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De professora aos 14 anos a CEO da Seara e mentora de novas líderes

Joanita Maestri Karoleski passou por duas diretorias e foi CEO da Seara e agora encabeça projetos importantes da JBS, como o Fazer o Bem Faz Bem e o Fundo JBS pela Amazônia

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Joanita Maestri Karoleski é o tipo de mulher que está no agro e inspira muitas outras. Líder nata, ela já foi CEO da Seara e hoje ocupa o cargo de presidente do Fundo JBS pela Amazônia. Nascida e criada na pequena cidade de Botuverá, no Leste de Santa Catarina, Joanita começou a trabalhar cedo, ainda com 14 anos, como professora substituta. “Uma professora da minha escola teve que sair de licença e como eu era uma das melhores alunas o inspetor me convidou para substituí-la por um ano. Aceitei o desafio e dei aulas para estudantes da primeira à quarta série, todos na mesma sala, à maneira como funcionam muitas escolas no interior”, recorda.

Ela conta que apesar dessa primeira experiência em educação, decidiu seguir uma carreira técnica e se formou em Ciências da Computação e Informática pela Universidade de Blumenau. “Talvez pela minha paixão de compartilhar conhecimento e de ajudar a desenvolver pessoas, logo no início da minha carreira identificaram em mim a capacidade de liderar”, afirma. Joanita começou na Bunge, onde trabalhou por 34 anos. “Em 2013 o Gilberto Tomazoni, hoje CEO global da JBS e com quem eu trabalhei na Bunge, me convidou para a equipe da Seara. Cheguei como diretora de Supply Chain, passei pela Diretoria Comercial de Mercado Interno e, em 2015, tornei-me CEO, cargo que ocupei até o início do ano passado”, informa.

Segundo Joanita, a decisão de deixar a posição de CEO foi para se dedicar a antigos sonhos. “Deixei o cargo com a sensação de missão cumprida e orgulho das conquistas do time que tive a honra de liderar”, conta. De acordo com ela, a escolha de se aposentar da Seara veio porque sempre teve vontade de trabalhar com projetos sociais. “Cresci muito próxima da minha avó paterna, pessoa capaz de tirar o próprio casaco para dar a alguém que precisasse. Acredite, não é modo de falar, eu presenciei essa cena. Acho que essa influência também explica meu interesse em ajudar as pessoas a se desenvolver. Após cinco anos intensos à frente da Seara, em que colocamos no mercado um portfólio variado de produtos, fruto de processos e tecnologias inovadoras, senti que tinha cumprido minha missão. Era hora de colocar em prática meus antigos sonhos: dedicar-me a projetos sociais, usando a experiência que adquiri no setor privado, e orientar jovens profissionais como mentora. Naturalmente, ocupando posições de liderança, eu já me dedicava ao desenvolvimento de pessoas, mas era sempre disputando atenção com outras atribuições. Agora, quero doar meu tempo”, afirma.

Porém, durante a transição de CEO para aposentada, engatilhando projetos no terceiro setor, a pandemia do Covid-19 estourou. “A JBS, cumprindo sua missão de contribuir para uma sociedade melhor, estava reforçando suas ações de filantropia e montaria um grande programa. O CEO Gilberto Tomazoni fez um convite para que eu gerenciasse o programa Fazer o Bem Faz Bem, com R$ 400 milhões doados pela JBS”, conta.

Dentro deste projeto, Joanita encabeçou ações de atuação desde saúde pública à pesquisa científica, da educação a projetos assistenciais. “Para entender as necessidades e estipular como o dinheiro deveria ser aplicado, formamos comitês de especialistas em saúde, ciência e tecnologia e projetos sociais. Foi um trabalho muito intenso, mas é uma satisfação saber que fizemos mais do que atender a necessidades pontuais. Deixamos legados permanentes”, diz. Entre as ações desenvolvidas esteve a construção de dois hospitais, a doação de 88 ambulâncias, instalação de wi-fi em escolas, perfuração de poços artesianos no Nordeste e destinação de verbas para centenas de pesquisas para buscar soluções. “O programa Fazer o Bem Faz Bem já atingiu cerca de 77 milhões de pessoas em mais de 310 cidades do Brasil, e me permitiu neste momento fazer um trabalho bastante significativo e ajudar as pessoas a passarem por esse momento crítico”, comenta.

