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Desmame precoce é opção para períodos de estiagem

Ação tem resultados positivos na raça Devon, aumentando a taxa de prenhez das matrizes em cerca de 20%.

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Paulo Mariante

O desmame precoce, surgido na década de 80, consiste no aparte do terneiro antes da idade convencional, que é a partir dos seis meses, passando à oferta de alimentos sólidos. A técnica melhora a condição corporal da vaca e, consequentemente, proporciona condições físicas para que a matriz volte a emprenhar em 45 dias.

Pesquisa realizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em 2019, constatou que o desmame precoce de bovinos de corte pode aumentar a taxa de prenhez das matrizes em cerca de 20%. Os resultados positivos se confirmam nos rebanhos Devon, que registraram, também, uma manutenção no ganho de peso dos terneiros.

Para o diretor técnico da Associação Brasileira de Criadores de Devon e Bravon (ABCDB), Lucas Hax, o desmame precoce é uma ferramenta para incremento na taxa de prenhez do rebanho. “Pode ser utilizada em períodos de seca, quando há escassez de forragem, reduzindo a demanda energética da vaca e proporcionando uma maior disponibilidade de energia para o retorno das funções reprodutivas”, resume o médico-veterinário.

Hax explica que o desmame precoce pode ser utilizado de forma pontual no rebanho, ou seja, em vacas com baixa condição corporal e vacas em anestro, o que aumenta as chances de reconcepção dessas matrizes. “Quando realizado de maneira correta, com volumoso, concentrado e água de qualidade e nas quantidades adequadas, além de uma boa estrutura física, o terneiro desmamado precocemente pode chegar à idade tradicional de desmame com o mesmo resultado dos terneiros que seguiram mamando”, afirma.

Nesse contexto, o Devon e o Bravon apresentam ótimas respostas à técnica do desmame precoce. “A destacada fertilidade das duas raças as torna muito sensíveis a esse manejo, resultando em um alto percentual de vacas em cio logo após o aparte dos terneiros. Da mesma forma, a docilidade dos terneiros contribui para a rápida adaptação pós desmame, garantindo um consumo precoce dos alimentos ofertados e consequentemente um bom desempenho”, acrescenta. “Nesses tempos de estiagem, se sobressai uma das principais características dos nossos animais, que é a rusticidade. A diferença corporal em relação a outras raças é visível nos campos e isso deve ser levado em consideração”, complementa a presidente da ABCDB, Simone Bianchini.

Estância Guajuvira

No mês de janeiro, 182 terneiros e terneiras da raça Devon, nascidos no final de 2021, foram desmamados na Estância Guajuvira, em Pedras Altas, no Sul do Rio Grande do Sul. Com taxa média de prenhez de 90% e picos de até 95%, a propriedade é referência na produção de terneiros, especialmente com a aplicação da técnica de desmame precoce.

“Eles vão nascendo em épocas diferentes e o desmame é aos poucos. O trabalho e o investimento compensam, temos vacas que deram cria oito anos seguidos”, garante a pecuarista Lia Tavares Mariante, que introduziu o desmame precoce, no rebanho, há cerca de 25 anos. “Uma grande vantagem é que sem a cria ao pé as vacas melhoram a condição corporal, o que garante a reconcepção e um bom estado para passar o inverno. Além disso, há uma melhora na fertilidade. Meus compradores confirmam que já houve até 100% de prenhez em vaquilhonas de dois anos”, exalta.

De acordo com a pecuarista, este ano a pastagem está escassa por causa da estiagem, mas a raça Devon se adapta bem e consegue aproveitar todo o alimento disponível. ” Ele é muito rústico e leva vantagem por isso”, pontua.

Na Estância Guajuvira só são afastados das 300 vacas de cria os terneiros com mais de 80 quilos, ou 60 dias. “No início, eles ficam na mangueira recebendo ração especial para desmame e milheto, por cima botamos um pastinho. Depois de uma semana, eles vão para um campo com pasto mais fechado, mas ainda recebendo ração diária. Só depois eu separo as fêmeas dos machos”, expõe.

Fonte: Assessoria

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Preços do suíno vivo sobem na segunda quinzena, mas médias mensais têm comportamentos distintos

Nas primeiras semanas de março, a disponibilidade de animais acima da demanda pressionou os valores tanto do vivo como da proteína. Já na segunda parte do mês, com a oferta mais “ajustada” em relação à procura, os preços subiram um pouco.

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Foto: Julio Cavalheiro

Após caírem na primeira metade de março, os preços do suíno vivo e da carne suína avançam nesta segunda quinzena.

Ainda assim, segundo pesquisadores do Cepea, enquanto em algumas regiões o recente movimento de alta garante aumento na média de março frente à de fevereiro, em outras, a desvalorização mais intensa na primeira quinzena resulta em baixa na média mensal.

Nas primeiras semanas de março, a disponibilidade de animais acima da demanda pressionou os valores tanto do vivo como da proteína.

Já na segunda parte do mês, com a oferta mais “ajustada” em relação à procura, os preços subiram um pouco.

