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Demanda externa aquecida e dólar valorizado impulsionam alta nos preços do milho
Altas só não foram mais intensas por causa da menor demanda interna na primeira quinzena do mês, quando consumidores adquiriram milho apenas de forma pontual, pois parte deles ainda tinha o produto estocado.

Os preços do milho voltaram a reagir em setembro na maior parte das praças acompanhadas pelo Cepea. O suporte veio do ritmo aquecido das exportações do cereal e da alta das cotações nos portos, diante das valorizações externa (em parte do mês) e do dólar. Nem mesmo a colheita da segunda safra – praticamente finalizada no Brasil – e a consequente maior oferta limitaram os avanços.
As altas só não foram mais intensas por causa da menor demanda interna na primeira quinzena do mês, quando consumidores adquiriram milho apenas de forma pontual, pois parte deles ainda tinha o produto estocado.
No entanto, com a redução das ofertas de produtores, que, no início do mês, se mostravam mais flexíveis devido à falta de espaço e/ou à necessidade de fazer caixa, compradores domésticos voltaram a relatar dificuldades em negociar novos lotes no fim de setembro. Assim, no acumulado de setembro, o Indicador Esalq/BM&FBovespa avançou fortes 7,3%, fechando a R$ 57,47/saca de 60 kg no dia 29. A média mensal, de R$ 54,63/sc, avançou 2,4% sobre a de agosto.
Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, os valores subiram 0,6% no mercado de balcão (ao produtor) e 2,2% no de lotes. Já quando comparadas as médias mensais, houve desvalorização de 0,8% no mercado de balcão, mas alta de 2% no de lotes.
Na B3, o movimento de alta também foi observado, impulsionado pela demanda externa aquecida. Com isso, os vencimentos Nov/23 e Jan/24 avançaram 2,9% e 2,6% no acumulado de setembro, fechando a R$ 58,29/sc e a R$ 62,29/sc de 60 kg no dia 29, respectivamente.
Portos
Com o elevado volume de milho exportável nesta temporada e as cotações firmes nos portos, negócios foram fechados nos mercados spot e futuro durante a maior parte de setembro.
A maior demanda foi reflexo do aumento dos preços internacionais do cereal durante grande parte do mês e da alta do dólar, que voltou a operar acima de R$ 5, o que não era observado desde os meses de abril e maio deste ano. Entre 31 de agosto e 29 de setembro, a moeda norte-americana avançou 1,6%, para R$ 5,029. Com isso, o preço do milho subiu 2,2% em Paranaguá, para R$ 61,44/saca de 60 kg, e 2,9% em Santos, para R$ 63,24/sc no dia 29 – alguns negócios foram realizados a R$ 65/saca de 60 kg.
Quantos aos embarques brasileiros, em setembro, dados da Secex mostram que as exportações somaram 8,75 milhões de toneladas, superando as 6,42 milhões de setembro de 2022, mas abaixo das estimativas da Anec (Associação Nacional de Exportadores de Cereais), que eram de 9,6 milhões de toneladas.
Campo
O clima quente e seco nas regiões de segunda safra que estavam em colheita no mês de setembro foi benéfico; por outro, também limitou o avanço da semeadura da safra verão, preocupando agentes.
Quanto à segunda safra, a colheita havia chegado, até o dia 1º de outubro, a 99,2% da área nacional, restando apenas os estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná para finalizarem as atividades, segundo a Conab. No Paraná, dados da Seab/Deral do dia 2 de outubro indicaram que a colheita havia sido finalizada.
Em Mato Grosso do Sul, o percentual colhido até o dia 29 de setembro era de 94,6%, segundo a Federação de Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul).
Em São Paulo, a colheita chegou, até o dia 1º, a 85%, conforme a Conab. Quanto à safra verão, a média nacional de área semeada soma 22,6%, atraso de apenas 0,1 p.p. em relação ao mesmo período de 2022, segundo dados da Conab.
Dentre os principais estados produtores de primeira safra, em Santa Catarina, a semeadura chegou a 58% da área, ainda conforme dados da Conab do dia 1º.
No Paraná, 82% da área estadual havia sido semeada até o dia 2, segundo a Seab/Deral.
