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Suínos / Peixes Setor suinícola independente

Crise na suinocultura afeta vários setores e empresas começam a romper contratos sem aviso prévio

Atual crise que atinge a suinocultura com severidade pode ser considerada a maior da atividade, que sempre teve momentos de altos e baixos, com sequência de períodos bons e momentos de crise, mas nunca com a extensão do quadro que se iniciou no primeiro trimestre de 2022.

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Arquivo/OP Rural

A Associação dos Criadores de Suínos do Oeste do Paraná  (Assuinoeste) está se mobilizando para levar ao conhecimento de autoridades e lideranças a situação de desespero de produtores independentes e semi-independentes diante da mais grave crise da história da suinocultura, motivada pelos altos custos de produção e agravada pela decisão unilateral de empresas pelo rompimento de contratos, sem aviso prévio.

Presidente da Assuinoeste, Geni Bamberg: “Em Toledo, oito mil leitões a cada semana ficam sem destino, pois não existe estrutura física para a manutenção dos animais nas granjas” – Foto: Janaí Vieira

A presidente da Assuinoeste, Geni Bamberg, enfatiza que, mais do que um pedido, a suinocultura está dando um grito de socorro, diante do endividamento que está levando ao fechamento de granjas, com efeitos impactantes para toda a cadeia produtiva e reflexos não só no comércio de fornecimento de insumos para a suinocultura, mas no comércio em geral e na arrecadação dos municípios.

Além dos custos de produção elevados, algumas empresas suspenderam unilateralmente as compras de leitões, com rompimento de contratos sem aviso prévio. “O produtor está com a bomba na mão. Existe todo um ciclo produtivo, onde as fêmeas prenhas estão criando semanalmente. Em Toledo, oito mil leitões a cada semana ficam sem destino, pois não existe estrutura física para a manutenção dos animais nas granjas”, diz Geni Bamberg.

De acordo com ela, a Assuinoeste e a Associação Paranaense de Suinocultores estão apelando às empresas que absorvam essa produção, ao mesmo tempo clamando pela intervenção do governo para que sejam proteladas as dívidas contraídas na atividade, assim como que os juros sejam zerados. “Os prejuízos já são enormes. Não é possível buscar mais recursos com juros da ordem de 2% ao mês, ou mais”, finaliza.

 Crise afeta setores que dependem do bom desempenho das granjas

A crise que atualmente atinge a suinocultura com severidade pode ser considerada a maior da atividade, que sempre teve momentos de altos e baixos, com sequência de períodos bons e momentos de crise, mas nunca com a extensão do quadro que se iniciou no primeiro trimestre de 2022. Outros setores da economia dos municípios já são afetados como consequência direta.

Historicamente, a atividade sofre de graves crises de dez em dez anos, sendo que as maiores crises anteriores foram registradas nos anos 2002 e 2012, e o quadro se repete agora, uma década depois. No caso do Paraná, segundo maior produtor de suínos do Brasil, atrás de Santa Catarina, a crise na suinocultura ocorre mesmo diante das comemorações de um ano completado no último dia 27 de maio, da conquista do certificado internacional de área livre de febre aftosa sem vacinação pelo estado paranaense.

Não se desconsideram os avanços significativos resultantes da certificação, que permitiu o acesso a mercados internacionais mais exigentes em termos de sanidade animal, ampliando as oportunidades de exportação para a carne suína do Paraná, mas eles ocorrem em meio a maior crise que afeta a cadeia suinícola brasileira, que já traz repercussões drásticas a todos os setores que dependem da produção de suínos, como é o caso dos fornecedores de ração, medicamentos e demais insumos e equipamentos.

Prejuízos nas granjas, reflexos nas cidades

Para muitos produtores do mercado independente, a situação dramática resulta em um prejuízo médio por animal terminado para o abate de até R$ 300. “Isso causa reflexos em toda a cadeia produtiva e para a economia em geral. E vimos isso em nossa loja, com a queda nas vendas de produtos, além de observarmos o crescimento da inadimplência”, afirma o médico veterinário Francisco Dalcastel.

