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Desafio logístico de exportações rodoviárias requer soluções conectadas que integrem softwares e serviços

Objetivo é construir uma solução conectada, com integração de softwares e serviços e que contemple e seja eficiente na cadeia operacional, tornando o transporte logístico mais prático e eficiente, conectando com as áreas aduaneiras das fronteiras.

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Fotos: Patrícia Schulz/OP Rural

De acordo com levantamento apresentado durante palestra sobre os desafios logísticos, promovida na 35ª edição do Show Rural, em Cascavel, PR, o Brasil possui mais de 3,2 milhões de caminhões, dos quais quase 50% estão aptos a fazer frete por possuir registro da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Além de encaminhar e transportar produtos no mercado interno, o Brasil é responsável por 50% dos transportes internacionais da América Latina.

Emerson Wagner fala sobre soluções integradas, no início de fevereiro, no Paraná

Outro dado apresentado pelo palestrante, Emerson Wagner, da Totvs, de Cascavel, e que chama bastante atenção é que estimativas dão conta de que o fluxo de automóveis, na cidade que é o principal ponto de integração do Mercosul: Foz do Iguaçu, é superior a 200 mil veículos de carga que cruzam a fronteira todos os anos. “Foz do Iguaçu é o maior canal de integração de transporte internacional do Brasil, sendo que a maioria dos produtos transportados são grãos”, pontua Emerson.

O palestrante apresentou um projeto que está sendo desenvolvido e tem o objetivo de tornar mais eficiente a logística nos transportes, visando atender ao mercado internacional, com ênfase nos países da América do Sul, beneficiando transportadores que prestam esses serviços e que atuam em outros países que fazem transporte doméstico, objetivando o atendimento em uma única plataforma.

“A grande novidade é que esta será uma solução exclusiva do Brasil e que vai atender empresas que atuam em nosso país e também no exterior, como Paraguai e Argentina. Nosso objetivo é construir uma solução conectada, com integração de softwares e serviços e que contemple e seja eficiente na cadeia operacional, tornando o transporte logístico mais prático e eficiente, conectando com as áreas aduaneiras das fronteiras”, expõe.

Aduanas integradas

Os empresários que atuam no transporte internacional sabem que um dos grandes gargalos do setor é a diferença nas legislações dos países. “Por exemplo, quando uma empresa vai executar um transporte para a Bolívia ela precisa adquirir um software daquele país, mas também precisa comprar os programas dos outros países nos quais vai passar até chegar à Bolívia. Com essa nova ferramenta, a ideia é que tudo seja integrado, o que vai facilitar e deixar o transporte internacional mais prático. Desta maneira, você não vai precisar buscar soluções paralelas em cada país, pois nosso sistema estará certificado pela legislação de transporte daqueles países e também vai oferecer uma gestão integrada com as aduanas, recebendo as informações necessárias, ampliando e melhorando o tempo de tráfego do transporte, facilitando e gerando serviços de seguro, antecipação de valores aos motoristas”, adianta Emerson.

Films

O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu, PR, (Acifi), Danilo Vendruscolo, também participou da palestra e discorreu sobre o projeto que a Acifi está encabeçando. “Nós enxergamos nas problemáticas e desafios da logística rodoviária uma grande oportunidade para organizar projetos de gestão coordenada de fronteiras”, expõe.

Durante o evento, Danilo apresentou o resultado do 1º Fórum Internacional de Logística Multimodal Sustentável (Films), realizado em Foz do Iguaçu, em 2022, pela (Acifi), que em conjunto com a sociedade civil organizada, entidades, cooperativas e setor produtivo em geral resgatou o projeto do corredor Bioceânico ferroviário, que é um estudo técnico referente ao eixo de capricórnio elaborado pelo BNDES em 2011.

De acordo Danilo, o Fórum resultou na criação de seis grupos de trabalho, envolvendo a participação de integrantes dos países: Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai. Os grupos de trabalho permanente são: 1º gestão coordenada de fronteiras; 2º produção e comércio; 3º integração logística multimodal; 4º integração aeroviária; 5º turismo e 6º universidades.

O presidente discorreu ainda sobre outro projeto, elaborado pela empresa Procomex e que para ser executado vai demandar de um investimento de mais de US$ 800 mil. “Para fazer este levantamento foi conversado com todos os agentes envolvidos no processo. Após oito meses o projeto foi finalizado e foi protocolado junto ao BNDES, no dia 07/10/2022. Estamos em tratativas e há uma grande probabilidade deste recurso ser liberado”, adianta.

