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Dedicação aos animais
Veterinário conta como transformou seu sonho de infância em profissão e reforça a importância dos cuidados no processo de secagem
Simpático, comunicativo e extremamente dedicado, assim é o veterinário João Bosco Junior. O profissional, que atua há 10 anos no Vale da Paraíba, região que é uma das maiores produtoras de leite do país, se apaixonou pela profissão ainda menino.
Foi acompanhando as atividades dos pais, no sítio onde a família trabalhava, em Pindamonhangaba, no interior de São Paulo, que se afeiçoou aos animais e teve a certeza que cuidaria deles para o resto da vida. “Desde criança, quando alguém me perguntava sobre profissão eu sempre dizia: ‘vou ser veterinário’. É um sonho de menino que se tornou realidade”, afirma.
Além da afinidade com os animais, o desejo por conhecimento também foi um forte propulsor de sua escolha profissional. “Acompanhava os veterinários que tratavam o rebanho no sítio e sempre perguntava sobre os processos que estavam sendo realizados. Uma coisa que me intrigava era quando um animal acabava vindo a óbito e não existia uma explicação, era sempre a mesma resposta: foi raio, foi cobra. Não havia uma averiguação, não era feita necropsia, mas eu queria compreender o que acontecia para saber como evitar aquele tipo de situação”, detalha o profissional.
João logo concluiu que seus questionamentos de menino só poderiam ser respondidos através do estudo. Assim, saiu do interior e partiu para cidade grande em busca de conhecimento.
Ingressou no Centro Universitário de Valência (UNIFAA) no Rio de Janeiro, mas a distância da família, a saudade de casa e o choque com a cidade grande quase o fizeram desistir. “Foi um período muito difícil, me lembro de estar assistindo as aulas, olhar para o telão e ver o sítio onde morava, pensava em ir embora, mas sabia que não poderia desistir para conquistar meu sonho”, conta.
Com o incentivo da mãe, conseguiu se adaptar a mudança para a nova cidade e seguiu firme em seu propósito, concluindo seus estudos na Universidade de Vassouras. Ao voltar para sua cidade natal conseguiu emprego em uma grande fazenda leiteira com rebanho de mais de 300 animais. O primeiro desafio foi um impulsor da carreira de João.
“Foi uma conquista. Em nenhum momento tive medo do desafio, pois sempre me dediquei e estudei muito. Além disso, o senhor Francisco, conhecido na região como ‘Chico da Dona Alzira’, que foi quem me contratou, sempre teve muita confiança no meu trabalho. Esse incentivo, somado a minha garra, trouxeram resultados positivos para essa propriedade e me fez ganhar experiência no campo rapidamente”, declara.
De lá para cá, João já atuou em fazendas de todos os portes. Hoje, atende propriedades leiteiras com bovinos das raças jersey, girolando e holandês.Quando questionado com qual tipo de animal prefere trabalhar é incisivo. “Eu sou apaixonado pelas três raças. Sempre brinco que a minha preferida é a vaca boa, aquela que é equilibrada, que recebe os cuidados adequados e assim consegue proporcionar o desempenho que a fazenda espera”, diz.
O profissional credita seu sucesso ao fato de ter compreendido rapidamente a importância do conhecimento técnico e, principalmente, dos diferenciais do atendimento especializado.
“Acredito que atuar de forma segmentada é fundamental, pois dessa maneira é possível se manter sempre atualizado e acompanhar detalhadamente todo o processo que envolve aquele animal, desde o atendimento, tratamento, até a cura. Para mim o veterinário tem que ser igual um médico e ter uma área de atuação definida”, explica.
Com essa premissa em mente, o profissional se especializou e se tornou uma referência na região. Sua atuação é voltada para as áreas de medicina preventiva, sanidade e qualidade do leite. “Muitos colegas de profissão me procuram para fazer consultoria nesses setores. Isso é motivo de orgulho e mostra que estou no caminho certo”, afirma João.
