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Derivados de madeira desequilibram as contas na avicultura do Paraná

Levantamento do custo de produção realizado pelo Sistema Faep/Senar-PR mostra que gasto com aquecimento das granjas onera o bolso do produtor.

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Foto: Shutterstock

O aquecimento das granjas tem pesado no bolso do avicultor paranaense, segundo levantamento dos custos de produção realizado em maio pelo Sistema Faep/Senar-PR. Os preços dos derivados de madeira, que incluem lenha, pellet, briquet, maravalha e cavaco, tiveram a maior alta deste ano, chegando a mais de 25% em algumas regiões, como Sudoeste e Campos Gerais, reflexo de um cenário de desequilíbrio. Acesse os custos de produção da avicultura na íntegra.

O valor da madeira vinha caindo desde 2012, o que causou desestímulo ao plantio de espécies de árvores utilizadas para o aquecimento, principalmente a lenha. Isso levou à redução da oferta nos últimos anos, elevando os preços. A alta demanda pelas indústrias também contribuiu para a elevação das cotações da lenha. Até mesmo fatores extraordinários acabaram influenciando, como a guerra na Ucrânia, que vem causando aumento pela procura de lenha em meio às ameaças à infraestrutura energética do país. “O aquecimento é o nosso calcanhar de Aquiles”, define Carlos Eduardo Maia, avicultor em São João do Caiuá, no Norte do Paraná. “Já até ouvi produtor dizer que seria melhor não alojar aves no inverno com o preço que está a madeira”, complementa o produtor, que está à frente da Comissão de Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (Cadec) de Santo Inácio e faz parte da Comissão Técnica (CT) de Avicultura da Faep.

Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Na avaliação de Maia, é preciso buscar eficiência na gestão do negócio para se manter na atividade, como antecipar a compra de madeira em grande escala, reutilizar recursos e investir em energia fotovoltaica. A diversificação de atividades dentro da propriedade é outra aposta para reduzir os custos e equilibrar as contas. “Uma atividade ajuda o desenvolvimento da outra em momentos ruins”, aponta Maia, que também investe em gado de corte, mandiocultura e plantio de eucalipto em sistema de integração.

No caso do produtor, o eucalipto faz sombreamento para o gado e também é extraído para virar a lenha que promove o aquecimento para as 600 mil aves alojadas em 14 aviários. Como a propriedade ainda não é autossuficiente em lenha, o produtor compra floresta em pé de vizinhos parceiros. A cama de aviário faz a adubação das pastagens e da lavoura de mandioca e o excedente, comercializado. Implementos e mão de obra da propriedade também são compartilhados entre os manejos das atividades.

O incentivo ao plantio de floresta é uma demanda discutida na Cadec da Santo Inácio. Com o resultado do levantamento dos custos deste ano, os produtores terão argumentos sólidos para debater com a indústria. “A ideia é que a indústria ofereça alguma forma de incentivo ao produtor para o plantio de floresta”, adianta. “Algumas indústrias têm exigido manejos específicos que demandam um maquinário mais caro. Tudo isso vai encarecendo o nosso custo de produção”, justifica.

Mudança na metodologia do levantamento

Neste ano, a rodada dos painéis de levantamento de custos de produção da avicultura passou a ser segmentada por Cadec. Nos trabalhos anteriores, a pesquisa era realizada regionalmente, em locais onde há expressiva produção de frangos de corte. Desta vez, participaram 15 Cadecs de 13 municípios nas regiões Sudoeste, Oeste, Noroeste, Norte, Norte Pioneiro e Campos Gerais. Os resultados por Cadec foram agrupados de acordo com as regiões produtoras a fim de viabilizar o comparativo com o último levantamento, realizado de outubro de 2022.

Equilibrando as contas

Com base no levantamento realizado pelo Sistema Faep/Senar-PR, na maioria dos modais das principais regiões do Paraná, a receita cobre apenas os custos variáveis, ou seja, as despesas ligadas diretamente à produção do lote. Isso não inclui a depreciação das instalações, dos equipamentos e a remuneração sobre o capital investido.

Já em alguns modais de regiões como os Campos Gerais e Norte Pioneiro, a receita não cobre os custos variáveis. Poucos modais conseguiram resultado positivo sobre o custo total. Nesse caso, aviários maiores, de 165x18m e 200x18m, o que mostra a possibilidade de diluição dos custos com o maior alojamento de aves na propriedade, obtendo ganhos em escala.