Controle da produção

Na opinião das lideranças do setor suinícola, que têm lutado para externar à opinião pública a necessidade de auxílio aos produtores, para minimizar as consequências, o caminho passa por questões tributárias que deveriam vir em auxílio ao setor, como também por medidas que limitassem a produção para evitar tanto excedente no mercado, que é um dos fatores que compõem o quadro de crise atual.

O produtor Nei Stuani, de Toledo, lamenta a expansão dos plantéis sem critérios, o que aumenta o passivo ambiental com os dejetos, além de gerar mais oferta de carne no mercado. “Isso precisaria ser controlado”, afirma.

Situação é muito mais grave do que parece, diz presidente da APS

Presidente da Associação Paranaense de Suinocultores (APS), Jacir Dariva: “A situação é bem mais grave do que parece” – Divulgação/APS

Para o presidente da Associação Paranaense de Suinocultores (APS), Jacir Dariva, caso o cenário atual não sofra mudanças significativas e rápidas, as consequências podem ser catastróficas, começando pela diminuição de matrizes, do consumo de milho e farelo, até o encerramento de atividades por muitos produtores. “Sem uma solução, vamos perder os produtores, mas também seus fornecedores de insumos. São muitas empresas que trabalham com os produtores independentes”, prevê.

Além disso, as indústrias integradoras ajustaram os seus plantéis e dispensaram produtores que estão sem saber o que fazer, agravando o problema, deixando-os na mão após exigências de investimentos em reformas de instalações.

Em outra ponta, indica o líder da APS, os governos em todas as instâncias fomentaram a produção de embutidos e, com a crise, centenas de pequenas indústrias de pequeno porte nos três estados do Sul estão prestes a sumir do mercado, tirando o acesso do consumidor a produtos com valor mais acessível.

“A situação é bem mais grave do que parece. Ao redor do produtor, existem muitas pessoas que dependem da atividade e que estão se esvaindo”, ressalta Dariva.

Prejuízos na arrecadação dos municípios

Certo é que os efeitos da crise já extrapolam a cadeia produtiva com prejuízos inestimáveis também para o comércio e afeta a arrecadação dos municípios, especialmente nos quais a suinocultura tem um peso muito forte na composição das receitas, caso de Toledo, no Oeste do Paraná.

“Somos solidários aos produtores e queremos contribuir para o debate”, diz o prefeito de Toledo, Beto Lunitti, ao salientar que “no âmbito municipal há muito pouco a ser fazer, já que questões tributárias estão mais nas alçadas dos governos federal e estadual”. O Conselho Municipal de Desenvolvimento do Agronegócio de Toledo realiza uma reunião nesta terça-feira (06) com o propósito de debater a crise.

Por outro lado, Lunitti lamenta a alta dependência da produção suína brasileira do mercado externo, assim como a queda do poder de compra do brasileiro, “especialmente nas classes que são as mais numerosas, o que contribui para a redução do consumo”, diz.

Toledo lidera o ranking do Valor Bruto da Agropecuária do Paraná com cerca de R$ 3,5 bilhões em 2020, dos quais 43% advêm da suinocultura. O município é o maior produtor de suínos do Brasil, com um plantel de 1,2 milhão de cabeças, ou 2,9% do total nacional.

Fonte: Assessoria

Suínos / Peixes

Marcos Sipp celebra 30 anos dedicados à suinocultura

Atual gerente das UPLs da Coopavel conquistou recentemente o 1º lugar na categoria Sustentabilidade no Programa Open Farm AWARDS.

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Fotos: Arquivo pessoal

Em uma trajetória marcada por dedicação e paixão pelo campo, Marcos Jovani Sipp, atual gerente das Unidades de Produção de Leitões (UPLs) da Coopavel Cooperativa Agroindustrial, reflete sobre suas três décadas de contribuição para o setor. “Parece que foi ontem, mas já se passaram 30 anos”, recorda.

