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 Desequilíbrio entre produção e consumo deve manter preços em alta, afirma presidente da Coopavel

Informação foi dada pelo presidente da Coopavel em reunião com empresários, na Acic

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O presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, durante encontro com empresários, na Acic - Crédito: Assessoria

A pandemia e o clima tiveram parcela significativa de influência sobre as safras mais recentes e agora, com a guerra e suas consequências, o cenário das principais commodities seguirá com desequilíbrio entre produção e consumo. Com isso, a previsão é que os preços, principalmente da soja, milho e trigo, sigam valorizados no mercado internacional. A informação é do presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, e foi dada nesta quarta-feira a empresários da diretoria da Acic, a Associação Comercial e Industrial de Cascavel.

A produção de soja no mundo na safra 2021/2022 foi de 366,2 milhões de toneladas e o consumo alcançou 372,5 milhões. O Brasil é o maior produtor da leguminosa, com 122,7 milhões de toneladas. A América do Sul, com 178 milhões de toneladas, é a região de maior produção do grão, o que a torna estratégica no mercado de uma das commodities mais procuradas e transformadas no planeta. Dilvo apresentou números de preços da saca em 2019 e de agora, mostrando a valorização do cereal. O valor saltou de R$ 68 para R$ 176 a saca, valorização de 160% em três anos.

O presidente da Coopavel falou da estratégia da China de comprar grãos em vez de farelo e óleo. “A lógica é inteligente, porque ao contrário dos outros dois, o grão não tem prazo de validade”. A China destina 120 milhões de toneladas de soja ao esmagamento, enquanto que os Estados Unidos 60 milhões, o Brasil 55 milhões e a Argentina, 50 milhões de toneladas. Dilvo lembrou que 75% da produção de grãos do País está concentrada em seis estados do Sul e Centro-Oeste – Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) e Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás).

 

Milho

O mundo produziu, na safra 2021/2022, 1,123 bilhão de toneladas de milho contra consumo de 1,195 bilhão de toneladas. Os Estados Unidos são os maiores produtores, com 384 milhões de toneladas, das quais 128 milhões destinadas à produção de etanol – o Brasil destina 6 milhões de toneladas a essa finalidade. O segundo maior produtor é a China, com 275,5 milhões, seguida do Brasil, com 114 milhões, e da União Europeia, com 69,8 milhões. A Ucrânia, que aparece logo após a Argentina (53 milhões), responde por produção de 41,9 milhões de toneladas. Com a guerra, segundo Dilvo Grolli, ocorrerão consequências à produção de milho, já que a Ucrânia, mesmo que o conflito termine hoje, demorará para restabelecer a integridade de sua cadeia produtiva.

Os empresários foram informados também sobre produtividade do milho e da importância de investir em tecnologias avançadas. A média do Brasil é de 5,3 mil sacas por hectare, enquanto que nos Estados Unidos é superior a 12 mil. No Oeste do Paraná, entretanto, ela chega a 11 mil e as produtividades alcançadas no Show Rural Coopavel, que é um campo de testes a novas cultivares e aprimoramentos em manejo, ela chega a alcançar 16,8 mil sacas por hectare. Quanto aos preços da saca, em 2019 era de R$ 28 e agora é de R$ 80, valorização de 176%. Dilvo repassou outra informação importante sobre o agro brasileiro. Em 31 anos, de 1990 a 2021, a produtividade de grãos cresceu 360%, enquanto que a área plantada foi aumentada em 92%.

Já no trigo, a produção mundial na safra de 2021/2022 foi de 778 milhões de toneladas contra demanda de 786 milhões. A Rússia é a quarta maior produtora, com 75 milhões de toneladas, mas devido às sansões aos russos o desequilíbrio tende a continuar, mantendo perspectivas de preços elevados nos próximos anos. O consumo brasileiro do cereal é de 12,7 milhões de toneladas e a produção está na casa de 7,7 milhões. Uma das consequências desse cenário é aumento nos derivados de trigo em 20% já sentido no bolso do consumidor brasileiro. Dilvo falou ainda do mercado de carnes e da importância das cooperativas no agronegócio paranaense. O Paraná, apontou ele, destina 28% de seu território à proteção ambiental, enquanto que a lei exige 20%.

