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“Desmatamento ilegal não é feito pelo agro”, defende presidente da Abraleite

Geraldo Borges critica falta de fiscalização eficiente e cobra ações mais rigorosas dos governos federal e estaduais.

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Presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite, Geraldo Borges: "Há muitas notícias falsas que prejudicam a imagem do agro, enquanto os produtores seguem o Código Florestal Brasileiro, uma das legislações mais rigorosas do mundo" - Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), Geraldo Borges, afirmou que o agronegócio não é responsável pela degradação ambiental no Brasil. Ele destacou que o desmatamento ilegal e outros crimes ambientais são promovidos por contraventores e não pelos produtores rurais, que seguem rigorosas legislações ambientais. “O desmatamento ilegal não é feito por produtores rurais, ele é realizado por contraventores, os mesmos que praticam garimpo ilegal, exploração ilegal de madeira e vendas irregulares de terras. Esses são os verdadeiros responsáveis pelos crimes ambientais no Brasil”, salientou.

Borges ainda criticou a falta de fiscalização eficiente e cobrou ações mais rigorosas dos governos federal e estaduais. “Não dá mais para ouvir um governo dizer que diminuiu, outro dizer que aumentou”, enfatizou.

O presidente da Abraleite também apontou falhas na comunicação do agronegócio com a sociedade. Para ele, o setor consegue dialogar bem dentro de seus próprios círculos, mas tem dificuldades em transmitir à população geral e ao público internacional a responsabilidade ambiental e social com que opera. “Há muitas notícias falsas que prejudicam a imagem do agro, enquanto os produtores seguem o Código Florestal Brasileiro, uma das legislações mais rigorosas do mundo”, ressaltou.

O Código Florestal estabelece limites para desmatamento dentro de propriedades rurais. Enquanto em regiões amazônicas é permitido desmatar até 20% da área, no Centro-Oeste e Sudeste esse índice pode chegar a 80%. Mesmo assim, Borges enfatizou que o Brasil é um dos países com maior índice de preservação ambiental no mundo. “Temos um país extremamente preservado.”

Borges defendeu que o setor está comprometido com práticas sustentáveis e que as críticas injustas só reforçam a necessidade de melhorar a comunicação do agro com o público global. “Os produtores rurais brasileiros trabalham dentro da lei, mas a imagem do setor acaba manchada por ações de criminosos. Precisamos mudar essa narrativa e mostrar ao mundo que o Brasil produz de forma sustentável, com responsabilidade ambiental e social”, frisou Borges, que defendeu um boicote ao grupo Carrefour por conta das declarações do CEO da empresa na França.

Fonte: Assessoria Abraleite

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Exportações recordes de carne bovina reforçam preços no mercado interno

Com 96% do volume anual já embarcado até outubro, o ritmo forte das exportações e o avanço nas vendas de animais vivos reduzem a oferta doméstica e sustentam as cotações, apesar da resistência recente de compradores a novos ajustes.

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As exportações brasileiras de carne bovina continuam avançando em ritmo expressivo e já impulsionam diretamente o mercado interno. De acordo com a análise quinzenal do Cepea, os embarques acumulados até outubro alcançaram 96% do total exportado em 2024, configurando um novo recorde para o setor.

Além da carne bovina, as vendas de animais vivos também registram alta. No acumulado do ano, o volume enviado ao exterior chegou a 842 mil toneladas, crescimento de 12,4% em relação ao mesmo período do ano passado.

Esse fluxo intenso para o mercado externo reduz a oferta doméstica e, somado à baixa disponibilidade de animais terminados, mantém as cotações firmes no mercado interno. A demanda por carne bovina e por boi gordo permanece consistente, com estoques enxutos e vendas estáveis.

Por outro lado, compradores começam a demonstrar resistência a novas elevações, indicando uma possível acomodação dos preços no curto prazo.

Fonte: O Presente Rural com informações Deral
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Retirada da sobretaxa pelos EUA devolve competitividade à carne brasileira

Decisão tem efeito retroativo, pode gerar restituição de valores e reorganiza o fluxo comercial após meses de retração no agronegócio.

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A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) manifestou  grande satisfação com a decisão dos Governo dos Estados Unidos de revogar a sobretaxa de 40% imposta sobre a carne bovina brasileira. Para a entidade, a medida representa um reforço da estabilidade do comércio internacional e a manutenção de condições equilibradas para todos os países envolvidos, inclusive para o Brasil.

