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Suínos Segundo Embrapa

Custos de produção de suínos têm alta recorde em 2020

Custos de produção de suínos acumularam percentuais recordes de aumento no ano de 2020

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Arquivo/OP Rural

Os custos de produção de suínos acumularam percentuais recordes de aumento no ano de 2020 segundo a CIAS, Central de Inteligência de Aves e Suínos da Embrapa, que disponibiliza os números no site embrapa.br/suinos-e-ave/cias.

O ICPSuíno encerrou 2020 com alta de 47,28%, marcando 375,17 pontos (em dezembro de 2019, o índice era de 238,75 pontos). Somente os custos com a alimentação dos animais subiram 42,05% em 2020. Mas, com a queda do ICP verificada em dezembro passado (-3,07%), o custo por quilo vivo de suíno produzido em sistema de ciclo completo em Santa Catarina baixou para R$ 6,56 ante os R$ 6,77 obtidos em novembro. Para comparação, em janeiro de 2020 o custo era de R$ 4,27 por quilo de suíno vivo.

Segundo o analista Ari Jarbas Sandi, da área de socioeconomia da Embrapa Suínos e Aves, em 2020 houve os maiores custos de produção da história, desde que o levantamento é feito pela Embrapa. “Fiz um apanhado dos últimos três anos – 2018, 2019 e 2020 – e no ano passado, o milho, por exemplo, que é um dos principais itens utilizados na produção de ração variou 62,3% o preço durante o ano, um dos itens que mais impactou, acompanhado do farelo de soja com um aumento de 67,5%. Tivemos em contra partida também o aumento do preço do suíno vivo praticado no mercado independente, que chegou a 57,8%. Comparado a 2018, por exemplo, o suíno vivo variou negativamente ao valor de 6,04%. Ou seja, os custos de produção no ano de 2020 foram elevados, contudo o preço praticado na praça também foi bom em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná”, conta.

Sandi conta que em 2020 o preço do milho começou em janeiro com R$ 0,81 por quilo grama e terminou em dezembro com R$ 1,35, sendo o maior valor praticado no mês anterior, ou seja em novembro com R$ 1,41. O farelo de soja também iniciou o mês de janeiro de 2020 com R$ 1,48 por quilo grama tendo o seu maior custo no mês de novembro a R$ 2,89. E o preço do suíno no mercado independente passou de R$ 5,11 em janeiro para R$ 7,56 em dezembro, tendo também em novembro o seu maior preço de mercado (R$ 8,73 por quilo grama).

Já no caso da integração, da suinocultura industrial, o analista explica que os preços foram um pouco diferentes, um pouco mais baixos. “Ele iniciaram janeiro com R$ 4,61 e finalizou dezembro ao valor de R$ 6,84 o quilo grama, tendo o menor valor praticado em maio e junho de 2020 ao valor de R$ 4,50”, diz.

De acordo com ele, o item que mais impactou nos custos totais de produção de suínos foi a alimentação que em Santa Catarina foi de 79,7%, sendo superado apenas no mês de novembro com 82,8%. Já os custos variáveis, ou seja, aqueles que geram desembolso no fluxo de caixa, representaram 94,3% dos custos totais de produção do suíno. Os demais 5,6% são relativos ao custo de oportunidade do capital investido e também das depreciações das instalações e equipamentos.

Sandi explica que nos Estados do Paraná e Rio Grande do Sul a alimentação também foi o item que mais impactou nos custos, sendo 77,3% no Paraná e 78,2% no Rio Grande do Sul. “O maior custo de produção de suínos entre os três Estados do Sul foi de R$ 6,67 no mês de novembro, tanto em Santa Catarina quanto no Rio Grande do Sul, e o menor custo médio anual foi no Paraná com R$ 5,03”, esclarece.

O analista ainda destaca os itens que merecem atenção do suinocultor na produção de suínos: gestão das informações técnicas da granja, como a quantidade de leitões nascido vivos por parto por matriz ao ano e o peso de suínos vivos comercializados por matriz ao ano; gestão do estoque de matéria prima utilizada para industrialização de rações, bem como dos insumos utilizados na profilaxia do rebanho e na biossegurança da granja; também gestão sobre os custos com tratamento e transporte de dejetos; gestão sobre os recursos humanos utilizados para o manejo da granja; mão de obra qualificada associada a tecnologia de equipamentos e processos. “Estes itens costumam ser o diferencial para o sucesso de granjas comerciais de suínos e também de frangos de corte em nosso país”, afirma.

Fonte: O Presente Rural

Suínos

Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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Suínos

Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças

Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

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Foto: Shutterstock

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.

Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.

No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.

Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.

Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos

Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde

Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

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Foto: Jonathan Campos

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.

Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock

Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.

Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.

O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.

Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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