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Suínos Brasil x Estados Unidos

Desafios sanitários expõem diferenças e oportunidades para a suinocultura brasileira

Diferenças sanitárias e estruturais do Brasil e dos Estados Unidos expõem vulnerabilidades, mas também apontam caminhos estratégicos para o fortalecimento da produção brasileira.

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A suinocultura global tem avançado em ritmo acelerado, marcada por modernização, alta tecnologia e crescente integração internacional. Galpões equipados com sistemas automatizados de alimentação, climatização e ventilação, divisões estruturais entre áreas limpas e sujas, genética de ponta e nutrição de qualidade, além de vacinas e ferramentas terapêuticas amplamente disponíveis, transformaram a forma de produzir carne suína em todo o mundo.

Entretanto, as diferenças locais ainda determinam o desempenho e os desafios sanitários de cada país. No caso da comparação entre Brasil e Estados Unidos, dois dos maiores produtores globais, as peculiaridades ambientais, a estrutura da mão de obra e a saúde dos rebanhos desenham cenários distintos, mas também complementares. “O sistema norte-americano de produção é altamente especializado e concentrado. São cerca de seis milhões de matrizes, em contraste com os 2,1 milhões do Brasil. Isso gera escala, mas também aumenta os riscos em termos de sanidade animal”, explica o médico-veterinário Giovani Trevisan, doutor em Filosofia, Ciências Populacionais em Saúde Animal e professor da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Estadual de Iowa.

Segundo ele, o fato de ambos os países destinarem aproximadamente um quarto da produção ao comércio internacional coloca pressão adicional para manter status sanitários reconhecidos globalmente. “Qualquer falha de biosseguridade pode ter impactos gigantescos não apenas internos, mas também no mercado mundial de proteína suína”, alerta.

Médico-veterinário Giovani Trevisan, doutor em Filosofia, Ciências Populacionais em Saúde Animal e professor da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Estadual de Iowa: “A prevenção deve ser sempre a palavra-chave” – Foto: Arquivo pessoal 

Apesar da menor escala, o Brasil tem vantagens estratégicas. O clima tropical e a menor densidade de animais por área reduzem alguns riscos sanitários, enquanto a mão de obra qualificada e a estrutura de granjas modernas fortalecem a capacidade de resposta a surtos. “O Brasil tem oportunidade de usar sua condição sanitária privilegiada como diferencial competitivo. A prevenção deve ser sempre a palavra-chave”, ressalta Trevisan.

O professor também destaca que os desafios norte-americanos podem servir de aprendizado. “Nos EUA, a alta concentração de animais em determinadas regiões facilita a disseminação de doenças. Isso mostra que o Brasil precisa planejar o crescimento de forma equilibrada, evitando os mesmos gargalos”, afirma.

Em um setor cada vez mais globalizado, Trevisan reforça que a cooperação entre países é essencial. “A suinocultura não pode mais ser vista de forma isolada. A troca de experiências e a busca por soluções conjuntas em biosseguridade e manejo sanitário são fundamentais para garantir a sustentabilidade do setor no longo prazo”, salienta.

Fortalezas de cada país

Apesar das semelhanças estruturais, Brasil e Estados Unidos possuem fortalezas distintas que moldam suas estratégias sanitárias e produtivas. No caso brasileiro, o diferencial está na condição de livre de enfermidades de grande impacto econômico, como a Síndrome Reprodutiva e Respiratória Suína (PRRS), a Diarreia Epidêmica Suína (PED) e o Delta Coronavírus Suíno (PDCoV).

Além disso, o país conta com mão de obra qualificada a custos relativamente mais baixos que os concorrentes, um sistema oficial de rastreamento animal reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e um serviço nacional de defesa estruturado para prevenção e resposta a emergências sanitárias. “O Brasil possui índices de mortalidade de matrizes e leitões muito mais baixos que os norte-americanos, reflexo direto de seu status sanitário e das condições de manejo. A mortalidade média de matrizes gira em torno de 6%, contra 14,5% nos EUA. Do nascimento ao abate, os índices chegam a 12,5% em Santa Catarina e 14,2% no Mato Grosso, enquanto a média americana supera 23%”, ressalta Trevisan.

Outro ponto favorável está no clima. Em grande parte do território nacional, as condições ambientais permitem construções mais simples, com menor necessidade de investimento em climatização, reduzindo significativamente o custo de produção. “O custo brasileiro, em termos gerais, é mais baixo, o que fortalece nossa competitividade no cenário global”, completa o especialista.

