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Desafio do Brasil é manter animais livres da doença letal e sem cura

Embrapa tem o papel de fornecer informações sobre a doença, sua prevenção e os impactos na cadeia produtiva de suínos, subsidiando a tomada de decisão dos órgãos competentes

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Luíza Biezus

Quando em setembro de 2018 o vírus da peste suína africana (PSA) foi identificado em suínos de subsistência na China, o mercado mundial entrou em pânico. Afinal, uma doença altamente contagiosa e que não tem cura nem tratamento poderia ter um efeito devastador no país que tem o maior rebanho (cerca de 428 milhões de cabeças, mais da metade da população de suínos do mundo), a maior produção (54 milhões de toneladas de carne no ano passado, mais que a soma dos outros nove maiores produtores mundiais), o maior consumo (55 milhões de toneladas de carne, 18 vezes maior que no Brasil, quinto no ranking mundial) e a maior importação (1,56 milhão de toneladas).

O motivo do temor? A peste suína africana é uma doença altamente contagiosa e que não tem cura nem tratamento. Ela acomete suínos e javalis, mas não causa efeitos em humanos. O vírus da PSA foi identificado pela primeira vez na África, no início do século 20, e se estima que chegou à Europa em 1957 por meio de restos de alimentos servidos em aviões contendo produtos derivados de suínos contaminados com PSA. No Brasil, o vírus foi identificado em 1978 em suínos de subsistência, em Paracambi, no Rio de Janeiro. A PSA foi erradicada e o Brasil é considerado livre da doença desde 1984.

“A PSA é causada por um vírus DNA. Já foram identificados 24 genótipos diferentes desse vírus. A maioria é altamente virulenta, ocasionando taxas de mortalidade elevadas”, diz o pesquisador da Embrapa Suínos e Aves Luizinho Caron. Ele explica que o vírus da PSA tem o potencial de se disseminar rapidamente e ser extremamente resistente à inativação. A principal via de transmissão é pelo contato direto entre suínos infectados ou através da ingestão por esses animais de produtos de origem suína contaminados com o vírus (esta tem sido frequentemente a via pela qual o vírus se disseminou por longas distâncias). “Outra via de transmissão, mas menos comum, com exceção de países na África, é por carrapatos, quando estes sugam o sangue de suínos infectados e depois se alimentam de outros suínos”, explica o pesquisador.

Doença de notificação obrigatória aos órgãos oficiais nacionais e internacionais de controle de saúde animal, a PSA tem potencial para rápida disseminação e drásticas consequências socioeconômicas. “O impacto da introdução da PSA nos Estados Unidos foi estimado em US$ 16,5 bilhões apenas no primeiro ano de surto. Uma avaliação superficial da introdução do vírus na população de suínos do Brasil mostra que o prejuízo ficaria em torno de US$ 5,5 bilhões, baseado no número de suínos abatidos por ano. Porém, fica difícil estimar os custos para o cenário brasileiro, devido às particularidades da produção e diferenças nos sistemas de vigilância e monitoria”, diz a pesquisadora e chefe geral da Embrapa Suínos e Aves, Janice Zanella.

Uma vacina já está em desenvolvimento pelo USDA, órgão da agricultura do governo norte-americano. Mas, enquanto ela não é aprovada e comercializada, em casos de surtos da doença o abate sanitário dos animais e a destinação adequada das carcaças são obrigatórios. Não há números oficiais, ao menos divulgados, mas se estima que o abate de animais na China por causa da peste suína africana já chegou a dezenas de milhões.

Transmissão do vírus da PSA

A PSA é transmitida principalmente pelo contato direto entre suínos infectados e suscetíveis (domésticos ou asselvajados, como os javalis) ou através da ingestão de produtos de origem suína contaminados com o vírus. “Carcaças de animais infectados que morrem e ficam no ambiente são fontes importantes de transmissão e resultam em outras formas de dispersão do vírus e da doença”, explica a pesquisadora da Embrapa Suínos e Aves Virgínia Santiago Silva.

Na Europa, o ciclo de infecção mais comum detectado é o de suínos que se infectam ao ingerir produtos cárneos de origem suína contaminados com o vírus da PSA, como salames e embutidos, oriundos de restos da alimentação humana. Após alguns dias, os animais iniciam a eliminação viral por meio das secreções e excreções. Além disto, o vírus persiste no sangue e nos tecidos após a morte, tornando-se fonte de infecção para outros suínos.

“O vírus é estável em um amplo intervalo de temperaturas, não é inativado pela refrigeração e nem pela maturação da carne. Pode permanecer infeccioso por 11 dias nas fezes, por meses na medula óssea, por 15 semanas na carne refrigerada e congelada, e entre 3 e 6 meses em presuntos e embutidos curados não cozidos ou defumados”, diz Virgínia.

Sinais clínicos

O período de incubação da doença em geral é de 4 a 19 dias e sua severidade está relacionada a diferentes fatores. “Vai depender, por exemplo, da virulência da estirpe viral, da via e dose de infecção e do status imune do animal hospedeiro”, diz a pesquisadora da Embrapa Suínos e Aves Rejane Schaefer.

Rejane explica que em sua forma aguda a doença se caracteriza por vermelhidão e hemorragias na pele; anorexia, apatia, cianose e falta de coordenação motora dentro de 24-48 horas antes da morte; aumento da frequência respiratória; vômitos, diarreia (por vezes sanguinolenta) e secreções oculares. “Nesses casos, a taxa de mortalidade geralmente se aproxima de 100%”, diz.

