Avicultura Momento especial
Dia do Avicultor O Presente Rural acontece na sexta-feira
Evento será transmitido ao vivo pelos canais do YouTube e Facebook de O Presente Rural

Valorizar a avicultura e seus trabalhadores tem sido o objetivo do Jornal O Presente Rural. Em nossas mais diversas plataformas, temos mostrado a importância do setor para o agronegócio brasileiro. Hoje, o país é o maior produtor e exportador de carne de frango do mundo.
Assim, para homenagear de uma forma direta, nesta sexta-feira, dia 27 de agosto, acontece o primeiro Dia do Avicultor O Presente Rural. O evento acontecerá de forma presencial, com número restrito de convidados, respeitando as normas sanitárias do Ministério da Saúde, e será transmitindo ao vivo pelo Facebook e canal do YouTube.
O evento será realizado no período da manhã, com início às 09h30. O momento contará com três palestras: “Administrando potenciais, gerando resultados no agronegócio”, com a palestrante Helda Elaine; “Produção, consumo e exportação da avicultura: cenário e perspectivas para 2022”, com o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin; e “Custos de produção na avicultura: cenário e perspectivas para 2022”, com o presidente da Cooperativa Lar e do Sindiavipar, Irineo da Costa Rodrigues.
Além disso, o dia ainda contará com um momento especial: uma homenagem às avicultoras Dalair e a filha Jheynifer, que foram capa da edição de abril/maio de 2021 do O Presente Rural.
Segundo o diretor de Comunicação e Marketing de O Presente Rural, Selmar Marquesin, a intenção do evento é fazer uma homenagem a todos os avicultores brasileiros. “A ideia é justamente fazer aquilo que fazemos ao longo dos anos, trazer informação relevante e de qualidade para os profissionais de toda a cadeia produtiva e ainda homenagear todos os avicultores pelo trabalho exemplar que fazem pelo agronegócio nacional”, comenta.
Marquesin explica que tudo foi pensando para garantir a segurança de todos, mas também que os leitores, parceiros e seguidores de O Presente Rural tenham acesso a informações relevantes do setor. “Dessa forma, pensamos em um formato que é seguro para todos – transmitindo de forma online – e trazendo assuntos que são de interesse da cadeia produtiva, como mercado e custos de produção”, diz.
“Além disso, ainda queremos homenagear duas avicultoras que fazem um trabalho exemplar e que foram capa da nossa edição de Avicultura, que é a dona Dalair e a filha Jheynifer. Fazendo essa homenagem para elas, estendemos nosso agradecimento e nossa consideração para todos os avicultores do país”, afirma.
O evento conta com o patrocínio ouro das empresas Biomin, Cinergis, Cobb, Inobram, Kemin e Vaccinar. E patrocínio prata da ABVista, BTA, Elanco, Imeve, NNatrivm, Phibro, T-Minas e Vetanco. Além do apoio da Cooperativa Lar, do Sindiavipar e do Mercado Brasilis.

Avicultura
Paraná registra queda no custo do frango com redução na ração
Apesar da retração no ICPFrango e no custo total de produção, despesas com genética e sanidade avançam e mantêm pressão sobre o sistema produtivo paranaense.

O custo de produção do frango vivo no Paraná registrou nova retração em outubro de 2025, conforme dados da Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS) da Embrapa Suínos e Aves. Criado em aviários climatizados de pressão positiva, o frango vivo custou R$ 4,55/kg, redução de 1,7% em relação a setembro (R$ 4,63/kg) e de 2,8% frente a outubro de 2024 (R$ 4,68/kg).
O Índice de Custos de Produção de Frango (ICPFrango) acompanhou o movimento de queda. Em outubro, o indicador ficou em 352,48 pontos, baixa de 1,71% frente a setembro (358,61 pontos) e de 2,7% na comparação anual (362,40 pontos). No acumulado de 2025, o ICPFrango registra variação negativa de 4,90%.
A retração mensal do índice foi influenciada, principalmente, pela queda nos gastos com ração (-3,01%), item que historicamente concentra o maior peso no custo total. Também houve leve recuo nos gastos com energia elétrica, calefação e cama (-0,09%). Por outro lado, os custos relacionados à genética avançaram 1,71%, enquanto sanidade, mão de obra e transporte permaneceram estáveis.