Além do Fazer o Bem Faz Bem, Joanita também está à frente, como presidente, desde setembro de 2020, do Fundo JBS pela Amazônia, iniciativa que financiará projetos de desenvolvimento sustentável e tecnológico das comunidades locais e de conservação e recuperação da floresta. “A JBS aportará R$ 250 milhões nos primeiros cinco anos e igualará a contribuição de cada doação até atingir R$ 500 milhões – nossa intenção é chegar a R$ 1 bilhão. Um Conselho Consultivo e um Comitê Técnico nos ajudam a escolher os projetos contemplados. Estou aprendendo diariamente sobre sustentabilidade em um desafio que aceitei liderar por partir de uma premissa em que acredito: a união da iniciativa privada, do terceiro setor e das autoridades pode transformar a sociedade”, menciona.

Mulheres são parte fundamental do desenvolvimento do agro

Joanita vê que a desvantagem numérica das mulheres na alta liderança pode dar a impressão de que elas se sentem mais isoladas. “O que não é verdade. Uma pesquisa já mostrou que mulheres em posição de liderança costumam colocar mais em prática comportamentos relacionados ao desenvolvimento de pessoas, que ajudam a estabelecer conexões. A meu ver, construir relações verdadeiras é a melhor forma de superar dificuldades porque integra a equipe e cria um ambiente de respeito, em que os resultados aparecem”, diz.

Para ela, as mulheres são muito importantes no agronegócio. “Como em outros setores da economia, a participação feminina na liderança é cada vez maior. Mais de 15% das granjas integradas à Seara são propriedades lideradas diretamente por mulheres. Se considerarmos as que lideram indiretamente, esse número é ainda maior. As mulheres criam oportunidades no campo, estão se preparando para processos de sucessão. Elas são parte fundamental do desenvolvimento do agronegócio”, afirma.

Além disso, Joanita comenta que levantamentos mais recentes sobre diversidade nas empresas comprovam que a presença feminina nos cargos da alta gestão se intensificou nas últimas décadas. “É um avanço que acontece ano a ano, mas as mulheres ainda são minoria. Como mulheres na alta liderança, temos a chance de contribuir para a formação de futuros líderes que valorizem a diversidade. Podemos criar um círculo virtuoso” menciona.

A participação de mais mulheres em cargos de liderança também é por pessoas como Joanita, que inspiram aquelas que sonham em estar em cargos de decisão. “As mulheres que chegam a altos cargos de gestão mostram às novas gerações que elas podem – e devem – aspirar à alta liderança. Ao longo da minha carreira, sempre busquei referências e tive a preocupação de dividir o que eu sabia. Acredito que devemos oferecer apoio às gerações que nos sucederão e construir relações de cooperação, que tornam o ambiente de trabalho mais respeitoso, produtivo e inovador. Nesse meu novo momento, reservei espaço para compartilhar um pouco do conhecimento e da experiência que adquiri. Tenho desenvolvido projetos paralelos de mentoria e me tornei Conselheira Consultiva do Instituto Mulheres do Varejo, onde atuo como mentora para formar novas gerações de executivas”, conclui.

Outras notícias você encontra na edição de Avicultura de abril/maio de 2021 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Com 33 anos de atuação, Sindiavipar reforça protagonismo do Paraná na produção de frango

Trabalho conjunto com setor produtivo e instituições públicas sustenta avanços em biosseguridade, rastreabilidade e competitividade.

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O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) celebra, nesta quarta-feira (19), 33 anos de atuação em defesa da avicultura paranaense. Desde sua fundação, em 1992, a entidade reúne e representa as principais indústrias do setor com objetivo de articular políticas, promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer uma cadeia produtiva que alimenta milhões de pessoas dentro e fora do Brasil.

Foto: Shutterstock

Ao longo dessas mais de três décadas, o Sindiavipar consolidou seu papel como uma das entidades mais relevantes do país quando o assunto é sanidade avícola, biosseguridade e competitividade internacional. Com atuação estratégica junto ao poder público, entidades setoriais, instituições de pesquisa e organismos internacionais, o Sindiavipar contribui para que o Paraná seja reconhecido pela excelência na produção de carne de frango de qualidade, de maneira sustentável, com rastreabilidade, bem-estar-animal e rigor sanitário.