 

Infraestrutura e logística

Dilvo chamou atenção também para mudanças no mapa das exportações brasileiras, principalmente de soja e milho. Em 2010, 77% de tudo que seguia para o exterior era embarcado por portos do Sul e Sudeste, e apenas 23% pelo eixo Norte. Agora, há igualdade de percentuais entre esses canais, demonstrando a priorização de investimentos em infraestrutura e logística em estados do Norte e Nordeste.

“São 79 os projetos de novas ferrovias no País e apenas um para o Sul, justamente a Ferroeste”, alertou Dilvo Grolli, destacando que o Brasil emprega, no escoamento de suas riquezas, os modais mais caros – ferroviário e rodoviário, proporcionalmente operando com o dobro e o triplo dos preços praticados pelo transporte por hidrovias.

 

Fonte: Assessoria

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Inaugurada nova unidade industrial da Aurora Coop

Cooperativa investiu R$ 587 milhões em avançada unidade de processamento de carnes para os mercados interno e externo

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Inauguração da avançada unidade de processamento de carnes ocorreu na terça-feira, em Chapecó. (Fotos: MB Comunicação).

A Aurora Coop – terceiro maior grupo agroindustrial brasileiro da proteína animal – inaugurou na última terça-feira (16), em Chapecó, uma das maiores e mais avançadas indústrias de processamento de carnes do Brasil. Designado de IACH II (Indústria Aurora Coop Chapecó II), o empreendimento amplia a presença da cooperativa no segmento de industrializados.

O presidente Neivor Canton destacou a relevância da instauração de mais uma planta industrial para o cooperativismo catarinense e brasileiro. “A inauguração dessa moderna e avançada indústria de processamento de carne é um eloquente testemunho do triunfo do cooperativismo como ideologia associativista e do modelo de negócio fundado na ética e na sustentabilidade”.

O governador do Estado de Santa Catarina, Jorginho Mello, declarou que a Aurora Coop, sua capacidade técnica e sua numerosa geração de empregos são um orgulho para Santa Catarina e para todo o país.

Canton enfatizou que a diversificação do portfólio busca fortalecer a posição da Aurora Coop no mercado brasileiro e, também, como player global. “É fundamental investir na produção e no lançamento de linhas de produtos inovadores, gerando valor para os nossos produtores rurais cooperados, colaboradores, clientes e consumidores, sem esquecer da gestão sustentável da cadeia produtiva”.

“Há 55 anos, o cooperativismo é o grande protagonista dessa história que é contada por mais de 100 mil famílias no campo e na cidade. O resultado todos nós já conhecemos: alimentos de excelência na mesa de milhares de consumidores do brasil e do mundo”, observou o presidente da Aurora Coop.

Ato de entrega do termo de licença ambiental de operação ocorreu durante a solenidade.

Presente na cerimônia de inauguração, o governador do Estado de Santa Catarina, Jorginho Mello declarou que a Aurora Coop, sua capacidade técnica e sua numerosa geração de empregos são um orgulho para o estado catarinense e para todo o país. “Não tenho dúvida que todos nós temos orgulho do que a Aurora Coop fez nesses 55 anos. É uma honra quando vemos em supermercados produtos dessa cooperativa, levando o nome de nosso estado para o mundo.” O governador apontou ainda a potência do sistema cooperativista catarinense ao afirmar que se tornou um grande protagonista mundial.

A entrega do termo de licença ambiental de operação e o descerramento da placa inaugural da Indústria Aurora Coop Chapecó II marcaram o encerramento da cerimônia.