No entanto, nos últimos dias, compradores estiveram mais afastados das aquisições de novos lotes de animais. Segundo agentes consultados pela Equipe de Proteína Animal/Cepea, esse movimento está atrelado ao período da Quaresma, quando a demanda por carne de peixe cresce em detrimento da de carnes vermelhas.

Fonte: Assessoria Cepea
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Fraca demanda pressiona cotações do frango em março

Queda se deve principalmente à demanda enfraquecida pela carne e à consequente baixa liquidez observada ao longo do mês.

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Foto: Jonathan Campos

Os preços médios da maioria dos produtos de origem avícola estão encerrando março abaixo dos registrados em fevereiro.

Segundo pesquisadores do Cepea, a queda se deve principalmente à demanda enfraquecida pela carne e à consequente baixa liquidez observada ao longo do mês.

Já no mercado de pintainho de corte, a procura aquecida pelo animal tem impulsionado os valores.

De acordo com agentes consultados pelo Cepea, o movimento altista pode estar ligado ao interesse da indústria em aumentar o alojamento de frango, sobretudo para atender à demanda externa pela proteína brasileira – vale lembrar que as exportações de carne de frango estão em forte ritmo.

Fonte: Assessoria Cepea
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Em reunião com diretorias da Aiba e Abapa, presidente da Coelba anuncia intenções para solucionar déficit de energia elétrica no Oeste baiano

O déficit de energia elétrica é um problema constante e uma realidade que contribui para travar o progresso na região, e a união dos produtores e associações de classe, mostra o empenho do setor em se mobilizar e buscar soluções.

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Em atendimento às solicitações apresentadas por agricultores em reunião prévia ocorrida em (06) de fevereiro, quando esteve no Oeste da Bahia e ouviu as demandas de energia elétrica, o diretor presidente da Coelba Neoenergia, Thiago Freire Guth, retornou à região, e na última terça-feira (26), reuniu-se com as diretorias da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), na sede da Coelba em Barreiras.

Como ficou acordado, ainda no final de fevereiro, uma comitiva de consultores da Coelba realizou visitas técnicas a propriedades rurais do Oeste baiano para diagnosticar as principais carências energéticas da região, a partir do qual foram realizados estudos de viabilidade com emissão de parecer técnico.

Fotos: Divulgação/Aiba

Durante a reunião, o diretor presidente da Coelba, juntamente com os superintendentes, de Área Técnica, Tiago Martins, e de Expansão de Obras, Anapaula Nobre, fizeram a apresentação do novo plano de investimentos da Coelba para o Oeste da Bahia nos próximos quatro anos. “Temos demandas que não foram atendidas no decorrer dos anos, mas a atual gestão da Coelba vem sendo mais participativa aqui na região. Um momento importante para debater e atualizar os próximos passos da companhia, em termos de investimento, aqui no oeste baiano, e tenho certeza, que daqui para frente, com mais transparência e participação da Coelba. O que ouvimos hoje é que as coisas realmente vão começar a sair do papel para prática, e que as demandas da região e do agronegócio serão atendidas”, avalia o vice-presidente da Aiba, Moisés Schmidt.

O déficit de energia elétrica é um problema constante e uma realidade que contribui para travar o progresso na região, e a união dos produtores e associações de classe, mostra o empenho do setor em se mobilizar e buscar soluções. “É a segunda vez que o presidente da Coelba vem ao oeste, trazendo respostas e anunciando esses investimentos, e nós esperamos que isso venha atender ao produtor, tanto na quantidade necessária, e também na qualidade, que é fundamental”, complementa o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi.

O diretor presidente, Thiago Freire agradeceu a oportunidade e anunciou as intenções da companhia. “É uma região pujante, e do ponto de vista de desenvolvimento do agronegócio, existe uma necessidade energética urgente. A empresa está alocando os recursos necessários para, nos próximos quatro anos, aumentar cerca de 70% da capacidade de energia elétrica da região”, pontuou Guth que ainda falou de parcerias. “É um desafio também em fazer um trabalho conjunto e trazer novas linhas de transmissão e subestações da rede básica, fora do escopo da energia Coelba, uma questão mais de infraestrutura de alta tensão. Propomos fazer esse trabalho em parceria com associações locais, e ouvirmos a necessidade dos clientes e trabalhar juntos, para resolver os problemas que são comuns, tanto para associações e para o desenvolvimento da região, quanto para a própria energia”, complementou o diretor presidente, que ainda confirmou a divulgação de um cronograma da Coelba, sugerido pelos produtores rurais, para acompanhamento das ações e investimentos da companhia na região.

O segundo vice-presidente da Aiba, Seiji Mizote, os diretores, financeiro, Helio Hopp, executivo, Alan Malinski, o gerente de Infraestrutura, Luiz Stahlke participaram do momento, que também foi prestigiado pelos ex-presidentes e conselheiros, João Carlos Jacobsen, Júlio Busato, Celestino Zanela, os produtores rurais Luiz Pradella, Ildo Rambo, Elisa Zanela, e a vice-presidente da Abapa, Alessandra Zanotto. Representando a Coelba Neoenergia ainda estiveram presentes superintendentes, supervisores e engenheiros.

Fonte: Assessofria Aiba
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