Foi em sua busca constante por soluções que auxiliem o dia a dia no campo que conheceu e passou a utilizar o Velactis, primeiro e único facilitador de secagem existente no mercado.
O profissional aponta que o produto torna o processo de secagem mais eficiente, diminuindo o estresse dos animais e evitando o inchaço do úbere. “Com o Velactis posso manter as vacas no mesmo lote, isso evita uma série de problemas que aumentam os níveis de estresse e baixam a imunidade dos animais, o que pode estimular o surgimento de doenças, como por exemplo a mastite. O produto faz com que o processo de secagem seja feito com mais segurança e permite que a vaca mantenha seu nível produtivo. Em alguns casos, consigo realizar a secagem com 45 dias, o que significa mais eficiência e produtividade”, conta.
Outros benefícios apontados pelo profissional estão associados a manutenção do bem-estar animal. “É possível notar uma melhor ambiência, as vacas ficam mais tranquilas e não sofrem com o desconforto do enchimento do úbere. Além disso, no pós-parto também noto que os bezerros nascem mais saudáveis”, diz.
Com vasta experiência no campo, João acredita que os investimentos em soluções que tragam inovação e gerem mais eficiência são imprescindíveis para qualquer tamanho de propriedade. “As fazendas de sucesso são aquelas que planejam suas atividades e apostam sempre no conhecimento técnico”, reforça.
Quase 10 anos após seu primeiro desafio no campo, João segue na lida diária reafirmando seu amor pelos animais, pela profissão, e grato pela trajetória que proporcionou alegrias para família e até mesmo inspirou o irmão mais novo, Fabricio, a seguir o mesmo rumo. “Só tenho a agradecer por essa trajetória, de um menino humilde que se dedicou muito e conseguiu se transformar em uma referência na profissão” finaliza.
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Suinocultor deve ajustar o manejo para evitar perdas no desmame de leitões, explica especialista
Importante é adiar o desmame, pois assim há mais tempo para o desenvolvimento da imunidade ativa dos leitões.
A otimização da produtividade da suinocultura depende de uma série de fatores. Destaques para a otimização do manejo geral da propriedade, ajustes nas instalações para proporcionar bem-estar aos animais e fazer o correto planejamento da dieta. O médico-veterinário e gerente técnico da Trouw Nutrition, Aneilson Soares, ressalta que, embora esses três fatores sejam fundamentais, genética e ambiência também são extremamente importantes para o sucesso da atividade.
“O correto manejo dos animais auxilia a enfrentar a baixa imunidade – período crítico entre a terceira e a oitava semana de vida dos leitões, quando ficam imunocomprometidos e mais vulneráveis a doenças. A imunidade passiva transmitida pela porca é temporária e se esgota antes que a imunidade ativa dos leitões se desenvolva completamente. Geralmente, esse momento crítico coincide com o desmame. O período de vulnerabilidade ocorre justamente quando os leitões ficam mais expostos a ambientes com significativa presença de patógenos. Por isso, é fundamental o equilíbrio entre proteção e exposição”, explica o especialista.
Quanto aos cuidados com o galpão, é preciso oferecer um ambiente limpo e adotar medidas rigorosas de biossegurança, como correta higienização das botas dos funcionários ao entrar nas instalações. “Iniciativas como essa ajudam a impedir a propagação de doenças e ajustar o manejo das leitegadas. A mistura de leitegadas distintas pode aumentar a exposição a patógenos nocivos que ameaçam a saúde de animais imunologicamente mais frágeis”, explica o gerente técnico.
Outra medida importante é adiar o desmame, pois assim há mais tempo para o desenvolvimento da imunidade ativa dos leitões. A oferta de colostro em boa quantidade também contribui para fortalecer a imunidade dos animais. O trabalho em conjunto com especialistas contribui para implementação de protocolos de triagem, isolamento correto de animais doentes e aplicação de tratamentos direcionados, baseados em diagnósticos precisos. Além disso, ter um programa de vacinação eficaz aliado ao oferecimento de colostro de qualidade são essenciais para proporcionar imunidade.
