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VOZ DO COOP

Avicultura

Dados de abate do IBGE evidenciam impactos de enchentes no Rio Grande do Sul sobre avicultura

Além de danos nas instalações, o sistema logístico foi prejudicado, em decorrência das estradas interditadas e de pontes destruídas.

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Foto: Lauri Alves/Secom-RS

Entre o encerramento de abril e ao longo de maio, o Rio Grande do Sul – terceiro maior produtor de carne de frango do Brasil – foi assolado por enchentes que afetaram o setor produtivo de algumas regiões, sobretudo as da parte central do estado.

Levantamento do Cepea mostrou que, além de danos nas instalações, o sistema logístico foi prejudicado, em decorrência das estradas interditadas e de pontes destruídas.

Com a logística limitada, o escoamento da produção e o recebimento de importantes insumos para a cadeia de avicultura de corte foram impossibilitados.

E, neste mês, dados de abate divulgados pelo IBGE e analisados pelo Cepea evidenciam os impactos da tragédia.

Enquanto em abril o volume de frangos abatidos no Rio Grande do Sul somou 66,4 milhões de cabeças, em maio, caiu para 53,1 milhões cabeças, expressiva queda de 20% frente ao mês anterior e o menor volume em 12 anos.

 

Fonte: Assessoria Cepea

Avicultura

Estudo em aves detecta altos níveis de resistência a antimicrobianos

Muitos dos antibióticos utilizados em aves também são empregados na medicina humana.

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Fotos: Shutterstock

A colibacilose, frequentemente associada à E. coli patogênica aviária (APEC), é uma das principais doenças avícolas, devido à alta mortalidade e morbidade, levando à condenação de carcaças e causando perdas econômicas significativas devido à condenação de carcaças e a várias condições como septicemia e pneumonia. Práticas de manejo inadequadas, como altos níveis de amônia e superlotação, podem levar a infecções por APEC, muitas vezes agravadas por vírus respiratórios ou outras bactérias.

As cepas de APEC utilizam fatores de virulência específicos, incluindo proteínas de adesão, toxinas e mecanismos de resistência, para causar doença. O tratamento geralmente envolve antibióticos, de diferentes classes como β-lactâmicos, aminoglicosídeos, lincosamidas, tetraciclinas, sulfonamidas, quinolonas e fluoroquinolonas. Muitos desses medicamentos também são empregados na medicina humana, o que gera preocupações sobre a possível transferência de genes de resistência entre animais e seres humanos.

Nos últimos anos, houve um aumento na resistência a antimicrobianos, em parte devido ao uso extensivo desses medicamentos, o que cria uma pressão seletiva. Além disso, a troca de genes de resistência entre diferentes bactérias contribui para espalhar ainda mais essa resistência, tornando o problema de difícil controle.

Nosso estudo  “Isolation and Characterization of Escherichia coli from Brazilian Broilers“, desenvolvido no âmbito da Universidade Federal de Santa Catarina,  avaliou a prevalência de APEC em aves de diferentes estados do Brasil e caracterizou os isolados obtidos de frangos necropsiados em 100 granjas avícolas brasileiras dos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Ceará, que juntos representam mais de 80% da produção de carne de frango do país.

Como foi desenvolvido o estudo

Os isolados foram obtidos dos fêmures foram coletados por lote, e das amostras analisadas, 63 isolados de diferentes lotes foram submetidos ao sequenciamento de genoma completo. Todas as 63 amostras (100%) foram confirmadas como Escherichia coli, e destas, 58 (92%) continham de três a cinco dos genes preditivos mínimos, confirmando-as como cepas de APEC. Os isolados foram classificados em 40 sorogrupos de E. coli, com os sorogrupos O128 e O53 sendo os prevalentes (6,8%).

Assim como as demais Escherichia coli patogênicas, cepas APEC abrigam uma ampla variedade de genes de virulência, que as distinguem de cepas comensais, os isolados deste estudo abrigavam genes de virulência relacionados à patogenicidade das cepas, incluindo genes que codificam fatores de adesão, aquisição de ferro, resistência sérica e síntese de toxinas.