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A sobretaxa de 40% havia sido imposta em agosto como parte de um conjunto de barreiras comerciais aos produtos brasileiros, afetando fortemente o agronegócio, carne bovina, café, frutas e outros itens. A revogação da tarifa foi anunciada pelo presidente Donald Trump por meio de uma ordem executiva, com vigência retroativa a 13 de novembro. A medida também contempla potencial restituição de tarifas já pagas.

De acordo com veículos internacionais, a retirada da sobretaxa faz parte de um esforço para aliviar a pressão sobre os preços de alimentos nos EUA, que haviam subido em função da escassez de oferta e dos custos elevados, e reduzir tensões diplomáticas.

Reação da ABIEC 
Na nota divulgada à imprensa na última semana, a ABIEC destacou que a revogação das tarifas demonstra a efetividade do diálogo técnico e das negociações conduzidas pelo governo brasileiro, resultando num desfecho construtivo e positivo.

A entidade também afirmou que seguirá atuando de forma cooperativa para ampliar oportunidades e fortalecer a presença da carne bovina brasileira nos principais mercados globais.

Comércio exterior 
A retirada da sobretaxa tem impacto direto sobre exportadores brasileiros e o agronegócio como um todo. Segundo dados anteriores à

Foto: Shutterstock

aplicação do tarifaço, os EUA representavam o segundo maior destino da carne bovina do Brasil, atrás apenas da China.

O recente bloqueio causava retração nas exportações para os EUA e aumentava a pressão para que produtores e frigoríficos redirecionassem vendas para outros mercados internacionais. Com a revogação da sobretaxa, abre uma nova perspectiva de retomada de volume exportado, o que pode fortalecer as receitas do setor e ajudar a recompor a fatia brasileira no mercado americano.

Próximos desafios
Apesar da revogação das tarifaço, a ABIEC e operadores do setor devem seguir atentos a outros desafios do comércio internacional: flutuações de demanda, concorrência com outros países exportadores, exigências sanitárias, regime de cotas dos EUA e eventual volatilidade cambial.

Para a ABIEC, o caso também reforça a importância do protagonismo diplomático e da cooperação institucional, tanto para garantir o acesso a mercados como para garantir previsibilidade para os exportadores brasileiros.

Fonte: O Presente Rural
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Abates de bovinos disparam e pressionam preços no mercado interno

Alta oferta limita valorização do boi gordo, apesar de exportações recordes e forte demanda internacional.

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Os abates de bovinos cresceram no terceiro trimestre, impulsionados pelo bom momento dos confinamentos. Em outubro, as exportações também tiveram desempenho excepcional, mas o aumento da oferta de carne no mercado interno acabou limitando uma valorização maior do boi gordo. De acordo com dados do Itaú BBA Agro, mesmo com a recuperação recente dos preços, a relação de troca para quem trabalha com recria e engorda piorou, já que o custo do bezerro avançou mais que o preço do boi no período de um ano.

Dados do IBGE mostram que os abates de bovinos subiram 7% no terceiro trimestre de 2025 em comparação com o mesmo período de 2024. Só em setembro, o crescimento foi de 13% sobre o resultado do ano anterior. Informações preliminares do Serviço de Inspeção Federal (SIF) indicam que, em outubro, os abates podem ter aumentado cerca de 15% na comparação anual.

As boas margens dos confinamentos em 2025, especialmente para produtores que fizeram gestão eficiente de riscos e aproveitaram momentos favoráveis de mercado para travar preços, atraíram um grande volume de animais para a engorda intensiva. Esse movimento reforçou ainda mais a oferta de gado pronto para abate, que já vinha em alta desde o início do ano. Um exemplo foi o contrato futuro com vencimento em outubro, que negociou acima de R$ 330 por arroba durante boa parte de março a agosto e encerrou o mês a R$ 317.

Do lado da demanda, as exportações de carne bovina registraram resultados impressionantes em setembro e outubro, com dois recordes consecutivos: 315 mil e 320 mil toneladas de carne in natura embarcadas, respectivamente, um avanço anualizado de 16,7% sobre o acumulado de janeiro a outubro de 2024.

Mesmo assim, o forte aumento dos abates elevou a oferta de carne no mercado interno, acima do esperado para o período. Ainda assim, o preço do boi gordo reagiu a partir do fim de setembro. Entre o início de outubro e 14 de novembro, a arroba subiu 5,6%, e a carcaça casada avançou ainda mais, 7,9%.

Apesar dessa recuperação, a relação de troca para recria e engorda se deteriorou no intervalo de um ano: enquanto o boi gordo de São Paulo ficou 4,8% mais barato em outubro na comparação anual, o bezerro de Mato Grosso do Sul ficou 15,4% mais caro.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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