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Dia de Campo Copagril difunde conhecimento e tecnologia

Durante dois dias, produtores rurais puderam conferir de perto o que vai estar nas suas propriedades nos próximos anos

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Deu campo. Foi só a chuva dar uma trégua e o sol brilhar para que milhares de atores do agronegócio da região Oeste do Paraná migrassem de suas propriedades rurais para um mesmo endereço: a Estação Experimental da Copagril, em Marechal Cândido Rondon, PR. O espaço abrigou o Dia de Campo 2018 da cooperativa, em um evento que uniu tecnologia rural, negócios e difusão de conhecimento.

Na quarta-feira (10), primeiro dia do evento, a chuva quis estragar a festa. Foi tanta água que quase não dava para andar entre as plantações e o pavilhão de negócios. Na quinta-feira (11), segundo e último dia, o cenário foi bem diferente. Famílias inteiras de produtores puderam ver de perto – e com mais conforto – as tecnologias que eles podem empregar no campo a partir de agora para melhorar o desempenho na agricultura e na pecuária. “Tem sempre coisas novas, e nós gostamos de visitar para conhecer. São novidades que podemos usar na nossa propriedade”, garantem Valéria e Alcido Frey, da Linha Guará, interior de Marechal Rondon, que pelo terceiro ano consecutivo visitam a feira. Mesmo abaixo de chuva não arredaram o pé.

O casal veio com um propósito bem específico: saber mais sobre a avicultura, pois a intenção é construir um aviário na propriedade. A atividade tem chamado a atenção de Valéria e Alcido pela lucratividade e segurança que adquiriu nos últimos anos. “É para deixar para os dois filhos”, apostam os produtores rurais. No Dia da Campo, puderam conhecer por dentro a Central de Automação e Climatização para Aves e Suínos, réplica de uma granja em que o público visualizou um modelo de estrutura contendo equipamentos voltados para nutrição e ambiência desses planteis.

Mas nem só de frango vive o produtor rural. A atividade agrícola ganhou destaque com a apresentação de 55 variedades de soja e 60 híbridos de milho, além de experiências de cultivos consorciados, como milho e feijão, na mesma área. Instituições de pesquisa, universidades, empresas e o corpo técnico da Copagril se encarregaram de tirar as dúvidas dos visitantes e repassar as informações sobre parcelas cultivadas na Estação Experimental.

O Dia de Campo reservou ainda exposição de cerca de 150 empresas parceiras, que ofereceram produtos e serviços variados, da semente ao implemento agrícola, até crédito financeiro para comprar na hora aquela desejada ordenhadeira nova.

O visitante acompanhou ainda exposição das linhas de rações da cooperativa, demonstração de parcelas de cultivo com mais de 20 espécies de pastagens, milheto e sorgo para a pecuária de leite, venda de novilhas, exposição e comércio de máquinas e implementos agropecuários, além de palestras nas áreas de suinocultura, avicultura, bovinocultura de leite e área de grãos.

Evolução Constante

“O produtor que está atualizado e acompanha a evolução tecnológica vai ter mais sucesso no futuro. Aquele que acha que sabe tudo, provavelmente vai ficar para trás. Esperamos sempre com o Dia de Campo que o produtor possa assimilar as novas tecnologias para colocar em prática na sua propriedade”, aposta o diretor-presidente da Copagril, Ricardo Chapla. “A produção de alimentos como um todo, seja agricultura ou a pecuária, que coloca alimento na mesa do consumidor ao redor do mundo, tem sua evolução. Temos tido avanços extraordinários nos últimos anos na produção de alimentos. Esse Dia de Campo é um demonstrativo desse trabalho, que leva anos para chegar até o produtor”, acrescenta o dirigente cooperativista.

Para ele, eventos de difusão tecnológica só acrescentam para a produção agropecuária avançar na região. “Temos aqui um dia completo, assim como fazem nossas cooperativas coirmãs. Todos temos o objetivo de repassar informação sobre as tecnologias que vieram e vão vir no futuro para poder melhorar de modo geral a produção de alimentos”, assinala Chapla.