Técnico em Agropecuária e Administrador, Sipp iniciou sua carreira profissional em 28 de março de 1994 como extensionista na suinocultura da BRF. Esses anos foram repletos de aprendizado e conquistas para Marcos, que destaca: “Como extensionista tive a oportunidade de conhecer, aprender e levar muita informação para a tomada de decisão dos produtores por onde passei, sempre com muita dedicação, competência, inconformismo e resiliência”, enfatiza.

Ao longo de sua carreira, o profissional acumulou diversos prêmios, sendo o mais recente o 1º lugar na categoria Sustentabilidade em um projeto da Estação de Tratamento de Efluente (ETE) no Programa Open Farm AWARDS, no qual a Coopavel concorreu com outros cinco projetos.

O técnico em Agropecuária ressalta a importância da gratidão e da reflexão sobre os erros e acertos que moldaram sua trajetória. “Carrego na bagagem muita história boa para contar. De acertos e erros que nos fazem corrigir rapidamente o rumo que deve ser seguido, com muita gratidão a Deus, que sempre me acompanha a cada passo. Sei que ainda tem muito a ser feito”, pontua.

Entre os desafios da atual função que exerce na Coopavel, Sipp diz que estão planejar, executar e desenvolver novos talentos, destacando a importância de profissionais com capacidade de organização, planejamento e entrega de resultados superiores. “Sinto-me realizado, vitorioso e muito feliz com as conquistas alcançadas e com as vitórias que ainda estão por vir. Aprendi que sozinho vou mais rápido, mas que juntos vamos mais longe. Com essa reflexão, gostaria de deixar registrado o meu agradecimento a cada um que fez parte dessa história, sejam produtores, empresas parceiras, amigos e, em especial, ao presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, pela confiança. Agradeço também à minha família e aos meus colegas de trabalho e parceiros da cadeia produtiva”, ressalta.

 

Fonte: O Presente Rural
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Suínos / Peixes

Peixes têm quantidade limitada para captura em 2024

Cotas foram limitadas por dois ministérios

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Foto: Adriano Gambarini/OPAN/Agência Brasil

Quatro espécies de peixes muito consumidos na culinária brasileira tiveram cotas de pesca estabelecidas para este ano de 2024. Os limites de captura valem para as espécies albacora-branca (Thunnus alalunga), albacora-bandolim (Thunnus obesus), espadarte (Xiphias gladius) e tubarão-azul (Prionace glauca), tanto em águas nacionais, quanto internacionais, inclusive na Zona Econômica Exclusiva (ZEE), que é a região de responsabilidade ambiental do Brasil e que vai até 200 milhas além da costa, onde embarcações brasileiras têm direito prioritário para pesca.

Para a espécie albacora-branca, também conhecida como atum branco ou voador, o limite é de 3.040 toneladas e para o albacora-bandolim, também conhecido por atum-cachorro ou patudo, é permitida a captura de até 5.639 toneladas.

Espadarte

A cota para pesca do espadarte foi limitada em 2.839 toneladas no Atlântico Sul (abaixo do paralelo 5ºN) e em 45 toneladas no Atlântico Norte (acima do paralelo 5ºN). Já o tubarão-azul, conhecido popularmente como cação, teve a captura autorizada este ano em até 3.481 toneladas.

As cotas foram determinadas por portaria conjunta dos Ministérios da Pesca e Aquicultura e Meio Ambiente e Mudança Climática, publicada nesta quarta-feira (27), no Diário Oficial da União. A medida tem como objetivo a sustentabilidade no uso dos recursos pesqueiros e atende à Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e da Pesca.

Fonte: Agência Brasil
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Suínos / Peixes

Semana Nacional da Carne Suína 2024 na era da personalização: tem para todo mundo, tem para você!

