Conectado com
VOZ DO COOP

Suínos / Peixes

Diarreia Epidêmica dos Suínos (PED): Porque é importante conhecer essa doença?

Publicado em

em

Artigo técnico: Everson Zotti- Médico veterinário; mestre e doutor em ciência animal; gerente técnico de suinocultura – Sanphar; professor de suinocultura da PUCPR.

Introdução:
Presente na Ásia e Europa, a diarreia epidêmica dos suínos, ou PEDv como é conhecida, está se disseminando de forma acelerada em vários países do continente americano. Em aproximadamente 1 ano já se tem notícias de sua presença nos Estados Unidos, Canadá, México, Colômbia, Perú, República Dominicana… e, se não tomarmos os devidos cuidados preventivos, chegará ao Brasil.
Nos Estados Unidos, a população de suínosteve uma redução de mais de 10% e o impacto já é visto na oferta de carne suína no mundo todo. Dados mostram que a menor oferta de suínos nos Estados Unidos, Canada e México irá ocorrer em setembro de 2014 com estimativa de redução de 27%.
Considerada uma das doenças infecciosas mais importantes do mundo, causa um elevado impacto econômico pela alta mortalidade, principalmente de leitões lactantes. Causada por um vírus (família Coronaviridae), essa doença está desafiando à comunidade científica para elucidação de sua forma de transmissão e disseminação entre planteis, regiões e países. Padrões de biossegurança em granjas com alto padrão de prática e controle sanitário estão sendo “rompidos” e a forma para eliminação dessa doença nos planteis ainda é desconhecida.

Porque essa doença é importante?

Os animais mais jovens,principalmente os leitões com 1 a 2 semanas de idade, são os mais afetados. Normalmente, nas primeiras semanas após a introdução da doença no plantel, a mortalidade é de 100% dos leitões lactantes. 
Os principais sinais clínicos dessa doença nos leitões lactentes são diarreia e vômito com alta mortalidade.  A causa da morte é a rápida desidratação e se deve ao fato do grande tropismo desse vírus pelo enterócito imaturo do intestino delgado. Na necropsia desses leitões, a ausência de alimento e a presença de gases no intestino são os principais achados macroscópicos.
Essa doença é um grande problema porque o vírus é altamente infeccioso, tem período de excreção longo com altas concentrações víricas por ml de fezes e grande persistência no meio ambiente (temperatura ambiente permanece estável nas fezes/dejetos por até 28 dias; ração seca 7 dias e úmida 28 dias).
Em 1 ml de fezes, a carga viral é suficiente para contaminar todo plantel dos Estados Unidos ou porque não, o plantel suinícola brasileiro.
Para exemplificar bem o problema, um leitão com2-3 dias de idade pode produzir 1 bilhão de vírus por ml de fezes ou em cada 100 ml de fezes significa que teremos 100 bilhões de vírus. Com um bom programa de limpeza e desinfecção é possível eliminar 99,99% da carga viral, porém ainda vai restar “1 milhão de vírus” no ambiente.

Controle e prevenção:

A higiene e desinfecção das instalações, equipamentos e caminhões, associado a um bom controle do fluxo de pessoas, equipamentos e alimentos para as granjas são as principais medidas a serem tomadas para controle e prevenção dessa doença..Esse vírus é sensível à maioria dos desinfetantes, porém a resposta depende do uso correto dos produtos.
No processo de higiene e desinfecção das instalações, o mais importante é a limpeza completa de toda área a ser desinfetada antes da aplicação do desinfetante. Caso reste qualquer quantidade de matéria orgânica, a carga vírica a ser destruída será maior e o percentual de vírus que permanecerá no ambiente também será maior. Daí a necessidade de se escolher um desinfetante que tenha ação viricida mesmo na presença de matéria orgânica.
Após a limpeza completa de toda área a ser desinfetada e a aplicação correta do desinfetante (conforme a recomendação do fabricante – dose, volume e tempo de ação), a caiação irá auxiliar na desinfecção e garantir que o processo de desinfecção seja completo. O uso da cal virgem ou da cal hidratada na relação de no máximo 4 partes de água para 1 de cal (pH da calda deverá ser superior a 10,5) irá garantir um bom efeito desinfetante desde que homogeneamente aplicada (pisos, paredes, baias, …).

Fonte: Artigo Técnico- Everson Zotti

Continue Lendo

Suínos / Peixes

Peste Suína Clássica no Piauí acende alerta

ACCS pede atenção máxima na segurança sanitária dentro e fora das granjas

Publicado em

em

Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi - Foto e texto: Assessoria

A situação da peste suína clássica (PSC) no Piauí é motivo de preocupação para a indústria de suinocultura. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) registrou focos da doença em uma criação de porcos no estado, e as investigações estão em andamento para identificar ligações epidemiológicas. O Piauí não faz parte da zona livre de PSC do Brasil, o que significa que há restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença.

Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos. É importante ressaltar que a região Sul do Brasil, onde está concentrada a produção comercial de suínos, é considerada livre da doença. Portanto, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.

 

Posicionamento da ACCS

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, expressou preocupação com a situação. Ele destacou que o Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.

Uma portaria de 2018 estabelece cuidados rigorosos para quem transporta suínos para fora do estado, incluindo a necessidade de comprovar a aptidão sanitária do caminhão e minimizar os riscos de contaminação.

Losivanio também ressaltou que a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente. Muitos caminhões, especialmente os relacionados ao agronegócio, transportam produtos diversos e podem não seguir os mesmos protocolos de biossegurança. Portanto, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina.

A suinocultura enfrentou três anos de crise na atividade, e preservar a condição sanitária é fundamental para o setor. “A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquel a que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação. Assim, a suinocultura poderá continuar prosperando no estado, com a esperança de uma situação mais favorável no futuro”, reitera Losivanio.

Fonte: ACCS
Continue Lendo

Suínos / Peixes

Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul 

Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.

As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.

Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.

O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.

O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.

Fonte: Assessoria Acsurs
Continue Lendo

Suínos / Peixes

Preços maiores na primeira quinzena reduzem competitividade da carne suína

Impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Os preços médios da carne suína no atacado da Grande São Paulo subiram comparando-se a primeira quinzena de abril com o mês anterior

Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.

Já para as proteínas concorrentes (bovina e de frango), o movimento foi de queda em igual comparativo. Como resultado, levantamento do Cepea apontou redução na competitividade da carne suína frente às substitutas.

Ressalta-se, contudo, que, neste começo de segunda quinzena, as vendas da proteína suína vêm diminuindo, enfraquecendo os valores.

 

Fonte: Assessoria Cepea
Continue Lendo
SIAVS 2024 E

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.