Notícias Reconhecimento
Destaques da Suinocultura 2021 são premiados pela Aurora Coop
Realizada há uma década, a iniciativa é a forma de agradecer e prestigiar todos os envolvidos nas atividades do campo.
Em reconhecimento à excelência do trabalho no campo, a Cooperativa Central Aurora Alimentos (Aurora Coop) entregou na última semana, durante evento na sede da matriz em Chapecó (SC), a Premiação Destaques Suinocultura 2021. Realizada há uma década, a iniciativa é a forma de agradecer e prestigiar todos os envolvidos nas atividades do campo.
Além dos empresários rurais que são cooperativistas de essência e que bateram recordes de produção e eficiência em seus lotes de suínos, foram homenageados os técnicos agropecuários que fizeram a diferença em suas atividades.
O ato contou com a presença do diretor-presidente da Aurora Coop Neivor Canton, do diretor vice-presidente de agronegócio Marcos Zordan, do gerente de suinocultura da Aurora Coop Luiz Carlos Giongo e do assessor de suinocultura Sandro Tremea que conduziram as atividades. Também participaram famílias cooperadas, dirigentes cooperativistas, técnicos, supervisores e representantes das filiadas e da Aurora Coop, entre outros convidados.
A assistência técnica prestada aos produtores pela equipe de campo da Aurora Coop e das cooperativas filiadas foi essencial para a melhoria da atividade e a qualificação da produção. Somente no Programa Propriedade Rural Sustentável Aurora Coop (PRSA), por exemplo, os resultados em 2021 foram expressivos. Ao todo, foram 251 propriedades certificadas; 298 produtores certificados e 952 mil reais em bonificações. Para este ano, 593 propriedades estão inscritas para certificação.
Daniela Prando Coeli que obteve o 1º lugar na categoria Produtor Destaque Suicooper, salientou que a conquista é um trabalho de toda a família, da Aurora Coop e da Coolacer, sempre buscando inovar. “São 365 dias no ano que a gente trabalha pensando no melhor para ter os melhores resultados. Por isso, aproveitamos todas as oportunidades que a cooperativa nos oferece”, concluiu a empresária rural que atua desde 2015 na área de suinocultura e hoje conta com 850 suínos alojados.
O técnico Elizeu Padilha, que neste ano ganhou na categoria Técnico Destaque PRSA e obteve o 1º lugar como Técnico Destaque Suicooper 2021, atua na área há cinco anos e festeja quatro premiações. Além da premiação atual, ele foi reconhecido em 2018 (Técnico Destaque) e 2020 (Destaque dos Destaques). “Receber esses reconhecimentos representa um orgulho porque a cooperativa vem crescendo e a gente faz parte dessas conquistas. A dedicação do dia a dia resume esses cinco anos com esses três títulos. Isso é gratificante”.
Zordan realçou que todo o sucesso que a Aurora Coop conquistou é mérito das pessoas que fazem parte do Sistema. “Sem dúvida, a suinocultura foi um dos setores que mais cresceu, que mais se modernizou e que não mediu esforços para ir em busca de resultados. Agradeço aos produtores, suas famílias e também o apoio de todos técnicos e demais profissionais que se dedicam na busca constante pela melhoria contínua com comprometimento e parceria”.
Canton enalteceu a importância do clima mútuo de cooperação que vai do produtor até o mercado. “Hoje é dia de exaltar o papel de quem começa o processo produtivo de forma correta. Se o produtor não inicia bem o seu trabalho todas as etapas ficam prejudicadas. Temos a melhor suinocultura e nos orgulhamos pelo reconhecimento do mercado e de nossos clientes de fora do Brasil que querem produtos com a marca Aurora. Por trás disso, existe todo um trabalho com tecnologia, sustentabilidade e com as melhores práticas de produção”, frisou ao parabenizar os produtores e o trabalho de todas as equipes técnicas da Aurora Coop e das cooperativas filiadas.