Danilo disse também que a execução deste plano foi uma solicitação da própria Receita Federal do Brasil. “Nós faremos a implantação desse projeto que será piloto no continente sul americano e que vai facilitar o processo de gestão dos transportes, por isso a implantação requer recursos públicos e privados e acompanhamento de várias instituições”, pondera.

Ele complementa enaltecendo que a diversidade de regimes jurídicos existentes em certos trechos e/ou países dificulta muito o trabalho dos caminhoneiros. “Existe uma elevada margem de subjetividade dos órgãos e dos agentes públicos envolvidos nas aduanas e na fiscalização, comprometendo a fluidez de funcionamento no Corredor, isso acarreta uma demora que não se justifica no processo de fiscalização e na liberação de cargas na fronteira”, comenta.

Presidente da Acifi, Danilo Vendrusculo

O presidente da Acifi elencou e apresentou alguns pontos pelos quais estão lutando para melhorar. “Hoje existe uma múltipla fiscalização externa, que é a necessidade de fiscalização da carga e da documentação pelas autoridades alfandegárias de cada país, a cada transposição territorial. Nós desejamos melhorar este serviço, buscando a padronização aduaneira e de documentação exigida, exigindo uniformidade nos horários de funcionamento das aduanas, buscando a padronização dos sistemas informatizados utilizados na administração e na operação aduaneira. Tudo isso visando facilitar o trâmite nas fronteiras”, informa.

Papel das universidades

As universidades também têm papel importante. Por meio da Fundação Araucária, universidades do Brasil, Paraguai, Argentina e Chile estão tendo a oportunidade de pesquisar sobre o corredor de Capricórnio e apresentar sugestões de melhorias, por meio de resultados científicos.

2ª edição do Films

A 2ª edição do Fórum Internacional de Logística Multimodal Sustentável do Corredor Bioceânico de Capricórnio será realizada na cidade de Foz do Iguaçu nos dias 14 a 16 de setembro. O objetivo é desenvolver ações conjuntas entre os países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai e que visam a construção de soluções logísticas com custos competitivos a nível internacional, atração de novos investimentos e o estímulo ao comercio e turismo entre os países do Cone Sul.

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Fonte: O Presente Rural

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Colômbia abre mercado para exportação de grãos secos de destilaria

Com esta nova autorização, o agronegócio brasileiro alcança sua 105ª abertura neste ano, totalizando 183 aberturas em 58 destinos desde o início de 2023.

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Foto: Shutterstock

O Governo da Colômbia autorizou, a partir desta sexta-feira (06), a exportação pelo Brasil de grãos secos de destilaria ao país, conhecidos como DDG ou DDGS, para aquele país.

O insumo é uma fonte proteica e energética utilizada na produção de ração para ruminantes, suínos, aves, peixes e camarões. Os DDG/DDGS são gerados a partir da produção de etanol de milho na segunda safra.

A plantação é feita na mesma área da safra principal, após a sua colheita e no mesmo ano agrícola. Assim, não demanda terra adicional para ser cultivada, o que resulta em melhor aproveitamento dos recursos naturais.

Com esta nova autorização, o agronegócio brasileiro alcança sua 105ª abertura neste ano, totalizando 183 aberturas em 58 destinos desde o início de 2023.

Fonte: Assessoria Mapa
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Câmara Temática de Gestão de Risco Agropecuário cria GTs para fortalecimento das políticas públicas no setor

Objetivo é enfrentar os desafios críticos no setor, como os riscos climáticos, operacionais, de crédito e a necessidade de inovação tecnológica.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Em busca de aprimorar as políticas públicas voltadas ao setor do agronegócio, a Câmara Temática de Gestão de Risco Agropecuário do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) criou quatro Grupos de Trabalho (GTs) focados em temas prioritários como inovação tecnológica, riscos climáticos, operacionais e crédito. “A criação desses GTs é uma resposta ao crescente reconhecimento da importância de uma abordagem estruturada para lidar com os riscos que afetam a produção agrícola. A adesão de representantes de todos os setores envolvidos, como seguradoras, produtores e o próprio governo, mostra o comprometimento com a sustentabilidade e a resiliência do agro brasileiro”, destacou o presidente da Câmara Temática, Vitor Ozaki. 

O GT de Política Integrada de Gestão de Riscos na Agropecuária visa propor uma política que vá além do seguro rural, englobando outros riscos da cadeia produtiva como os tecnológicos, sanitários e logísticos.  

Já o GT de Inovação Tecnológica, Científica e de Negócios se propõe a desenvolver novas ferramentas digitais e modelos de parceria para modernizar o ZARC (Zoneamento Agrícola de Risco Climático) e melhorar o acesso às informações de risco. 