O especialista da Trouw Nutrition lista outras recomendações. “O controle de infecções está diretamente ligado à ração. É necessário garantir que o alimento fornecido esteja livre de micotoxinas e contaminações microbiológicas. Além disso, os suplementos alimentares aceleram o desenvolvimento do sistema digestivo dos leitões, tornando-os mais resistentes no momento do desmame. Outra medida positiva é introduzir um manejo que aumente a ingestão de matéria seca de qualidade no pré-desmame, já que ajuda a preparar o sistema digestivo e facilita a transição alimentar. Por fim, deve-se garantir que todos os animais jovens tenham fácil acesso à ração e à água, com bebedouros e comedouros suficientes para evitar disputas. O ideal é que que todos recebam nutrição adequada em qualidade e quantidade”, completa Aneilson Soares.
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Miner A1: A nova geração em nutrição para ruminantes da Cooper A1, com tecnologia assinada pela Agrifirm
O evento para a equipe da Cooper A1 serviu de palco para apresentar as atualizações da linha
A Cooper A1, em parceria com a multinacional holandesa Agrifirm, realizou um evento em Tunápolis (SC) para apresentar as novidades da linha de produtos Miner A1. O encontro reuniu mais de 250 participantes, incluindo gestores e diretores da CooperA1, equipes das lojas agropecuárias e membros da equipe da Agrifirm, destacando a nova geração do portfólio.
Rodrigo Miguel, CEO da Agrifirm LATAM, citou que o relançamento da linha nutricional MinerA1 é um reflexo do valor “Better Together” (Juntos somos melhores), que caracteriza a parceria sólida de mais de 20 anos com a Cooper A1. Lauri Inácio Slomski, presidente da Cooper A1, também expressou satisfação: “Agradecemos à Agrifirm pela parceria consolidada ao longo dos anos, que resultou em uma linha de marca própria de altíssima qualidade.”
Paulo Costacurta, vice-presidente e diretor de produção da Cooper A1, reforçou a importância da parceria: “Essa colaboração traz tecnologia de ponta de padrão europeu e reafirma nosso compromisso com a qualidade e com os nossos associados. Estamos sempre focados em oferecer o melhor para os produtores, com soluções que atendam às suas necessidades e garantam uma produção de alto desempenho.”
A linha Miner A1 foi completamente renovada, tanto em sua formulação quanto na embalagem, refletindo a forte colaboração entre as duas empresas. Essa renovação visa atender às crescentes demandas do campo, promovendo maior produtividade e rentabilidade. Os organizadores ressaltaram que essas inovações trarão ainda mais diferenciação no ponto de venda e nos resultados do campo.
Cassiano Furlan, gerente das lojas agropecuárias da Cooper A1, enfatizou a novidade como um marco para a evolução da pecuária na região. Ele destacou que a nova versão está alinhada com o propósito da cooperativa de promover o desenvolvimento sustentável de seus cooperados. “A nova Miner A1 reafirma nosso compromisso de fomentar as atividades dos nossos associados e a parceria com a Agrifirm nos permite oferecer o que há de melhor em nutrição animal, agora com nossa marca reconhecida localmente,” afirmou Furlan.
“Ao longo dos anos, a linha Miner A1 evoluiu constantemente, acompanhando as rápidas transformações e exigências da pecuária moderna”, destacou Mariane Pfeiffer, Diretora Técnica da Agrifirm LATAM, ressaltando que a mais recente atualização incorpora mudanças significativas na formulação para atender às necessidades nutricionais em todas as fases da criação, refletindo o dinamismo do setor. “Estamos sempre alinhados com as pesquisas mais recentes, buscando aprimorar o desempenho em crescimento, reprodução e produção, tanto para a linha leiteira quanto para a de corte,” enfatizou a diretora.