Confira abaixo todos os vencedores por categoria:
Prêmio produtor destaque creche
Cristian A. Hoss e esposa (Auriverde)
Prêmio produtor destaque Suicooper
1º Daniela Prando Coeli e esposo (Coolacer)
2º Leonir Stumpf e esposa (Cooperalfa RS)
3º Paulo Sérgio Zancheta e esposa (Coolacer)
Prêmio produtor destaque Suicooper – Mato Grosso do Sul
Hilário Valentini e esposa
Prêmio técnico destaque PRSA e Suicooper
Elizeu Elias Padilha (técnico da filiada Coolacer)
Prêmio técnico destaque Suicooper
2º Otavio José Biscaro (filiada Coopervil)
3º Joel Paulo Ficagna (Aurora Coop região do Rio Grande do Sul)
Prêmio técnico destaque creche Aurora
Jean Carlo Kipper (Aurora Coop)
Prêmio técnico destaque dos destaques
Marivaldo Capitanio (Cooperalfa)
Prêmio Cooperativa destaque
1º Coopervil
2º Coolacer
3º Cooperalfa
Colunistas
Sucessão familiar no agro: como atrair os jovens para o campo?
É fundamental que os jovens vejam o campo como um espaço onde tradição e inovação se complementam e coexistem de forma harmoniosa.
A sucessão familiar no agronegócio tem se tornado um dos grandes desafios para o setor rural, especialmente em um contexto em que os jovens estão cada vez mais imersos em tecnologia e afastados das práticas tradicionais da agricultura. Esse distanciamento ameaça a continuidade das atividades no campo, principalmente em regiões onde o trabalho artesanal, como a delicada colheita de grãos de café, ainda desempenha um papel fundamental para a economia local e a preservação da cultura agrícola.
O grande desafio está em demonstrar que o trabalho rural pode ser sinônimo de oportunidades, crescimento pessoal e profissional, desde que haja um equilíbrio entre inovação tecnológica e respeito aos métodos tradicionais.
Para garantir a continuidade das propriedades rurais e a manutenção da produção, é essencial adotar estratégias que tornem o campo mais atraente para as novas gerações. Investir em tecnologia e inovação é um dos principais caminhos, pois permite modernizar as atividades agrícolas, tornando-as mais eficientes e rentáveis. Além disso, a introdução de práticas sustentáveis e a adoção de modelos de gestão mais profissionalizados podem despertar o interesse dos jovens que buscam alinhamento com causas ambientais e sociais.
Outro fator crucial é a educação e capacitação voltadas para o agronegócio. Oferecer programas de treinamento e especialização em áreas como agroecologia, gestão rural e empreendedorismo pode preparar melhor os jovens para assumir a liderança das propriedades familiares. Incentivos governamentais, como acesso a crédito e políticas de apoio à agricultura familiar, também são fundamentais para facilitar essa transição. Criar um ambiente onde os jovens se sintam valorizados e capazes de inovar é essencial para garantir a sucessão familiar e a sustentabilidade do setor agrícola a longo prazo.
É fundamental que os jovens vejam o campo como um espaço onde tradição e inovação se complementam e coexistem de forma harmoniosa. Integrar tecnologias modernas às práticas agrícolas tradicionais pode não apenas preservar o legado familiar, mas também abrir novas oportunidades de crescimento e desenvolvimento sustentável no setor rural.
Notícias
A importância da pesquisa agropecuária
A pesquisa para gerar conhecimento que fundamenta as novas tecnologias; de outro, a aquisição dessas tecnologias para aplicação na produção.
O acelerado desenvolvimento do setor primário da economia, nas últimas décadas, resultou dos avanços da pesquisa científica na esfera da Embrapa, das Universidades, dos centos de pesquisa privados e dos grandes grupos da indústria da alimentação. De um lado, a pesquisa para gerar conhecimento que fundamenta as novas tecnologias; de outro, a aquisição dessas tecnologias para aplicação na produção.
Apesar disso, ainda é necessário fomentar a pesquisa agropecuária brasileira para turbinar os níveis de investimento público em patamares equivalentes aos dos principais concorrentes do Brasil no mercado mundial. O caminho natural é a Embrapa, capitaneando uma cadeia de pesquisa, que envolve as Universidades e outros centros de pesquisa. A ideia é fortalecer as ferramentas de gestão de órgãos públicos e estimular as parcerias público-privadas, inclusive com cooperativas agropecuárias, com o fomento de estudos que efetivamente contribuam para o maior desenvolvimento, sustentabilidade e competitividade do setor agropecuário. Essa integração pode facilitar a captação de investimentos na geração de inovações de alto impacto para o enfrentamento dos desafios do agro brasileiro.
Em Santa Catarina, por exemplo, que se destaca no incremento da produção de leite, esse reforço na pesquisa poderia começar com a instalação de um núcleo de pesquisas voltadas ao gado leiteiro, com ênfase para forrageiras. Nas pequenas unidades de produção a atividade proporciona importante fonte de renda para as famílias rurais. A atividade exibe notável desenvolvimento técnico da produção, especialmente da genética e sanidade.