Do lado americano, entretanto, a estrutura é marcada por outros pontos fortes. O sistema logístico se destaca pela agilidade e eficiência, permitindo rápida movimentação de animais e insumos. A rede de diagnóstico laboratorial, considerada uma das mais avançadas do mundo, garante resultados de alta qualidade em curto prazo, com acesso a kits de diagnóstico que muitas vezes têm preços proibitivos no Brasil.

Além disso, a experiência acumulada no enfrentamento de doenças como PRRSV e PEDV levou ao desenvolvimento de sistemas robustos de biosseguridade, especialmente nas granjas de matrizes. “Nos Estados Unidos, é comum que as próprias granjas mantenham unidades específicas para desenvolvimento e aclimatação de leitoas, como forma de reduzir riscos sanitários. É uma prática que surge da necessidade, mas que se mostrou altamente eficaz”, expõe Trevisan.

Oportunidades de avanços no Brasil

A comparação entre os dois modelos, segundo o professor, evidencia oportunidades de avanço para a suinocultura brasileira, especialmente na prevenção de enfermidades exóticas. Ele cita o caso do surto de Seneca Valley Virus, em 2015, como alerta. “Aquele episódio mostrou como doenças virais podem se espalhar rapidamente pelo território brasileiro. Isso reforça a necessidade de vigilância permanente e de impedir a entrada de animais positivos”, analisa.

Nesse contexto, o sistema de quarentena para animais importados em Cananéia (SP) tem desempenhado papel central na defesa sanitária nacional. Considerado eficiente na identificação e bloqueio da entrada de enfermidades de notificação obrigatória, o modelo ainda precisa avançar em um ponto crucial. “Embora seja extremamente eficaz no controle de doenças exóticas, ele não cobre enfermidades endêmicas ou emergentes, o que nos deixa vulneráveis”, pondera Trevisan.

Desafios adicionais à defesa sanitária

A abertura do Brasil para a importação de animais de diferentes continentes também impõe desafios adicionais à defesa sanitária. Cada lote introduzido carrega consigo a microbiota de origem, que pode interagir com os patógenos já presentes no país e desencadear surtos mais agressivos de doenças bacterianas. “Essa interação pode gerar emergências sanitárias difíceis de controlar. Por isso, é fundamental que os sistemas de produção trabalhem em conjunto com os fornecedores de material genético, de forma a garantir que apenas animais livres de amostras bacterianas agressivas, já identificadas em países como Estados Unidos e Europa, entrem no Brasil”, enaltece Trevisan.

Ele cita o exemplo do Streptococcus suis sorotipo 9, apontando que o monitoramento não deve ser visto apenas como atribuição do sistema oficial de defesa, mas como responsabilidade direta dos sanitaristas ligados à produção.

Iniciativas 

Nos Estados Unidos, uma iniciativa recente vem chamando atenção: o Plano de Melhoria da Saúde Suína dos EUA (sigla em inglês – US SHIP), que reúne produtores, médicos-veterinários, gerentes de produção, abatedouros e autoridades sanitárias em diferentes níveis.

O programa cria uma estrutura organizada para certificação de saúde animal em granjas suínas e, na prática, busca permitir que propriedades localizadas fora de áreas afetadas por surtos de Peste Suína Africana (PSA) ou Peste Suína Clássica (PSC) possam continuar operando. “O US SHIP ainda está em fase de regulamentação, mas quando oficializado pelo USDA poderá dar aos americanos uma vantagem competitiva em relação ao Brasil para garantir mercados importadores em situações de crise sanitária”, observa o professor.

Apesar desse movimento, Trevisan faz uma ressalva: o Brasil já possui o Programa Nacional de Sanidade Suína (PNSS), que atua em frentes estratégicas de prevenção, manutenção e certificação de zonas livres de doenças. “Nessa área, o Brasil está em estágio bem mais avançado de estruturação e implementação do que os Estados Unidos. A grande diferença é que os americanos estão trazendo todos os elos da cadeia para dentro das decisões, o que fortalece o engajamento coletivo”, avalia.

Lição ao Brasil

A experiência histórica do país reforça a importância dessa abordagem integrada. Em 1978, um surto de Peste Suína Africana se espalhou por 11 estados brasileiros, levando oito anos para ser erradicado e custando mais de US$ 20,9 milhões. “O US SHIP deixa uma lição clara para nós: todas as fases da produção precisam participar das decisões que afetam a sanidade. O custo de um programa estruturado é muito menor do que o prejuízo deixado por um surto de PSA ou PSC”, evidencia Trevisan.

Fonte: O Presente Rural

Suínos

Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde

Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

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Foto: Jonathan Campos

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.

Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock

Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.

Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.

O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.

Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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Colunistas

Comunicação e Marketing como mola propulsora do consumo de carne suína no Brasil

Se até pouco tempo o consumo era freado por percepções equivocadas, hoje a comunicação correta, direcionada e baseada em evidências abre caminho para quebrar paradigmas.

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Foto: Claudio Pazetto

Artigo escrito por Felipe Ceolin, médico-veterinário, mestre em Ciências Veterinárias, com especialização em Qualidade de Alimentos, em Gestão Comercial e em Marketing, e atual diretor comercial da Agência Comunica Agro.

O mercado da carne suína vive no Brasil um momento transição. A proteína, antes limitada por barreiras culturais e mitos relacionados à saúde, vem conquistando espaço na mesa do consumidor.

Se até pouco tempo o consumo era freado por percepções equivocadas, hoje a comunicação correta, direcionada e baseada em evidências abre caminho para quebrar paradigmas. Estudos recentes revelam que o brasileiro passou a reconhecer características como sabor, valor nutricional e versatilidade da carne suína, demonstrando uma mudança clara no comportamento de compra e consumo. É nesse cenário que o marketing se transforma em importante aliado da cadeia produtiva.

Foto: Shutterstock

Reposicionar para crescer

Para aumentar a participação na mesa das famílias é preciso comunicar aquilo que o consumidor precisava ouvir:
— que é uma carne segura,
— rica em nutrientes,
— competitiva em preço,
— e extremamente versátil na culinária.

Campanhas educativas, conteúdos informativos e a presença mais forte nas mídias sociais têm ajudado a construir essa nova imagem. Quando o consumidor entende o produto, ele compra com mais confiança – e essa confiança só existe quando existe uma comunicação clara e alinhada as suas expectativas.

O marketing não apenas divulga, ele conecta. Ao simplificar informações técnicas, aproximar o produtor do consumidor e mostrar maneiras práticas de preparo, a comunicação se torna um instrumento de transformação cultural.

Apresentar novos cortes, propor receitas, explicar processos de qualidade, destacar certificações e reforçar a rastreabilidade são estratégias que aumentam a percepção de valor e, consequentemente, estimulam o consumo.

Digital: o novo campo do agro

As redes sociais se tornaram o “supermercado digital” do consumidor moderno. Ali ele busca receitas, tira dúvidas, avalia produtos e

Foto: Divulgação/Pexels

compartilha experiências.
Indústrias, cooperativas e associações que investem em presença digital tornam-se mais competitivas e ampliam sua capacidade de influenciar preferências.

Vídeos curtos, reels com receitas simples, influenciadores culinários e campanhas segmentadas têm desempenhado papel fundamental na aproximação com o consumidor urbano, historicamente mais distante da realidade da cadeia produtiva e do campo.

Promoções e estratégias de varejo

Além do ambiente digital, o ponto de venda continua sendo o território decisivo da conversão. Embalagens mais atrativas, materiais explicativos, promoções e ações conjuntas com o varejo aumentam a visibilidade e reduzem a insegurança de quem tomando decisão na frente da gondola.

Marketing como elo da cadeia produtiva

A cadeia de carne suína brasileira é altamente tecnificada, sustentável e reconhecida, mas essa excelência precisa ser comunicada. O marketing tem o papel de unir elos – do campo ao consumidor – e transformar conhecimento técnico em mensagens simples e que engajam.

Fonte: O Presente Rural com Felipe Ceolin
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Suínos Imunização inteligente

Gel comestível surge como alternativa para reduzir estresse e melhorar vacinação de suínos

Tecnologia permite imunização coletiva com menos manejo, mantém eficácia contra Salmonella e ganha espaço como estratégia para elevar bem-estar animal e eficiência produtiva.

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Fotos: Divulgação/American Nutrtients

Artigo escrito por Luiza Marchiori Severo, analista de P&D na American Nutrients do Brasil e acadêmica do curso de Farmácia; e por Daiane Carvalho, médica-veterinária e coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento e Responsável Técnica da American Nutrients do Brasil.

A suinocultura enfrenta desafios complexos na busca por eficiência produtiva, controle sanitário, escassez de mão de obra e bem-estar animal. Doenças infecciosas, como a salmonelose, ainda figuram entre as principais preocupações sanitárias em granjas comerciais, exigindo estratégias de imunização compatíveis com práticas alinhadas a maior eficiência na aplicação e menos estresse aos animais. Nesse contexto, o debate sobre métodos alternativos de vacinação ganha cada vez mais força.