O Estado é referência para que as exportações brasileiras se destaquem no mercado global, e garantir abastecimento seguro a diversos mercados e desta forma contribui significativamente na segurança alimentar global. Esse desempenho se sustenta pelo excelente trabalho que as indústrias avícolas do estado executam quer seja através investimentos constantes ou com ações contínuas de prevenção, fiscalização, capacitação técnica e por uma avicultura integrada, inovadora, tecnológica, eficiente e moderna.

Foto: Shutterstock

Nos últimos anos, o Sindiavipar ampliou sua agenda estratégica para temas como inovação, sustentabilidade, educação sanitária e diálogo com a sociedade. A realização do Alimenta 2025, congresso multiproteína que reuniu autoridades, especialistas e os principais players da cadeia de proteína animal, reforçou a importância do debate sobre biosseguridade, bem-estar-animal, tecnologias, sustentabilidade, competitividade e mercados globais, posicionando o Paraná no centro das discussões sobre o futuro da produção de alimentos no país.

Os 33 anos do Sindiavipar representam a trajetória de um setor que cresceu com responsabilidade, pautado pela confiança e pelo compromisso de entregar alimentos de qualidade. Uma história construída pela união entre empresas, colaboradores, produtores, lideranças e parceiros que acreditam no potencial da avicultura paranaense.

O Sindiavipar segue atuando para garantir um setor forte, inovador e preparado para os desafios de um mundo que exige segurança, eficiência e sustentabilidade na produção de alimentos.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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União Europeia reabre pre-listing e libera avanço das exportações de aves e ovos do Brasil

Com o restabelecimento do sistema de habilitação por indicação, frigoríficos que atenderem às exigências sanitárias poderão exportar de forma mais ágil, retomando um mercado fechado desde 2018.

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A União Europeia confirmou ao governo brasileiro, por meio de carta oficial, o retorno do sistema de habilitação por indicação da autoridade sanitária nacional, o chamado pre-listing, para estabelecimentos exportadores de carne de aves e ovos do Brasil. “Uma grande notícia é a retomada do pré-listing para a União Europeia. Esse mercado espetacular, remunerador para o frango e para os ovos brasileiros estava fechado desde 2018. Portanto, sete anos com o Brasil fora”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Foto: Freepik

Com a decisão, os estabelecimentos que atenderem aos requisitos sanitários exigidos pela União Europeia poderão ser indicados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, uma vez comunicados ao bloco europeu, ficam aptos a exportar. No modelo de pre-listing, o Mapa atesta e encaminha a lista de plantas que cumprem as normas da UE, sem necessidade de avaliação caso a caso pelas autoridades europeias, o que torna o processo de habilitação mais ágil e previsível. “Trabalhamos três anos na reabertura e, finalmente, oficialmente, o mercado está reaberto. Todas as agroindústrias brasileiras que produzem ovos e frangos e que cumprirem os pré-requisitos sanitários podem vender para a Comunidade Europeia”, completou.

A confirmação oficial do mecanismo é resultado de uma agenda de trabalho contínua com a Comissão Europeia ao longo do ano. Em 2 de outubro, missão do Mapa a Bruxelas, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, levou à União Europeia um conjunto de pedidos prioritários, entre eles o restabelecimento do pre-listing para proteína animal, o avanço nas tratativas para o retorno dos pescados e o reconhecimento da regionalização de enfermidades.

Na sequência, em 23 de outubro, reunião de alto nível em São Paulo entre o secretário Luís Rua e o comissário europeu para Agricultura, Christophe Hansen, consolidou entendimentos na pauta sanitária bilateral e registrou o retorno do sistema de pre-listing para estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar carne de aves, o que agora se concretiza com o recebimento da carta oficial e permite o início dos procedimentos de habilitação por parte do Mapa. O encontro também encaminhou o avanço para pre-listing para ovos e o agendamento da auditoria europeia do sistema de pescados.

Foto: Ari Dias

Na ocasião, as partes acordaram ainda a retomada de um mecanismo permanente de alto nível para tratar de temas sanitários e regulatórios, com nova reunião prevista para o primeiro trimestre de 2026. O objetivo é assegurar previsibilidade, transparência e continuidade ao diálogo, reduzindo entraves técnicos e favorecendo o fluxo de comércio de produtos agropecuários entre o Brasil e a União Europeia.

