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Desafios logísticos impedem que o Paraná conquiste ainda mais espaço no mercado avícola mundial

Grande parte da produção depende do transporte rodoviário para chegar ao consumidor final; Paraná vende frango para 141 países.

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Centro de Distribuição da Copacol, localizado em uma posição estratégica para atender às Regiões Sul e Sudeste do Brasil - Foto: Divulgação/Copacol

Centenas de caminhões carregados com carne de frango e outros produtos avícolas chegam todos os dias ao Porto de Paranaguá (PR) e aos demais terminais portuários brasileiros para abastecer os navios que aguardam a produção paranaense para atender ao mercado mundial. O Paraná é responsável por mais de 35% da produção avícola brasileira e por 43% das exportações do setor, comercializando com 141 países em todo o mundo. No entanto, até chegar à mesa do consumidor, produtores, empresários, cooperativas e indústrias precisam encarar os desafios impostos pelas deficiências de infraestrutura e logística que acabam encarecendo o custo final dos produtos.

O transporte rodoviário ainda é o principal modal utilizado. Considerando desde as grandes rodovias federais e estaduais que cortam o Paraná às pequenas estradas que fazem a conexão entre os municípios do interior, o Estado conta com cerca de 120 mil quilômetros de estradas. Segundo dados da Confederação Nacional do Transporte (CNT), apenas 19,5 mil quilômetros de estradas paranaenses são pavimentados. Ou seja, menos de 20% do total.

De acordo com o empresário Roberto Kaefer, presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), apesar de o Estado ter melhorado o cenário de investimentos no setor nos últimos anos, ainda há muito a avançar. Para ele, além da necessidade de melhorar a infraestrutura, é fundamental promover uma conexão entre os mais diferentes modais para viabilizar o escoamento da produção agropecuária de todos os pontos do Paraná e baratear os custos para os produtores e, consequentemente, para o consumidor. “O Paraná é um dos principais eixos rodoviários do Brasil. A produção agropecuária aqui é intensa, diversificada e circula para todos os cantos do país. Não é possível depender unicamente das rodovias para isso”, pontua.

Avicultura

Como boa parte da produção avícola do Paraná está concentrada no Oeste e no Sudoeste do Estado, os trajetos rodoviários são ainda maiores. Itamar Ferrari, superintendente de Logística da Copacol, descreve que entre os desafios para escoar a produção da cooperativa, com sede em Cafelândia, no Noroeste do Paraná, estão os longos trechos de estradas ainda não duplicadas e a ferrovia (Ferroeste) que ainda não pode ser plenamente utilizada e que precisa, com urgência, de investimentos.

A opinião é compartilhada por Irineo da Costa Rodrigues, diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial, que tem unidades no Norte e no Oeste do Paraná, Santa Catarina e no Mato Grosso do Sul. Rodrigues cita o fato de, geograficamente, a cooperativa estar distante dos grandes mercados consumidores – como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais – e do Porto de Paranaguá, fator que encarece o custo de logística e de frete para escoar os produtos agropecuários. Além disso, ele lembra que ainda há o agravante da infraestrutura precária. “Hoje dependemos do modal rodoviário quase exclusivamente, que é o meio de transporte mais caro”, comenta, pontuando despesas como pedágio, combustível.

De acordo com o presidente da Lar, é necessário melhorar as condições de acesso aos portos – tanto o de Paranaguá quanto o de Itajaí (SC) – , com rodovias melhores, ferrovias e as próprias condições do porto, com mais estrutura para receber e armazenar as cargas.

Na Copacol, Ferrari diz que a cooperativa se tornou parceira dos municípios para revitalizar as estradas rurais e viabilizar o carregamento de ração, o recolhimento de aves e a trafegabilidade dos produtores mesmo nos dias de chuva. “Ter uma boa estrada é uma condição mínima que possibilita o desenvolvimento do setor”, comenta.

Investimentos

Em 2022, o Plano Estadual de Logística em Transporte do Paraná (PELT-2035) – projeto capitaneado pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) junto a outras entidades do setor para melhorar a infraestrutura do estado, nos diferentes modais –passou por revisão.

A nova versão do PELT apresenta os projetos prioritários para que o Estado elimine gargalos logísticos. Enquanto a edição anterior, lançada em 2016, trazia 97 projetos, a versão atual tem mais de 140 obras consideradas necessárias nos diferentes modais.

As principais demandas continuam relacionadas a melhorias e aumento de capacidade da malha rodoviária do Paraná. Boa parte das obras necessárias está contemplada no novo modelo de pedágios. Com extensão total de 3.327 km, divididos em seis lotes, a concessão prevê, entre outras obras, 1.783 km de novas duplicações, 253 km de faixas adicionais, 104 km de terceiras faixas e dez novos contornos rodoviários, que desviarão o tráfego de perímetros urbanos.

Em relação a outros modais, houve avanço significativo nas demandas ligadas aos portos e aeroportos. No primeiro caso, 53% das 17 intervenções que haviam sido listadas foram concluídas no período. Outros 35% estão planejados ou em execução, enquanto apenas 12% não foram efetuados, seguindo como prioridades no plano.