Ainda segundo o diretor-presidente da Copagril, a feira de negócios também é oportunidade para que fornecedores e parceiros possam aprofundar relações e fazer negócios com o público visitante. “A feira é uma oportunidade que criamos para nossos parceiros, fornecedores e empresas da microrregião tenham a oportunidade de ter contato com clientes e realizar negócios no Dia de Campo”, enaltece.

Mais Renda

Na visão do gerente da Divisão Pecuária da Copagril e coordenador do Dia de Campo, Enoir Primon, o evento tornou-se regional, já que aglutina produtores de todo o Oeste paranaense e até do Mato Grosso do Sul, onde a cooperativa também atua. “O Dia de Campo se tornou um evento regional, e a região tem que colocar em prática o que se adapta à nossa região”, menciona. “A Copagril trabalha praticamente o ano inteiro para ter esses dois dias de programação. Temos cerca de 150 empresas que trazem o que há de melhor em tecnologia. Hoje o produtor não tem mais tempo para falhar. Essas tecnologias mudam muito rápido e o produtor tem que se adequar”, sugere.

Ele explica que, de maneira geral, o que a Copagril quer é gerar mais renda para o produtor rural associado. “Em cada atividade existe coisa nova. Na área de fertilizantes, de químicos ou sementes, mas também novidades na pecuária. Com essas novidades, queremos que o produtor possa economizar e ter maior rentabilidade. Nossa responsabilidade é fazer com que produtor tenha um retorno satisfatório de sua propriedade”, comenta o coordenador do evento.

Após o sucesso de mais uma edição, a diretoria da cooperativa já anunciou a data do Dia de Campo Copagril 2019, que será nos dias 23 e 24 de janeiro. “As datas foram avaliadas em conjunto com os expositores e consideradas as melhores”, expõe Chapla.

A Copagril

A Copagril atua nas áreas agrícola e pecuária, com mais de cinco mil associados e três mil colaboradores. Em 2016, os cooperados produziram mais de 40 milhões de frangos, 700 mil suínos, 55 milhões de litros de leite, 3,6 milhões de sacas de soja e 5,2 milhões de sacas de milho. Cerca de 70% deles são pequenos e médios produtores da agricultura familiar. Seu faturamento naquele ano ficou próximo de R$ 1,5 bilhão. 

Fonte: O Presente Rural

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Ministério da Agricultura realiza simulado de febre aftosa no Acre

Treinamento visa reforçar a cooperação e a capacidade de resposta em uma zona com status de livre de febre aftosa sem vacinação.

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OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou, entre os dias 12 e 18 de setembro, no município de Cruzeiro do Sul, no Acre, o exercício simulado de febre aftosa com mais de 180 servidores da área de saúde animal, além de servidores de forças de segurança e integrantes do Servicio Nacional de Sanidad Agropecuaria e Inocuidad Alimentaria (SENASAG), da Bolívia, e do Servicio Nacional de Sanidad Agraria (SENASA), do Peru. O exercício foi realizado em conjunto com o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (IDAF-AC).

Fotos: Divulgação/Mapa

Exercícios simulados permitem treinar e aferir a capacidade de ação e intervenção do serviço veterinário oficial num momento de crise e a realização desse treinamento é uma das ações previstas no Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA), visando a manutenção do status de área livre de febre aftosa sem vacinação e um corpo técnico preparado para atuar de forma imediata.

“O exercício simulado teve como objetivo preparar os servidores para a organização da cadeia de comando e o cumprimento dos protocolos que devem ser adotados em uma situação real de surgimento da doença, até a completa eliminação do foco e reestabelecimento da condição sanitária” explica o diretor do Departamento de Saúde Animal, Marcelo Mota.

Conforme previsto no Plano de Contingência para Febre Aftosa, durante o treinamento foi instalado um Centro de Operações de Emergência Zoossanitária para que os participantes praticassem a organização e os procedimentos técnicos de biossegurança, vigilância e investigação clínica e epidemiológica, colheita e envio de amostras para diagnóstico laboratorial, eliminação de focos, limpeza e desinfecção de instalações e controle e inspeção do trânsito de veículos na região, assim como o uso de softwares para coleta e processamento de dados e gestão da informação.

