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Demanda por carne suína deve crescer 14% por década até 2050, prevê Davies

Professor da Universidade de Minnesota, Peter Davies, debateu cenários para suinocultura até 2050 em webinar de lançamento do IPVS2022, que vai ser realizado de 21 a 24 de junho de 2022, no Rio de Janeiro

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 “As boas práticas de produção serão necessárias na suinocultura nos próximos 30 anos, mas não serão suficientes. Para manter-se competitiva, a indústria de carne suína precisa de altos padrões de produção com custo acessível, para que os consumidores tenham acesso a um mercado que está se tornando mais diverso”, defendeu o professor da Universidade de Minnesota – Estados Unidos, Peter Davies, na última semana em um webinar realizado pela IPVS – International Pig Veterinary Society, para centenas de pessoas de todo o mundo. “Não podemos prever o futuro, mas temos que oferecer estrutura para pensar sobre cenários”, afirmou.

Para Davies, o crescimento da demanda será de 14% a cada década até 2050. O destaque é para o aumento no consumo em países em desenvolvimento e queda em países ricos. Em sua visão, o principal desafio do setor é se mostrar sustentável para o consumidor. “A atividade econômica está relacionada ao consumo e não à produção, por isso é preciso olhar para o consumidor para mudar a direção da indústria. Se o crescimento projetado está em 14% por década, vemos que o consumo está crescendo menos. Países desenvolvidos já chegaram ao pico de consumo. Em 2018, o frango superou a carne suína como a mais consumida no mundo e esse mercado bastante competitivo (com o frango) deve continuar assim”, mencionou o especialista.

De acordo com Davies, os próximos 30 anos devem ter mudanças em nosso modo de vida em uma escala que jamais poderíamos imaginar. “Vamos ter 20 mil anos de progresso no século 21. As indústrias serão criadas a partir da sustentabilidade socioambiental. O maior desafio será a percepção do consumidor no elo entre a pecuária e as mudanças climáticas, que afetarão o futuro da suinocultura”, apontou. Ainda segundo Davies, novas dietas devem competir com a suinocultura. “O consumidor pode escolher alimentos à base de plantas, ou proteínas alternativas, como insetos e algas. Teremos uma nova dieta nos próximos anos”, apontou.

E as mudanças já ocorrem. “A geração millenials é 10% menos propensa a comprar carne”, exemplificou o especialista. O professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e presidente do Comitê Científico do IPVS2020, Roberto Guedes, destacou a importância de ter conhecimento dos custos de produção, com uma tendência de alta nas próximas décadas. “Teremos no futuro uma produção com custos mais elevados, o que pode reduzir a demanda por conta do preço”, explicou. Davies encerrou destacando políticas comerciais, eventos que não podem ser previstos, como a própria pandemia de Covid-19, e a disrupção de novas tecnologias, que podem mudar os cenários previstos.

Anais IPVS2020

A comissão organizadora do Congresso IPVS2020 disponibilizou gratuitamente os anais do evento no site oficial da IPVS (www.theipvs.com/links). Nele estão cerca de 700 resumos das principais pesquisas sobre a suinocultura atual, de renomados cientistas de todo o mundo. “Em respeito aos pesquisadores que submeteram seus trabalhos para apreciação pela Comissão Científica, publicamos os anais”, destacou a médica veterinária presidente da IPVS, Fernanda Almeida, observando ainda que esses trabalhos podem contribuir para a suinocultura do futuro.

O Congresso IPVS2022

A pandemia da Covid-19 atrapalhou, mas não parou a principal fonte de novos conhecimentos da suinocultura mundial. Este foi o balanço da webinar que reuniu pesquisadores, profissionais e empresários da suinocultura em todo do mundo.

A 26a edição do Congresso IPVS, que seria realizada neste ano, foi adiado para os dias 21 a 24 de junho de 2022, em função da pandemia de Covid-19. O encontro será realizado no Riocentro, na cidade do Rio de Janeiro.

Na abertura da webinar desta semana, Fernanda Almeida destacou que resiliência é a palavra mais adequada para representar o evento deste ano. “De forma conjunta com os principais patrocinadores do evento, decidimos adiar o IPVS para 2022, uma decisão difícil, mas necessária para garantir a segurança de todos os envolvidos”, ressaltou.

Fonte: Assessoria

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IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano

Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).

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Fotos: Marcello Casal

O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.

No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.

No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.

No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.

Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.

A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.

Fonte: Assessoria Cepea
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ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro

Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.

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Fotos: Divulgação/ABCZ

Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.

A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.

Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian: “Temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”

A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.

Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.

O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.

Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.

Fonte: Assessoria ABCZ
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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro

Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.

No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.

Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.

No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a  liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.

Fonte: Assessoria Cepea
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