Com o pre-listing restabelecido para carne de aves e ovos, o Brasil reforça o papel de seus serviços oficiais de inspeção como referência na garantia da segurança dos alimentos e no atendimento às exigências do mercado europeu, ao mesmo tempo em que avança em uma agenda de facilitação de comércio baseada em critérios técnicos e cooperação regulatória.

Fonte: Assessoria Mapa
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Exportações gaúchas de aves avançam e reforçam confiança do mercado global

Desempenho positivo em outubro, expansão da receita e sinais de estabilidade sanitária fortalecem o posicionamento do estado no mercado externo.

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O setor agroindustrial avícola do Rio Grande do Sul mantém um ritmo consistente de recuperação nas exportações de carne de frango, tanto processada quanto in natura. Em outubro, o estado registrou alta de 8,8% no volume embarcado em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram 60,9 mil toneladas exportadas, um acréscimo de 4,9 mil toneladas frente às 56 mil toneladas enviadas em outubro de 2023.

A receita também avançou: o mês fechou com US$ 108,9 milhões, crescimento de 5% na comparação anual.

No acumulado de janeiro a outubro, entretanto, o desempenho ainda reflete os impactos do início do ano. Os volumes totais apresentam retração de 1%, enquanto a receita caiu 1,8% frente ao mesmo período de 2024, conforme quadro abaixo:

O rápido retorno das exportações de carne de aves do Rio Grande do Sul para mercados relevantes, confirma que, tanto o estado quanto o restante do país permanecem livres das doenças que geram restrições internacionais.

Inclusive, o reconhecimento por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e muitos outros mercados demonstram a importância do reconhecimento da avicultura do Rio Grande do Sul por parte da China, ainda pendente. “Estamos avançando de forma consistente e, em breve, estaremos plenamente aptos a retomar nossas exportações na totalidade de mercados. Nossas indústrias, altamente capacitadas e equipadas, estão preparadas para atender às demandas de todos os mercados, considerando suas especificidades quanto a volumes e tipos de produtos avícolas”, afirmou José Eduardo dos Santos, Presidente Executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs).

Indústria e produção de ovos

O setor da indústria e produção de ovos ainda registra recuo nos volumes exportados de -5,9% nos dez meses de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, ou seja, -317 toneladas. Porém, na receita acumulada o crescimento foi de 39,2%, atingindo um total de US$ 19 milhões de dólares de janeiro a outubro deste ano.

A receita aumentou 49,5% em outubro comparada a outubro de 2024, atingindo neste mês a cifra de US$ 2.9 milhões de dólares de faturamento. “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”, pontua Santos.

Exportações brasileiras

As exportações brasileiras de carne de frango registraram em outubro o segundo melhor resultado mensal da história do setor, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram exportadas 501,3 mil toneladas de carne no mês, saldo que superou em 8,2% o volume embarcado no mesmo período do ano passado, com 463,5 mil toneladas.

Presidente Eeecutivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”

Com isso, as exportações de carne de frango no ano (volume acumulado entre janeiro e outubro) chegaram a 4,378 milhões de toneladas, saldo apenas 0,1% menor em relação ao total registrado no mesmo período do ano passado, com 4,380 milhões de toneladas.

A receita das exportações de outubro chegaram a US$ 865,4 milhões, volume 4,3% menor em relação ao décimo mês de 2024, com US$ 904,4 milhões. No ano (janeiro a outubro), o total chega a US$ 8,031 bilhões, resultado 1,8% menor em relação ao ano anterior, com US$ 8,177 bilhões.

Já as exportações brasileiras de ovos (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 2.366 toneladas em outubro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 13,6% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 2.083 toneladas.

Em receita, houve incremento de 43,4%, com US$ 6,051 milhões em outubro deste ano, contra US$ 4,219 milhões no mesmo período do ano passado. No ano, a alta acumulada chega a 151,2%, com 36.745 toneladas entre janeiro e outubro deste ano contra 14.626 toneladas no mesmo período do ano passado. Em receita, houve incremento de 180,2%, com US$ 86,883 milhões nos dez primeiros meses deste ano, contra US$ 31,012 milhões no mesmo período do ano passado.

Fonte: Assessoria ABPA
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