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VOZ DO COOP

Suínos / Peixes 1ª edição

Dia do Suinocultor O Presente Rural/Frimesa atualiza setor e gera reflexões sobre o futuro da suinocultura nacional

Cerca de 800 pessoas, que acompanharam ao vivo ou assistiram o evento pelas plataformas digitais de O Presente Rural, tiveram acesso a uma maratona de quase nove horas de conteúdo, distribuída em oito palestras com especialistas da área suinícola nacional.

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Fotos: Jaqueline Galvão/OP Rural

“Eventos como do Dia do Suinocultor, voltados para nós produtores são de extrema importância para que possamos sempre nos atualizar e melhorar os processos de produção dentro de nossas granjas. Saio deste evento muito mais seguro do que já aplico no dia a dia e do preciso fazer para melhorar ainda mais o trabalho em minha propriedade”, afirmou Milton Carlos Troian, cooperado da Copacol, filiada à Frimesa Cooperativa Central, e um dos cerca de 200 produtores de suínos e profissionais do setor que participaram do 1º Dia do Suinocultor O Presente Rural/Frimesa, realizado na quinta-feira (21), em Marechal Cândido Rondon (PR).

Produtor Milton Carlos Troian: “Saio deste evento muito mais seguro do que já aplico no dia a dia e do preciso fazer para melhorar ainda mais o trabalho em minha propriedade”

Com uma propriedade de dois alqueires na cidade de Cafelândia, no Oeste do Paraná, o produtor trabalha com o sistema de terminação de suínos há 13 anos, com 1,2 animais por ciclo de produção. Troian destaca que o evento proporcionou muita troca de conhecimento, experiências e vivências que podem ser aplicadas no seu dia a dia. “Fiquei impactado com o formato do evento, porque pensei que seria mais uma conversa sobre suinocultura, mas quem participou foi surpreendido com uma abordagem ampla da nossa atividade. Foi um dia repleto de informações sobre biossegurança, metas de produção nacional para os próximos anos, potencial que o Brasil tem em produzir mais carne suína, possibilidades de crescimento da suinocultura brasileira, sanidade, nutrição, entre tantos outros assuntos, realmente valeu foi de grande valia ter participado”, enalteceu Troian.

Cerca de 800 pessoas, que acompanharam ao vivo ou assistiram o evento pelas plataformas digitais de O Presente Rural, tiveram acesso a uma maratona de quase nove horas de conteúdo, distribuída em oito palestras com especialistas da área suinícola nacional. Para assistir acesse  o Facebook ou o YouTube de O Presente Rural.

Em uma iniciativa inédita do Jornal O Presente Rural, em parceria com a Cooperativa Agroindustrial Frimesa, líder em abate de suínos no Paraná e a 4ª maior empresa do Brasil nesse segmento, o evento em formato híbrido deve acontecer todos os anos. “Atingimos mais uma vez o nosso propósito em levar informação de qualidade e atualizada a todos os elos da cadeia produtiva. Ficamos muito entusiasmados com os feedbacks recebidos, porque o formato do evento e os temas trazidos foram muito elogiados. Para a próxima edição vamos trazer novidades, com o objetivo de cada vez mais caminhar ao lado do produtor e da agroindústria”, enfatizou o diretor de Marketing e Comunicação de O Presente Rural, Selmar Franck Marquesin.

 

Resiliência 

Fundador do Jornal O Presente Rural, Arno Kunzler: “Trouxemos ao conhecimento dos produtores e profissionais do setor as impressões de quem atua na ponta de cima e quem conhece profundamente o setor”

O fundador do Jornal O Presente Rural, Arno Kunzler, evidenciou na abertura do evento que a história nos ensina que para ser bem-sucedido na suinocultura é preciso persistir, acreditar, superar momentos difíceis e continuar investindo mesmo quando alguns desistem. Ele destacou que o setor no Oeste do Paraná passa por momentos de inquietação, mas também por um momento de crescimento e expansão, com a implantação do maior frigorífico de suínos das Américas no município de Assis Chateaubriand (PR), que será inaugurado em dezembro. “Um marco que nos credencia a competir com os mercados mais exigentes do mundo em qualidade e quantidade de carne suína.”

