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Diante de bons preços para o milho, produtores se mantêm otimistas

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Em regiões de Mato Grosso onde o regime de chuvas se manteve estável durante a safra de soja, nos três últimos meses de 2014, alguns produtores do estado decidiram manter a mesma área da safra passada tendo um incentivo a mais para isso: a reação das cotações do cereal no mercado, que tem apresentado preços mais atraentes que no ano passado. A notícia de que haverá redução na área plantada com milho em Mato Grosso tem elevado as cotações do cereal no mercado interno.

A projeção para a safra 2014/15 é de que a área semeada com milho deve ter redução de 12% em relação à safra 2013/14, totalizando 2,8 milhões de hectares para o cultivo do cereal, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Um dos motivos apontados pelo levantamento foram os baixos volumes de chuvas no final de setembro e início de outubro, que ocasionaram atraso na semeadura de soja da safra 2014/15.

Na propriedade de Osvaldo Pasqualotto, em Juscimeira, região sul de Mato Grosso, a semeadura de milho teve início no dia 9 de fevereiro. A área destinada ao cereal será mantida em 3 mil hectares, mesmo tamanho da safra 13/14.

Até o início desta semana, os trabalhos avançaram por 500 hectares na propriedade. Como a estimativa é de que a safra de milho no estado seja menor neste ano, o produtor está otimista com os preços a serem alcançados na comercialização da saca do cereal.

“A maioria está apostando no preço de milho. Já fechei contratos futuros com entrega para junho a até R$ 21,50. No ano passado, comecei o ano vendendo a R$ 14 e terminou o ano a R$ 18”, diz Pasqualotto. Ele explica que os preços são melhores nesta região devido às proximidades com o terminal ferroviário, em Rondonópolis, pouco mais de 50 km de Juscimeira.

Segundo ele, as boas condições de umidade permitiram a semeadura de soja no período planejado, em 26 de setembro, sendo que a colheita foi realizada no dia 8 de janeiro. “O clima nos favoreceu nessa região e a semeadura começou mais cedo”, afirma. Em janeiro, a umidade chegou a 50 milímetros na região.

O produtor também tem propriedades em Tapurah, Sorriso e Sinop, onde a semeadura de soja atrasou em 2014 e o milho deve ser semeado no final do mês. Nessas regiões, a umidade tem sido menor, de cerca de 30 milímetros e o produtor pensa em diminuir 50% de sua área destinada ao milho. “Não tem sido um ano muito chuvoso, mas acredito que março deve chover mais”, analisa.

Na propriedade de Ângelo Favreto, localizada a 80 km de Nova Mutum, a semeadura de milho em uma área de 770 hectares, a mesma da safra passada, começou no dia 15 de janeiro, quando o solo estava com uma umidade de 40 mm. O plano do produtor é terminar os trabalhos até o final de fevereiro. Com relação aos preços, ele também afirma estarem melhores que no ano passado. “Vendi a R$ 15,70 a saca para entrega em 30 de setembro. No ano passado, estava vendendo a R$ 11,50/saca”, compara.

O otimismo com os preços também tem influenciado na decisão do produtor Edio Baldissera, que tem uma propriedade a 15 km de Nova Mutum. Ele acredita que os preços pela saca do milho ainda devem melhorar e conta que o preço do cereal em sua região está a R$ 14 por saca, mas que esse valor não cobre os custos de produção.

Sendo assim, optou por esperar para vender sua produção, pois acredita que pode chegar a R$ 16. “Os produtores falam em diminuir de 20% a 30%. Não vou diminuir a área para tentar um preço melhor”, diz. Ele deve plantar na safra 14/15 os mesmos 400 ha da safra 13/14.

De acordo com o Imea, internamente os preços têm se apresentado mais elevados que no ano passado para a saca do cereal. O comportamento do clima durante o desenvolvimento da safra vai influenciar as cotações no estado.

No cenário internacional, entretanto, o cenário segue baixista para a safra, podendo influenciar sobre os preços do milho no mercado interno, conforme informações do Instituto. Além disso, o dólar recuando nas últimas semanas, pode também impactar negativamente as cotações do grão. Nesta quinta-feira (22), a moeda norte-americana caiu 1,23%, a R$ 2,5745 na venda, em seu terceiro dia de queda. A última vez que o dólar fechou abaixo de R$ 2,60 foi no dia 9 de dezembro, cotado a R$ 2,5981.

Fonte: G1

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Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
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Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito

CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.

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Foto e texto: O Presente Rural

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .

Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.

O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.

Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.

A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.

Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.

O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.

Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.

Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.

Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.

Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat

Fonte: O Presente Rural com informações de assessoria
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Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

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Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
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