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CRMV-RJ realiza ação de educação sanitária em supermercado 

No Dia Mundial da Segurança dos Alimentos, Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro destaca papel fundamental de médicos-veterinários.

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Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, todos os anos, uma em cada 10 pessoas no mundo fica doente por comer alimentos contaminados, afetando globalmente todas as nações. Mais de 200 doenças são causadas pela ingestão de alimentos contaminados com bactérias, vírus, parasitas ou produtos químicos, como metais pesados.

Nesta terça-feira (07) é comemorado o Dia Mundial da Segurança dos Alimentos. Na data o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro (CRMV-RJ) ressalta a importância de assegurar a proteção dos produtos de origem animal (POAs) em todas as etapas da cadeia de produção, desde o campo até o consumo final, e destaca o papel crucial desempenhado pelo médico-veterinário na garantia da qualidade desses alimentos. Esses profissionais são fundamentais para garantir a segurança e a saúde pública, atuando em diversas frentes para garantir alimentos seguros e de qualidade para todos.

Fotos: Divulgação/CRMV-RJ

Nesse sentido, a Comissão Estadual de Alimentos do CRMV-RJ, presidida pela médica-veterinária Isabelle Correa Rochebois Campello, realizou uma campanha orientativa aos clientes de uma grande rede de supermercados, no Centro do Rio de Janeiro, explicando a importância desses profissionais em todos esses processos, e como identificar que um produto de origem animal foi fiscalizado por um médico-veterinário, através dos selos de inspeção: SIM (quando comercializado no próprio município), SIE (no próprio Estado) e SIF (válido em todo o Brasil e para exportação).

Isabelle esclareceu que a identificação atesta a origem e os cuidados durante a industrialização do produto. Além disso, na prática, é a garantia de que o produto passou por inspeção de um médico-veterinário e não está sendo vendido de forma clandestina, o que poderia representar um risco à saúde do consumidor. “É obrigatório que todo produto de origem animal seja registrado no SIM, SIE ou SIF e o estabelecimento produtor também. Com isso, produtos sem esta procedência estão irregulares e quem os comercializa e produz está sujeito a penalidades e até sanções criminais”, explicou.

O porteiro João da Silva Santos, de 64 anos, contou que não conhecia a importância dos selos de inspeção, mas que, a partir da explicação, sempre irá analisar se os selos de inspeção estão contidos no produtos de origem animal. “Eu sempre procuro grandes redes de supermercados porque sei que os produtos são confiáveis. Eu nunca comprei carne na feira com medo da forma de armazenamento do produto e da clandestinagem. Mas não sabia da importância dos selos de inspeção e nem como eles funcionavam. Muito importante essa orientação. Agora que estou ciente, sempre irei procurar produtos de origem animal com selos de inspeção. É um trabalho muito relevante e eu só tenho a agradecer aos médicos-veterinários por cuidarem de nós”, disse, satisfeito.

O professor Edvandro Luise Sombrio de Souza, 44, também aprovou o trabalho realizado pelo CRMV-RJ falando sobre a importância de adquirir apenas produtos fiscalizados.

“Eu não sabia que os médicos-veterinários trabalhavam nessa parte de inspeção, com controle de qualidade de mercados… Sempre tive conhecimento que eles atuavam com animais. Achei interessante essa explicação e gostei de saber sobre a importância dos selos.

A atuação do médico-veterinário na segurança dos alimentos

Os médicos-veterinários desempenham um papel essencial na cadeia de produção de alimentos de origem animal, desde a criação e a produção até o processamento e a distribuição. Eles estão envolvidos em diversas áreas, como a inspeção sanitária, a vigilância epidemiológica, o controle de qualidade, a pesquisa científica e a educação sanitária.

No campo, esses profissionais trabalham lado a lado com produtores rurais, orientando boas práticas de criação, manejo e alimentação dos animais. Eles realizam inspeções sanitárias, monitoram a saúde dos animais, verificam o cumprimento das normas e contribuem para a prevenção de doenças que possam comprometer a segurança alimentar.

Nos estabelecimentos de processamento de alimentos, o médico-veterinário desempenha um papel fundamental na inspeção e no controle de qualidade. Eles garantem que os alimentos sejam processados ​​adequadamente, seguindo as normas de higiene, acondicionamento e rotulagem, a fim de evitar contaminações e garantir a qualidade e a segurança dos produtos.

Além disso, esses profissionais também desempenham um papel importante na vigilância epidemiológica, monitorando possíveis surtos de doenças transmitidas por alimentos e agindo rapidamente para identificar a origem do problema, controlar a disseminação e proteger a saúde pública.

O médico-veterinário Fábio Ferreira Braga atua como responsável técnico em 10 lojas de uma grande rede de supermercados e contou que a importância desses profissionais é a nível de saúde pública.

“Quando a gente trata do assunto segurança de alimentos, a gente está lembrando que são alimentos para consumo humano. E com esse propósito existe a presença do médico-veterinário para fazer toda essa gestão de validade, controle de qualidade dos alimentos, as boas práticas de manipulação dos colaboradores… Tudo isso vai impactar diretamente na saúde do consumidor final. Então esse é o nosso papel hoje, é a promoção de uma saúde pública”, explicou Fábio.

