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Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja tem recorde histórico de inscrições
Iniciativa, organizada pelo CESB, conta com a participação de produtores e consultores de alta performance que buscam superar suas próprias marcas e que acreditam no propósito do Comitê Estratégico Soja Brasil
Apesar das chuvas, que afetaram o processo produtivo, principalmente no Mato Grosso, o Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja, organizado pelo Cesb, recebeu um recorde histórico de inscrições. Isso porque 6,5 mil sojicultores e consultores, de todas as regiões brasileiras, garantiram a sua participação nesta tradicional iniciativa do Cesb.
De acordo com Luiz Antonio da Silva, Diretor Executivo do Cesb, os participantes são de alta performance e, a cada safra, buscam superar suas próprias marcas, com a utilização de práticas de cultivo inovadoras, que possibilitam extrair o potencial máximo da cultura, com sustentabilidade e rentabilidade. “Os participantes do Desafio são resilientes e acreditam no propósito do Cesb, de ajudar a elevar o crescimento da produtividade média da soja, por meio da propagação de ensinamentos e técnicas”, acrescenta.
A grande novidade deste ano é que todos os participantes serão contemplados com um ano de acesso gratuito ao software de agricultura de precisão e monitoramento Skyfld®, que deverá fornecer uma infraestrutura para acompanhamento digital das áreas inscritas no Desafio, planejamento e documentação das atividades de campo, além de outras funcionalidades e soluções digitais que visam otimizar a produtividade.
De acordo com o gerente Global de Skyfld®, André Salvador, a parceria com o Cesb propicia que, de forma ágil e precisa, um número maior de sojicultores monitorem suas lavouras, planejem suas atividades semanais e compartilhem informações com sua equipe de confiança. “O Skyfld® fornece uma infraestrutura digital para gerenciar talhões, planejar e documentar atividades de campo, além de permitir uma comunicação direta e segura, orientada por dados e com alto nível de confiabilidade e transparência”.
Leonardo Sologuren, presidente do Cesb, destaca que esta solução é mais um exemplo de que o Cesb não mede esforços para apoiar as boas práticas agrícolas, incentivando o equilíbrio entre os elevados índices produtivos e a sustentabilidade. “A consistente e sólida análise de dados é fundamental para superar as adversidades diárias do campo e também para preservar o ecossistema”, observa.
Após conclusão do Desafio Cesb, todos os participantes receberão um laudo/relatório das áreas auditadas, contendo georreferenciamento da área auditada, descritivo do campo de produção, informações técnicas de manejo, registro fotográfico e informações adicionais (caso exista…), além de um certificado de participação, com sua classificação no Desafio Cesb de Máxima Produtividade da Soja.
Edição Comemorativa – Esta edição do Desafio vai comemorar os 15 anos do Cesb, fundado em 2008, quando profissionais e especialistas que buscavam aumentar a produtividade da soja no Brasil se reuniram e criaram um grupo.
Ao longo das 15 edições do Desafio Nacional de Máxima Produtividade da Soja, foram realizadas mais de 48 mil inscrições, mostrando o potencial da inciativa e reforçando o Cesb como grande aliado da sojicultora nacional.
Nos últimos 5 anos, o Desafio teve produtividade média expressiva de 104,30 sc/ha, entre os TOP 100 produtores/consultores.
O diretor de Marketing do Cesb, Nilson Caldas, observa que a evolução de produtividade do Desafio Nacional de Máxima Produtividade da Soja tem alguns momentos extremamente relevantes. “O primeiro deles é a quebra da barreira de 100 sacas, na safra 2009/10, com o campeão alcançando 108,40 sc/ha. Depois, na safra 2012/13, tivemos o vencedor chegando a 110,5 sc/ha e ultrapassando a então importante marca de 110 sacas”, lembra.
O terceiro momento, de acordo com Caldas, ocorreu na safra 2014/15, com o campeão superando as 140 sacas e registrando 141,8 sc/ha, número ultrapassado na safra 16/17, quando tivemos o recorde, até hoje não superado, de 149,10 sc/ha.
Outro indicativo que merece destaque é a média de produtividade dos participantes. “Na safra 2008/09, os top 10 produtores do Desafio registraram, uma média, de 77,8 sc/ha, sendo que apenas 02 produtores produziram mais de 90 sc/ha. Já na safra 2020/2021, esse número saltou para 119,75 sc/ha, com 381 produtores ultrapassando a marca de 90 sc/ha”, analisa Caldas.
“Diversos fatores contribuíram para essa clara evolução da sojicultura nacional, tais como a correção do perfil do solo em camadas mais profundas, de até 40 cm; a construção da física do solo através do uso de culturas de cobertura; a velocidade de plantio, ao redor de 4 Km/h, permitindo melhor arranjo espacial; materiais genéticos com alto potencial produtivo; rotação de culturas e manejo utilizando químico e biológico, aplicados na hora certa de forma preventiva”, analisa Nilson Caldas.
Além do Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja, o Cesb realiza diversas ações em prol do fortalecimento da sojicultura nacional. Entre as ações, destaque para o curso de pós-graduação EAD MTA Soja do Centro Universitário Integrado Campo Mourão, realizado em parceria com o Cesb e com a Elevagro, com o intuito de promover conhecimento técnico de altíssimo nível, apresentando dados e estudos de produtividade obtidos pelo Cesb, por meio de rigorosos protocolos e elevado nível de transparência.
Com professores largamente experientes, o curso tem uma grade curricular que propicia ampla gama de conhecimentos teóricos e práticos sobre toda a cadeia produtiva da soja. É ideal para que produtores novatos ou experientes mantenham-se atualizados das inovações no mercado e estejam mais preparados para os desafios do setor, aplicando as melhores práticas em suas produções.
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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo
Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024
No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.
Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.
“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.
Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.
“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.
Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.
As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.
Mudanças estabelecidas
Prazos
Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.
O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.
Desburocratização da declaração
A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.
A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado
Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.
Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.
A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.
Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.
A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.
Ameaças sanitárias e os impactos para a economia
No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.
A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul
Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.
O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.
A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.
Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.
Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.
“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.
O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.
Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.
Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.
Veja aqui o vídeo do presidente.