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Desafios para manutenção do atual status sanitário avícola no Brasil

A biosseguridade em avicultura estabelece a adoção de um conjunto de medidas e procedimentos operacionais com o objetivo de prevenir, controlar e limitar a exposição das aves contidas em um sistema produtivo a agentes causadores de doenças.

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Arquivo/OP Rural

As normas sanitárias no setor avícola brasileiro se intensificarem nos últimos anos, tendo o esforço da cadeia produtiva reconhecimento internacional, com o país ocupando o posto de maior exportador mundial da proteína. Para manter essa posição, é fundamental que as diretrizes de manutenção sanitária sejam implementadas e seguidas à risca nas granjas.

Dada a sua importância, a sanidade animal foi um dos temas centrais da 3ª Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Ovos (Conbrasul Ovos), realizada em novembro pela Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), reunindo quatro autoridades no assunto em Gramado, RS.

Sanidade animal foi um dos temas centrais da 3ª Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Ovos – Foto: OP Rural

 

No painel sobre “Desafios para a manutenção do atual status sanitário avícola no Brasil”, a diretora do Comitê Estadual de Sanidade Avícola do Rio Grande do Sul (Coesa/RS), Tais Oltramari Barnasque, destacou as ações e os programas do governo federal desenvolvidos pelo Ministério de Agricultura, Abastecimento e Pecuária (Mapa), entre eles o Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA), que tem como objetivo prevenir e controlar doenças de interesse na avicultura e saúde pública, definir ações que possibilitem a certificação sanitária do plantel e viabilizar a elaboração de produtos avícolas saudáveis aos consumidores. “É de suma importância o engajamento de toda cadeia produtiva e do setor público para manter o status sanitário do país. Esse é o maior bem que o Brasil possui e o que norteia o crescimento do setor”, enfatizou Tais.

A profissional destacou que os pilares de sustentação do status sanitário avícola brasileiro estão baseados na instituição do PNSA, na vigilância epidemiológica, no diagnóstico laboratorial, na biosseguridade e compartimento, na educação e comunicação, além da resposta rápida a emergências. “Quando notificado um foco, as medidas sanitárias para controle incluem interromper a multiplicação e a excreção do agente viral (sacrifício sanitário), reduzir a carga viral no meio ambiente (limpeza e desinfecção, barreira sanitária e biosseguridade), reduzir o número de animais suscetíveis, ou seja, proceder com o esvaziamento sanitário (abate) e reduzir o contato direto dos animais afetados, controlando as áreas de risco e da movimentação, com quarentena e zonificação”, orienta Taís.

Papel do Estado

Em seguida, a diretora do DDA/SEAPDR/RS, Rosane Collares, destacou as ações realizadas pelo Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA) vinculado à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul (Seapdr/RS). A estrutura de defesa sanitária animal no Estado gaúcho conta com 150 unidades locais, 330 escritórios regionais e dispõe de um Laboratório Estadual de Referência e de um Laboratório de Triagem, além de estar credenciado a um Laboratório Federal de Referência. “O papel do serviço oficial de sanidade avícola é promover ações de prevenção e de vigilância sanitária, que promovam o status sanitário do Estado, nosso maior patrimônio”, afirma.

Entre as atividades realizadas pelo DDA na cadeia avícola estão avaliação de risco para instalação ou ampliação das granjas comerciais, monitorias de certificação de granjas avícolas de reprodução, cadastramento e registro de granjas comerciais, investigação de suspeitas de Síndrome Respiratória e Nervosa em aves de subsistência, vigilância ativa para Influenza Aviária e Doença de Newcastle em aves de descarte e em sítios de aves migratórias, inquéritos epidemiológicos, prevenção, controle e vigilância para Salmonelas.

Por sua vez, o papel do órgão na indústria e no comércio é investigar suspeitas de Síndrome Respiratória e Nervosa em abatedouros, controlar o abate de aves de descarte, credenciar e fiscalizar a venda de aves vivas, além de inspecionar produtos de origem animal (Cispoa). “A saúde animal é um compromisso e deve ser interesse de todos, porque com as responsabilidades compartilhadas entre os setores público e privado, a saúde animal é fortalecida”, frisou.