 

IMPONENTE

IACH II (Indústria Aurora Coop Chapecó II), uma das maiores e mais avançadas indústrias de processamento de carnes do Brasil. (Foto: Divulgação/Aurora Coop).

O novo complexo industrial impressiona pela sua amplitude. Ocupa uma área territorial de aproximadamente 15 hectares inseridos dentro uma gleba com 241 hectares, no bairro Efapi. O conjunto é formado por 37 edificações (industriais, administração, suporte e tratamento de efluentes), totalizando área construída de 31.402 metros quadrados.

Os produtos se destinam para os mercados interno e externo, com previsão de exportação para o Reino Unido, Emirados Árabes Unidos (EAU) e União Europeia (UE). O faturamento da nova indústria está projetado em R$ 86,2 milhões/mês, o que incrementará a receita operacional bruta da Aurora Coop para 2024 em 4,2%.

Placa inaugural da Indústria Aurora Coop Chapecó II foi descerrada pelas autoridades presentes.

A nova indústria da Aurora Coop possui um elevado grau de automação, presente em todas as etapas do processo produtivo, em diferentes níveis, atingindo a robotização ao final das linhas. O setor embalagens, em destaque na automação, conta com robôs, empacotadoras, controles rigorosos de pesagem e geração de etiquetas.

A fábrica foi projetada e construída de forma a garantir a qualidade do processo e evitar o contrafluxo. Entre os diferenciais tecnológicos destacam-se a linha de formação com alta precisão de peso e formato; o congelamento por leito fluidizado; a equalização de temperatura com uso de nitrogênio; o sistema de grelhamento dos produtos; e os fornos de cozimento que garantem maior sabor e qualidade dos produtos cozidos.

Diferenciais de sustentabilidade estão presentes na nova planta industrial, com a utilização de cavaco como fonte de biomassa. Proveniente de florestas próprias de eucalipto, plantadas no entorno da fábrica, essa alternativa reduz o consumo de lenha e aumenta a eficiência na geração de calor e vapor. Embalagens, por outro lado, são do tipo monocamada, facilitando o processo de reciclagem.

A capacidade instalada para produção diária é de 176 toneladas de empanados, 88 toneladas de cozidos, 14,3 toneladas de desfiados, totalizando um volume de 278,3 toneladas/dia com operação em três turnos (22 horas trabalhadas). Com uma média de 25 dias trabalhados, a produção mensal atingirá 4.400 toneladas de empanados, 2.200 toneladas de cozidos e 357,5 toneladas de desfiados, totalizando 6.957,5 toneladas/mês. A nova indústria atingirá plena capacidade de produção em até sete anos.

Foram gerados de imediato 354 empregos diretos para iniciar as diversas linhas de produção. Porém, o quadro funcional chegará a 700 trabalhadores – quando atingir a plenitude produtiva – com a indústria operando de segunda-feira a sábado, em três turnos.

Quatro linhas de produção já estão ativas: frango desfiado, peito de frango cozido (íntegro, cubos e tiras), empanados grandes formados e empanados pequenos formados e cortes íntegros. A fábrica foi projetada prevendo a futura instalação de uma quinta linha, que poderá ser complementar às linhas existentes ou possibilitar a industrialização de novos produtos do mix da empresa.

Fonte: Assessoria
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Custos de produção de frangos de corte e de suínos caem em março

Os estados de Santa Catarina e Paraná são usados como referência nos cálculos da CIAS por serem os maiores produtores nacionais de suínos e de frangos de corte, respectivamente

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Foto e texto: Assessoria

Os custos de produção de suínos e de frangos de corte caíam no mês de março nos estados líderes em produção e exportação segundo os estudos registrados pela Embrapa Suínos e Aves em sua Central de Inteligência de Aves e Suínos (https://www.embrapa.br/suinos-e-aves/cias). Em Santa Catarina, o custo de produção por quilo de suíno vivo produzido em sistema tipo ciclo completo chegou aos R$ 5,61, queda de 1,42% em relação a fevereiro. No ano, o acumulado é de -9,52%, o que fez o ICPSuíno cair para 321,12 pontos. O custo com a alimentação dos suínos determinou esse recuo, caindo a R$ 4,09, o que representou 73,33% do custo total

