sobras – Foto: Divulgação/Copacol 

Ao todo serão R$ 57,7 milhões distribuídos. “É um dinheiro que a gente não estava esperando neste momento, mas veio em uma hora bastante oportuna e vai ajudar nas despesas. Com o pagamento das reservas, a Cooperativa fortalece ainda mais a nossa atividade, nos motiva e dá sustentabilidade ao nosso negócio. Grato à Copacol que com isso mostra o seu diferencial de empresa referência na avicultura”, comemora o cooperado de Cafelândia, Luiz Antônio Costa Curta, que investiu recentemente em um moderno aviário, pensando em melhorar ainda mais a renda do sítio.

Antecipação
O cálculo da antecipação das reservas não é complemento de preço, por isso, não gera Nota Fiscal, somente contabilização na matrícula do cooperado. “Nós anunciamos a destinação das reservas nas nossas reuniões dos Comitês Educativos, porém tivemos o incidente na nossa planta de Cafelândia, por isso, optamos em aguardar até a retomada na indústria, que já está operando dentro da capacidade. Agora estamos fazendo os pagamentos aos nossos avicultores. Estamos injetando na economia dos municípios da nossa região o valor de R$ 57,7 milhões, que vai ajudar de maneira significativa nossos cooperados para investimentos. Desta maneira reforçamos a importância de uma Cooperativa que realiza o planejamento adequado, visando oportunidades e benefícios para quem faz parte dela, gerando resultados para todos”, destaca o diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol.

Valores
Para os produtores que entregaram frangos à Copacol no ano de 2019, o valor pago referente a primeira parcela por Kg foi de R$ 0,04483. Já os produtores que entregaram aves no ano de 2020, a primeira parcela foi paga no valor de R$ 0,00350 por Kg.
Os produtores que entregaram ovos em 2019 receberam a primeira parcela no valor de R$ 0,01830 por ovo, enquanto que os que entregaram ovos em 2020, referente a primeira parcela, receberam o valor de R$ 0,00160 a unidade.

Fonte: Assessoria Copacol
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Avicultura

Aditivos nutricionais auxiliando nos programas sanitários: Bacillus subtilis 29784 no controle de Salmonella Heidelberg

A indústria avícola está cada vez mais confiante nas funções benéficas dos probióticos no ecossistema intestinal, sendo responsáveis por melhorar a função digestiva, fortalecer o sistema imunológico e até mesmo auxiliar na prevenção direta de patógenos.

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Nos últimos anos, a demanda dos consumidores por uma produção animal sustentável e alimentos seguros colocaram mais pressão na forma clássica de uso dos aditivos nutricionais. Seguindo a tendência global, os países da América do Sul começaram a discutir de forma mais incisiva a produção de animais livres de antibióticos e a consequência deste tipo de produção na biosseguridade.

Quando o tema é biosseguridade, diversos patógenos devem ser levados em consideração, sejam eles vírus ou bactérias. Um dos principais agentes nesse contexto são as clássicas Salmonellas paratíficas, não tanto pelo potencial patogênico em aves, mas sim pelo potencial de contaminação de carcaças e possíveis consequências para a saúde pública. Nos últimos 5 anos, dentre as diversas Salmonellas paratíficas isoladas na avicultura, tivemos como destaque os sorovares Enteritidis, Typhimuriun, Infantins, Agona, Minnesota e Heidelberg, sendo estas as mais incidentes na produção de aves.

Fotos: Shutterstock

Para um eficiente programa de controle de Salmonella, devemos sempre trabalhar na tríade manejo, biosseguridade e nutrição. O envolvimento da nutrição nos programa de controle de Salmonella não se resume ao controle microbiológico das fabricas de ração, matérias primas e sistema logístico, mas também, principalmente, no uso de aditivos alternativos aos antibióticos que estabeleçam correlações entre a saúde intestinal e o controle de Salmonella.

Em âmbito global, a indústria avícola está cada vez mais confiante nas funções benéficas dos probióticos no ecossistema intestinal, sendo responsáveis por melhorar a função digestiva, fortalecer o sistema imunológico e até mesmo auxiliar na prevenção direta de patógenos. Dentre os probióticos, os Bacillus são ferramentas muito utilizadas e reconhecidas pelos diversos trabalhos que demostram seus efeitos positivos na produção avícola. Porém, é importante destacar que os Bacillus não são todos iguais. Diferenças genéticas e funcionais nessas bactérias proporcionam resultados diferentes de germinação, resposta inflamatória, impacto na integridade intestinal e microbiota das aves.