Tem também o GT de Integração Crédito e Seguro Rural com foco na criação de sinergias entre as políticas de crédito rural e o seguro rural, buscando aumentar a resiliência financeira dos produtores e melhorar o acesso a financiamentos sustentáveis, como o FIAGRO. 

E, por último, o GT de Acompanhamento e Inovações no Programa de Subvenção ao Prêmio de Seguro Rural (PSR) que será responsável por monitorar a execução do PSR, identificar desafios orçamentários e operacionais, além de propor inovações que expandam o alcance do programa entre os produtores rurais. 

A gestão de risco é um tema estratégico para o agronegócio brasileiro, que tem enfrentado desafios cada vez maiores devido à imprevisibilidade climática e às oscilações do mercado. Nesse contexto, o papel da Câmara Temática e dos GTs se torna ainda mais relevante para assegurar a sustentabilidade financeira dos produtores rurais e a competitividade do setor. “A Câmara Temática é um espaço privilegiado de debate técnico que permite aprimorar as políticas públicas e integrar diversos atores do setor, gerando soluções concretas para problemas complexos. As contribuições dos Grupos de Trabalho serão decisivas para o futuro da gestão de risco no agronegócio”, afirmou o diretor de Gestão de Risco, Jônatas Pulquério.   

Os Grupos de Trabalho terão prazos de até 12 meses para a entrega de relatórios finais, com diagnósticos e propostas que visam aprimorar a gestão de risco no agro, além de fortalecer programas como o PSR e o PROAGRO.  

Com essas iniciativas, o Mapa reafirma seu compromisso com a criação de soluções integradas e inovadoras, capazes de enfrentar os desafios e garantir o crescimento sustentável do agronegócio no Brasil. 

Fonte: Assessoria Mapa
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Portaria define 11 novos postos para adidos agrícolas na África, Ásia e Américas

Com a ampliação, o Brasil passa a contar com sete adidos agrícolas em embaixadas na África e fortalecerá sua presença em importantes parceiros econômicos e mercados potenciais, expandindo as oportunidades para o setor agrícola nacional.

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O Ministério da Agricultura e o Ministério das Relações Exteriores definiram os locais dos 11 novos adidos agrícolas do Brasil no exterior. As futuras adidâncias serão na Argélia, Bangladesh, Chile, Costa Rica, Emirados Árabes Unidos, Etiópia (incluindo União Africana, Djibuti e Sudão do Sul), Filipinas (incluindo Ilhas Marshall, Micronésia e Palau), Irã, Malásia (incluindo Brunei), Nigéria e Turquia.

Com a ampliação, o Brasil passa a contar com sete adidos agrícolas em embaixadas na África e fortalecerá sua presença em importantes parceiros econômicos e mercados potenciais, expandindo as oportunidades para o setor agrícola nacional. “As novas adidâncias reflete o reconhecimento da importância do agronegócio e de sua maior inserção no mercado internacional para o Brasil. Com os novos postos iremos potencializar ainda mais as oportunidades para o setor, gerando empregos e renda para os brasileiros, principalmente em virtude das aberturas de mercados”, pontuou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.  

No mês de julho, o Governo Federal havia assinado o Decreto presidencial autorizando o aumento das adidâncias agrícolas de 29 para 40 postos. Essa ampliação do número foi a maior desde que a função foi criada, em 2008, pelo Decreto nº 6.464, já que estão sendo implementadas de uma única vez. 

Os adidos agrícolas desempenham funções de assessoramento junto às representações diplomáticas brasileiras no exterior. Suas principais atividades envolvem a identificação de oportunidades de comércio, investimentos e cooperação para o agronegócio brasileiro. Para isso, mantêm interlocução com representantes dos setores público e privado, formadores de opinião relevantes na sociedade civil e academia. 

Atualmente, há adidos agrícolas nos seguintes locais: África do Sul, Alemanha, Angola, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China (dois adidos), Colômbia, Coreia do Sul, Egito, Estados Unidos da América, França (Delegação do Brasil junto às Organizações Internacionais Econômicas Sediadas em Paris), Índia, Indonésia, Itália (Delegação Permanente do Brasil junto à Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura e aos Organismos Internacionais), Japão, Marrocos, México, Suíça (Delegação do Brasil junto à Organização Mundial do Comércio e outras organizações econômicas em Genebra), Peru, Reino Unido, Rússia, Singapura, Tailândia, Bélgica (Missão do Brasil junto à União Europeia em Bruxelas, dois adidos) e Vietnã. 

Fonte: Assessoria Mapa
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