Assim como nos levantamentos anteriores, a venda da cama de aviário ajuda a reduzir o saldo negativo da atividade – mesmo com a redução dos preços nos últimos meses, que acompanham as cotações do adubo. Em algumas regiões, a receita com a comercialização deste item foi determinante para cobrir os custos variáveis.

“Quem conseguiu equilibrar as contas entre as compras de insumo e a venda de subprodutos, como a cama de aviário, sentiu menos os resultados negativos. A avicultura depende do contexto em que o produtor está inserido. Uma região agrícola, que demanda cama de aviário, oferece mais possibilidades para o avicultor”, observa Fábio Mezzadri, técnico do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema FAEP/SENAR-PR.

Assim como o coordenador da Cadec de Santo Inácio, Mezzadri destaca a importância da diversificação da propriedade rural, o investimento no plantio de floresta e a geração de energias alternativas para garantir eficiência na atividade. “O uso do gás como alternativa à lenha e pellets tem crescido nos aviários, principalmente por causa da queda nos preços. Mas a viabilidade depende das condições do produtor, já que é um investimento alto”, elenca. Em algumas regiões, como Sudoeste e Campos Gerais, o custo do gás reduziu mais de 15%.

“Apesar das dificuldades, o sistema de integração ainda oferece segurança para o produtor investir. Estamos na luta diária por melhores remunerações e melhores condições de trabalho. Produzimos uma proteína acessível ao consumidor e que, por isso, tende a ser uma excelente alternativa para a alimentação. Isso nos dá garantia de comercialização”, destaca Maia, da Cadec de Santo Inácio.

Descompasso na produção

O avicultor Juarez Pompeu, que mantém dois aviários com cerca de 27 mil animais alojados em Chopinzinho, no Sudoeste, aponta que os reajustes no valor pago pela indústria não acompanham a oscilação dos preços dos insumos, como o milho, principal matéria-prima para ração das aves, que passou por uma disparada nos preços na última safra, causando alta generalizada nos custos de produção. Dessa forma, mesmo que a receita com a venda dos lotes tenha crescido nas principais regiões produtoras do Estado em relação ao ano passado, o custo total também subiu, continuando a estreitar as margens de lucro. Ele alega que o valor recebido atualmente está no mesmo patamar pago há 15 anos.

“Todas as cobranças que a indústria faz, a gente cumpre. Nossa qualidade de produção é fantástica, pois o avicultor faz um trabalho formidável, entrega um produto perfeito e quando ganha um reajuste, é mínimo. A gente entende que a indústria tem custos altos, mas merecemos um retorno justo”, afirma Pompeu, que atua na coordenação das Cadecs de Itapejara D’Oeste e de Pato Branco.

O coordenador da Cadec de Cianorte, na região Noroeste, José Carlos Spoladore, reforça a importância de um reajuste mais atualizado com as demandas dos avicultores. “Nosso reajuste vem cobrindo a inflação, o que deixa menos ruim, mas não cobre o mínimo do custo de produção. A tendência é que os produtores saiam da atividade se continuar nessa situação”, avalia o produtor, que aloja 120 mil aves em quatro aviários.

De acordo com o levantamento, os avicultores do Noroeste tiveram que desembolsar mais com lenha, que subiu 11,11%; briquet, com alta de 1,18%; e gasolina, com 15,72%. No Sudoeste, os gastos com pellets aumentaram 34,5%; com cavaco, 27,1%; maravalha na casa dos 25,6%; e lenha, 10%. A gasolina também entrou na lista, com aumento de 18,7%. Junto com aquecimento, energia elétrica e gasolina, a mão de obra também aparece entre os itens que mais pressionaram os custos de produção.

Incentivo à energia fotovoltaica

Os investimentos em energia fotovoltaica foram frequentemente citados pelos avicultores como uma alternativa para driblar o alto custo de produção. Na avaliação de José Carlos Spoladore, da região Noroeste, o avicultor que investiu na aquisição de placas solares sente menos os impactos. “Tenho 570 placas. Comecei há dois anos e, recentemente, finalizei o projeto, que custou R$ 600 mil. Hoje praticamente não pago energia”, diz.

