Conectado com

Notícias Tecnologia

Crescimento nas vendas de máquinas agrícolas impulsiona inovação em equipamentos

Cada vez mais tratores e colheitadeiras já saem das fábrica com tecnologias que aprimoram sua eficiência no campo

Publicado em

em

Divulgação

As vendas de máquinas e implementos agrícolas devem crescer 30% em 2021, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). No ano passado, quando o setor atingiu R$42 bilhões em faturamento, esse crescimento foi de 17%. Diante da perspectiva de bom desempenho, fabricantes devem ampliar suas produções e lançar versões inovadoras de tratores e colheitadeiras.

“Apesar da crise, o setor de agronegócio só cresce no Brasil, e o de máquinas agrícolas está seguindo pelo mesmo caminho. A aposta dos fabricantes nesse cenário é investir em produtos mais sofisticados, que já saiam da fábrica com tecnologias para agricultura de precisão e opções de conectividade para monitoramento constante”, aponta Bernardo de Castro, presidente da divisão de Agricultura da Hexagon — empresa que desenvolve soluções tecnológicas para o campo.

Os fornecedores de tecnologia aproveitam a oportunidade para aprimorar os recursos oferecidos. Dentro da opção de monitoramento, por exemplo, já existem soluções que disponibilizam dados dos locais de produção em tempo real, permitindo o gerenciamento centralizado de todas as operações agrícolas. Por meio de relatórios, gráficos e painéis detalhados, gestores podem tomar decisões ágeis e direcionar os processos de controle para os operadores das máquinas remotamente.

Da mesma forma, também é possível fazer intervenções remotas para a resolução de problemas de maneira rápida e econômica. “Essa é uma grande vantagem para os fabricantes de máquinas, pois permite que eles possam ter uma relação mais direta com seus clientes e assegurar suporte e assistência técnica eficientes”, reforça Bernardo. A partir da conexão com a internet, a equipe técnica do fabricante pode visualizar a tela do display e fazer um controle remoto do maquinário. Aliás, os displays — ou computadores de bordo —, possibilitam que os equipamentos agrícolas saiam de fábrica prontos para atuar com agricultura de precisão, ou seja, com softwares, sensores e atuadores para monitorar e automatizar as operações no campo.

Automação de Máquinas

Para levar mais eficiência à agricultura, as tecnologias garantem a combinação de eletrônica, medição, posicionamento e automação para máquinas. São diversas opções de recursos disponíveis, que podem ser adequados às necessidades dos fabricantes e de seus clientes, os gestores e produtores rurais.

“Dois exemplos comuns são o controle de pulverização e o de fertilização, que regulam e automatizam de forma inteligente a aplicação de defensivos e de fertilizantes, respectivamente. A ideia é evitar o excesso de falhas e o desperdício desses insumos, gerando mais produtividade e lucro na produção”, explica o presidente da divisão de Agricultura da Hexagon.

O piloto automático é outra tecnologia cada vez mais presente nas máquinas agrícolas que saem das fábricas, considerando que permite uma navegação automatizada e precisa. “Essa ferramenta é um dos primeiros passos para a chegada dos veículos autônomos, que devem fazer parte do campo em um futuro próximo. Na Hexagon, nós também já fornecemos aos fabricantes soluções customizadas que fazem a integração de equipamentos em interfaces únicas, com a implementação de APIs próprias e algoritmos complexos que ajudam nessa automação”, comenta Bernardo.

Fonte: Assessoria

Notícias

Portos do Paraná batem recorde histórico e superam 70 milhões de toneladas movimentadas em 2025

Volume já é 5% maior que o de 2024 e deve chegar a até 73 milhões de toneladas até o fim do ano, impulsionado por investimentos, aumento de calado e novas obras estruturantes.

Publicado em

em

Foto: Claudio Neves

A Portos do Paraná alcançou a marca de 70 milhões de toneladas movimentadas entre janeiro e parte de dezembro de 2025, o que representa um recorde histórico para a empresa pública e supera a produtividade de 2024 quinze dias antes do término do ano. Até o momento, o volume é 5% maior do que o registrado no ano anterior.

A expectativa é aumentar ainda mais essa escala de movimentação, com previsão de alcançar entre 72 e 73 milhões de toneladas até o dia 31 de dezembro.