A Secretaria estimou no mês que passou que o estado produzirá 3,11 milhões de toneladas nesta temporada, volume 18% menor que o do ano passado, mas em linha com a estimativa de agosto, que apontava 3,13 milhões de toneladas.
No Rio Grande do Sul, relatório da Emater/RS do dia 28 indicou que a semeadura chegou a 55% da área estadual, com algumas regiões, como o oeste, o noroeste e o norte, praticamente finalizadas, enquanto as áreas do sul, centrais e nordeste do estado são prejudicadas pelas chuvas.
Internacional
Nos Estados Unidos, apesar das preocupações com o desenvolvimento da safra norte-americana devido às condições climáticas adversas, a colheita em bom ritmo e a concorrência com o mercado brasileiro nas exportações pressionou os futuros no acumulado do mês.
Com isso, entre 31 de agosto e 29 de setembro, os contratos dezembro de 2023 e mar de 2024 recuaram leves 0,31% e 0,46%, fechando a US$ 4,7675/bushel (US$ 187,69/t) e a US$ 4,9175/bushel (US$ 193,59/t) no último dia útil do mês.
Quanto às lavouras dos Estados Unidos, a colheita alcançou 23% da área nacional, de acordo com o relatório do USDA do último dia 02, acima da média dos últimos cinco anos, de 21%.
Na Argentina, a semeadura teve início em meados de setembro, mas a falta de chuvas fez com que os maiores avanços ocorressem apenas nas áreas com melhor nível de umidade nos solos, e a Bolsa de Cereales, em relatório divulgado no do dia 28, indicou que 7,3% haviam sido semeados.
Estimativas
Dados da Conab divulgados, na última sexta-feira (06), confirmaram as expectativas de agentes do mercado. Segundo a Companhia, a produção na temporada 2022/23 será, aproximadamente, 19 milhões de toneladas maior que a da temporada 2021/22, totalizando – na soma das três safras – 131,86 milhões de toneladas.
A Conab também apresentou a primeira estimativa para a temporada 2023/24, indicando redução de 9% na produção nacional do cereal, com a soma das três safras chegando a 119,84 milhões de toneladas. A queda na produção é esperada nas três safras, devido às estimativas de diminuição de 4,8% na área semeada e de 4,6% na produtividade.
A demanda deve seguir aquecida, chegando a 84,6 milhões de toneladas, 6% maior que em 2022/23, com destaque para o aumento do consumo para produção de etanol (+37,2%) e por parte do setor pecuário (+2,7%). Já as exportações devem recuar, com os embarques estimados em 38 milhões de toneladas, 27% inferiores aos previstos para 2022/23.

Colunistas
Nova regra transformará o Fiagro no produto perfeito para gestores, investidores e produtores
A medida é importante porque, atualmente, os Fiagros operam provisoriamente com base nas regras dos fundos imobiliários (FIIs), fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs) e fundos de investimentos em participações (FIPs).

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) iniciou o processo de consulta pública para debater uma norma específica para o Fiagro. As sugestões serão recebidas pela CVM até o dia 31 de janeiro de 2024 e a ideia é estabelecer parâmetros definitivos para os Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas do Agronegócio.
A medida é importante porque, atualmente, os Fiagros operam provisoriamente com base nas regras dos fundos imobiliários (FIIs), fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs) e fundos de investimentos em participações (FIPs). Isso aconteceu porque o Fiagro é um produto financeiro novo.
Chegou ao mercado em agosto de 2021 e a CVM precisava primeiro testar sua aceitação e viabilidade antes de criar normas específicas. Até porque criar regra primeiro para só depois conhecer as necessidades e funcionamento do segmento não seria muito produtivo, já que necessitaria de revisões sempre que aparecesse algum empecilho.
Pois bem, ao pegar emprestado as normas dos FIIs como base para as operações com Fiagros, a CVM viabilizou um novo produto com bastante segurança jurídica e, nesses dois anos, observou o comportamento do mercado. A conclusão é de que o produto interessa tem futuro e é importante para o desenvolvimento das cadeias produtivas do agronegócio.