Quinto produtor nacional, o setor tem sofrido uma intensa concentração da produção. Para a pecuária leiteira tornar-se mais competitiva, há a necessidade da pesquisa de forrageiras para identificar variedades mais adaptadas à região. A melhoria da qualidade da alimentação do rebanho proporcionará um salto notável na elevação da produção e da renda dos produtores.
A proposta consiste na instalação de uma unidade da Embrapa no Estado de Santa Catarina para a pesquisa de forrageiras e outras tecnologias voltadas à produção de leite e, também, gado de corte. Os pastos hoje utilizados, via de regra, são de espécies provenientes de regiões distantes e de baixa adaptação ao microclima, resultando em limitado desenvolvimento e baixa eficiência nutricional.
A empresa mantém em Concórdia a Embrapa Suínos e Aves, com pesquisas em suínos e aves e tecnologias correlatas, especialmente de proteção ao meio ambiente. O novo núcleo de pesquisa poderia ser criado junto a Embrapa de Concórdia (SC). O foco seria a produção e manejo de forragem, o que geraria conhecimentos para a melhoria da alimentação animal, além da possibilidade de agregar valor ao leite pelo sistema de produção a pasto.
Atualmente, a Embrapa desenvolve pesquisas voltadas à pecuária de leite em três unidades: a de gado de leite, voltada às soluções para o desenvolvimento sustentável do agronegócio do leite em Juiz de Fora (MG); a unidade Pecuária Sudeste, com ênfase na eficiência e sustentabilidade da produção em São Carlos (SP) e a unidade Pecuária Sul que desenvolve pesquisas em bovinocultura de corte e leite, ovinocultura e forrageiras nos campos sulbrasileiros, compreendidos pelos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, em Bagé (RS).
As cooperativas agropecuárias são atores estratégicos no apoio aos programas de pesquisa científica, como testemunham inúmeras ações em passado recente.
Notícias Atenção produtor rural
Prazo para declaração do ITR encerra em 30 de setembro, alerta Faesc
Documento deve ser enviado por meio do Programa Gerador da Declaração do ITR, que está disponível no site da Receita Federal.
O prazo para a Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR), referente ao exercício de 2024, vai até 30 de setembro. A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) alerta para que o produtor rural fique atento ao prazo para evitar multas.
De acordo com a Instrução Normativa RFB nº 2.206/2024 é obrigatório apresentar a declaração de pessoa física ou jurídica, proprietária, titular do domínio útil ou possuidora de qualquer título, inclusive a usufrutuária, um dos condôminos ou um dos compossuidores.
A declaração deve ser enviada por meio do Programa Gerador da Declaração do ITR, que está disponível no site da Receita Federal. Além disso, continua sendo possível a utilização do Receitanet para a transmissão da declaração.
O imposto é obrigatório para todo o imóvel rural, exceto para os casos de isenção e imunidade previstos em lei, portanto o produtor deve ficar atento aos prazos de envio do documento para não pagar multas e juros. E caso o contribuinte verifique algum erro após o envio da declaração, ele deve fazer a retificação por meio do Programa ITR 2024.
A declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural é composta pelo Documento de Informação e Atualização Cadastral do ITR (DIAC) e pelo Documento de Informação e Apuração do ITR (DIAT).
O contribuinte, cujo imóvel rural já esteja inscrito no Cadastro Ambiental Rural (CAR), deve informar o respectivo número do recibo de inscrição. O pagamento do imposto poderá ser feito através do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), ou via QR Code (Pix).
No dia 24 de julho, o Governo Federal publicou a Lei n° 14.932/2024 que retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para a redução do valor devido do ITR. Entretanto, a Receita Federal, por meio da Instrução Normativa (IN) 2.206/2024, ainda obriga o produtor rural a apresentar a ADA neste ano.
A CNA e a Faesc trabalham para que a Receita faça a revisão da normativa o mais breve possível. Mesmo com a lei em vigor, recomendam manter o preenchimento do ADA via Ibama, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural e inserção do número do recibo na DITR 2024.
O contribuinte pode conferir o Valor de Terra Nua (VTN) 2024 publicado no site da Receita Federal pelas Prefeituras conveniadas. A FAESC lembra que, caso os valores não estejam de acordo com os requisitos determinados pela Instrução Normativa RFB n° 1.877/2019, deve ser feita denúncia por meio do Sindicato Rural junto à Delegacia Regional da Receita.