No acumulado do ano, a movimentação é mais desigual: enquanto a ração registra expressiva redução de 10,67%, outros itens subiram, como genética (+8,71%), sanidade (+9,02%) e transporte (+1,88%). A energia elétrica acumulou baixa de 1,90%, e a mão de obra teve leve avanço de 0,05%.
A nutrição dos animais, que responde por 63,10% do ICPFrango, teve queda de 10,67% no ano e de 7,06% nos últimos 12 meses. Já a aquisição de pintinhos de um dia, item que representa 18,51% do índice, ficou 8,71% mais cara no ano e 7,16% acima do registrado nos últimos 12 meses.
No sistema produtivo típico do Paraná (aviário de 1.500 m², peso médio de 2,9 kg, mortalidade de 5,5%, conversão alimentar de 1,7 kg e 6,2 lotes/ano), a alimentação seguiu como principal componente do custo, representando 63,08% do total. Em outubro, o gasto com ração atingiu R$ 2,87/kg, queda de 3,04% sobre setembro (R$ 2,96/kg) e 7,12% inferior ao mesmo mês de 2024 (R$ 3,09/kg).
Entre os principais estados produtores de frango de corte, os custos em outubro foram de R$ 5,09/kg em Santa Catarina e R$ 5,06/kg no Rio Grande do Sul. Em ambos os casos, houve recuos mensais: 0,8% (ou R$ 0,04) em Santa Catarina e 0,6% (ou R$ 0,03) no território gaúcho.
No mercado, o preço nominal médio do frango vivo ao produtor paranaense foi de R$ 5,13/kg em outubro. O valor representa alta de 3,2% em relação a setembro, quando a cotação estava em R$ 4,97/kg, indicando que, apesar da melhora de preços ao produtor, os custos seguem pressionados por itens estratégicos, como genética e sanidade.
Avicultura
Produção de frangos em Santa Catarina alterna quedas e avanços
Dados da Cidasc mostram que, mesmo com variações mensais, o estado sustentou produção acima de 67 milhões de cabeças no último ano.

A produção mensal de frangos em Santa Catarina apresentou oscilações significativas entre outubro de 2024 e outubro de 2025, segundo dados da Cidasc. O período revela estabilidade em um patamar elevado, sempre acima de 67 milhões de cabeças, mas com movimentos de queda e retomada que refletem tanto fatores sazonais quanto ajustes de mercado.
O menor volume do período foi registrado em dezembro de 2024, com 67,1 milhões de cabeças, possivelmente influenciado pela desaceleração típica de fim de ano e por ajustes de alojamento. Logo no mês seguinte, porém, houve forte recuperação: janeiro de 2025 alcançou 79,6 milhões de cabeças.

Ao longo de 2025, o setor manteve relativa constância entre 70 e 81 milhões de cabeças, com destaque para julho, que atingiu o pico da série, 81,6 milhões, indicando aumento da demanda, seja interna ou externa, em plena metade do ano.
Outros meses também se sobressaíram, como outubro de 2024 (80,3 milhões) e maio de 2025 (80,4 milhões), reforçando que Santa Catarina segue como uma das principais forças da avicultura brasileira.
Já setembro e outubro de 2025 mostraram estabilidade, com 77,1 e 77,5 milhões de cabeças, respectivamente, sugerindo um período de acomodação do mercado após meses de forte atividade.
De forma geral, mesmo com oscilações, o setor mantém desempenho sólido, mostrando capacidade de rápida recuperação após quedas pontuais. O comportamento indica que a avicultura catarinense continua adaptável e resiliente diante das demandas do mercado nacional e internacional.
Avicultura
Setor de frango projeta crescimento e retomada da competitividade
De acordo com dados do Itaú BBA Agro, produção acima de 2024 e aumento da demanda doméstica impulsionam perspectivas positivas para o fechamento de 2025, com exportações em recuperação e espaço para ajustes de preços.

O setor avícola brasileiro encerra 2025 com sinais de recuperação e crescimento, mesmo diante dos desafios impostos pelos embargos que afetaram temporariamente as margens de lucro.
De acordo com dados do Itaú BBA Agro, a produção de frango deve fechar o ano cerca de 3% acima de 2024, enquanto o consumo aparente deve registrar aumento próximo de 5%, impulsionado por maior disponibilidade interna e retomada do mercado externo, especialmente da China.

Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a competitividade do frango frente à carne bovina voltou a se fortalecer, criando espaço para ajustes de preços, condicionados à oferta doméstica. A demanda interna tende a crescer com a chegada do período de fim de ano, sustentando a valorização do produto.
Além disso, os custos de produção, especialmente da ração, seguem controlados, embora a safra de grãos 2025/26 ainda possa apresentar ajustes. No cenário geral, os números do setor podem ser considerados positivos frente às dificuldades enfrentadas, reforçando perspectivas favoráveis para os próximos meses.



