Notícias Mercado Interno
Demanda aquecida garante novas altas de preço do frango no Brasil
Mercado brasileiro de frango apresentou novo movimento de alta nos preços no atacado e na distribuição ao longo da semana

O mercado brasileiro de frango apresentou novo movimento de alta nos preços no atacado e na distribuição ao longo da semana. “Com os preços proibitivos da carne bovina para os consumidores, a carne de frango vem ganhando espaço cada vez maior, uma vez que é a proteína mais atrativa em termos de preço frente às concorrentes”, sinaliza o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias.
No mercado de frango vivo, não houve alterações nas cotações, ainda que o setor siga tentando estabelecer novos repasses dos custos de produção cada vez mais elevado para a alimentação animal, puxados pelo milho e o farelo de soja. “A expectativa é de que ainda possa haver reajustes dos preços no curto prazo, em linha com o aquecimento da demanda durante o último bimestre”, pontua.
De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram algumas mudanças para os cortes congelados de frango ao longo da semana. O quilo do peito no atacado passou de R$ 6,90 para R$ 7,00, o quilo da coxa seguiu em R$ 7,40 e o quilo da asa avançou de R$ 13,90 para R$ 14,00. Na distribuição, o quilo do peito subiu de R$ 7,00 para R$ 7,10, o quilo da coxa permaneceu em R$ 7,60 e o quilo da asa aumentou de R$ 14,00 para R$ 14,10.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi de alterações nos preços durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito avançou de R$ 7,00 para R$ 7,10, o quilo da coxa seguiu em R$ 7,50 e o quilo da asa subiu de R$ 14,00 para R$ 14,10. Na distribuição, o preço do quilo do peito aumentou de R$ 7,10 para R$ 7,20, o quilo da coxa permaneceu em R$ 7,70 e o quilo da asa mudou de R$ 14,10 para R$ 14,20.
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 107,302 milhões em novembro (4 dias úteis), com média diária de US$ 26,825 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 80,322 mil toneladas, com média diária de 20,080 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.335,90.
Na comparação com novembro de 2019, houve alta de 7,28% no valor médio diário, ganho de 28,24% na quantidade média diária e retração de 16,34% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 4,30. Em São Paulo o quilo vivo permaneceu em R$ 4,35.
Na integração catarinense a cotação do frango continuou em R$ 3,90. No oeste do Paraná o preço na integração se manteve em R$ 4,25. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo prosseguiu em R$ 4,10.
No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango continuou em R$ 4,20. Em Goiás o quilo vivo seguiu em R$ 4,20. No Distrito Federal o quilo vivo permaneceu em R$ 4,25.
Em Pernambuco, o quilo vivo continuou em R$ 5,10. No Ceará a cotação do quilo se manteve em R$ 5,10 e, no Pará, o quilo vivo prosseguiu em R$ 5,30.

Notícias Mercado
Procura elevada, alta do dólar e problemas logísticos elevam preços domésticos da soja
Esse atraso se deve à baixa disponibilidade de caminhões, o que tem gerado filas de navios nos portos

Os preços da soja subiram no mercado brasileiro nos últimos dias, impulsionados pela valorização do dólar, pela firme demanda e pelo atraso nos embarques do grão. Esse atraso se deve à baixa disponibilidade de caminhões, o que tem gerado filas de navios nos portos.
Agentes consultados pelo Cepea indicam que o frete rodoviário saltou de R$ 110/tonelada no início de fevereiro para aproximadamente R$ 200/t na primeira semana de março. Com o atraso na colheita e na entrega da soja, o volume disponível no mercado spot segue baixo, elevando as cotações.
O Indicador ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá subiu 4,1% entre 26 de fevereiro e 5 de março, fechando a R$ 174,34/sc na sexta-feira (05). O Indicador CEPEA/ESALQ Paraná registrou alta de 3,6% na mesma comparação, a R$ 166,40/sc de 60 kg no dia 5.
Notícias Mercado Interno
Com dificuldades logísticas e preocupação com semeadura, preços do milho sobem no Brasil
Apesar da elevação dos preços, as negociações continuam em ritmo lento

Os preços do milho continuam em alta no mercado brasileiro. O impulso vem da combinação da posição firme dos vendedores – diante das preocupações com o atraso da semeadura da segunda safra frente à temporada anterior – com as constantes elevações dos fretes, visto que há escassez de caminhões para o escoamento da safra verão e entregas do cereal. Apesar da elevação dos preços, as negociações continuam em ritmo lento.
As maiores dificuldades de abastecimento têm sido observadas nas regiões consumidoras de São Paulo, o que impulsiona as cotações. Em Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa segue registrando recordes nominais consecutivos, fechando a R$ 89,07/saca de 60 kg na sexta-feira (05), alta de 4,28% frente ao fechamento de 26 de fevereiro – vale reforçar que esse valor está bem próximo do recorde real da série do Cepea, de R$ 89,9/sc, registrado em 30 de novembro de 2007.
Devido à dificuldade enfrentada pelos consumidores, alguns têm optado pelo grão que está mais próximo, levando-os a aceitar os patamares mais elevados.
Notícias Agroengócio
Paraná apresenta sugestões para aprimorar Plano Safra 2021/22
Documento foi elaborado com a contribuição dos sindicatos, produtores rurais, cooperativas, assistência técnica e extensão rural

A Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), a Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep) e a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab) encaminharam, na sexta-feira (05), à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, as propostas das entidades para o Plano Safra 2021/2022.
O documento foi elaborado com a contribuição dos sindicatos, produtores rurais, cooperativas, assistência técnica e extensão rural, e apresenta os pontos considerados prioritários em relação às linhas de custeio, investimento, comercialização e industrialização do crédito rural. Traz ainda sugestões de aprimoramento ligadas às políticas de gestão de riscos, como o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), Seguro Rural e Proagro. Além disso, são elencadas propostas para o apoio à agricultura familiar e medidas setoriais.
Exigibilidade bancária
O primeiro item que consta no documento trata da exigibilidade bancária, cujas demandas estão diretamente ligadas à disponibilidade de recursos obrigatórios para funding do crédito rural. As entidades do setor produtivo paranaense solicitam, por exemplo, manter em 27,5% o percentual da exigibilidade dos recursos obrigatórios, revogando o art. 5º da Resolução 4.829/20, que estabelece redução para 25%, a partir do período de cumprimento que se inicia em 1º de julho de 2021. Também, a manutenção em 59% o percentual de exigibilidades para a poupança rural, entre outros pleitos.
Recursos
Mais uma proposta importante refere-se ao montante que deverá ser disponibilizado pelo governo federal para o próximo ciclo. O Paraná está solicitando o total de R$ 277 bilhões para a safra 2021/2022, sendo R$ 209 bilhões para créditos de custeio e comercialização e R$ 68 bilhões para investimentos. No ano passado, o governo federal destinou R$ 236,6 bilhões para a safra 2020/2021. As entidades paranaenses reivindicam ainda o aumento no montante de recursos alocados para a equalização de taxas de juros no crédito rural, de R$ 11,3 bilhões para R$ 15 bilhões. Elas sugerem ainda a redução da taxa de juros do crédito rural em 1 ponto percentual para o Pronaf, Pronamp e demais produtores, além de não indexar a taxa de juros de nenhum programa de crédito rural.