O Bacillus subtilis 29784 já demonstrou ser capaz de agir na modulação da microbiota intestinal, na integridade intestinal, na ação anti-inflamatória e ação direta sobre bactérias patogênicas como Clostridium perfringens e Salmonella. De fato, estudos in vitro mostraram a capacidade do Bacillus subtilis 29784 em diminuir o crescimento de Salmonella Enterititids, Typhimurium, Heildelberg entre outras, através de metodologia de zona de inibição (ZOI).

Figura 1: Zona de inibição demonstrada através do uso do Bacillus subtilis 29784 em placas de agar contaminadas com Salmonella Heidelberg.

Metodologias in vitro são muito importantes para a realização de triagens de aditivos nutricionais que possam fazer parte de programas de controle de Salmonella. Entretanto, a eficácia de qualquer aditivo deve ser acompanhada de ensaios in vivo, com modelos de infecção experimental.

Experimentos

Dessa forma, realizou-se três diferentes experimentos in vivo para demonstrar a capacidade de uma cepa probiótica de Bacillus subtilis 29784 em reduzir a colonização por Salmonella Heidelberg (SH) em frangos de corte desafiados. Os estudos foram realizados em colaboração com os Laboratórios Mercolab em Cascavel, Paraná, Brasil, seguindo metodologias padronizadas e publicadas, sendo estes resultados apresentados no encontro anual da Poultry Science Association, na Philadelphia, EUA em julho de 2023.

Os três experimentos foram realizados com frangos de corte do dia 01 ao dia 28 de vida, divididos em dois tratamentos: CP – controle positivo com S. Heidelberg; BS – Bacillus subtillis 29784 – 1×108 UFC /500 g, via ração ad libitum. As aves foram desafiadas aos 3 dias de idade com uma cepa de Salmonella Heidelberg (concentração final de 1,0 x 106 UFC/mL, dose de 0,5 mL/ave), isolada de campo em uma integração de frangos de corte. Esta cepa foi tornada resistente a antibióticos (ácido nalidíxico e novobiocina) para permitir a contagem de unidades formadoras de colônia em placas de agar.

Para mimetizar as contaminações por Salmonella a campo, foram utilizados dois métodos diferentes de desafio: nos experimentos 1 e 3, foi utilizado método Seeders, onde é realizada a contaminação de 20% das aves por gavage (oral), e essas aves servem então de disseminadoras da Salmonella para os demais animais (Figura 2). No ensaio 2, foi utilizada a metodologia tradicional de infecção oral, por gavage, em 100% das aves. Um total de 380 frangos de corte mistos Cobb de um dia de idade foram alojados nesses três experimentos, sendo divididos da seguinte forma:

·         Experimento 1 – 50 aves/tratamento;

·         Experimento 2 – 50 aves/tratamento;

·         Experimento 3 – 100 aves/tratamento.

Figura 2: Metodologia de infecção por Seeders.

Em cada experimento, os grupos foram alojados em salas isoladas e idênticas, localizadas lado a lado, com entradas e saídas de ar independentes e cama nova de maravalha (Figura 3). Aos 14 e 28 dias de idade, amostras de cecos (e fígado no experimento 3) de 20 aves por tratamento foram coletadas individualmente.

Amostras cecais foram preparadas e semeadas em ágar verde brilhante para contagem de colônias e a confirmação bacteriana foi feita por métodos bioquímicos e sorológicos. Finalmente, as contagens de Salmonella Heidelberg cecal foram transformadas em log10 e avaliadas pelo teste t (5%), enquanto os dados sobre invasão hepática de Salmonella Heidelberg foram submetidos ao teste do qui-quadrado (5%).

Figura 3: Estrutura laboratorial utilizada para condução dos experimentos.

Figura 3: Estrutura laboratorial utilizada para condução dos experimentos.

Resultados

No Experimento 1, as aves do grupo Bacillus subtilis 29784 tiveram redução na contagem cecal de Salmonella Heidelberg de 1,079 (P<0,0001) e 1,271 (P=0,0011) log10 UFC/g aos 14 e 28 dias de idade, respectivamente. Porém, no experimento 2, essa redução foi observada apenas aos 14 dias de idade (redução de 1,817 log10, P=0,0002), indicando que o desafio pela metodologia de Seeders é igualmente apropriada para avaliação da Salmonella Heidelberg em frangos de corte.

No ensaio 3, o Bacillus subtilis 29784 não reduziu a contagem cecal de Salmonella Heidelberg  aos 14 dias, mas reduziu em 0,995 log10 aos 28 dias (P = 0,0006). Além disso, o Bacillus subtilis 29784 reduziu o número de aves positivas para Salmonella Heidelberg quando analisadas amostras de fígado aos 28 dias (P=0,0060).