O Dia do Suinocultor refletiu o atual momento que a atividade vivencia, apontou direções e atualizou a cadeia sobre diversos temas que norteiam o dia a dia da atividade. “Trouxemos ao conhecimento dos produtores e profissionais do setor as impressões de quem atua na ponta de cima e quem conhece profundamente o setor, abordamos as circunstâncias que envolvem momentos tão diferentes para quem está na atividade, compartilhamos conhecimentos, informações, dados estatísticos, perspectivas e opiniões”, enfatizou Kunzler.

Prefeito de Marechal Cândido Rondon, Marcio Rauber: “Temos que fazer a nossa parte enquanto sociedade organizada e cobrar daqueles que tem a condição de mudar e melhorar as condições do nosso país”

Já o prefeito de Marechal Cândido Rondon, Marcio Rauber, lembrou durante o 1º Dia do Suinocultor as dificuldades do setor suinícola, a resiliência da cadeia produtiva e da falta de infraestrutura de pessoal das agências de defesa federal e estadual. “Todos nós sabemos que o setor suinícola passa por algum tipo de dificuldade, algumas delas podem ser controladas por nós, outras não. Se não fosse o trabalho de vocês: produtores, diretores das empresas, profissionais do setor e fornecedores tenho certeza absoluta que nosso país estaria sofrendo muito e aqui em Marechal Cândido Rondon não seria diferente, porque grande parte do plano orçamentário do município é oriundo do agronegócio, originário do trabalho dos nossos produtores, entre eles da produção suínos. Temos que fazer a nossa parte enquanto sociedade organizada e cobrar daqueles que tem a condição de mudar e melhorar as condições do nosso país”, pontuou.

Maior da América Latina

Diretor-presidente da Frimesa, Valter Vanzella

O diretor-presidente da Frimesa, Valter Vanzella, abriu o ciclo de palestras do 1º Dia do Suinocultor trazendo um panorama do sistema de integração da cooperativa frente ao atual cenário da suinocultura e apresentou informações sobre o andamento das obras da Unidade Frigorífica de Suínos da cooperativa em Assis Chateaubriand (PR).

Maior complexo agroindustrial destinado a suínos da América Latina, a unidade está prevista para ser inaugurada em 13 de dezembro, data em que a cooperativa completa 45 anos de fundação. De acordo com Vanzella, a construção está na fase de acabamento externo e de instalação dos equipamentos para iniciar a operar a partir de janeiro de 2023.

A capacidade de abate do novo frigorífico no primeiro estágio de operação, entre 2023 a 2025, é de cerca de 3,7 mil cabeças/dia, ampliando para 7,5 mil cabeças/dia no segundo estágio, de 2026 a 2028. E na 3ª etapa, que compreende o período entre 2029 e 2031, os abates devem totalizar 11,2 mil cabeças/dia. E ainda vai gerar 8.500 empregos diretos e indiretos.

A conclusão do 4º estágio da obra está prevista para 2032, quando deverão ser abatidos em torno de 23,3 mil cabeças ao dia, somando as operações das unidades em Medianeira e Marechal Cândido Rondon. Com área total construída de 148 mil m² em um espaço de 115 hectares, foram investidos no frigorífico R$ 1,240 bilhão, enquanto na cadeia produtiva o investimento será de R$ 2 bilhões.

Palestras

Biossegurança, sanidade, antimicrobianos, mercado, nutrição, manejo e produção de carne de suína foram algumas das temáticas que nortearam o ciclo de palestras do 1º Dia do Suinocultor. Palestrantes de renome nacional foram os responsáveis por propor reflexões e conduzir a programação do evento.  Produção, consumo e exportações, novos mercados e perspectivas do setor de carnes suínas foi tema da palestra do diretor de Mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Luís Rua.

A diretora técnica comercial da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), Charli Ludke, trouxe para o 1º Dia do Suinocultor dados sobre a Peste Suína Clássica e Africana e os desafios quanto ao uso dos antimicrobianos, enquanto a médica-veterinária da Universidade de Marília (Unimar), Aline Fadelli,  falou da importância da capacitação de manejo na suinocultura e seu impacto na rentabilidade da granja.

Cerca de 200 produtores e profissionais do setor acompanharam de forma presencial o 1º Dia do Suinocultor – Foto: Giuliano De Luca

As tendências de produção de carne suína visando mercados mais exigentes foi o tema central da palestra conduzida pelo doutor em Genética e Melhoramento Animal pela Universidade de Wageningen (WUR), na Holanda, Marcos Soares Lopes. O  zootecnista e mestre em Nutrição Animal, Matias Djalma Appelt, abordou o papel da nutrição para o sucesso na produção de suínos, e a médica-veterinária, mestre na área de Fisiopatologia da Reprodução de Suínos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas, Luciana Fiorin Hernig, destacou a Importância da sanidade na produção de suínos.