Vacinas orais compostas por microrganismos vivos podem ser administradas aos suínos tanto individualmente, utilizando o método de drench, quanto coletivamente por meio da água de bebida. A aplicação coletiva via bebedouros apresenta a vantagem de reduzir significativamente o estresse dos animais e dos operadores, pois é um procedimento rápido e que demanda pouca mão de obra. Por outro lado, a administração oral individual, como o drench frequentemente empregado em leitões na maternidade, exige contenção um a um para garantir a ingestão adequada, tornando o processo mais trabalhoso e potencialmente mais estressante para os suínos.

Neste contexto, a aplicação oral de vacinas exige soluções tecnológicas que assegurem maior praticidade, estabilidade do imunógeno, homogeneidade da distribuição e, principalmente, aceitação espontânea pelos animais. É neste ponto que o conhecimento dos aspectos relacionados à fisiologia sensorial dos suínos é fundamental no desenvolvimento de produtos que possam atuar como veículos de alta atratividade para vacinas via oral, garantindo maior eficiência nos processos vacinais, bem-estar animal e praticidade.

Gel Comestível

O gel comestível é uma matriz semissólida, palatável e nutritiva, que contém componentes seguros e atrativos ao consumo dos suínos. Esse veículo possibilita a administração coletiva da vacina diretamente em comedouros auxiliares – sem a necessidade de manejo individualizado. Ao ser disponibilizado em áreas acessíveis das baias, o gel é consumido de forma espontânea pelos leitões, respeitando seu comportamento natural e reduzindo drasticamente o estresse associado ao processo de vacinação.

Em estudo conduzido em 2024 avaliou-se a eficácia da vacinação oral contra Salmonella Typhimurium por meio da aplicação através do gel, comparando-se os resultados com a administração tradicional por drench oral. Os leitões vacinados com o gel apresentaram desempenho zootécnico semelhante ao grupo que recebeu a vacina por drench. Além disso, os animais vacinados com o gel apresentaram menor incidência de lesões intestinais após o desafio com cepa virulenta do agente patogênico. Estes resultados comprovam a eficiência do processo de vacinação com a utilização do gel palatável. Da mesma forma, outros pesquisadores, ao avaliar a eficiência de acesso a um gel comercial comestível, evidenciaram que de 10 leitegadas avaliadas, 92% dos animais acessaram o gel, sendo 89% em até 6 horas. Como conclusão os autores afirmaram que o alto percentual de leitões consumidores observados neste estudo demostrou ser uma via de aplicação promissora na vacinação na suinocultura.

Além de favorecer o bem-estar animal, o gel comestível oferece benefícios operacionais significativos: economia de tempo, redução de mão de obra e maior biosseguridade, visto que que se reduz consideravelmente a necessidade de uma equipe externa de vacinadores.

Qualidade, Eficiência e Sustentabilidade

Para que a vacinação via gel comestível seja efetiva, é essencial garantir a homogeneidade da distribuição da vacina no veículo, assegurando que todos os animais recebam uma dose adequada. Ensaios realizados em laboratórios e granjas já demonstram que essa tecnologia é capaz de manter a viabilidade do imunógeno por períodos compatíveis com a recomendação de consumo de vacinas via oral após diluídas, mantendo sua eficácia mesmo em condições ambientais variáveis.

Além disso, o uso de veículos comestíveis está alinhado às boas práticas de fabricação e aos princípios de biosseguridade preconizados por legislações nacionais e internacionais. Com isso, a alternativa se mostra viável tanto técnica quanto economicamente, oferecendo à suinocultura uma ferramenta inovadora para o controle sanitário.

Considerações Finais

A adoção de métodos alternativos à vacinação tradicional representa um avanço estratégico para a suinocultura brasileira, ao aliar eficiência imunológica a práticas mais humanizadas e sustentáveis. Soluções como a vacinação oral, os dispositivos sem agulha e o uso de veículos comestíveis – como o gel – permitem reduzir significativamente o estresse animal, simplificar rotinas de manejo e minimizar riscos operacionais. Investir nessas tecnologias é essencial para fortalecer um modelo de produção alinhado aos princípios do bem-estar animal, da biosseguridade e da competitividade no mercado global.

As referências bibliográficas estão com as autoras. Contato: cq@americannutrients.com.br

Com distribuição nacional nas principais regiões produtoras do agro brasileiro, O Presente Rural – Suinocultura também está disponível em formato digital. O conteúdo completo pode ser acessado gratuitamente em PDF, na aba Edições Impressas do site.

Fonte: O Presente Rural
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