Já a médica-veterinária Josie Rodrigues Montebello é responsável técnica de cinco lojas da mesma rede e coordenadora do setor de qualidade, respondendo por todas as lojas e centros de distribuição.

“Eu faço a parte de importação, rotuagem, legalização e também controle de pragas. Hoje estamos com um trabalho bacana com falcoaria, que é o controle de pombos na área externa com falcões e gaviões, além da parte de reciclagem além dos tradicionais, como plástico e papel. Preciso ler o Diário Oficial todos os dias para conferir as legislações vigentes e constantemente trazemos inovações para os clientes. O médico-veterinário é fundamental em um supermercado, para que o alimento chegue de forma segura até a casa do cliente”, emendou Josie.

Contribuição para o bem-estar animal

A atuação dos médicos-veterinários na segurança alimentar não se restringe apenas à proteção da saúde pública. Eles também desempenham um papel crucial no bem-estar animal, garantindo que os animais sejam criados e tratados de acordo com as boas práticas e normas estabelecidas.

O cuidado com o bem-estar animal é essencial não apenas por razões éticas, mas também porque animais saudáveis ​​e bem-cuidados produzem alimentos de melhor qualidade. O médico-veterinário trabalha para assegurar que os animais recebam alimentação adequada, estejam livres de doenças e tenham condições adequadas de vida, contribuindo assim para a produção de alimentos seguros, saudáveis ​​e de origem responsável.

Fonte: Assessoria CRMV-RJ

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Sucessão familiar no agro: como atrair os jovens para o campo?

É fundamental que os jovens vejam o campo como um espaço onde tradição e inovação se complementam e coexistem de forma harmoniosa.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A sucessão familiar no agronegócio tem se tornado um dos grandes desafios para o setor rural, especialmente em um contexto em que os jovens estão cada vez mais imersos em tecnologia e afastados das práticas tradicionais da agricultura. Esse distanciamento ameaça a continuidade das atividades no campo, principalmente em regiões onde o trabalho artesanal, como a delicada colheita de grãos de café, ainda desempenha um papel fundamental para a economia local e a preservação da cultura agrícola.

O grande desafio está em demonstrar que o trabalho rural pode ser sinônimo de oportunidades, crescimento pessoal e profissional, desde que haja um equilíbrio entre inovação tecnológica e respeito aos métodos tradicionais.

Para garantir a continuidade das propriedades rurais e a manutenção da produção, é essencial adotar estratégias que tornem o campo mais atraente para as novas gerações. Investir em tecnologia e inovação é um dos principais caminhos, pois permite modernizar as atividades agrícolas, tornando-as mais eficientes e rentáveis. Além disso, a introdução de práticas sustentáveis e a adoção de modelos de gestão mais profissionalizados podem despertar o interesse dos jovens que buscam alinhamento com causas ambientais e sociais.

Outro fator crucial é a educação e capacitação voltadas para o agronegócio. Oferecer programas de treinamento e especialização em áreas como agroecologia, gestão rural e empreendedorismo pode preparar melhor os jovens para assumir a liderança das propriedades familiares. Incentivos governamentais, como acesso a crédito e políticas de apoio à agricultura familiar, também são fundamentais para facilitar essa transição. Criar um ambiente onde os jovens se sintam valorizados e capazes de inovar é essencial para garantir a sucessão familiar e a sustentabilidade do setor agrícola a longo prazo.

É fundamental que os jovens vejam o campo como um espaço onde tradição e inovação se complementam e coexistem de forma harmoniosa. Integrar tecnologias modernas às práticas agrícolas tradicionais pode não apenas preservar o legado familiar, mas também abrir novas oportunidades de crescimento e desenvolvimento sustentável no setor rural.

Fonte: Por Bruno Sampaio, gestor do Bmg Agro e do Guima Café
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A importância da pesquisa agropecuária

A pesquisa para gerar conhecimento que fundamenta as novas tecnologias; de outro, a aquisição dessas tecnologias para aplicação na produção.

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Presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC), Vanir Zanatta - Foto: Divulgação/MB Comunicação

O acelerado desenvolvimento do setor primário da economia, nas últimas décadas, resultou dos avanços da pesquisa científica na esfera da Embrapa, das Universidades, dos centos de pesquisa privados e dos grandes grupos da indústria da alimentação. De um lado, a pesquisa para gerar conhecimento que fundamenta as novas tecnologias; de outro, a aquisição dessas tecnologias para aplicação na produção.

Apesar disso, ainda é necessário fomentar a pesquisa agropecuária brasileira para turbinar os níveis de investimento público em patamares equivalentes aos dos principais concorrentes do Brasil no mercado mundial. O caminho natural é a Embrapa, capitaneando uma cadeia de pesquisa, que envolve as Universidades e outros centros de pesquisa. A ideia é fortalecer as ferramentas de gestão de órgãos públicos e estimular as parcerias público-privadas, inclusive com cooperativas agropecuárias, com o fomento de estudos que efetivamente contribuam para o maior desenvolvimento, sustentabilidade e competitividade do setor agropecuário. Essa integração pode facilitar a captação de investimentos na geração de inovações de alto impacto para o enfrentamento dos desafios do agro brasileiro.