Então, vem aquela pergunta. Se usando as regras dos FIIs como base, o segmento de Fiagros tem funcionado muito bem, então, qual a razão de criar uma norma definitiva e específica para eles? Em primeiro lugar, temos de entender que as regras feitas para os FIIs atendem a outro segmento da economia. Os FIIs existem há bastante tempo e estão consolidados dentro da realidade daquele setor.
O agronegócio, por sua vez, tem características próprias, algumas semelhantes ao do setor imobiliário, mas outras totalmente diferentes. Manter os Fiagros dentro das regras dos fundos imobiliários é limitar o potencial de crescimento deste novo e importante produto.
Vou dar um exemplo. A medida provisória da CVM permitiu a constituição de três tipos de Fiagros, o imobiliário, o de direitos creditórios e de participações, mas de forma separada. A aprovação da norma definitiva permitirá que um único fundo possa ser composto por ativos das três classes citadas. Para o investidor, isso significa a possibilidade de diversificar investindo em um único fundo. As possibilidades aumentam conforme a composição de cada Fiagro. Alguns podem conter um percentual maior de direitos creditórios e menor de ativos imobiliários e de participações ou maior de imobiliários e menor de direitos creditórios. Ou simplesmente ser montado com ativos de apenas uma ou duas classes conforme a estratégia adotada pelo gestor.
Outro ponto é que a nova regra tem também como objetivo possibilitar a criação de Fiagros que atendam aqueles investidores que priorizam ativos sustentáveis. Em outras palavras a norma deixará claro o que é necessário para que um Fiagro seja considerado dentro dos parâmetros ESG para que, desta forma, eles possam abranger investimentos em créditos de carbono do mercado voluntário.
A iniciativa é sensacional porque hoje o Fiagro é uma das formas de fomento do agronegócio em geral. Sua adaptação para atender quem só investe em ativos sustentáveis vai ajudar a alavancar projetos, dos mais variados tipos, baseados nos conceitos ESG, o que tornará nosso agro, não apenas pujante, mas também extremamente moderno e alinhado com as necessidades globais de combate ao aquecimento global.
Até o final de junho deste ano, mesmo com as limitações impostas pela regra provisória, a CVM tinha em seus registros 69 Fiagros em operação, totalizando patrimônio de R$ 14,7 bilhões. Desempenho excelente, porém, muito pequeno considerando que o agronegócio representa mais de 25% do PIB brasileiro.
E não é só isso. O agronegócio demanda, segundo especialistas, algo em torno de R$ 800 bilhões em crédito a cada safra. O plano safra 2023/2024, por exemplo, anunciado pelo governo em junho, destina aos produtores R$ 364,22 bilhões, bem abaixo da demanda. O restante é coberto por outras formas de financiamento e o Fiagro ainda participa com um percentual muito pequeno.
Sabemos que isso vai mudar e que logo os Fiagros terão um peso gigantesco no financiamento da produção agropecuária. E essa nova regra, quando entrar em vigor, vai aumentar exponencialmente as possibilidades, atraindo uma enorme quantidade de investidores. Com isso, o “bolo” vai crescer exponencialmente. O importante agora é termos paciência e esperarmos a consulta pública ser concluída. Ela é importante para que os players possam opinar, dar dicas que tornem os fundos de investimento na cadeia do agronegócio a ferramenta perfeita para o trio formado por gestores, investidores e produtores.
Notícias
Sindirações divulga o balanço 2023 do setor de alimentação animal
Cadeias produtivas com desempenho antagônico registram avanço modesto da alimentação animal; • Previsão é fechar o ano com produção estimada de 87 milhões de toneladas de rações e sal mineral e incremento de cerca de 1,5% em relação a 2022.

O Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) divulga o balanço 2023 do setor de alimentação, com avanço modesto do setor, resultado do desempenho antagônico entre as cadeias produtivas. Resumidamente, de janeiro a setembro, a produção de rações avançou quase 2% e somou 62,6 milhões de toneladas. O desdobramento revela que a demanda do segmento de frangos de corte incrementou em 3%, quando comparada ao mesmo período do ano passado. O mesmo raciocínio aplicado estabelece avanço de 1,0% para as poedeiras.
