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Bovinos / Grãos / Máquinas Cultura de inverno

Detecção precoce de doenças do trigo reduzem perdas na comercialização

Para a lavoura de trigo, é preciso atenção desde a escolha da cultivar até a colheita

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Arquivo/OP Rural

O trigo é uma importante cultura para o Brasil. O grão é bastante consumido, aproximadamente 12 milhões toneladas ao ano, tanto que o país ainda precisa importar cerca de 60% para atender a demanda interna.

Mas produzi-lo exige alguns cuidados. É necessário atenção ao desenvolvimento da lavoura para que o produtor realize um manejo adequado afim de evitar danos por fungos, bactérias e outros problemas que possam diminuir a qualidade e também a produtividade do grão. São diversos os tipos de problemas que podem causar perdas em produtividade, qualidade, impactando diretamente na comercialização, como por exemplo, Giberela, Brusone, germinação na pré- colheita, grãos expostos a alta temperatura, entre outros.

 Segundo a supervisora de qualidade industrial da Biotrigo Genética, Kênia Meneguzzi, o produtor pode encontrar dificuldades na comercialização devido a esses problemas. “Se a escolha da cultivar for correta, se fizer adequadamente o acompanhamento da lavoura e o manejo for bem realizado, o produtor poderá minimizar os riscos”, explica.

Existem anos que as condições climáticas favorecem a pressão de algumas doenças, e sendo assim, o produtor necessitará ter soluções que permitam que mesmo nessas condições adversas, a comercialização da safra aconteça. Ele será mais assertivo se conduzir a lavoura de forma adequada e identificar se existem problemas nos lotes que serão ofertados ao mercado. Identificado, uma das alternativas, que elimina em boa parte grãos danificados e com problemas, é a utilização da mesa densimétrica, equipamento que seleciona os grãos. “Embora com perdas ainda assim é vantajoso, pois conseguirá comercializar ainda um bom volume do que produziu. Se nada fizer, dependendo do problema ocorrido, encontrará dificuldades de comercialização ou até mesmo, não encontrará mercado”, orienta.

Problemas mais comuns

Giberela

A Giberela, implica demasiadamente a comercialização do grão. A doença é causada por um fungo e acaba gerando uma micotoxina chamada Desoxinivalenol – DON. Legalmente, para alimentação humana, o grão não pode ter mais do que 3.000 µg/kg e a farinha 750 µg/kg.

Grão germinado

Outro problema limitador é o grão germinado.  “Ocorre que no grão germinado a alta atividade da enzima alfa-amilase faz com que o amido seja degradado em açúcar. Isso acarretará problemas em processos industriais de fabricação de produtos que necessitam de fermentação”, explica. A classificação do trigo, de acordo com a IN 38 do MAPA – 2010, tem valores mínimos de Falling Number, que devem ser observados. A atividade enzimática medida é critério fixo de classificação.

Secagem

Mas também existem os problemas ocasionados por falhas em processos. Segundo Kênia, secagem dos grãos, ineficiência no controle de pragas de armazenamento, são exemplos. “Na secagem, se o grão for submetido a altas temperaturas ou mesmo ao excessivo tempo de secagem, o que ocorre é a desnaturação da proteína causada pelo calor, ou seja, o problema será com a formação do glúten. E sabemos que isso é essencial para a fabricação dos produtos a base de trigo, pois é isto que confere elasticidade a massa”, explica.

Pensar no futuro

Para evitar problemas nas próximas safras, Kênia aconselha alguns passos que o triticultor pode seguir. “Ele pode escolher as cultivares que ofereçam uma condição de resistência às principais doenças e à germinação na espiga e também escalonar a semeadura (cultivares com ciclos distintos também são uma opção). Uma forma de conseguir fazer um manejo adequado e diluir riscos”, explica.

Produto homogêneo

Outro ponto importante é o trabalho que pode ser realizado pelos cerealistas e cooperativas nos silos. “O planejamento do recebimento para que ocorra algum tipo de segregação, indicando cultivares para determinado silo em função de suas características de qualidade industrial semelhantes, ou homogeneizar o silo através da transilagem, garantindo lotes uniformes em todas as cargas entregues”, destaca.

Qual a minha realidade?

Para Kênia, é importante que o triticultor conheça antes da semeadura a realidade da região em que irá efetuar a comercialização de sua safra. Identificar a demanda do moinho mais próximo e quais cultivares de trigo atendem esse mercado. “Se os moinhos locais produzem farinha para panificação (que atualmente é o maior mercado – 56% do trigo consumido), o produtor deve optar por trigos classificados como pão ou melhorador, por exemplo. Realizar algum tipo de segregação também agregará valor ao grão. Podemos gerar mais liquidez e valor, desde que observemos o mercado e escolhamos as melhores cultivares”, finaliza.

Fonte: O Presente Rural

Bovinos / Grãos / Máquinas

Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
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Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito

CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.

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Foto e texto: O Presente Rural

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .

Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.

O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.

Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.

A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.

Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.

O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.

Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.

Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.

Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.

Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat

Fonte: O Presente Rural com informações de assessoria
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

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Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
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