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Notícias Meio Ambiente

Desmatamento associado à soja no Cerrado está em queda, diz estudo

Taxa é a menor em 18 anos e sofrendo sucessivas quedas; Tendência é de expansão nas áreas de pastagens no próximo ciclo de crescimento da cultura no bioma

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Em função da importância econômica da soja para o Cerrado e atenta às preocupações relacionadas aos impactos socioambientais causados pela cultura na região, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) tem dedicado esforços com o objetivo de acompanhar a crescente expansão da soja no bioma. Estudo encomendado pela entidade e elaborado pela Agrosatélite, por meio da análise de imagens de satélites adquiridas desde o início dos anos 2000, concluiu que, apesar da expansão da cultura no Cerrado, este crescimento sobre áreas desmatadas vem caindo sucessivamente, passando de 215 mil hectares anuais de 2001 a 2006 para 73 mil hectares ao ano de 2014 a 2018.

“Já havíamos constatado essa tendência de queda do desmatamento associado à soja no estudo anterior, divulgado em 2018, e ela se confirma agora. Temos a menor taxa de desmatamento associado à soja em 18 anos. A justificativa é o aumento da produtividade e a expansão dos plantios em áreas já antropizadas”, diz André Nassar, presidente da ABIOVE.

O Cerrado é o segundo maior bioma do Brasil e ocupa 204 milhões de hectares, sendo que 52,5% está coberto por vegetação nativa.  É nele que está hoje 51% de toda a área de soja nacional.

O estudo mostra que a área de soja no Cerrado cresceu 2,4 vezes nas últimas 18 safras, passando de 7,5 (em 2000/01) para 18,2 milhões de hectares (8,9% do bioma) em 2018/19. Neste mesmo período também houve um aumento de 30% da produtividade a partir do melhoramento genético dos cultivares e agricultura de precisão.

Um terço desta expansão se concentrou no Matopiba (formado por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), onde a área de soja aumentou de 0,9 para 4,1 milhões de hectares no mesmo período. Por outro lado, de 2016/17 a 2018/19, houve ligeira queda na taxa anual de expansão da soja no bioma, puxada justamente por uma desaceleração no Matopiba.

Tanto no Matopiba quanto nos outros estados do Cerrado (Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Rondônia e pelo Distrito Federal), a rotação de culturas e o pousio exercem papel relevante na dinâmica da expansão da soja entre as safras. A conversão de pastagens é mais relevante nos outros estados, contribuindo com 67,2% (1,23 milhões de hectares) da expansão de 2014 a 2018. Neste período, o desmatamento na região representou apenas 4,4% (80 mil hectares) da expansão líquida da área de soja.

Segundo o estudo inédito, o bioma Cerrado tem hoje 95,7 milhões de hectares (46,8%) da sua área antropizada, dos quais 26,1 milhões de hectares estão com pastagem em área de aptidão agrícola para soja. “A tendência é de até a safra 2028/29 a área cultivada com soja no Cerrado cresça em até 5 milhões de hectares, sendo que esse próximo ciclo de expansão pode acontecer em quase sua totalidade nas áreas de pastagens”, explica Bernardo Rudorff, diretor-executivo da Agrosatélite.

“O estabelecimento de um mecanismo de compensação financeira pela manutenção da vegetação nativa preservada nos imóveis que cultivam soja no Cerrado é uma ideia que temos defendido na Abiove e que também aprofundamos ao longo do estudo. Identificamos que o bioma possui hoje uma área total de 4,4 milhões de hectares passível de compensação financeira de acordo com o mecanismo que estamos discutindo para o bioma”, completa Nassar.

Fonte: Assessoria

Notícias Comissão de Agricultura na Assembleia

Afagro busca melhores condições de trabalho para fiscais agropecuários no Rio Grande do Sul

Jeferson Barcelos Morais, conselheiro da entidade, expôs que nos últimos cinco anos houve 95 nomeações de fiscais, dos quais 41 pediram exoneração.

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Foto: Bruna Karpinski

Na manhã desta quinta-feira (25), a diretoria da Afagro falou sobre a situação da categoria na Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. “De 2019 até agora, em 2024, tivemos 95 nomeações de fiscais. Em contrapartida, tivemos 41 pedidos de exoneração, quase a metade. Somando as aposentadorias, nós temos mais que a metade deste número de evasão de servidores treinados e capacitados”, detalhou o conselheiro da Afagro, Jeferson Barcelos Morais, que falou em nome do presidente da associação e dos 409 fiscais estaduais agropecuários.