No caso dos suínos, o crescimento foi de 2,4%, enquanto para os bovinos de corte e de leite foram apurados recuos de 5,1% e 1,1%, respectivamente. Para aquacultura, o incremento se deu na ordem de 2,8% e, finalmente, incremento de 6,3% no caso dos cães e gatos. No geral, a previsão é finalizar o ano com produção aproximada de 87 milhões de toneladas de rações e sal mineral e apurar incremento de quase 1,5% em relação ao ano passado.
Ainda em julho, o CEO do Sindirações, Ariovaldo Zani pontuava que a produção acumulada de aproximadamente 62,6 milhões de toneladas de rações e concentrados no primeiro semestre desse ano, revelou-se quase 2% superior àquela do mesmo período do ano passado, muito embora, os montantes alcançados no primeiro e segundo trimestres de 2023 praticamente encontraram equivalência. “A perspectiva no horizonte anual reserva amplas variações, à exemplo do avanço das rações para frangos de corte e alimentos para cães e gatos que caracteriza movimento contrário ao retrocesso apontado na alimentação industrializada do plantel leiteiro, prejudicado pela retração no consumo doméstico dos lácteos e das importações de leite que quase dobraram ainda no primeiro semestre. É importante ressaltar que o provável incremento, tradicionalmente apurado ao longo dos segundos semestres, permite apostar na produção de mais de 83 milhões de toneladas de rações e concentrados (exceto sal mineral) e vislumbrar então um avanço de aproximadamente 2% em 2023”, afirma.
Perspectivas & Planejamento 2024
Para as projeções de crescimento do setor em 2024, Zani reforça que a indústria de alimentação animal, modulada pelo desempenho da cadeia produtiva de proteína animal, “leva em conta as projeções preliminares disponibilizadas pelas entidades representativas dos produtores de carnes bovina, suína, aves, ovos e leite e exportadores, a produção de rações deve avançar algo em torno de 2,5%”, projeta o CEO do Sindirações.
As estratégias da indústria de alimentação animal para enfrentar os desafios e oportunidades de 2024 focam no planejamento apropriado para garantia de suprimento dos macros ingredientes influenciados pelo desempenho das safras de milho, farelo de soja, cereais de inverno etc., e dos micros ingredientes, notadamente as vitaminas, enzimas e demais aditivos importados e precificados em dólar. Já as tendências em nutrição animal e aditivos para rações que devem se destacar são aquelas voltados a mitigação da pegada de carbono, ou seja, da descarga poluidora (nitrificação, eutrofização, matéria orgânica) e da emissão dos gases do efeito estufa.
Frangos de corte
A produção de rações para avicultura de corte contabilizou 27,5 milhões de toneladas no período de janeiro a setembro do corrente ano. Apesar da ameaça do surto de influenza aviária de alta patogenicidade, a apuração no território brasileiro sequer revelou qualquer episódio em granja comercial, e os casos notificados, acometeram apenas poucas aves silvestres e algumas criações de subsistência ou “fundo de quintal”. Ou seja, o status sanitário prevalente no Brasil e a preservação da biosseguridade revelam o esforço reconhecido oficialmente pela Organização Mundial de Saúde Animal/OMSA, não impõe qualquer restrição ao comércio internacional dos produtos avícolas brasileiros. A visão prospectiva dessa cadeia produtiva, inclusive, é otimista por conta do continuado incremento na produção doméstica e na exportação da respectiva proteína animal.
Galinhas poedeiras
A demanda para alimentação de poedeiras comerciais alcançou 5,18 milhões de toneladas nos primeiros nove meses desse ano, quantidade superior àquela consumida durante o mesmo intervalo temporal de 2022. Os produtores de ovos têm garantido suprimento suficiente para atendimento do consumo interno e do potencial incremento oriundo do mercado externo pelas opções “in natura” e processada. Os resultados da Pesquisa Trimestral do IBGE, publicados em setembro passado, registraram que a oferta de ovos avançou 3%, quando comparados os montantes dos primeiros semestres desse e do ano anterior.
Suínos
O consumo de rações para suínos somou 15,9 milhões de toneladas, montante ligeiramente superior àquele apurado durante o mesmo período do ano passado, a saber, de janeiro a setembro. O resultado está alinhado ao ritmo de crescimento da ordem de 2% que revela tendência de estabilidade na produção de suínos. Por sua vez, é importante ressaltar que o arrefecimento do custo para alimentação dos planteis, a eficiência produtiva e a sanidade, contribuíram sobremaneira no fortalecimento da competitividade da carne suína exportada frente aos demais concorrentes internacionais nesse ano e, sobretudo, revelam um cenário bastante favorável no transcorrer de 2024.