As figuras 4 ilustra esses resultados. Como conclusão, esses estudos demonstraram que Bacillus subtilis 29784 reduz a colonização por Salmonella Heidelberg em frangos de corte, sendo uma importante ferramenta para os programas de controle de Salmonella em frangos de corte.

Figura 4: Redução da contaminação por Salmonella Heildelberg com o uso de Bacillus subtilis 29784 em 3 diferentes experimentos.

O uso de aditivos nutricionais que auxiliam os programas de saúde intestinal e controle de Salmonella são uma realidade, mas a escolha de ferramentas com comprovação cientifica é mandatório. A redução da inflamação intestinal e a modulação da microbiota, somam-se aos efeitos diretos de cepas probióticas na prevalência de Salmonella paratífica.

O Bacillus subtilis 29784 mostrou-se efetivo no controle de diversas cepas de Salmonella paratíficas e nesse artigo, mostramos resultados in vitro e in vivo que comprovam seu potencial para o controle de Salmonella Heidelberg.

As referências bibliográficas estão com os autores. Contato: mariana.correa@adisseo.com.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor de avicultura acesse a versão digital de avicultura de corte e postura, clique aqui. Boa leitura!

Fonte: Por Wanderley Quinteiro, gerente de Desenvolvimento Técnico, especialista em Saúde Intestinal na Adisseo Latam; e Naiara Fagundes, coordenadora de Desenvolvimento Técnico na Adisseo Latam.
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Avicultura

Asgav propõe instituir o dia Nacional da Biosseguridade na Produção Animal

A iniciativa visa inserir a data no calendário nacional como uma medida institucional representativa da segurança sanitária da produção de proteína animal brasileira.

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Foto: Shutterstock

Com objetivo de reforçar com máxima amplitude a importância da prevenção sanitária, a Organização Avícola do RS (O.A/RS) e suas entidades membros, Asgav e Sipargs, propõem oficializar o “Dia Nacional da Biosseguridade na Produção Animal”. A iniciativa visa inserir a data no calendário nacional como uma medida institucional representativa da segurança sanitária da produção de proteína animal brasileira, a fim de também reforçar medidas preventivas que contribuam com a estabilidade comercial, com os mercados internacionais e criar políticas públicas voltadas para o setor. A proposta foi encaminhada para a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e obteve apoio total do conselho diretivo da entidade em reunião realizada ontem, 25 de setembro.

“A biosseguridade é estratégica para o Brasil, tanto do ponto de vista econômico, como social. A preservação de nosso status sanitário impacta positivamente em empregos e prosperidade setorial, além de ajudar a garantir a segurança alimentar do Brasil e nações importadoras. Por isto, felicitamos a iniciativa da Asgav, que celebra e reforça a importância de nossa biosseguridade, que é uma conquista setorial”, disse, Ricardo Santin – Presidente da ABPA.

Somente em agosto, o setor avícola do RS teve queda de 42,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, deixando de exportar 28 mil toneladas.

O presidente executivo da O.A/RS, José Eduardo dos Santos, ressaltou que a entidade já trabalhava essa ideia como um mecanismo de valorização e proteção dos criatórios brasileiros, especialmente de aves e suínos. No entanto, os embargos sofridos pela produção gaúcha em decorrência do caso isolado da doença de Newcastle no RS, desencadearam impactos severos nos embarques gaúchos causados por essa exceção.

“Inicialmente, avaliamos a institucionalização da data como uma ação emblemática para o setor pela força que tem na área socioeconômica do Estado e do Brasil. Mas diante do cenário atual, dessa queda e entraves de alguns mercados externos, temos a responsabilidade de recuperar a imagem que sempre tivemos, de oferecer produtos reconhecidos pela excelência sanitária, para que as relações comerciais possam ser retomadas”, disse.

Santos reitera, ainda, que os embargos não se limitaram ao RS, mas atingiram outros estados, o que colocou o setor em uma posição de fragilidade. “Nós gaúchos ainda não conseguimos reverter totalmente esse quadro, que gerou consequências preocupantes registradas em números negativos de queda no nosso desempenho”, relata.

O dirigente destacou que no acumulado do ano, o Estado registrou recuo de 10% nas exportações comparado aos oito primeiros meses de 2023, queda de 50,1 mil toneladas de frango. “Em receitas, os valores assustam, agosto deste ano registrou perda de US$ 55 milhões na receita cambial comparado a agosto de 2023”, salienta.

O pleito ainda contempla proposições como o desenvolvimento do Sistema Nacional de Vigilância Baseada em Risco na Produção Animal, de programas de financiamento para produtores de pequeno, médio e grande porte com base na adoção dos dispositivos de biosseguridade, incluindo indústrias e cooperativas. A ABPA dará o devido encaminhamento ao tema.

Fonte: Assessoria Asgav
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