As barreiras sanitárias contaram com a presença de equipes do Grupo Especial de Fronteira, da Polícia Militar, do Exército Brasileiro e da Polícia Rodoviária Federal nas principais vias terrestres e fluviais para fiscalização de trânsito na região.

Também foram exercitadas a logística de envio de amostras para análise laboratorial no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Minas Gerais (LFDA/MG) e a atuação dos serviços de comunicação, assessoria de imprensa e assessoria jurídica frente a uma emergência zoossanitária.

Ainda, segundo o diretor, “o objetivo do treinamento foi a preparação para enfrentar uma eventual ocorrência de febre aftosa, mas as medidas servem para todas as doenças emergenciais, como a peste suína clássica, peste suína africana, influenza aviária, entre outras. Os protocolos sanitários são semelhantes, e o caráter de emergência é o mesmo. Os resultados foram muito bons, permitindo avaliar os procedimentos previstos e subsidiar uma nova versão do plano de contingência, incluindo as sugestões colhidas durante o simulado”.

O simulado também recebeu o apoio do Governo do Estado do Acre e do Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Acre (FUNDEPEC).

Fonte: Assessoria Mapa
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Impacto da estiagem na produção e nos preços dos alimentos

Alterações nas temperaturas e mudanças nos padrões de precipitação tendem a provocar alterações nos sistemas produtivos e colocar em risco o desenvolvimento de algumas culturas podendo, inclusive, no longo prazo, alterar seu zoneamento climático.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Os eventos climáticos extremos, como alterações nas temperaturas e mudanças nos padrões de precipitação, tendem a provocar alterações nos sistemas produtivos e colocar em risco o desenvolvimento de algumas culturas podendo, inclusive, no longo prazo, alterar seu zoneamento climático.

Cenários climáticos desfavoráveis podem, no mínimo, elevar os custos de produção, eis que mesmo as culturas que suportam melhor os diferentes tipos de estresse ambiental, podem perder qualidade ou ter a sua produtividade reduzida.

Assim, está claro que as mudanças climáticas podem impactar a disponibilidade da oferta dos alimentos e provocar aumento dos seus preços – os quais, por sua vez, dependem, também e ainda, de múltiplos fatores não apenas relacionados ao clima.

A produção de leite no Brasil tem sido afetada pelas mudanças climáticas de duas maneiras distintas: em algumas regiões, pela estiagem, noutras, pelo excesso de chuvas.

A estiagem prolongada no Brasil tem causado impactos na produção de leite, onde a escassez de água afeta diretamente a disponibilidade e qualidade da pastagem e o bem-estar dos rebanhos, ocasionando a queda na produção do produto.

Durante a estiagem, muitos produtores se veem obrigados a recorrer à suplementação, o que eleva os custos de produção. Em 2024, os preços um pouco mais controlados dos grãos em comparação a anos anteriores mitigam um pouco desse impacto ao produtor.

Entretanto, ainda assim, houve elevação dos custos de produção pela necessidade de suplementação do rebanho com o uso de tecnologias de manejo mais avançadas.

Para os pequenos e médios produtores, tal situação foi de mais difícil enfrentamento, ocasionando o abandono da atividade por parte de muitos produtores. Neste quadro, os agricultores familiares foram ainda os mais atingidos, por disporem de menos estrutura e recursos, culminando na concentração da produção em produtores de maior volume diário.

Além disso, com menos chuvas, a água disponível para o consumo animal e a irrigação das pastagens diminui, afetando a saúde e a produtividade dos rebanhos. Esse cenário intensifica o estresse térmico nos animais, reduzindo ainda mais a produção de leite. A falta de infraestrutura de irrigação adequada em muitas propriedades agrava a situação.