Bovinos de corte
A demanda de rações e concentrados para bovinos de corte somou apenas 4,29 milhões de toneladas de janeiro a setembro. Os preços do bezerro e aquele pago pela arroba do animal terminado vem sofrendo acentuada desvalorização por conta do fenômeno denominado “ciclo pecuário”. Ainda no período 2020/2021, os pecuaristas retiveram muitas fêmeas e produziram mais bezerros, estimulados pela arroba valorizada à época, aproveitando a “fase de alta”. Em resposta, já em 2022, a exuberante oferta desses animais jovens culminou na desvalorização do preço deles. Em consequência, durante esse 2023, o “cenário de baixa” tem incrementado o abate de fêmeas, que somado à oferta aos frigoríficos, ainda continua pressionando o preço do boi gordo. A perspectiva de virada do referido ciclo aponta para meados do próximo ano e deve alcançar seu auge em 2025.
Bovinos de leite
A produção de rações e concentrados para bovinos leiteiros alcançou 4,4 milhões de toneladas, montante aquém daquele expedido durante os três trimestres do ano passado. A tendência de recuo da demanda é multifatorial e se deve à redução do rebanho, concentração da atividade em megaempreendimentos, baixos preços pagos aos produtores, má qualidade das pastagens, muito embora relativo alívio se deu no custo da alimentação industrializada dos animais. Além disso, a queda na oferta de leite cru determinou importação recorde de lácteos dos vizinhos Argentina e Uruguai. A perspectiva futura é de melhora no cenário e retomada do consumo doméstico em resposta à tendência de queda da inflação e dos aportes financeiros oriundos dos programas de auxílio às famílias de baixa renda.
Peixes e camarões
A produção de rações para peixes e camarões totalizou 1,24 milhão de toneladas de janeiro a setembro, enquanto o ritmo de avanço da piscicultura diminuiu razoavelmente em resposta à escassez de tilápias, desencadeada pela elevada taxa de mortalidade de causa viral, principalmente dos alevinos e juvenis criados em tanques-rede. No caso da carcinicultura, os produtores de camarões buscaram encurtar os ciclos e baixar o custo de produção com densidade inferior de povoamento e menor peso de despesca.
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Negociações para acordo com União Europeia devem ser concluídas até fevereiro
Nos últimos dias, líderes dos países e diplomatas intensificaram as negociações, que já duram quase 20 anos. No fim de semana passado, durante a 28ª Conferência das Nações Unidas para Mudanças do Clima (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o presidente da França, Emmanuel Macron, mostrou-se contrário ao acordo.

Apesar dos esforços do Brasil, a Cúpula do Mercosul terminou na quinta-feira (07) sem um anúncio oficial de acordo entre o bloco e a União Europeia. Mas o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que existe a possibilidade de a negociação ser concluída com sucesso até meados de fevereiro de 2024.
“Continuamos as negociações do acordo entre Mercosul e União Europeia. Não foram concluídas, mas temos a perspectiva de concluir talvez no mês de janeiro. No início de fevereiro seria o limite, já na presidência paraguaia [no Mercosul], mas podemos concluir tendo em vista a manifestação de interesse de ambas as partes”, disse Vieira.
Nos últimos dias, líderes dos países e diplomatas intensificaram as negociações, que já duram quase 20 anos. No fim de semana passado, durante a 28ª Conferência das Nações Unidas para Mudanças do Clima (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o presidente da França, Emmanuel Macron, mostrou-se contrário ao acordo. Mas o Brasil promete concentrar esforços para que os dois blocos regionais cheguem a um desfecho positivo.
“Não mudou nada. Nós continuamos conversando e negociando. O Macron expressou as posições dele como presidente da França, tendo em vista as preocupações do setor agrícola francês. Nós continuamos conversando até que se conclua ou se chegue à percepção de que não é possível firmar esse acordo. Mas estamos trabalhando”, garantiu o ministro brasileiro.