Já os custos de produção do quilo do frango de corte no Paraná produzido em aviário tipo climatizado com pressão positiva foram de R$ 4,27 em março, queda de 2,39% em comparação com fevereiro. No ano, o acumulado é de -3,14%, o que fez o ICPFrango cair para 330,66 pontos. Assim como na suinocultura, o custo com a alimentação das aves determinou esse recuo, caindo a R$ 2,84, participando em 66,39% do custo total.

Os estados de Santa Catarina e Paraná são usados como referência nos cálculos da CIAS por serem os maiores produtores nacionais de suínos e de frangos de corte, respectivamente. Os custos de produção são uma referência para o setor produtivo. Entretanto, suinocultores independentes e avicultores sob contratos de integração devem acompanhar a evolução dos seus próprios custos de produção.

Aplicativo Custo Fácil – O aplicativo da Embrapa agora permite gerar relatórios dinâmicos das granjas, do usuário e das estatísticas da base de dados. Os relatórios permitem separar as despesas dos custos com mão de obra familiar. O Custo Fácil está disponível de graça para aparelhos Android, na Play Store do Google.

Planilha de custos do produtor – Produtores de suínos e de frango de corte integrados podem usar na gestão da granja a planilha eletrônica feita pela Embrapa. A planilha pode ser baixada de graça no site da CIAS.

 

Fonte: Embrapa
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Doze exportadores de carne bovina confirmam presença no SIAVS

ABIEC comanda ação com agroindústrias do setor; outras empresas participarão com estande próprio

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Foto: O Presente Rural

Doze das maiores empresas exportadoras de carne bovina do Brasil já confirmaram presença e novas empresas estão previstas para participar do Salão Internacional de Proteína Animal (SIAVS), maior evento dos setores no Brasil, que acontecerá entre os dias 06 e 08 de agosto, no Distrito Anhembi, em São Paulo (SP).

Duas exportadoras de carne bovina – a JBS Friboi e a Marfrig – já confirmaram participação com estandes próprios no SIAVS.

Ao mesmo tempo, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC) comandará um espaço exclusivo para os exportadores de bovinos em meio ao SIAVS. Nove empresas confirmaram presença: Cooperfrigu, Frigol, Astra, Iguatemi, Naturafrig, Frigosul, Zanchetta, Agra e Barra Mansa.

Em outra área consorciada do evento, a Frigoestrela marcará presença no pavilhão das agroindústrias de carne suína.

Ao todo, em torno de 70 agroindústrias produtoras e exportadoras de carne de frango, carne suína e carne bovina, além de ovos e peixes de cultivo, confirmaram presença no SIAVS. Elas se somam a mais de 200 empresas fornecedoras da cadeia produtiva de proteína animal do Brasil, incluindo equipamentos, genética, rações, laboratórios e outros.

Principal centro dos negócios das cadeias produtivas no Brasil, o SIAVS deverá reunir mais de 20 mil visitantes do Brasil e de outros 50 países, incluindo importadores de dezenas de mercados estratégicos e clientes do varejo e atacado brasileiros.

“A confirmação massiva de empresas frigoríficas de bovinos reforça o novo perfil do SIAVS, que se consolida como grande palco de negócios, do fomento ao desenvolvimento técnico e dos debates políticos e conjunturais destes setores que já geraram mais de R$ 1,2 trilhão para o país em duas décadas de exportações”, avalia o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin.

Realizadora do SIAVS, a ABPA preparou uma série de atrações para o principal evento das cadeias produtivas. Os detalhes serão divulgados por meio das redes sociais @siavsbr e pelo site do evento.

Fonte: Assessoria ABPA
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SIAVS 2024 E

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