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Davos e Brasília: a competitividade na agenda nacional

Encontro debate Custo Brasil que engessa crescimento e obriga empresas a gastarem mais por ano para existir e produzir, escreve Arnaldo Jardim.

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Foto: Divulgação/FPA

Brasil e Suíça tem poucas coisas em comum. A Suíça tem um clima temperado continental, com invernos frios e chuvosos e verões amenos e quentes, a depender da localidade, ocorrendo chuvas esporádicas. Desnecessário mencionar nosso clima tropical e nosso litoral extenso, bem como o Cerrado, a Amazônia e o Pantanal que atraem turistas de todo o mundo.

A Suíça é famosa pela precisão dos seus relógios, em especial a marca mundialmente conhecida, Rolex. Também são objetos de desejo os chocolates, Lindt e o Toblerone que, recentemente, foi proibido de ter em suas embalagens o pico da montanha Matterhorn, localizada nos Alpes, porque parte da produção será transferida para a Eslováquia. O Brasil tem problemas sérios com pontualidade, mas ama chocolate, inclusive os suíços e eslovacos.
No futebol, mesmo sendo detentores de 5 Copas do Mundo contra nenhuma dos suíços, os confrontos entre nós são duríssimos. Foram 10 jogos –o mais recente na Copa do Qatar, em 2022, vitória magra com um gol de Casimiro no apagar das luzes do 2º tempo. No histórico dessa dezena de confrontos, são 4 vitórias brasileiras, 2 suíças e 4 empates, com 12 gols feitos por nós e 9 por eles.

Na próxima quarta-feira (17) essas realidades tão distintas vão, de certa forma, se encontrar. O Fórum Econômico Mundial, realizado na Suíça anualmente, promove o tradicional encontro de Davos, congregando chefes de Estado, empresários, representantes do sistema financeiro, para discutir os rumos da economia global. Inspirados nesse modelo, o Movimento Brasil Competitivo e a Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo vão organizar, em Brasília, o Fórum de Competitividade, um amplo espaço de debates, ao longo de todo o dia, para se discutir como destravar o país e inserir a nossa nação no rol dos países realmente competitivos no cenário mundial.

Isso a Suíça já conseguiu. Embalada pelo setor de serviços, eles têm uma dívida pública relativamente baixa, um sistema tributário eficiente, uma economia baseada quase em sua totalidade em pequenas e médias empresas, que se apoiam principalmente na exportação, além de espantosos 3% do PIB destinados a pesquisas em inovação tecnológica, colocando o país entre os 10 principais do mundo nesse quesito.

O Brasil debate há décadas como ter um sistema tributário mais inclusivo e justo, em busca de se reindustrializar. Ou, como apropriadamente fala o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, a nossa reindustrialização tem uma pauta exportadora dependente de commodities, especialmente vindas do agro, além de sofrermos com desempenhos abaixo da crítica em educação. Temos bolsões de excelência cercados de oceanos de carências sociais, deficiente formação de mão-de-obra e desigualdades na distribuição de renda.

O Fórum de Competitividade, que nessa primeira edição, não por acaso, terá como principal palestrante o idealizador do encontro de Davos, Klaus Schwab, veio para discutirmos esses pontos. Para mostrar o tamanho do Custo Brasil que engessa o nosso crescimento e obriga as empresas a gastarem muitos mais por ano para simplesmente existir e produzir.

Vamos colocar na mesma página Governo, Legislativo e setor produtivo para começar a romper nosso anacrônico modelo de país. Serão 4 painéis nesse

1º encontro:

Rotas para a retomada da competitividade do Brasil;

O Brasil e a economia verde; infraestrutura para a competitividade;

Transformação digital como um diferencial competitivo.

A expertise do MBC em propor políticas de gestão e governança, aliada à força da Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo, cuja nova diretoria tomou posse em abril, nos trouxeram à formatação desse Fórum. Queremos agregar outros parceiros para amplificar o volume desse debate e aglutinar forças para alterações legislativas e políticas públicas que enfrentem estas causas que comprometem nosso futuro. Nossa intenção é um encontro anual para discutir a competitividade brasileira.