No Norte do Estado, há quase dois anos, Carlos Eduardo Maia investiu em 3 mil painéis fotovoltaicos, que suprem toda a energia utilizada nos barracões. Antes dos painéis, a conta de energia vinha em torno de R$ 70 mil por mês. Atualmente, o produtor paga R$ 500 mil por ano em parcelas do financiamento que viabilizou a aquisição dos painéis solares – cerca de 40% a menos do valor que pagava por ano em contas de energia elétrica.

Juarez Pompeu, do Sudoeste, também investiu na geração da própria energia na propriedade. Com um financiamento de R$ 170 mil para ser pago em dez anos, o produtor adquiriu, há dois anos, 100 painéis fotovoltaicos e hoje já tem a conta de energia elétrica praticamente zerada.

O presidente da CT de Avicultura da Faep, Diener Gonçalves Santana, ressalta os programas de incentivo para a energia fotovoltaica no Paraná, que facilitam o acesso a linhas de crédito com juros mais baixos. “Quem tem energia fotovoltaica está se sobressaindo. Vários produtores têm pegado recursos a juros baixos, o que tem dado alívio no custo de produção. Uma vez tendo essa energia, é um custo a menos para os avicultores, que já estão passando por um momento complicado”, resume Santana.

Fonte: Sistema Faep/Senar-PR

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Relatório traz avanços e retrocessos de empresas latino-americanas sobre políticas de galinhas livres de gaiolas

Iniciativa da ONG Mercy For Animals, a 4ª edição do Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais identifica compromisso – ou a ausência dele – de 58 grandes companhias, com o fim de uma das piores práticas de produção animal: o confinamento de aves na cadeia de ovos.

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Foto: Freepik

O bem-estar de galinhas poedeiras é gravemente comprometido pelo confinamento em gaiolas. Geralmente criadas em espaços minúsculos, entre 430 e 450 cm², essas aves são privadas de comportamentos naturais essenciais, como construir ninhos, procurar alimento e tomar banhos de areia, o que resulta em um intenso sofrimento.

Fotos: Divulgação/MFA

Estudos, como o Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais (MICA) da ONG internacional Mercy For Animals (MFA), comprovam que esse tipo de confinamento provoca dores físicas e psicológicas às galinhas, causando problemas de saúde como distúrbios metabólicos, ósseos e articulares, e o enfraquecimento do sistema imunológico das aves, entre outros problemas.

Para a MFA, a adoção de sistemas de produção sem gaiolas, além de promover o bem-estar animal, contribui para a segurança alimentar, reduzindo os riscos de contaminação e a propagação de doenças, principalmente em regiões como a América Latina, o que inclui o Brasil.

Focada nesse processo, a Mercy For Animals acaba de lançar a quarta edição do Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais (MICA 2024), um instrumento essencial para analisar e avaliar o progresso das empresas latino-americanas em relação ao comprometimento com políticas de bem-estar animal em suas cadeias produtivas.

O relatório considera o compromisso – ou a ausência dele – de 58 grandes empresas, com o fim de uma das piores práticas de produção animal: o confinamento de galinhas em gaiolas em suas cadeias de fornecimento de ovos.

Destaques

A pesquisa se concentrou na análise de relatórios públicos de companhias de diversos setores com operações em territórios latino-americanos, da indústria alimentícia e varejo aos serviços de alimentação e hospitalidade. Elas foram selecionadas conforme o tamanho e influência em suas respectivas regiões de atuação, bem como a capacidade de se adaptarem à crescente demanda dos consumidores por práticas mais sustentáveis, que reduzam o sofrimento animal em grande escala.

O MICA 2024 aponta que as empresas Barilla, BRF, Costco e JBS, com atuação no Brasil, se mantiveram na dianteira por reportarem, publicamente, o alcance de uma cadeia de fornecimento latino-americana 100% livre de gaiolas. Outras – como Accor, Arcos Dourados e GPA – registraram um progresso moderado (36% a 65% dos ovos em suas operações vêm de aves não confinadas) ou algum progresso, a exemplo da Kraft-Heinz, Sodexo e Unilever, em que 11% a 35% dos ovos provêm de aves livres.

De acordo com a MFA, apesar de assumirem um compromisso público, algumas empresas não relataram, oficialmente, nenhum progresso – como a Best Western e BFFC. Entre as empresas que ainda não assumiram um compromisso público estão a Assaí e a Latam Airlines.