Com isso, a Portos do Paraná irá superar o planejamento técnico, que previa uma movimentação de 70 milhões de toneladas somente a partir de 2035. “Os portos do Paraná alcançaram novamente uma marca histórica e muito antes do previsto. O Porto de Paranaguá é o mais eficiente do Brasil. Estamos trabalhando com novos investimentos para garantir essa expansão contínua nos próximos anos para garantir fluxo internacional para as empresas e indústrias paranaenses”, afirma o governado Carlos Massa Ratinho Junior.

Foto: Claudio Neves

“Em 2019, quando dissemos que iríamos alcançar as 60 milhões de toneladas, houve dúvida por parte de muitos, que afirmavam que não seria possível. Em cinco anos, superamos a meta e chegamos a 66,7 milhões de toneladas. Agora, ultrapassamos a marca de 70 milhões, provando que, com o uso de inteligência logística, investimentos e muito trabalho de toda a equipe da Portos do Paraná, além da participação ativa da comunidade portuária, quebrar barreiras e antecipar o futuro é possível”, acrescenta o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

O aumento da movimentação de cargas nos portos paranaenses entre os anos de 2018 e 2025 é de 32%.

Quando o assunto é exportação, o Porto de Paranaguá se destaca como um dos mais importantes do mundo no embarque de grãos e farelos. Também é o maior corredor de exportação de carne de frango congelada do planeta, por onde saem mais de 48% de toda a produção nacional, destinada ao mercado externo.

Entre os portos brasileiros, Paranaguá é o maior exportador de carnes (frango, bovino e suíno), sendo responsável por cerca de 40% de toda a exportação nacional. É também o principal canal de embarque de óleo de soja e possui o segundo maior fluxo de carregamento de soja e farelo de soja do país.

A Portos do Paraná também se destaca no recebimento de fertilizantes. Em 2025, mais de 11 milhões de toneladas foram recepcionadas em Paranaguá e Antonina.

Novo calado

Um fator que contribui com essa marca foi o aumento do calado operacional (distância entre a superfície da água e o ponto mais profundo da embarcação) nos berços de granéis sólidos, que passou de 13,1 metros para 13,3 metros. A ampliação, confirmada em setembro, permitiu um crescimento médio de até 1,5 mil toneladas por navio.

Em outubro, foi a vez dos navios porta-contêineres ampliarem a movimentação devido ao aumento do calado operacional, que passou de 12,8 metros para 13,3 metros. “Com o aumento de 50 centímetros, houve um crescimento de aproximadamente 400 TEUs por navio”, destacou o diretor de Operações da Portos do Paraná, Gabriel Vieira. O TEU é a unidade equivalente a um contêiner de 20 pés, ou cerca de seis metros de comprimento.

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

A realização do leilão para a concessão do canal de acesso ao Porto de Paranaguá vai ampliar ainda mais o potencial logístico portuário. O Consórcio Canal da Galheta Dragagem — formado pelas empresas FTS Participações Societárias S.A., Deme Concessions NV e Deme Dredging NV — foi o vencedor do certame realizado em outubro.

Após assumir definitivamente o contrato, a concessionária terá cinco anos para realizar uma série de melhorias, como a ampliação e o aprofundamento do canal para a obtenção de um calado operacional de 15,5 metros. A empresa também será responsável pela manutenção desse parâmetro até o final do contrato, que terá vigência de 25 anos.

O incremento de mais de dois metros no calado permitirá um salto na capacidade de embarque de mercadorias: um adicional de mil contêineres ou 14 mil toneladas de granéis sólidos vegetais em um único navio

Áreas regularizadas

Outro fator que contribuiu foi a conclusão da regularização de áreas arrendáveis do Porto de Paranaguá. Ao todo, foram realizados nove leilões na Bolsa de Valores do Brasil, que estão trazendo novos investimentos e mais segurança operacional.

De acordo com os contratos firmados, as arrendatárias têm a obrigação de realizar investimentos tanto nos espaços outorgados quanto nas áreas comuns. Com isso, em poucos anos, a eficiência na movimentação de cargas será ampliada, tornando os portos paranaenses ainda mais competitivos.

A partir dos recursos a serem aportados, será possível modernizar e ampliar a infraestrutura do Porto de Paranaguá. Entre as novidades está a construção de um píer em “T”, com quatro novos berços de atracação equipados com um sistema de esteiras transportadoras de alta velocidade, projetadas especialmente para o novo complexo.