“Nós trabalhamos, todos os dias, cientes da nossa responsabilidade frente ao agronegócio gaúcho, sabendo da importância deste setor para a economia do nosso Estado. Temos amor pelo que fazemos e não queremos, de jeito nenhum, ter que continuar procurando outros empregos para melhorar nossa renda”, enfatizou Jeferson.

A proposta do espaço de fala foi do deputado Luciano Silveira (MDB), que preside a comissão. No dia 10 de abril, a diretoria esteve no gabinete do parlamentar para conversar sobre os pleitos dos Fiscais Estaduais Agropecuários.

Ao final do pronunciamento da Afagro, o deputado Zé Nunes (PT) pediu a palavra para manifestar sua solidariedade e reconhecimento à carreira. Diante do contexto relatado pelos servidores da fiscalização agropecuária, o parlamentar concordou que existe o risco de desmantelamento do serviço. “Eu sou engenheiro agrônomo de formação, e você jamais vai encontrar um engenheiro agrônomo trabalhando em uma empresa privada para ganhar o que os nossos servidores hoje recebem”, afirmou o parlamentar.

“Sem os fiscais agropecuários trabalhando lá no campo para cuidar da sanidade, das doenças, da defesa agropecuária, vai dar problema. Vocês não estão lutando só pelo salário de vocês, estão lutando pela defesa do Estado gaúcho”, disse o deputado.

Fonte: Assessoria
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Notícias

Entidades debatem gargalos nos portos catarinenses

Encontro também debateu a renovação da concessão do trecho norte da BR-101.

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Foto: Divulgação/Fiesc

O presidente do Sistema Faesc/Senar, José Zeferino Pedrozo, participou nesta semana da reunião do Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (Cofem). O encontro, realizado na sede da Fetrancesc, em Florianópolis (SC), debateu os gargalos no setor portuário catarinense e a renovação da concessão do trecho norte da BR-101.

As entidades integrantes do Cofem manifestaram preocupação com a situação dos portos catarinenses, especialmente com a situação de Itajaí, que há mais de um ano praticamente não movimenta contêineres. Neste sentido, enviarão ofício ao coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense, deputado Valdir Cobalchini, reforçando a necessidade de mobilização de Santa Catarina para um aumento do efetivo do Ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa) e Vigiagro para atuação no estado, bem como a atenção em relação à disponibilização, pelo governo federal, de recursos necessários para a dragagem do complexo portuário de Itajaí.

Pedrozo avalia como positiva a reunião que oportunizou debater assuntos estratégicos para o desenvolvimento do setor produtivo. Para ele, o envio do ofício ao coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense foi uma decisão fundamental para a busca de soluções aos gargalos no setor portuário catarinense, que vem sendo penalizado com a falta de profissionais e outros problemas que geram atraso na liberação de mercadorias e impedem a competitividade.  “Ao debatermos essa e outras pautas, mais uma vez cumprimos com o propósito de promover o diálogo entre representantes de diversos setores da economia para darmos o melhor encaminhamento às demandas comuns aos integrantes do Conselho”, comentou Pedrozo.

Os presidentes das entidades integrantes do Cofem também deliberaram por encaminhar ao Ministério do Transportes e à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) um pedido de informações sobre a modelagem que está sendo proposta para a renovação da concessão da BR-101 Norte, hoje sob responsabilidade da Arteris, considerando a fala do ministro Renan Filho, em visita ao estado na semana passada.

O setor empresarial quer participar da discussão, para que as demandas do setor produtivo e da sociedade catarinense sejam atendidas, pois considera que o debate deve ser amplo e transparente. Por isso, o Cofem discutiu a necessidade de definir de forma técnica e fundamentada quais obras serão necessárias para que a rodovia possa atender ao crescimento previsto na demanda.

Durante o encontro, o delegado geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, apresentou um panorama da segurança pública no estado e também o planejamento do órgão para os próximos anos. Entre as inovações estiveram a implantação do sistema de alerta de cargas roubadas além de uma ferramenta de alerta contragolpes e estelionatos, especialmente os virtuais. Ele também salientou as medidas tomadas para otimização de recursos, que economizaram R$ 17,4 milhões aos cofres públicos em 2023.