O médico-veterinário e mestre em Medicina Veterinária Preventiva, Gustavo Simão encerrou o ciclo de palestras evidenciando o papel e as oportunidades do Brasil como produtor global de alimentos, a importância e os impactos financeiros das principais enfermidades emergentes e reemergentes na suinocultura e os gargalos de biossegurança existentes na suinocultura brasileira.

Somando forças com O Presente Rural

Realizado pelo Jornal O Presente Rural, em parceria com a Frimesa, o Dia do Suinocultor conta com patrocínio ouro da Agroceres PIC, Boehringer, DanBred Brasil Genética Suína, Inobram, Topigs Norsvin e Vaccinar; prata da Biochem, Construsui, Imeve, Master Biodigestores, MSD Saúde Animal, Perct, Roboagro e Sicredi; e bronze da AB Vista, Anpário, BTA Aditivos, Crystal Spring, Farenzena, GD Brasil, Nnatrivm e Suiaves.

Fonte: O Presente Rural

Suínos / Peixes

Preços do suíno vivo encerram abril com movimentos distintos

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores. Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

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Foto: Ari Dias

Os preços do suíno vivo no mercado independente encerraram abril com movimentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo Cepea.

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores.

Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

Para a carne, apesar da desvalorização das carcaças, agentes consultados pelo Cepea relataram melhora das vendas no final de abril.

Quanto às exportações, o volume de carne suína embarcado nos 20 primeiros dias úteis de abril já supera o escoado no mês anterior, interrompendo o movimento de queda observado desde fevereiro.

Segundo dados da Secex, são 86,8 mil toneladas do produto in natura enviadas ao exterior na parcial de abril, e, caso esse ritmo se mantenha, o total pode chegar a 95,4 mil toneladas, maior volume até então para este ano.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos / Peixes

Embaixador da Coreia do Sul visita indústrias da C.Vale

Iniciativa pode resultar em novos negócios no segmento carnes da cooperativa

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Visitantes conheceram frigorífico de peixes - Fotos: Assessoria

A C.Vale recebeu, no dia 25 de abril, o embaixador da Coreia do Sul, Lim Ki-mo, e o especialista de negócios da embaixada sul-coreana, Rafael Eojin Kim. Eles conheceram os processos de industrialização de carne de frango, de peixes e da esmagadora de soja, além da disposição dos produtos nos pontos de venda do hipermercado da cooperativa, em Palotina.

O presidente da C.Vale, Alfredo Lang, recepcionou os visitantes e está confiante no incremento das vendas da cooperativa para a Coréia do Sul. “É muito importante receber uma visita dessa envergadura porque amplia os laços comerciais entre os dois países”, pontuou. Também participaram do encontro o CEO da cooperativa, Edio Schreiner, os gerentes Reni Girardi (Divisão Industrial), Fernando Aguiar (Departamento de Comercialização do Complexo Agroindustrial) e gerências de departamentos e indústrias.

O embaixador Lim Ki-Mo disse ter ficado admirado com o tamanho das plantas industriais e a tecnologia do processo de agroindustrialização da cooperativa. “Eu sabia que a C.Vale era grande, mas visitando pessoalmente fiquei impressionado. É incrível”, enfatizou o embaixador, que finalizou a visita cantando em forma de agradecimento pelo acolhimento da direção e funcionários da C.Vale.

 

Fonte: Assessoria CVale
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Suínos / Peixes

Doença do edema em suínos: uma análise detalhada

Diagnóstico da doença pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras enfermidades.

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Foto e texto: Assessoria

A doença do edema (DE) é um importante desafio sanitário em nível global na suinocultura. Com alta prevalência a patologia ocasiona perdas econômicas ao setor associadas, principalmente, com a morte súbita de leitões nas fases de creche e recria.

A doença foi descrita pela primeira vez na literatura por Shanks em 1938, na Irlanda do Norte, ao mesmo tempo que Hudson (1938) registrava sua ocorrência na Inglaterra.