Programa de Biosseguridade e Análise de Riscos

Em seguida, o epidemiologista e professor do Corb Science, Luis Gustavo Corbellini, discorreu sobre o programa de Biosseguridade e Análise de Riscos frente ao avanço de enfermidades, momento que enalteceu a importância de ações preventivas no setor avícola e citou alguns países que já realizam trabalhos de precaução e contenção de riscos a fim de evitar que doenças infecciosas ultrapassem as barreiras sanitárias. “Quando se tem um propósito bem definido, as ações estratégicas se convertem para alcançá-lo. O uso estratégico da Análise de Risco é definido para se reduzir os efeitos de uma possível doença, porque assim as chances de adotar ações ou medidas mitigatórias mais efetivas são maiores”, expõe.

A biosseguridade em avicultura estabelece a adoção de um conjunto de medidas e procedimentos operacionais com o objetivo de prevenir, controlar e limitar a exposição das aves contidas em um sistema produtivo a agentes causadores de doenças. Ao implementar e manter boas práticas de produção baseadas em biosseguridade, a cadeia produtiva minimiza o risco de introdução e disseminação de doenças nas granjas. “A biosseguridade é um conjunto de esforços globais dos governos para prevenir, responder e se recuperar de doenças e pragas que ameaçam a economia e o meio ambiente”, frisou o epidemiologista.

Neste contexto, o Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) define procedimentos para o registro, a fiscalização e o controle sanitário dos estabelecimentos avícolas de reprodução, comerciais e de ensino ou pesquisa. “Contém medidas que orientam a cadeia produtiva a identificar e priorizar perigos, compreender, monitorar, gerir e comunicar os riscos, bem como fazer um plano de contingência”, pontua Corbellini.

Iniciativas para manter o status sanitário da avicultura

Após a diretora técnica da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Sulivan Alves, tratou do tema “A iniciativa privada, suas ações e responsabilidades na prevenção sanitária”, ocasião que explanou sobre várias ações que têm sido feitas pelo setor privado, destacando que o público tem desempenhado um papel importante na mitigação dos riscos, mas que os produtores também precisam tomar seus cuidados na granja, assim como as agroindústrias no pré-abate e em todo processo da cadeia produtiva.

Entre as oportunidades de participação do setor privado nas atividades de preparação e resposta às emergências zoossanitárias, Sulivan cita que podem contribuir com a aquisição e manutenção de estruturas e recursos materiais, promover boas práticas agropecuárias – em especial a biosseguridade das criações, desenvolver ações de educação em saúde e de comunicação de risco, doar insumos para realização e validação de testes diagnósticos, participar e contribuir para a elaboração de planos de contingência oficiais, definir as fontes de recursos e os mecanismos que permitam rápida compensação financeira dos produtores afetados, incentivando a agilidade na notificação de suspeitas, fortalecer os fundos privados para saúde animal e incentivar a compartimentalização da cadeia produtiva.

Para blindar o sistema de produção da Influenza Aviária foi criado o Gepia (Grupo Especial de Prevenção à Influenza Aviária), que tem entre suas atribuições fazer o levantamento dos banimentos com relação a notificação dos países, levantamento de documentos e atos normativos, elaborar manuais de biosseguridade, levantamento dos Fundos Estaduais, comunicação e imagem com campanhas visando a prevenção da doença, levantamento de dados sobre kits de EPI, rediscussão dos CSIs e discussão sobre uso de vacinas.

Avicultura

Com 33 anos de atuação, Sindiavipar reforça protagonismo do Paraná na produção de frango

Trabalho conjunto com setor produtivo e instituições públicas sustenta avanços em biosseguridade, rastreabilidade e competitividade.

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O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) celebra, nesta quarta-feira (19), 33 anos de atuação em defesa da avicultura paranaense. Desde sua fundação, em 1992, a entidade reúne e representa as principais indústrias do setor com objetivo de articular políticas, promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer uma cadeia produtiva que alimenta milhões de pessoas dentro e fora do Brasil.

Foto: Shutterstock

Ao longo dessas mais de três décadas, o Sindiavipar consolidou seu papel como uma das entidades mais relevantes do país quando o assunto é sanidade avícola, biosseguridade e competitividade internacional. Com atuação estratégica junto ao poder público, entidades setoriais, instituições de pesquisa e organismos internacionais, o Sindiavipar contribui para que o Paraná seja reconhecido pela excelência na produção de carne de frango de qualidade, de maneira sustentável, com rastreabilidade, bem-estar-animal e rigor sanitário.