Foto: Gustavo Porpino

Já nas regiões afetadas pelo excesso de chuvas, os efeitos foram mais agudos, em algumas situações levando à perda total ou parcial do rebanho durante enchentes, a elevadas perdas de solo e de fertilidade ou ainda, no mínimo, à necessidade de recomposição das pastagens.

Preços

De modo geral, não há previsão de aumento nos preços de produtos como milho, arroz e trigo em decorrência da estiagem. Destaca-se, ainda, que os preços do trigo e do milho estão em baixa. Sobre leite, carne, arroz, feijão, frango e ovos, o impacto nos preços deve ser mais duradouro durante o período de estiagem, especialmente no Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste, onde as condições climáticas são mais severas.

Os preços podem começar a apresentar algum alívio somente após a retomada de chuvas regulares e de melhorias na umidade do solo, o que pode demorar alguns meses dependendo da estação e da região.

Em relação a esses produtos, estima-se que os consumidores percebam esse aumento de preços provavelmente nos próximos meses, ante a intensificação da estiagem e o consequente reflexo nos preços ao consumidor final.

Fonte: Assessoria Superintendência de Gestão da Oferta da Conab
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Oferta do leite não cresce conforme o esperado, e preços voltam a subir

O consumo, por sua vez, tem se mantido firme; e os estoques nos laticínios caíram gradativamente em agosto, até atingirem níveis abaixo do normal em setembro.

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Foto: Semagro

O preço do leite ao produtor voltou a subir devido à oferta, que não cresceu como era esperado. A pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que, em agosto, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,7607/litro, 1,4% acima da do mês anterior e 17,7% maior que a registrada em agosto/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de agosto). Apesar de o preço do leite pago ao produtor acumular avanço real de 32% desde o início de 2024, a média de janeiro a agosto deste ano (de R$ 2,53/litro) é 8,4% inferior à do mesmo período de 2023.

Até o início de agosto, os fundamentos de mercado apontavam reduções no preço do leite ao produtor neste terceiro trimestre. Por um lado, a produção de leite parecia estimulada pelo aumento da margem do produtor neste ano e, por outro, a demanda seguia condicionada aos preços baixos nas gôndolas. Fora isso, as importações, ainda em volumes elevados, pressionavam as cotações ao longo de toda a cadeia produtiva. Porém, a produção não cresceu como era esperado pelos agentes do setor.

Os dados mais recentes da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE, divulgados em meados de agosto, mostram que a captação de leite cru pelas indústrias de laticínios no âmbito nacional caiu 6,2% no segundo trimestre em relação ao primeiro. Comparando com o mesmo período do ano passado, o incremento foi de apenas 0,8%.

De julho para agosto, o Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea avançou 5% na “Média Brasil”, mas o crescimento em Minas Gerais foi de 2,8% e, em Goiás, de apenas 1,5%. Apesar do aumento da margem do produtor nos últimos meses e de certa estabilidade nos custos de produção, o estímulo à atividade foi menor do que o esperado pelos agentes do setor. E o clima extremo não ajudou a atividade.

O excesso de chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul em maio fizeram com que a oferta crescesse pouco entre julho e agosto. A entressafra no Sudeste e no Centro-Oeste se intensificou com o calor a partir de agosto. E as queimadas em setembro fizeram esse cenário se agravar em termos nacionais. Além de comprometer o bem-estar animal, os incêndios têm prejudicado a produção de forragens para alimentação animal – o que eleva o custo de produção e limita a oferta.

Outro fator que reforçou a menor disponibilidade de lácteos entre agosto e setembro foi a diminuição das importações. Dados da Secex compilados pelo Cepea mostram que, em agosto, houve queda de 25,2% nas importações de lácteos, totalizando 187,8 milhões de litros em equivalente leite.

Como a oferta não se recuperou conforme o previsto, os estoques de lácteos nas indústrias não foram repostos como esperado. O consumo, por sua vez, tem se mantido firme; e os estoques nos laticínios caíram gradativamente em agosto, até atingirem níveis abaixo do normal em setembro. Esse contexto deve sustentar e intensificar o movimento de alta nas cotações entre setembro e outubro.

Fonte: Assessoria Cepea
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