De 4 a 19 de junho a 12ª edição da SNCS levará a diversidade da carne suína para as maiores e melhores redes de varejo do Brasil

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Foto: Divulgação/Assessoria ABCS

De 4 a 19 de junho, prepare-se para mais uma edição da Semana Nacional da Carne Suína (SNCS), a maior vitrine e case de sucesso da proteína no varejo brasileiro. Em um mundo onde a diversidade crescente apresenta um mar de escolhas individuais cada dia maior, a décima segunda edição da SNCS emerge nas maiores e melhores redes de varejo do país não apenas como uma data comercial, mas como uma celebração da diversidade e da personalização. Reconhecendo cada preferência, cada necessidade e cada desejo dos consumidores, sem esquecer que as diferenças não mais afastam, mas sim agregam.

A SNCS é a maior estratégia de incentivo às vendas e ao consumo de carne suína no Brasil, uma iniciativa premiada com resultados comprovados que agrega valor à proteína suína e traz ganhos financeiros para toda a suinocultura brasileira, com o apoio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS). Desde sua primeira edição, a campanha vem arrecadando crescimento e foi essencial para a conquista dos 20,68 kg per capita de 2023, totalizando um crescimento de mais de 50% no período de 12 anos.

É por isso que a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) se inspira em um insight verdadeiro para o tema deste ano: existe diversidade no prato, mas também união na mesa. “Reconhecemos que cada um de nós tem suas próprias preferências e restrições. E seja você um mestre do churrasco buscando a peça perfeita, alguém procurando opções saudáveis e econômicas, ou um chef de cozinha inovador à procura de ingredientes para aquela receita especial, a carne suína tem uma opção para você”, explica o presidente da ABCS, Marcelo Lopes.

Saudabilidade, Sabor e Economia: esses são os pilares que sustentam a paixão pela carne suína. Mais do que uma escolha econômica, ela é uma fonte de nutrição saborosa adaptável a um estilo de vida saudável, a um cotidiano prático e a momentos inesquecíveis. A carne suína incorpora tecnologia e consciência ambiental, refletindo o compromisso da suinocultura brasileira em promover melhorias contínuas para garantir mais saúde, menos desperdício e práticas sustentáveis.

Este ano, é hora de redescobrir a carne suína. Porque sabemos que, independentemente da preferência, ela tem algo para todos. Para Maria e João. Para o churrasqueiro e para o chef premiado. Para todas as receitas e necessidades. Para cada geração, à sua maneira. Afinal, a carne suína é para todos. Há opções para quem tem pouco tempo, para o forno e para a airfryer, para todas as necessidades. Para quem busca economia, para quem procura uma opção mais saudável, para aquela receita especial. Para o churrasco, para os conectados e, é claro, para você! Por isso, nada mais claro do que dizer este ano: Semana Nacional da Carne Suína. Tem para todo mundo. Tem para você.

A diretora de marketing da ABCS, Lívia Machado, e também especialista em comportamento do consumidor aponta que a SNCS deste ano está ainda mais conectada com o conceito do consumidor ao centro e da necessidade de propor, a cada interação, uma experiência única que retrate os benefícios da carne suína para todas as gerações. “Estamos cada vez mais dentro da era do “e”, deixando o conceito do “ou” para trás. Lidamos constantemente com as mudanças e os conflitos de interesse geracionais e dentro deste contexto, temos o desafio de promover a carne suína de forma interessante e que cative a atenção das pessoas. A SNCS de 2024 está em consonância com tudo isso”.

O compromisso da ABCS é garantir que a carne suína não apenas satisfaça paladares diversos, mas também contribua para um mundo melhor. Isso inclui uma comunicação mais personalizada, sem perder o senso de comunidade. Varejo, produtores e consumidores unidos para celebrar tradições e criar novas memórias em torno da mesa, onde a carne suína é a grande anfitriã.

Fonte: Assessoria ABCS
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SABSA 2024

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