O Estado é referência para que as exportações brasileiras se destaquem no mercado global, e garantir abastecimento seguro a diversos mercados e desta forma contribui significativamente na segurança alimentar global. Esse desempenho se sustenta pelo excelente trabalho que as indústrias avícolas do estado executam quer seja através investimentos constantes ou com ações contínuas de prevenção, fiscalização, capacitação técnica e por uma avicultura integrada, inovadora, tecnológica, eficiente e moderna.

Foto: Shutterstock

Nos últimos anos, o Sindiavipar ampliou sua agenda estratégica para temas como inovação, sustentabilidade, educação sanitária e diálogo com a sociedade. A realização do Alimenta 2025, congresso multiproteína que reuniu autoridades, especialistas e os principais players da cadeia de proteína animal, reforçou a importância do debate sobre biosseguridade, bem-estar-animal, tecnologias, sustentabilidade, competitividade e mercados globais, posicionando o Paraná no centro das discussões sobre o futuro da produção de alimentos no país.

Os 33 anos do Sindiavipar representam a trajetória de um setor que cresceu com responsabilidade, pautado pela confiança e pelo compromisso de entregar alimentos de qualidade. Uma história construída pela união entre empresas, colaboradores, produtores, lideranças e parceiros que acreditam no potencial da avicultura paranaense.

O Sindiavipar segue atuando para garantir um setor forte, inovador e preparado para os desafios de um mundo que exige segurança, eficiência e sustentabilidade na produção de alimentos.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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Avicultura

União Europeia reabre pre-listing e libera avanço das exportações de aves e ovos do Brasil

Com o restabelecimento do sistema de habilitação por indicação, frigoríficos que atenderem às exigências sanitárias poderão exportar de forma mais ágil, retomando um mercado fechado desde 2018.

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A União Europeia confirmou ao governo brasileiro, por meio de carta oficial, o retorno do sistema de habilitação por indicação da autoridade sanitária nacional, o chamado pre-listing, para estabelecimentos exportadores de carne de aves e ovos do Brasil. “Uma grande notícia é a retomada do pré-listing para a União Europeia. Esse mercado espetacular, remunerador para o frango e para os ovos brasileiros estava fechado desde 2018. Portanto, sete anos com o Brasil fora”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Foto: Freepik

Com a decisão, os estabelecimentos que atenderem aos requisitos sanitários exigidos pela União Europeia poderão ser indicados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, uma vez comunicados ao bloco europeu, ficam aptos a exportar. No modelo de pre-listing, o Mapa atesta e encaminha a lista de plantas que cumprem as normas da UE, sem necessidade de avaliação caso a caso pelas autoridades europeias, o que torna o processo de habilitação mais ágil e previsível. “Trabalhamos três anos na reabertura e, finalmente, oficialmente, o mercado está reaberto. Todas as agroindústrias brasileiras que produzem ovos e frangos e que cumprirem os pré-requisitos sanitários podem vender para a Comunidade Europeia”, completou.

A confirmação oficial do mecanismo é resultado de uma agenda de trabalho contínua com a Comissão Europeia ao longo do ano. Em 2 de outubro, missão do Mapa a Bruxelas, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, levou à União Europeia um conjunto de pedidos prioritários, entre eles o restabelecimento do pre-listing para proteína animal, o avanço nas tratativas para o retorno dos pescados e o reconhecimento da regionalização de enfermidades.

Na sequência, em 23 de outubro, reunião de alto nível em São Paulo entre o secretário Luís Rua e o comissário europeu para Agricultura, Christophe Hansen, consolidou entendimentos na pauta sanitária bilateral e registrou o retorno do sistema de pre-listing para estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar carne de aves, o que agora se concretiza com o recebimento da carta oficial e permite o início dos procedimentos de habilitação por parte do Mapa. O encontro também encaminhou o avanço para pre-listing para ovos e o agendamento da auditoria europeia do sistema de pescados.

Foto: Ari Dias

Na ocasião, as partes acordaram ainda a retomada de um mecanismo permanente de alto nível para tratar de temas sanitários e regulatórios, com nova reunião prevista para o primeiro trimestre de 2026. O objetivo é assegurar previsibilidade, transparência e continuidade ao diálogo, reduzindo entraves técnicos e favorecendo o fluxo de comércio de produtos agropecuários entre o Brasil e a União Europeia.