A nova estrutura ampliará a capacidade de carregamento dos navios. Atualmente, em um único berço, é possível embarcar três mil toneladas de soja ou outros grãos e farelos por hora. Com o novo sistema, esse volume passará para oito mil toneladas por hora em cada berço.

Moegão

E para ampliar a produtividade, a Portos do Paraná está construindo o Moegão, a maior obra pública portuária do Brasil, que alcançou 80% de execução em dezembro. Após a conclusão, o Moegão poderá receber 24 milhões de toneladas de grãos e farelos por ano, atendendo aos terminais do Corredor de Exportação Leste (Corex).

Foto: Rodrigo Félix Leal

O Governo do Estado do Paraná, por meio da Portos do Paraná, está investindo mais de R$ 650 milhões na construção, com recursos próprios e financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em termos de investimento, a obra equivale a quase duas pontes de Guaratuba, outro grande projeto executado pelo governo estadual.

Atualmente, em média, 550 vagões podem ser descarregados diariamente nos terminais de exportação. Com o Moegão, esse processo será padronizado em um único ponto de descarga: 180 vagões poderão ser descarregados a cada cinco horas, o que equivale a aproximadamente 900 vagões por dia. Os granéis vegetais seguirão por correias transportadoras até 11 terminais interligados ao sistema e, de lá, para os navios.

Fonte: AEN-PR
Continue Lendo

Notícias

Piscicultura encerra 2025 fortalecida e mira avanços estratégicos em 2026

Após um ano de oscilações, o setor registra retomada de preços, consolidação do consumo e mobilização política em temas críticos como tarifaço, espécies invasoras e importações

Publicado em

em

A piscicultura brasileira encerra 2025 com um cenário marcado por desafios relevantes, avanços estruturais e fortalecimento do mercado consumidor. A avaliação é do presidente da Peixe BR, Francisco Medeiros, que destaca um ano de contrastes e transformações para a atividade.

Francisco Medeiros, presidente da Peixe BR – Foto: Assessoria

Segundo Medeiros, 2025 foi marcado por dois momentos distintos. “Tivemos um primeiro semestre com grande oferta de produto, o que pressionou os preços para baixo. As indústrias também reduziram valores no food service e no atacado”, explica.

O movimento se inverteu no segundo semestre, quando a demanda voltou a crescer. “No último trimestre, houve uma recuperação significativa dos preços pagos ao produtor. A indústria, no entanto, teve dificuldade em repassar esses valores imediatamente ao mercado”, destaca.

Apesar das oscilações, o setor fecha o ano com perspectiva positiva. A entrada de peixes de cultivo na cesta básica da reforma tributária é considerada um marco. “Essa inclusão representa um ganho estratégico para a competitividade no mercado interno”, afirma.

O consumidor também se tornou um aliado importante. “O período de preços mais baixos trouxe novos consumidores, que se fidelizaram. Hoje, em busca de saudabilidade e sabor, preferem o peixe de cultivo, em especial a tilápia”, completa.

 

Impactos do tarifaço

Sobre o tarifaço imposto às exportações, Medeiros reconhece que os efeitos foram desiguais. “O volume exportado pelo Brasil representa apenas de 3% a 5% da produção total, então o impacto geral foi limitado. Mas, para as empresas exportadoras, que têm investimentos dedicados, o efeito no fluxo de caixa foi muito significativo”, pondera.

A migração obrigatória de produto para o mercado interno exigiu ajustes. “Transferir 3% a 5% não é difícil. Mas transferir 30% é um desafio grande. Ainda assim, o setor conseguiu se adaptar e enfrentar esse cenário”, avalia.

 

Tilápia na lista de espécies invasoras

Um dos temas mais sensíveis de 2025 foi a inclusão da tilápia em uma proposta de lista de espécies invasoras. Para Medeiros, o tema exige máxima atenção. “Essa é uma grande preocupação. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) postergou a decisão para 2026, e estamos trabalhando intensamente para evitar a inclusão. Isso é fundamental para o negócio”, realça.

De acordo com o presidente da associação, a Peixe BR atua junto ao setor produtivo, à sociedade e, principalmente, ao Congresso, para levar informações técnicas sobre a atividade e ampliar a competitividade da espécie.

“A tilápia foi a proteína animal que mais cresceu na última década e é a mais promissora para os próximos 30 anos”, reforça. A entidade defende que tilápias, peixes nativos fora de bacia e híbridos não entrem na lista do MMA.