“As empresas que ocupam os primeiros lugares do ranking demonstram um forte compromisso e um progresso significativo na eliminação do confinamento em gaiolas. À medida que as regulamentações se tornam mais rigorosas, essas empresas estarão mais bem preparadas para cumprir as leis e evitar penalidades”, analisa Vanessa Garbini, vice-presidente de Relações Institucionais e Governamentais da Mercy For Animals.

Por outro lado, continua a executiva, “as empresas que não demonstraram compromisso com o bem-estar animal e não assumiram um posicionamento público sobre a eliminação dos sistemas de gaiolas, colocam em risco sua reputação e enfraquecem a confiança dos consumidores”.

“É fundamental que essas empresas compreendam a urgência de aderir ao movimento global sem gaiolas para reduzir o sofrimento animal”, alerta Vanessa Garbini.

Metodologia

A metodologia do MICA inclui o contato proativo com as empresas para oferecer apoio e transparência no processo de avaliação, a partir de uma análise baseada em informações públicas disponíveis, incluindo relatórios anuais e de sustentabilidade.

Os critérios de avaliação foram ajustados à medida que o mundo se aproxima do prazo de “2025 sem gaiolas”, estabelecido por muitas empresas na América Latina e em todo o planeta. “A transição para sistemas livres de gaiolas não é apenas uma questão ética, mas um movimento estratégico para os negócios. Com a crescente preocupação com o bem-estar animal, empresas que adotam práticas sem gaiolas ganham vantagem competitiva e a confiança do consumidor. A América Latina tem a oportunidade de liderar essa transformação e construir um futuro mais justo e sustentável”, avalia Vanessa Garbini.

Para conferir o relatório completo do MICA, acesse aqui.

Para saber mais sobre a importância de promover a eliminação dos sistemas de gaiolas, assista ao vídeo no Instagram, que detalha como funciona essa prática.

Assine também a petição e ajude a acabar com as gaiolas, clicando aqui.

Fonte: Assessoria MFA
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Sustentabilidade em foco na Conbrasfran 2024

Evento acontece de 25 a 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha.

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Foto: Divulgação/Asgav e Sipargs

A importância de uma produção mais sustentável foi a lição mais importante que este ano deixou aponta o presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos. “A natureza nos lembrou que é soberana e da necessidade de nos reciclarmos cada vez mais do que fizemos no passado. Eu digo a humanidade como um todo. As práticas sustentáveis que tanto se fala e que vamos discutir na Conbrasfran, essas práticas que estamos implementando agora é para amenizar o que vem pela frente, já que estamos enfrentando agora as consequências do que foi feito no passado”.

Então, para ele, a lição é a necessidade de insistirmos no tema da sustentabilidade ambiental e social, insistir na educação, na orientação e na disciplina ambiental com o objetivo de mitigar os efeitos climáticos no futuro. “Os efeitos podem ser vistos no mundo todo. Aumento dos dias de calor extremo, chuvas recordes no Brasil, na Espanha e outros países, além das queimadas em várias regiões do mundo também”.

A Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango (Conbrasfran 2024), que vai ser realizada entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha, vai reunir empresários, indústrias, produtores e lideranças de todo o país para discutir todas as áreas estratégicas. “Vamos falar sobre sanidade avícola, um simpósio tradicional da Asgav será absorvido pela programação da Conbrasfran 2024. Vamos debater qualidade industrial, que trata questões de inspeção, controle, autocontrole e processo produtivo, entre outros temas. Teremos também um seminário sobre segurança do trabalho com uma abordagem do ambiente laboral dos colaboradores e da proteção deles em um quadro em que surgem novos desafios na medida em que aumentamos a produção”, pontuou.

Um dos destaques do evento será o 1º Seminário de Sustentabilidade Ambiental e Adequação Global. “Também teremos discussões sobre a área comercial, que impulsiona a nossa economia e é responsável por levar o nosso produto até a mesa do consumidor brasileiro e de mais de 150 países”, salientou Santos. Ele destaca ainda os debates sobre questões jurídicas e tributárias. “São temas que permeiam o nosso dia a dia e estamos diante de uma reforma tributária, que também será abordada”, afirmou mencionando o Agrologs, que vai falar sobre logística, outro desafio para a cadeia produtiva. “O Brasil precisa avançar em ferrovias, hidrovias é uma necessidade para garantir sustentáculos de competitividade”. “É um evento que vai trazer temas estratégicos”, encerrou.