Perfil de resistência identificado

Com os dados obtidos no estudo foi possível comparar o perfil de resistência fenotípico e genotípico dos isolados. O perfil de resistência fenotípico variou de acordo com as regiões, em geral as maiores taxas de resistência foram para ampicilina (66,67%), ácido nalidíxico (69,84%) e sulfametoxazol/trimetoprima (42,86%). Na região Sul, 64,71% dos isolados foram resistentes à ampicilina, e 61,76% ao ácido nalidíxico. Na região Sudeste, houve 57,89% de resistência à ampicilina e 68,42% ao ácido nalidíxico. Já na região Nordeste, a resistência à ampicilina foi de 70%, e ao ácido nalidíxico, 80%. Enquanto em relação ao perfil de resistência genotípico, 79,36% dos isolados apresentavam genes de resistência aos aminoglicosídeos.

Dos isolados, 74,6% apresentaram genes de resistência às sulfonamidas, 63,49% possuíam genes de resistência aos β-lactâmicos e 49,2% continham pelo menos um gene de resistência à tetraciclina. Altos níveis de resistência antimicrobiana foram detectados, incluindo resistência a antibióticos comumente usados na produção animal e em infecções humanas. A presença de cepas multirresistentes destaca a necessidade urgente de monitoramento e farmacovigilância para prevenir a disseminação da resistência.

O estudo encontrou uma prevalência de 58% de E. coli patogênica aviária em aves brasileiras, com cepas mostrando notável resistência antimicrobiana a antibióticos comumente usados na cadeia produtiva, além de ser uma importante questão no contexto da abordagem de Saúde Única, evidenciando a necessidade de fortalecer a vigilância, que desempenha um papel crítico na avaliação da eficácia das intervenções adotadas, bem como na investigação desses eventos, visando a identificação e prevenção da resistência antimicrobiana.

Fonte: Por Giulia Von Tönnemann Pilati, médica-veterinária, mestre em Biotecnologia e Biociências e doutoranda em Biotecnologia e Biociências na UFSC; e Josias Rodrigo Vogt, médico-veterinário, especialista em Nutrição de aves e mestre em Ciência Animal.
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Avicultura

Poder de compra do avicultor frente ao farelo cai pelo 6º mês seguido

Preços dos ovos seguem recuando em setembro, pressionados pela maior oferta da proteína no mercado doméstico.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Os preços dos ovos seguem recuando em setembro, pressionados pela maior oferta da proteína no mercado doméstico.

Por outro lado, o Cepea observa aumento nas cotações do milho e leve valorização do farelo de soja, principais insumos utilizados na avicultura de postura.

Nesse contexto, na parcial de setembro, o poder de compra do avicultor paulista vem diminuindo em relação a esses insumos.

Pesquisadores do Cepea ressaltam que esse é o terceiro mês consecutivo de diminuição no poder de compra de avicultores frente ao cereal e o sexto mês seguido frente ao farelo de soja.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Avicultura Sanidade Avícola em Foco

Seminário Técnico sobre frango de corte reúne especialistas em Itapetininga

Evento ocorre em 15 de outubro e vai abordar prevenção e controle de doenças respiratórias em frangos de corte.

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Foto: Shutterstock

A Associação Paulista de Avicultura (APA) e a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) se unem, no dia 15 de outubro, para realizar o Seminário Técnico: Frango de Corte, um evento voltado para profissionais do setor avícola. O encontro será realizado no Anfiteatro da Prefeitura de Itapetininga, cidade de São Paulo e terá como foco principal a capacitação técnica e a orientação sobre a criação de frangos de corte.

Durante o seminário, o destaque será para as Síndromes Respiratórias Neurológicas (SRNs), abordando medidas de prevenção, controle de doenças e a relevância da biosseguridade para a sustentabilidade da produção avícola. As palestras contarão com renomados especialistas da área, como o doutor Paulo Martins, da BioCamp, Paulo Blandino, médico-veterinário e gerente do Programa Estadual de Sanidade Avícola da Defesa Agropecuária, a doutora Ana Caselle, da San Vet, e a doutora Tabatha Lacerda, representante da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Com o objetivo de aprimorar as práticas de biosseguridade e elevar a qualidade da produção avícola, o seminário é uma oportunidade única para os participantes se atualizarem sobre os desafios e avanços do setor. As inscrições podem ser feitas gratuitamente neste link.

Essa parceria entre a APA e a CDA reforça o compromisso com o fortalecimento da sanidade avícola em São Paulo, contribuindo para uma produção mais segura e eficiente, alinhada às exigências do mercado global.

Fonte: Assessoria APA
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