“Já estirpes menos virulentas ocasionam sinais clínicos leves e muitas vezes inespecíficos, como febre ligeira, apetite reduzido, depressão, sinais respiratórios e aborto, que podem ser confundidos com muitas outras enfermidades em suínos e podem não levar à suspeita de PSA”, diz a pesquisadora. É importante o diagnóstico diferencial rápido, pois os sinais clínicos podem não ser tão acentuados no início. Animais que se recuperam de infecções se tornam portadores do vírus e se transformam em grandes problemas do controle da doença.

Diagnóstico e inativação do vírus

O diagnóstico do vírus inclui técnicas moleculares e deve ser realizado em laboratórios oficiais com amostras de linfonodo, rim, baço, pulmão, sangue e soro. As técnicas de diagnóstico mais frequentemente utilizadas para a detecção e identificação do vírus da PSA são a imunofluorescência direta, teste de hemadsorção e PCR. Para programas de controle e erradicação da PSA é indicado o teste de ELISA para detecção de anticorpos.

“O vírus é inativado, por exemplo, se exposto por 30 minutos a temperatura de 60ºC, por solventes que rompem seu envelope lipídico e por desinfetantes à base de amônia quaternária ou hipoclorito de sódio quando aplicados em superfícies de plástico, concreto ou aço por 10 minutos, desde que não haja sangue ou suco de carne sobre estas estruturas”, resume Danielle.

Prevenção da entrada do vírus no Brasil

O Brasil tem um sistema de vigilância das síndromes hemorrágicas que inclui a realização de testes laboratoriais para PSA como diagnóstico diferencial de Peste Suína Clássica (PSC). O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) implementou cuidados nas fronteiras e na importação de produtos agrícolas e alimentos de países onde a PSA está ocorrendo.

“A prevenção em países livres da doença, como o Brasil, depende de políticas de importação rigorosas, garantindo que nem os suínos vivos infectados nem os produtos de origem suína oriundos de países ou regiões afetadas pela PSA sejam introduzidos nessas áreas livres”, diz Janice Zanella, chefe geral da Embrapa Suínos e Aves, lembrando que a Embrapa “tem o papel de fornecer informações sobre a doença, seu controle e os impactos na cadeia produtiva de suínos, subsidiando a tomada de decisão dos órgãos competentes”. Ela explica que não existem pesquisas suficientes sobre a PSA no país porque é uma doença exótica para a suinocultura nacional. “Mas a Embrapa Suínos e Aves tem pesquisas lideradas pela pesquisadora Virgínia Santiago em monitoramento de javalis e suídeos asselvajados na zona livre de peste suína clássica, o que pode embasar estudos e análises de risco para a PSA”, diz.

A analista da Embrapa Suínos e Aves Danielle Gava diz que, caso ocorra um surto no país, as ações de controle da doença incluem o abate sanitário rápido de todos os suínos; a eliminação adequada de carcaças e limpeza e desinfecção completas das instalações; a designação da zona infectada, com controle de movimentação e trânsito dos suínos; e uma pesquisa epidemiológica detalhada, com rastreamento de possíveis fontes de infecção e de disseminação, além da vigilância da zona infectada e da área circundante.

Onde o vírus surgiu e como se espalhou pelo mundo?

O vírus se estabeleceu há muito tempo em um ciclo silvestre no leste e no sul da África, envolvendo transmissão entre os suídeos selvagens africanos e uma espécie de carrapato. Depois de sua introdução em suínos domésticos no Quênia, nos anos 1920, a PSA disseminou-se para a maioria dos países da África Subsaariana. Em 1957, a doença foi introduzida em Portugal por meio de restos de alimentos de aeronaves contendo produtos derivados de suínos contaminados com PSA. A doença permaneceu endêmica na Espanha e em Portugal desde aquela época até meados da década de 1990, espalhando-se posteriormente para outros países europeus (Itália, França, Holanda, Bélgica, Malta) e para a América do Sul e o Caribe. No Brasil, o vírus foi identificado em suínos de subsistência, em Paracambi, no Rio de Janeiro, em 1978, que haviam sido alimentados com restos de alimentos contaminados com o vírus de um voo proveniente de Portugal. A PSA foi erradicada em todos esses países, inclusive do Brasil, que é considerado livre. Em 1982 o vírus foi introduzido na Sardenha (Itália), onde permanece endêmico. Em 2007, a PSA surgiu e se espalhou na Geórgia, sudeste da Europa e Rússia. Em 2014 a PSA alcançou a Europa (Estônia, Letônia, Lituânia e Polônia) e Ucrânia; em 2016, a Moldávia; e em 2017, a República Tcheca e a Romênia. Em setembro de 2018, o vírus da PSA foi detectado em suínos de subsistência na China e na Romênia e em javalis na Bélgica. A partir desta data, até agora, a doença já se espalhou por outros países, como Hungria, Mongólia, Vietnã, Cambodja e Hong Kong.

Medidas de controle para evitar a PSA no Brasil

  • Políticas de importação rigorosas de suínos vivos e de produtos de origem suína de países ou regiões afetadas pela PSA
  • Descarte adequado (que inclui o tratamento térmico) de resíduos de alimentos de aeronaves, navios ou veículos provenientes de países com ocorrência da PSA
  • Não alimentar suínos com produtos cárneos de origem suína, oriundos de restos da alimentação humana
  • Treinar veterinários e produtores para reconhecer a doença
  • Caçadores que tenham participado de atividades de caça em países com ocorrência da PSA não devem trazer subprodutos da caça para o país

Os casos suspeitos devem ser reportados ao Serviço Veterinário Oficial Estadual. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) tem um Laboratório Oficial, o Lanagro, em Minas Gerais, com capacidade para diagnóstico da PSA.

Fonte: Embrapa Suínos e Aves

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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