Os interessados podem se inscrever através do site do evento. E a programação completa da Conbrasfran 2024 também está disponível clicando aqui.

Fonte: Assessoria Asgav e Sipargs
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Conbrasfran 2024 ressalta superação e resiliência da avicultura gaúcha em meio a desafios históricos

Evento será realizado entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha.

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Presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: "São muitos os empresários que acreditam nesses movimentos e nos dão carta branca para seguir em frente" - Foto: Divulgação

Se desafio é uma palavra que faz parte do dia a dia da avicultura, este ano levou o seu significado a um novo patamar, especialmente falando do Rio Grande do Sul. O estado enfrentou enchentes e depois um caso isolado de Doença de Newcastle. “Tudo isso nos abalou sim. Redirecionamos toda a atenção e os nossos esforços para ser o elo de ligação do setor com o poder público, com a imprensa e a atender as demandas dos setores. A organização do evento já estava em curso quando tivemos 45 dias de interdição do prédio onde fica a nossa sede, localizado à beira do rio Guaíba. Tivemos enchente. Para se ter uma ideia, a água chegou até 1,80 metro do 1º andar e não pudemos entrar por conta da falta de luz, de água e outra série de dificuldades”, ressaltou o presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos.

Ainda assim, estes entraves não foram suficientes para desistir da realização da Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango (Conbrasfran 2024), que vai ser realizada entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha. “Não houve um único questionamento sequer por parte de associados e dirigentes, o que demonstra que o setor está convencido da importância deste encontro e das discussões que ele vai trazer. Serão vários temas, técnicos, conjunturais, temas estratégicos, de planejamento e de superação de desafios, entre outros. E tudo isso fez com que o setor mantivesse acesa a chama para realizar este evento”, destacou Santos.

De acordo com ele, diante dos desafios, as atividades da organização da Conbrasfran 2024 foram acumuladas com o trabalho da linha de frente para atender as demandas cruciais que chegaram, além da interação com órgãos oficiais, imprensa e parceiros estratégicos, como a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). “E mesmo assim, continuamos com a manutenção e organização do evento. E isso nos sobrecarregou sim. Temos uma equipe enxuta, mas que trabalhou bravamente, com máximo empenho, naqueles dias”.

Santos destaca que os esforços levaram a realização de um evento muito especial, que teve a colaboração de grande parte empresários e técnicos do setor. “São muitos os empresários que acreditam nesses movimentos e nos dão carta branca para seguir em frente, que sabem que apesar das dificuldades, continuamos um estado atrativo, com indústrias e produtores de pequeno, médio e grande portes que continuam produzindo por acreditar no empreendedorismo, na pujança na mão-de-obra, na gestão”, disse o executivo lembrando que apesar dos desafios, o estado conseguiu valorizar a produção, manter empresas e ainda está recebendo novos empreendimentos.

Superação
A superação das dificuldades trazidas pelo ano exigiu muito trabalho, organização e confiança. “Precisamos valorizar a confiança daqueles que são nossos associados e dirigentes. A confiança que recebi deles e da minha equipe como dirigente executivo foi importante. Também vale mencionar as estratégias e ações que colocamos em prática para atender todas as demandas que nos chegaram. Sempre buscamos a melhor forma de atender e ajudar os associados”.

E foi também de maneira virtual que estes desafios foram enfrentados. “Interagimos muitas vezes através de plataforma virtual com os serviços oficiais , seguimos em conjunto e dentro das diretrizes da ABPA e tivemos o apoio incondicional da nossa Federação. Com uma soma de esforços, com a confiança de dirigentes que depositam confiança em nosso trabalho, conseguimos ir para a linha de frente e atender as diferentes demandas do setor e da imprensa”, contou Santos que agiu com firmeza em seus posicionamentos e conseguiu liderar o setor na retomada até chegarmos neste momento.

Os interessados podem se inscrever e conferir a programação completa da Conbrasfran 2024 clicando aqui. Outras informaçõe podem ser obtidas pelo e-mail conbrasfran@asgav.com.br, através do telefone (51) 3228-8844, do WhatsApp (51) 98600-9684 ou pelo Instagram do encontro.

Fonte: Assessoria Asgav
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