Com o pre-listing restabelecido para carne de aves e ovos, o Brasil reforça o papel de seus serviços oficiais de inspeção como referência na garantia da segurança dos alimentos e no atendimento às exigências do mercado europeu, ao mesmo tempo em que avança em uma agenda de facilitação de comércio baseada em critérios técnicos e cooperação regulatória.

Fonte: Assessoria Mapa
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Exportações gaúchas de aves avançam e reforçam confiança do mercado global

Desempenho positivo em outubro, expansão da receita e sinais de estabilidade sanitária fortalecem o posicionamento do estado no mercado externo.

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Foto: Shutterstock

O setor agroindustrial avícola do Rio Grande do Sul mantém um ritmo consistente de recuperação nas exportações de carne de frango, tanto processada quanto in natura. Em outubro, o estado registrou alta de 8,8% no volume embarcado em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram 60,9 mil toneladas exportadas, um acréscimo de 4,9 mil toneladas frente às 56 mil toneladas enviadas em outubro de 2023.

A receita também avançou: o mês fechou com US$ 108,9 milhões, crescimento de 5% na comparação anual.

No acumulado de janeiro a outubro, entretanto, o desempenho ainda reflete os impactos do início do ano. Os volumes totais apresentam retração de 1%, enquanto a receita caiu 1,8% frente ao mesmo período de 2024, conforme quadro abaixo:

O rápido retorno das exportações de carne de aves do Rio Grande do Sul para mercados relevantes, confirma que, tanto o estado quanto o restante do país permanecem livres das doenças que geram restrições internacionais.

Inclusive, o reconhecimento por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e muitos outros mercados demonstram a importância do reconhecimento da avicultura do Rio Grande do Sul por parte da China, ainda pendente. “Estamos avançando de forma consistente e, em breve, estaremos plenamente aptos a retomar nossas exportações na totalidade de mercados. Nossas indústrias, altamente capacitadas e equipadas, estão preparadas para atender às demandas de todos os mercados, considerando suas especificidades quanto a volumes e tipos de produtos avícolas”, afirmou José Eduardo dos Santos, Presidente Executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs).

Indústria e produção de ovos

O setor da indústria e produção de ovos ainda registra recuo nos volumes exportados de -5,9% nos dez meses de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, ou seja, -317 toneladas. Porém, na receita acumulada o crescimento foi de 39,2%, atingindo um total de US$ 19 milhões de dólares de janeiro a outubro deste ano.

A receita aumentou 49,5% em outubro comparada a outubro de 2024, atingindo neste mês a cifra de US$ 2.9 milhões de dólares de faturamento. “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”, pontua Santos.

Exportações brasileiras

As exportações brasileiras de carne de frango registraram em outubro o segundo melhor resultado mensal da história do setor, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram exportadas 501,3 mil toneladas de carne no mês, saldo que superou em 8,2% o volume embarcado no mesmo período do ano passado, com 463,5 mil toneladas.

Presidente Eeecutivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”

Com isso, as exportações de carne de frango no ano (volume acumulado entre janeiro e outubro) chegaram a 4,378 milhões de toneladas, saldo apenas 0,1% menor em relação ao total registrado no mesmo período do ano passado, com 4,380 milhões de toneladas.

A receita das exportações de outubro chegaram a US$ 865,4 milhões, volume 4,3% menor em relação ao décimo mês de 2024, com US$ 904,4 milhões. No ano (janeiro a outubro), o total chega a US$ 8,031 bilhões, resultado 1,8% menor em relação ao ano anterior, com US$ 8,177 bilhões.

Já as exportações brasileiras de ovos (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 2.366 toneladas em outubro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 13,6% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 2.083 toneladas.

Em receita, houve incremento de 43,4%, com US$ 6,051 milhões em outubro deste ano, contra US$ 4,219 milhões no mesmo período do ano passado. No ano, a alta acumulada chega a 151,2%, com 36.745 toneladas entre janeiro e outubro deste ano contra 14.626 toneladas no mesmo período do ano passado. Em receita, houve incremento de 180,2%, com US$ 86,883 milhões nos dez primeiros meses deste ano, contra US$ 31,012 milhões no mesmo período do ano passado.

Fonte: Assessoria ABPA
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