Ao pensarmos no controle da enfermidade, a adoção de medidas de manejo adequadas desempenha um papel fundamental na prevenção da disseminação do Escherichia coli, o agente causador da DE.  Desta forma, é essencial reforçar práticas, como o respeito ao período de vazio sanitário durante a troca de lotes, a limpeza e desinfecção regular de todos os equipamentos e baias ocupadas com produtos adequados, e a garantia de que as baias estejam limpas e secas antes da introdução dos animais. Embora possam parecer simples, a aplicação rigorosa dessas ações é indispensável para o sucesso do manejo sanitário.

A toxinfecção característica pela DE é causada pela colonização do intestino delgado dos leitões por cepas da bactéria Escherichia coli produtoras da toxina Shiga2 (Vt2e) e que possuem habilidade de aderência às vilosidades intestinais, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade em suínos, resultando em perdas econômicas significativas e impactos negativos na indústria suinícola.

Durante a multiplicação da bactéria (E.coli) no trato gastrointestinal dos suínos, a toxina Shiga 2 (Vt2e) é produzida e absorvida pela circulação sistêmica, onde induz a inativação da síntese proteica em células do endotélio vascular do intestino delgado, em tecidos subcutâneos e no encéfalo. A destruição das células endoteliais leva ao aparecimento do edema e de sinais neurotóxicos característicos da doença (HENTON; HUNTER, 1994).

Como resultado, ocorre extravasamento de fluido para os tecidos circundantes, resultando em edema, hemorragia e necrose, especialmente no intestino delgado. Além disso, a toxina pode desencadear uma resposta inflamatória sistêmica, exacerbando ainda mais os danos aos tecidos e órgãos afetados.

Os sinais clínicos da doença do edema em suínos variam em gravidade, mas frequentemente incluem, incoordenação motora com andar cambaleante que evolui para a paralisia de membros, edema de face, com inchaço bem característico das pálpebras, edema abdominal e subcutâneo, fezes sanguinolentas e dificuldade respiratória. O edema abdominal é uma característica marcante da doença, muitas vezes resultando em distensão abdominal pronunciada. Além disso, os suínos afetados podem apresentar sinais neurológicos, como tremores e convulsões, em casos graves.  Em toxinfecções de evolução mais aguda, os animais podem ir a óbito sem apresentar os sinais clínicos da doença, sendo considerado morte súbita.

O diagnóstico da doença do edema em suínos pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras doenças. No entanto, exames laboratoriais, como cultura bacteriana do conteúdo intestinal ou de swabs retais podem ajudar a identificar a presença. Quando há alto índices de mortalidade na propriedade, pode se recorrer a técnicas de necropsia, bem como a histopatologia das amostras de tecidos intestinais, sobretudo a identificação do gene da Vt2e via PCR, para o diagnóstico definitivo da doença

O tratamento geralmente envolve a administração de antibióticos, como penicilina ou ampicilina, para combater a infecção bacteriana, juntamente com terapias de suporte, como fluidoterapia e controle da dor.

Embora tenhamos métodos diagnósticos eficientes, o tratamento da doença do edema ainda é um desafio recorrente nas granjas. Sendo assim, prevenir a entrada da doença do edema no rebanho ainda é a melhor opção. Uma dieta rica em fibras, boas práticas de manejo sanitário, evitar situações de estresse logo após o desmame e a prática de vacinação são estratégias eficazes quando se diz respeito à prevenção (Rocha, 2016). Borowski et al. (2002) demonstraram, por exemplo, que duas doses de uma vacina composta por uma bactéria autógena contra E. coli, aplicadas em porcas e em leitões, foram suficientes para obter uma redução da sintomatologia e mortalidade dos animais acometidos.

A doença do edema em suínos representa um desafio significativo para a indústria suinícola, com sérias implicações econômicas e de bem-estar animal. Uma compreensão aprofundada dos mecanismos subjacentes à patogênese da doença, juntamente com a implementação de medidas preventivas e de controle eficazes, é essencial para minimizar sua incidência e impacto. Ao adotar uma abordagem integrada os produtores podem proteger a saúde e o bem-estar dos animais, ao mesmo tempo em que promovem a sustentabilidade e a rentabilidade da indústria suína.

Referências bibliográficas podem ser solicitadas pelo e-mail gisele@assiscomunicacoes.com.br.

Fonte: Por Pedro Filsner, médico-veterinário gerente nacional de Serviços Veterinários de Suínos da Ceva Saúde Animal.
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