O novo conceito das embalagens, criado em colaboração com as equipes de Marketing da Agrifirm e da Cooper A1, exalta as características tecnológicas da moderna linha no ponto de venda. Filipe Barros, Gerente de Marketing da Agrifirm, ressaltou que “os detalhes da nova embalagem e do conceito, assim como o padrão do evento realizado em conjunto, foram desenvolvidos à altura da linha Miner A1”.
O portfólio de soluções atualizado pode ser encontrado nas lojas agropecuárias da Cooper A1.
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Minerva Foods conclui operação para aquisição de plantas de abate e desossa da Marfrig no Brasil, Chile e Argentina
Com o fechamento da transação nos três países, a Companhia passa a ser a segunda maior produtora de carne bovina da América do Sul e amplia seu acesso a mercados internacionais, como América do Norte, Europa, Oriente Médio e Ásia.
A Minerva Foods (Minerva S.A. – B3: BEEF3 | OTC – Nasdaq International: MRVSY), líder em exportação de carne bovina in natura e seus derivados na América do Sul, após receber a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), concluiu nesta data a aquisição de ativos da Marfrig no Brasil. Com isso, a Companhia conclui a aquisição de 13 plantas de abate e desossa de bovinos e ovinos e um centro de distribuição à sua operação, conforme transação anunciada em agosto do ano passado.
A partir de agora, a Companhia passa a ter porte para abater 22.536 cabeças/dia, em 21 plantas no mercado brasileiro. A empresa também avança com a integração de 1 planta de abate e desossa de bovinos na Argentina, e outra de ovinos no Chile, parte da mesma transação, e com isso poderá abater 5.978 cabeças/dia, em seis plantas no território argentino; já a operação de ovinos passará a ser de 25.716 cabeças/dia, nas cinco plantas localizadas nos mercados australiano e território chileno.
Esse movimento amplia o acesso da empresa a clientes internacionais, passando a ter mais exposição a mercados como América do Norte, Europa, Oriente Médio e Ásia e, inclusive, se torna o principal fornecedor de carne bovina para a China, com o maior número de plantas do setor habilitadas a exportar para o país asiático.
A integração das novas plantas contribui ainda para que a Minerva Foods esteja cada vez mais bem posicionada para atender à crescente demanda mundial por carne bovina, por meio de uma plataforma marcada pela eficiência na produção a partir da América do Sul, maximizando as vantagens competitivas do nosso continente e ampliando as oportunidades com a captura de sinergias operacionais e comerciais.
Esse movimento permite à Companhia maximizar a sua capacidade no mercado global de proteína animal, minimizando riscos e potencializando as oportunidades, além de operar de maneira mais eficiente os ciclos produtivos de gado nos diversos países do continente. O negócio também fortalece a posição da Minerva Foods no mercado interno, já que a empresa passa a ser a segunda maior produtora de carne bovina na América do Sul, ampliando também o acesso e capilaridade no mercado doméstico sul-americano.
Segundo Fernando Queiroz, CEO da Minerva Foods, a conclusão desta etapa é um importante passo na estratégia de negócios da Companhia, complementando as operações na América do Sul. “Ao longo de mais de 30 anos, construímos uma trajetória sólida no mercado de proteína animal, criando conexões entre pessoas, alimentos e natureza. Estamos satisfeitos por dar mais um passo relevante em nosso posicionamento global, e ainda mais entusiasmados para fortalecer o nosso time com os novos integrantes que farão parte da nossa equipe, como fruto da integração das novas plantas” – explica o executivo.
A transação com a Marfrig inclui ainda a aquisição de 3 plantas de abate e desossa de bovinos no Uruguai, que estão em análise pela autoridade concorrencial no país. No total, o negócio deverá abranger a compra de 16 plantas de abate e desossa em toda a América do Sul, além de um centro de distribuição no Brasil, contemplando um investimento total de aproximadamente R$ 7,5 bilhões.