Sabemos, humildemente, que a semente da qual cuidamos é histórica. Mas precisamos da ajuda de cada um para que esse não seja um evento isolado no tempo. O Brasil e os brasileiros merecem uma discussão madura sobre o tema.

Fonte: Por Arnaldo Jardim, deputado federal pelo Cidadania de São Paulo
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Inscrições para trabalho científico no Siavs terminam dia 31 de maio

Mérito ABPA de Pesquisa Aplicável leva pesquisador para experiência internacional; edição deste ano é exclusiva para estudantes de graduação e pós graduação.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Termina no dia 31 de maio o prazo para as inscrições de pesquisa no Mérito ABPA de Pesquisa Aplicável, ação promovida pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) durante o Salão Internacional de Proteína Animal (Siavs), que acontecerá entre os dias 06 a 08 de agosto no Distrito Anhembi, em São Paulo (SP).

A edição deste ano é exclusiva para estudantes de graduação e pós-graduação vinculados a universidades do Brasil.

Poderão ser inscritos trabalhos relacionados às seguintes áreas: Produção, Manejo e Ambiência; Nutrição; Tecnologia, Processos e Saúde Pública; Sanidade; e Sustentabilidade Ambiental da avicultura, da suinocultura, da bovinocultura de corte e de peixes de cultivo.

Os trabalhos serão avaliados por uma comissão julgadora constituída por acadêmicos e técnicos da cadeia agroindustrial, de acordo com critérios como a aplicabilidade na cadeia produtiva e outros pontos.

Como reconhecimento pela dedicação e excelência do esforço realizado, o melhor trabalho receberá passagem e hospedagem para participar de ação internacional organizada pela ABPA em uma das maiores feiras de alimentos do planeta – Gulfood (Emirados Árabes Unidos) ou SIAL Paris (França), conforme a escolha do pesquisador. Os autores principais do segundo e do terceiro melhores serão agraciados com mimos, como incentivo à continuidade da pesquisa e estudos científicos.

Serão aceitos trabalhos inscritos até o dia 31 de maio. Para participar, é preciso estar inscrito na programação de palestras do Siavs. As regras para submissão e apresentação de trabalhos e outras informações estão disponíveis aqui.

Sobre o Siavs

O Siavs 2024 é a maior feira das cadeias produtivas de proteína animal, que acontecerá entre os dias 06 e 08 de agosto deste ano no novíssimo Distrito Anhembi – o mais novo e moderno espaço de exposições de São Paulo (SP).

Reunindo centenas de empresas no pavilhão localizado ao lado da Marginal Tietê, o Siavs será o palco de diversos lançamentos de novas tecnologias para a cadeia produtiva ao longo de seus três dias de exposições.

Mais de 200 empresas já confirmaram participação nos mais de 25 mil metros quadrados de área de exposição do evento.

Além disso, uma ampla programação de palestras deverá ser divulgada nos próximos dias, reunindo especialistas das cadeias de proteína animal do Brasil e de diversos países.

Saiba mais pelo site www.siavs.com.br.

Fonte: Assessoria Siavs
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Pesquisa para atualização dos números da safra brasileira de grãos inicia nesta semana

Pesquisa será realizada em todos os estados produtores, com saídas de campo em Mato Grosso, Pará, Bahia, Tocantins, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Piauí e Maranhão.

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Foto:: Fernando Dias

Técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estão em campo nesta semana para coletar as informações que deverão compor o 9º Levantamento da Safra de Grãos 2023/2024. A pesquisa será realizada em todos os estados produtores, com saídas de campo em Mato Grosso, Pará, Bahia, Tocantins, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Piauí e Maranhão.

O levantamento também é feito remotamente, junto a agentes colaboradores ligados ao setor em cada estado, como produtores, cooperativas, entidades de assistência técnica, públicas e privadas, empresas de venda de insumos, comercialização, entre outros. Além das pesquisas subjetivas, a Conab utiliza o georreferenciamento das lavouras para auxiliar nas análises de produtividade e dimensionar a área.