Em Santa Catarina, por exemplo, que se destaca no incremento da produção de leite, esse reforço na pesquisa poderia começar com a instalação de um núcleo de pesquisas voltadas ao gado leiteiro, com ênfase para forrageiras. Nas pequenas unidades de produção a atividade proporciona importante fonte de renda para as famílias rurais. A atividade exibe notável desenvolvimento técnico da produção, especialmente da genética e sanidade.

Quinto produtor nacional, o setor tem sofrido uma intensa concentração da produção. Para a pecuária leiteira tornar-se mais competitiva, há a necessidade da pesquisa de forrageiras para identificar variedades mais adaptadas à região. A melhoria da qualidade da alimentação do rebanho proporcionará um salto notável na elevação da produção e da renda dos produtores.

A proposta consiste na instalação de uma unidade da Embrapa no Estado de Santa Catarina para a pesquisa de forrageiras e outras tecnologias voltadas à produção de leite e, também, gado de corte. Os pastos hoje utilizados, via de regra, são de espécies provenientes de regiões distantes e de baixa adaptação ao microclima, resultando em limitado desenvolvimento e baixa eficiência nutricional.

A empresa mantém em Concórdia a Embrapa Suínos e Aves, com pesquisas em suínos e aves e tecnologias correlatas, especialmente de proteção ao meio ambiente. O novo núcleo de pesquisa poderia ser criado junto a Embrapa de Concórdia (SC). O foco seria a produção e manejo de forragem, o que geraria conhecimentos para a melhoria da alimentação animal, além da possibilidade de agregar valor ao leite pelo sistema de produção a pasto.

Atualmente, a Embrapa desenvolve pesquisas voltadas à pecuária de leite em três unidades: a de gado de leite, voltada às soluções para o desenvolvimento sustentável do agronegócio do leite em Juiz de Fora (MG); a unidade  Pecuária Sudeste, com ênfase na eficiência e sustentabilidade da produção em São Carlos (SP) e a unidade Pecuária Sul que desenvolve pesquisas em bovinocultura de corte e leite, ovinocultura e forrageiras nos campos sulbrasileiros, compreendidos pelos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, em Bagé (RS).

As cooperativas agropecuárias são atores estratégicos no apoio aos programas de  pesquisa científica, como testemunham inúmeras ações em passado recente.

Fonte: Por Vanir Zanatta, Presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC)
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Notícias Atenção produtor rural

Prazo para declaração do ITR encerra em 30 de setembro, alerta Faesc

Documento deve ser enviado por meio do Programa Gerador da Declaração do ITR, que está disponível no site da Receita Federal.

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Foto: José Fernando Ogura

O prazo para a Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR), referente ao exercício de 2024, vai até 30 de setembro. A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) alerta para que o produtor rural fique atento ao prazo para evitar multas.

De acordo com a Instrução Normativa RFB nº 2.206/2024 é obrigatório apresentar a declaração de pessoa física ou jurídica, proprietária, titular do domínio útil ou possuidora de qualquer título, inclusive a usufrutuária, um dos condôminos ou um dos compossuidores.

A declaração deve ser enviada por meio do Programa Gerador da Declaração do ITR, que está disponível no site da Receita Federal. Além disso, continua sendo possível a utilização do Receitanet para a transmissão da declaração.

O imposto é obrigatório para todo o imóvel rural, exceto para os casos de isenção e imunidade previstos em lei, portanto o produtor deve ficar atento aos prazos de envio do documento para não pagar multas e juros. E caso o contribuinte verifique algum erro após o envio da declaração, ele deve fazer a retificação por meio do Programa ITR 2024.

A declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural é composta pelo Documento de Informação e Atualização Cadastral do ITR (DIAC) e pelo Documento de Informação e Apuração do ITR (DIAT).

O contribuinte, cujo imóvel rural já esteja inscrito no Cadastro Ambiental Rural (CAR), deve informar o respectivo número do recibo de inscrição. O pagamento do imposto poderá ser feito através do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), ou via QR Code (Pix).

No dia 24 de julho, o Governo Federal publicou a Lei n° 14.932/2024 que retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para a redução do valor devido do ITR. Entretanto, a Receita Federal, por meio da Instrução Normativa (IN) 2.206/2024, ainda obriga o produtor rural a apresentar a ADA neste ano.

A CNA e a Faesc trabalham para que a Receita faça a revisão da normativa o mais breve possível. Mesmo com a lei em vigor, recomendam manter o preenchimento do ADA via Ibama, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural e inserção do número do recibo na DITR 2024.

O contribuinte pode conferir o Valor de Terra Nua (VTN) 2024 publicado no site da Receita Federal pelas Prefeituras conveniadas. A FAESC lembra que, caso os valores não estejam de acordo com os requisitos determinados pela Instrução Normativa RFB n° 1.877/2019, deve ser feita denúncia por meio do Sindicato Rural junto à Delegacia Regional da Receita.

Fonte: Assessoria Faesc
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ABMRA 2024

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