Já no caso das ferrovias, as principais demandas estão relacionadas ao projeto da Nova Ferroeste. Com extensão total prevista de 1.304 km, a ferrovia vai ligar Maracaju, no Mato Grosso do Sul, ao Porto de Paranaguá, ampliando e modernizando o trecho atualmente existente entre Cascavel e Guarapuava. A previsão é que o investimento alcance US$ 6,2 bilhões – cerca de R$ 33,2 bilhões pela cotação atual. O PELT defende, ainda, a construção de ramais que liguem as cidades de Foz do Iguaçu e Chapecó (SC) à nova ferrovia. Além disso, aponta a necessidade de estudos para a prorrogação da concessão da chamada Malha Sul, que abrange outras ferrovias que cortam o Paraná.

O plano também mantém como destaque a necessidade de ampliação de investimentos em dutovias e infovias no Estado.

Fonte: Assessoria Sindiavipar

Notícias Livre de imprevistos

Empresas agrícolas apostam em tecnologia para aumentar produtividade e segurança

O uso de câmeras de segurança inteligentes, permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.

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Nos últimos anos, o setor agrícola brasileiro tem investido cada vez mais em diferentes tecnologias. O objetivo é ampliar a forma de monitorar as plantações em tempo real, para saber exatamente sobre o período ideal para plantio, irrigação e colheita, sendo instrumentos que funcionam como importantes aliados para o trabalho na agricultura.

Da mesma forma, os investimentos em tecnologia também se fazem necessários nas propriedades visando a segurança destes espaços, com o objetivo de garantir que o patrimônio esteja livre de imprevistos.

Pensando nisso, apresentamos este artigo para você, que possui empresas agrícolas, ou propriedades, e ainda está em dúvida sobre quais os tipos de tecnologia poderá investir para aumentar a sua produtividade e segurança.

Melhorando o desempenho das plantações

Existem diversas tecnologias voltadas exclusivamente para fornecer melhorias para as propriedades rurais, com o desenvolvimento de máquinas e equipamentos que se tornaram aliados para o desenvolvimento agrário.

Um dos exemplos a serem destacados é voltado à agricultura de precisão. Através de dados de GPS, imagens de satélite e sensores, é possível avaliar a qualidade do solo e das diferentes culturas existentes na fazenda. O objetivo é garantir a aplicação adequada de sementes, fertilizantes, defensivos e outros insumos, de modo a garantir a eficiência da produção.

Atualmente, a conectividade nas propriedades já é uma realidade. E a internet das coisas (IoT) se torna uma importante aliada. Através da instalação de sensores no solo, em plantas e máquinas, é possível coletar dados em tempo real sobre a temperatura, umidade, níveis de nutrientes e condições climáticas. Isso permite um manejo eficiente para a irrigação da região, além de detectar determinados problemas precocemente.

Da mesma forma, tecnologias como inteligência artificial e big data se somam juntos às melhorias para o setor agrícola, através do uso de algoritmos de IA para analisar grandes volumes de dados sobre o andamento das culturas plantadas, fazendo com que os produtores tenham real noção de lidar com o seu plantio de acordo com a demanda exigida.

E isso também soma-se a equipamentos modernos e automatizados, como os tratores e colheitadeiras autônomos, que fazem o trabalho no campo por 24 horas por dia, garantindo a redução de custos operacionais. Outro exemplo pode ser visto com os drones, que através de câmeras e sensores, fazem o monitoramento aéreo das lavouras, para localizar áreas que necessitam de maior cuidado.

Segurança como aliada ao setor

Atualmente, se tornou cada vez mais necessário que as empresas agrícolas também invistam em segurança, para proteger sua plantação, maquinário, e até mesmo as pessoas que estão trabalhando nas propriedades. Pensando nisso, também há tecnologias que contribuem com a segurança no setor.

Um dos exemplos está justamente no sistema de reconhecimento de placas de veículos. que ajuda a identificar todos os veículos que estiverem dentro das instalações das propriedades. Além disso, estes dispositivos são essenciais para fiscalizar e monitorar atividades suspeitas nos locais fechados, com o objetivo de oferecer resposta imediata em caso de possíveis ameaças.

Outro recurso que vem ganhando espaço é o uso de câmeras de segurança inteligentes, capazes de detectar comportamentos anormais, movimentos fora do padrão ou a presença de pessoas em áreas restritas. Essas câmeras permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.

Há também o caso dos softwares de gestão agrícola, que se tornam aliados para a avaliação de riscos dentro da área de cultivo, tornando o ambiente mais seguro para os trabalhadores, de modo a garantir a execução dos serviços de acordo com as normas regulatórias.

A rastreabilidade também entra no processo, com o uso de ferramentas como o blockchain, responsáveis pelo rastreio da origem e do percurso dos produtos agrícolas. O objetivo é aumentar a transparência de toda a cadeia de suprimentos até o consumidor final, gerando segurança alimentar.