Neste levantamento, monitora-se as principais culturas, pois as lavouras de primeira safra estão quase todas colhidas, mas a Conab observa os resultados finais desses grãos. As lavouras de segunda safra iniciam a fase final do ciclo, com algumas entrando em colheita. Por fim, as culturas de terceira safra e inverno estão com a semeadura e definição de áreas sendo estabelecidas neste momento.

No caso do Rio Grande do Sul, a Conab está monitorando as condições das lavouras no estado de forma remota, contatando agentes colaboradores e também com o auxílio do georreferenciamento para estimar a safra na região. Os números atualizados do 9º Levantamento da Safra de Grãos 2023/2024, com o resultado da produção em todo o país, serão divulgados no dia 13 de junho.

Fonte: Assessoria Conab
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Notícias Plano estratégico

Ministério da Agricultura e Pecuária institui grupo de trabalho para avançar na rastreabilidade de bovinos e bubalinos

Rastreabilidade é um sistema que permite acompanhar o histórico, a localização ou a trajetória de um item por meio de identificações registradas.

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Foto: Tony Oliveira

ASecretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) avança em medidas para controlar a rastreabilidade de bovinos e bubalinos. Por meio da Portaria nº 1.113, publicada no Diário Oficial da União (DOU), foi instituído Grupo de Trabalho para elaboração do plano estratégico para implementar política pública de rastreabilidade individual de bovinos e bubalinos. A rastreabilidade é um sistema que permite acompanhar o histórico, a localização ou a trajetória de um item por meio de identificações registradas.

O secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, reforça a importância do tema. “É uma questão que está sendo cobrada do Brasil há muito tempo por parte dos países compradores. A rastreabilidade melhora nossa capacidade de controle nos programas de saúde animal, melhora nosso enfrentamento de questões de surtos episódicos e o nosso perfil de compromisso com os requisitos de países importadores”, detalhou Goulart.

O GT será formado por representantes dos setores público e privado e tem prazo de 60 dias para debater, colher subsídios e elaborar o plano estratégico para a implementação da política publica de rastreabilidade individual de bovinos e bubalinos.

Segundo Goulart, o debate sobre rastreabilidade é antigo, envolve muitas partes, e embora alguns consensos venham se formando ainda falta resolver questões fundamentais. Dentre elas, em que momento da vida do animal ele passará a ser rastreado; se o rastreamento será compulsório ou voluntário, para todos os criadores ou apenas para parte deles; como que será feita a rastreabilidade; e quais serão os mecanismos de rastreabilidade.

Grupo de trabalho

Os representantes do grupo serão indicados pelos titulares das entidades representadas e designados pelo secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart. Após a publicação da portaria, as empresas terão até o dia 21 de maio para designar seus representantes titulares e suplentes.

O Grupo será composto por representantes da Secretaria de Defesa Agropecuária; do Departamento de Saúde Animal da SDA; do Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária; da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil; da Associação Brasileira das Empresas de Certificação por Auditoria e Rastreabilidade; da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes; de Frigoríficos; de Lacticínios; de Reciclagem Animal; dos Exportadores de Gado; de Animais Vivos; do Centro das Indústrias de Couro do Brasil e da Mesa Brasileira de Pecuária Sustentável.

O representante da Secretaria de Defesa Agropecuária será o coordenador do trabalho, podendo convidar representantes de outros órgãos, entidades da administração pública federal e privadas e especialistas para participarem das reuniões. Em um primeiro momento terá um representante da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), como convidado.

A participação no Grupo será considerada um serviço público relevante e não será remunerada. As reuniões serão presenciais e virtuais, em periodicidade definida por seus membros. Os trabalhos deverão ser finalizados em 60 dias, contados a partir do início da execução podendo ser prorrogado por igual período.

Fonte: Assessoria Mapa
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CBNA – Cong. Tec.

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