 

Os desdobramentos das importações do Vietnã

Outro ponto crítico foi o aumento das importações de pescado do Vietnã. Medeiros aponta distorções no processo. “A importação deve ocorrer quando há falta de produto, o que não é o caso da tilápia. Isso aconteceu justamente no ano de maior safra e de menores preços ao produtor”, observa.

Segundo ele, o episódio trouxe preocupação em relação a riscos sanitários e à falta de isonomia competitiva. “Há protocolos permitidos no Vietnã que não são autorizados no Brasil. Também não há equivalência tributária, ambiental ou trabalhista. Estamos cobrando das autoridades a correção dessas não conformidades para garantir concorrência justa”, reforça.

Apesar do cenário adverso, o presidente da Peixe BR mantém confiança: “O produto brasileiro é resiliente. Tenho certeza de que venceremos mais essa batalha”.

 

A competitividade no centro da agenda de 2026

Para 2026, a associação mantém como norte a competitividade. “Nosso objetivo sempre foi melhorar o acesso a mercados da piscicultura nacional. O produtor precisa sentir esses ganhos na propriedade – e isso vem acontecendo ao longo dos últimos 11 anos”, diz Medeiros.

Na pauta do setor, a regulação governamental ainda é o maior entrave. Para enfrentar esse desafio, a Peixe BR está atuando nos âmbitos estadual e federal com foco na redução de impactos regulatórios sobre a atividade.

Além das ações políticas e regulatórias, a associação trabalha em frentes técnicas cruciais. “Temos projetos acelerados em genética, mercado e tecnologia, desde a produção até o processamento, todos voltados a ampliar a eficiência e fortalecer o setor”, conclui.

Fonte: Assessoria
Continue Lendo

Notícias

Balanço anual aponta apreensão de 850 toneladas de sementes suspeitas no Brasil

Prática ilegal já ocupa 11% da área de soja e provoca prejuízos bilionários à cadeia agrícola.

Publicado em

em

Fotos: Divulgação/CropLife Brasil

As autoridades judiciais do país determinaram, em decisão preliminar, a apreensão de 848,1 toneladas de sementes suspeitas em 2025. O balanço total dos itens é resultado de cinco processos iniciados pela CropLife Brasil (CLB) no decorrer do ano, que apontaram possível prática de pirataria por produtores rurais em cidades do Rio Grande do Sul, Paraná e Bahia.

As ações, que visam coibir a prática da ilegalidade no campo, evidenciaram produtos com preço abaixo do mercado, utilização de bags brancas e armazenamento irregular, havendo indicativo de violação de direitos de propriedade intelectual e de práticas em desacordo a legislação agrícola.

Bags apreendidas contendo sementes suspeitas

Os trabalhos de monitoramento e acompanhamento para uma atuação preventiva são realizados por Grupo de Trabalho instituído internamente na CLB, que reúne lideranças das empresas associadas e colaboradores de outras entidades do setor. “As apreensões realizadas esse ano são muito importantes, pois demonstram como a gente consegue engajar o poder judiciário para que olhe para esse problema presente no agronegócio brasileiro com seriedade.

Além de, claro, outros atores importantes no combate à pirataria de sementes, que gera diversos prejuízos para os agricultores, para o campo, para a sociedade e para o desenvolvimento de novos produtos”, avalia a advogada e líder de Propriedade Intelectual na CropLife Brasil, Maria Luiza Barros de Silveira.

Depósito de armazenamento irregular com sementes suspeitas

As apreensões de sementes ocorreram nas cidades de São Mateus do Sul (PR), de 341 toneladas; São Valentim (RS), de 16,6 toneladas; Bozano (RS), de 243 toneladas; Luis Eduardo Magalhães (BA), de 217 toneladas; e Santa Rosa (RS), de 30,5 toneladas.

Os processos terão prosseguimento junto à Justiça para confirmação das condutas suspeitas.

Pirataria de Sementes

A pirataria de sementes de soja no Brasil é uma realidade e a estimativa é que ocupem 11% de área plantada da cultura, o equivalente ao total do plantio em Mato Grosso do Sul. Em valores, gera perdas de R$ 10 bilhões ao ano para agricultores, indústria de sementes, setor de processamento de grãos e exportações. Os dados são resultado de estudo inédito de 2025 realizado pela CropLife Brasil, em parceria com a Céleres Consultoria.

Fonte: Assessoria CropLife Brasil
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.