A pauta da reunião trouxe ainda o debate sobre o Projeto de Lei 0290/2023, que trata da padronização de possíveis formas de compensação ambiental para autuados, de forma a tornar a penalização impessoal e favorecer a isonomia.

Outro tema discutido foi o PL 0006/24, que trata da obrigatoriedade de disponibilizar postos de coleta de óleo de cozinha por empresas que comercializam mais de 100 litros, visto com ressalvas pelas entidades empresariais. Também foi discutido o PL 0007/24, que trata da restrição de tráfego de caminhões com produtos perigosos na Serra Dona Francisca.

O Cofem é composto pelas Federações das Indústrias (Fiesc), do Comércio (Fecomércio), da Agricultura (Faesc), dos Transportes (Fetrancesc), das Associações Empresariais (Facisc), das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), das Micro e Pequenas Empresas (Fampesc), além do Sebrae/SC.

Fonte: Assessoria Sistema Faesc/Senar/Fiesc
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Notícias

“Temos que construir um sistema de segurança alimentar que seja mais sustentável, justo e produtivo“, defende CEO da JBS em seminário

Durante Seminário Brasil Hoje, Gilberto Tomazoni abordou a importância da parceria da indústria com o produtor para ter o consumidor no foco dos negócios.

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Um sistema de segurança alimentar que seja mais sustentável, produtivo e justo, capaz de permitir e acompanhar a evolução da humanidade, defendeu na última segunda-feira (22), o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni. A afirmação foi feita durante o painel “Do campo à indústria: integração e inovação nas cadeias produtivas”, no Seminário Brasil Hoje, promovido pela Esfera Brasil.

“É fundamental utilizarmos práticas cada vez mais sustentáveis para, assim, aumentarmos a produtividade do setor. Afinal, se não houver aumento de produtividade, não vamos combater a questão climática e alimentar a população. É preciso caminharmos em conjunto em prol do mesmo objetivo”, afirmou Tomazoni.

CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni, durante participação no Seminário Brasil Hoje: “É preciso caminharmos em conjunto em prol do mesmo objetivo” – Fotos: Ciete Silveirio

 

Como uma companhia global e uma das maiores empresas de alimentos do mundo, com diversidade geográfica e sustentada pela visão de negócios multiproteínas, a JBS compreende a importância de investir em ações pensadas nessa direção. Por isso, tem desenvolvido estratégias que levam em conta as urgências ambientais atuais.

Dessa forma, a empresa se conecta com o conceito de economia circular, uma forma de atuação que está há décadas em seus negócios. “Para nós, ser mais sustentável significa ampliar a eficiência e, assim, expandir nossa capacidade de produzir o máximo com o mínimo de recursos naturais”, explica Tomazoni.

Dentro do conceito de economia circular, a JBS aproveita 99% de cada bovino processado pela Companhia. Em aves e suínos, esse percentual é de 94%. Dos resíduos do processo produtivo do boi, são obtidos biodiesel, couro para revestimento de móveis, vestuário e acessórios, peptídeos de colágeno e gelatinas, além da fabricação de sabonetes e muitos outros produtos.

A Companhia busca fomentar a inovação e a tecnologia na parceria com os produtores para colocar o consumidor no centro dos negócios. Tomazoni citou o exemplo dos Escritórios Verdes no Brasil, iniciativa da JBS que visa apoiar produtores rurais, principalmente os pequenos, na adoção das melhores práticas socioambientais, incluindo manejo de baixo carbono.

Desde a criação do projeto, em 2021, 9.200 fazendas foram regularizadas, com mais de 22 mil atendimentos. Para 2024, a meta é alcançar 12 mil regularizações ambientais. “Buscamos criar condições junto aos produtores para que o consumidor tenha o máximo de poder de escolha possível. Assim, todos saem ganhando”, pontua o CEO.

Investimentos de R$ 15 bilhões na JBS

Durante o evento, Wesley Batista, acionista da J&F, anunciou o investimento de R$ 15 bilhões em unidades da JBS espalhadas pelo país, com o objetivo de ampliar a produção da Companhia. Batista também afirmou que a holding J&F investirá R$ 25 bilhões no negócio de celulose, R$ 5 bilhões em mineração e R$ 5 bi em outras empresas do grupo. O executivo afirmou, ainda, que segue otimista em relação aos investimentos no Brasil e que o país segue com o potencial de ser “a bola da vez”, entrando em um ciclo virtuoso como já ocorreu no passado.

Fonte: Assessoria JBS
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