Conclusão

Investir em tecnologias para o setor agrícola é uma necessidade de grande importância, principalmente para a melhora da produtividade e segurança das operações. Isso traz credibilidade às propriedades que estão mais atentas às necessidades do mercado, com a realização dos trabalhos de forma eficaz.

Portanto, é fundamental que os proprietários de áreas agrícolas estejam cada vez mais atentos às necessidades de mercado, de forma a ampliar a sua gama de clientes, e a crescer suas vendas.

Fonte: Assessoria e comunicação
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Estreia de filme sobre Aury Bodanese será transmitida pelo O Presente Rural

Longa-metragem “Antes do Nascer do Sol” terá lançamento nacional ao vivo nesta terça (18), a partir das 19h. A obra reconstrói a trajetória e o legado de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro e referência no desenvolvimento do agronegócio catarinense.

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O filme “Antes do Nascer do Sol”, que narra a trajetória de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro, estreia oficialmente nesta terça-feira (18), às 19 horas. A transmissão ao vivo está programada para começar às 18h57 e você pode conferir no canal de YouTube de O Presente Rural.

Mais de 20 plataformas de comunicação, distribuídas em quatro estados, vão acompanhar o evento simultaneamente, ampliando o alcance da produção cultural. O lançamento marca um dos maiores movimentos de difusão audiovisual já realizados por um grupo regional de mídia no Sul do país.

Criado por Osnei de Lima e Julmir Cecon, o longa-metragem reconstrói a vida, a obra e o impacto de Bodanese no desenvolvimento do agronegócio catarinense e nacional. O roteiro destaca a atuação dele na consolidação do modelo cooperativista na região Oeste, reconhecido por transformar pequenas propriedades e fortalecer cadeias produtivas como leite, suínos e aves.

A direção de marketing do projeto é assinada por Fernanda Moreira, do Grupo Condá, responsável por coordenar a estratégia que conectou veículos de comunicação e plataformas digitais para o lançamento simultâneo.

Fonte: O Presente Rural
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Relação de troca melhora e abre espaço para antecipação de compras de fertilizantes, aponta Itaú BBA

Após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A relação de troca entre fertilizantes e os principais produtos agrícolas brasileiros apresentou melhora contínua nos últimos três meses e voltou a níveis próximos da média histórica para nitrogenados e potássicos. A avaliação é da Consultoria Agro do Itaú BBA, no relatório divulgado nesta terça-feira (18), referente novembro de 2025, que aponta um cenário mais favorável para produtores planejarem a safrinha de 2026 e até iniciarem compras para a safra de verão de 2027.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Segundo os analistas, após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais. O MAP atingiu a mínima do ano, e a ureia voltou a patamares semelhantes aos de 2024

Fosfatados ainda pesam

Com a queda das cotações, a relação de troca melhorou para a maior parte das culturas, refletindo um equilíbrio maior entre custo dos insumos e preços agrícolas. Ainda assim, os fertilizantes fosfatados continuam acima da média histórica, mantendo pressão sobre operações que dependem de maiores doses de MAP e similares.

A única exceção é o café: com as cotações do grão em forte alta ao longo de 2025, o setor registra as melhores relações de troca já

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

observadas no histórico da consultoria, o que torna a compra de fertilizantes particularmente atrativa para os cafeicultores

Fontes mais baratas e diluídas

O relatório destaca um movimento estruturante no mercado brasileiro: o avanço do uso de fertilizantes com menor concentração do macronutriente, mas preço mais competitivo por ponto percentual de N ou P₂O₅.

Nos nitrogenados, o sulfato de amônio (SAM) passou a oferecer melhor custo por unidade de nitrogênio do que a ureia, atraindo demanda adicional. Entre os fosfatados, o supersimples (SSP) ganhou espaço pela menor cotação nominal, seguido do supertriplo (TSP), que também avança em relação ao tradicional MAP

O efeito já aparece nas importações: entre janeiro e outubro de 2025, pela primeira vez o Brasil importou mais SAM que ureia, e mais SSP do que MAP, um marco inédito nas duas cadeias

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

Oportunidades para safrinha de 2026

Com as relações de troca mais favoráveis e preços recuados, o Itaú BBA avalia que há espaço para acelerar as compras da safrinha de inverno de 2026, que estão atrasadas. Os analistas também citam a possibilidade de produtores iniciarem, desde já, a montagem do pacote tecnológico para a safra 2027, aproveitando o momento de maior previsibilidade de custos

Câmbio segue como ponto de atenção

Apesar da queda nas cotações internacionais de ureia, MAP e KCl, o relatório lembra que a taxa de câmbio continua sendo um fator determinante na formação de preços internos. Movimentos do dólar frente ao real podem neutralizar parte da competitividade obtida pela retração externa dos fertilizantes, especialmente em um momento marcado por instabilidades macroeconômicas globais

Fonte: O Presente Rural com Consultoria Agro do Itaú BBA
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