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Cresce interesse da pecuária e da avicultura pelos benefícios do sulfato de cálcio
Mais conhecido como gesso agrícola pré-seco, o produto tem se mostrado como um sequestrador de umidade nas camas dos animais
Estudos já comprovaram que a utilização de sulfato de cálcio na lavoura oferece significativos ganhos para as mais diferentes culturas, através do equilíbrio químico do solo. No entanto, as aplicações e vantagens da utilização desses componentes na atividade agrícola vão além da lavoura.
A avicultura e a pecuária nacional também vêm descobrindo os benefícios do gesso agrícola pré-seco, especialmente como sequestrador de umidade nas camas dos animais. Mas as vantagens desse produto podem ir além disso. Grandes aviários do país perceberam que a combinação de cálcio e enxofre pode proporcionar ganho de peso e redução da mortalidade entre as aves.
Os produtos desenvolvidos a partir do beneficiamento do gesso agrícola in natura são aplicados nas camas de aviários por resultar em um maior bem-estar animal, inclusive minimizando a incidência de calo de pata. O principal motivo é a sua propriedade de reter a umidade e reduzir a formação de torrões, um dos fatores que mais afeta a qualidade e a vida útil da cama de aviário, respectivamente.
De acordo com Eduardo Silva e Silva, engenheiro agrônomo da SulGesso, empresa referência no fornecimento de sulfato de cálcio, muitas cooperativas e produtores ainda usam a cal virgem hidratada, mas já é possível identificar um grande interesse pelo sulfato de cálcio (gesso agrícola pré-seco) como, por exemplo, tem feito a BRF Brasil, parceira da empresa. “Em princípio, apesar de ainda incipientes os ensaios com gesso em aviários, alguns relatos de parceiros próximos afirmam que a aplicação do gesso seco na cama de aviário tem gerado bons resultados”, observa.
Responsável pela maior reserva de sulfato de cálcio do sul do Brasil, a SulGesso trabalha constantemente no desenvolvimento de novos produtos à base de sulfato de cálcio, como é o caso do GessoFer. Silva e Silva destaca que o produto seco, comparado ao gesso agrícola in natura, apresenta significativamente menor umidade e, por ser um pó bastante fino, com partículas muito pequenas, torna-se altamente reativo, ou seja, sua reação de contato com o ambiente externo é mais rápida. “O produto apresenta-se na forma de um pó claro, fino e pré-seco (com baixa umidade), contendo altos teores de cálcio e enxofre. Tem, basicamente, as mesmas aplicações do gesso agrícola in natura, mas apresenta maior reatividade nos solos em virtude da granulometria mais fina e da menor umidade. O produto tem se mostrado um excelente sequestrador de umidade e tem sido utilizado com ótimos resultados por aviários e pecuaristas nas camas de aves e gado leiteiro com essa finalidade”, explica.
Cálcio e Enxofre na pecuária
A utilização de alternativas dessecantes na cama com o objetivo de reduzir custos e os efeitos negativos sobre a produção é uma realidade presente todos os dias. Na pecuária o sulfato de cálcio, como o GessoFer, vem sendo utilizado não só pelo seu grande potencial de sequestrar umidade, mas também como uma alternativa de enriquecimento da cama, pelo aumento do teor de nitrogênio retido na forma de sulfato de amônio, o que a torna mais rentável no momento da comercialização como adubo orgânico.
“A urina da ave ou da vaca tem ureia, que contém nitrogênio. Quando cai na cama, o sulfato do gesso se liga à fonte nitrogenada, no que seriam as fases iniciais do ciclo do nitrogênio, formando o sulfato de amônio, e isso faz com que esse sulfato de amônio fique mais tempo na cama. Então eu acabo tendo uma cama com maior concentração de nitrogênio”, explica Eduardo Silva e Silva.
Produtos como o GessoFer também vêm sendo utilizados com ótimos resultados nas camas de descanso de vacas leiteiras, sendo inserido, por exemplo, no sistema de compost barn, como explica Silva e Silva. “O GessoFer tem demonstrado excelentes resultados no sequestro de umidade de camas, sejam elas da avicultura, bovinocultura (compost barn), dente outras atividades que envolvam a criação e produção de animais zootécnicos. Os ganhos são rapidamente percebidos e o produtor fica convencido que está diante de uma alternativa positiva e que aumenta a margem de lucro”, destaca Eduardo.
Atenta sempre às inovações no campo, a CLAC – Cooperativa de Laticínios de Curitiba- é referência em medicamentos veterinários e insumos agrícolas, e é uma das parceiras da SulGesso que já conta com o GessoFer no seu portfólio de produtos à disposição dos produtores. “A nossa ideia em trabalhar com o GessoFer é a de poder oferecer ao produtor uma alternativa para tentar ajudar na melhora da cama e, como é um produto em pó e extremamente seco, ajudar a tira a umidade, especialmente no compost barn”, destaca o representante de vendas na CLAC, Eduardo Sudoski.
Sudoski explica que com os animais em cima da cama, cada vez mais vai entrar matéria orgânica e urina de vaca, umedecendo ainda mais, além da influência externa no barracão. “Hoje existem as cortinas e os ventiladores para tirar a umidade da cama.
Mas isso nem sempre resolve e aumenta o custo. Uma medida que a gente pensou é usar o GessoFer para adicionar na cama, visando tirar a umidade e, também, como a base é de sulfato de cálcio, misturando o GessoFer à amônia, em uma das etapas da reação ele vai virar nitrato de cálcio na mistura, com isso, a gente vai ter lá na frente uma cama mais enriquecida, consequentemente aumentando a vida útil da cama. Além de reduzir o índice de evaporação da amônia, que ajuda na conservação de desgastes da estrutura de ferro do barracão”, finaliza.
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Santa Catarina terá sua primeira usina de grande porte de biometano em 2025
Estado tem oportunidade de se destacar na produção de biocombustíveis
Adquirida pelo Grupo Energisa em agosto de 2023, a AGRIC, empresa de compostagem de resíduos orgânicos industriais para produção de biofertilizante localizada em Campos Novos (SC), será a primeira planta de grande porte de biometano e biogás de Santa Catarina. A expectativa é que a usina produza 25.000 m³/dia de biometano, trate 350 ton/dia de resíduos e comercialize 3500 ton/mês de adubo com sua plena entrada em operação, prevista para julho de 2025. Sob gestão da (re)energisa, a marca de geração e comercialização de energia limpa e renovável da companhia, a aquisição marcou a entrada do Grupo Energisa no segmento de biogás e biometano, e contou com investimento inicial na ordem de R$ 60 milhões.
Com este aporte, os biodigestores, que convertem os resíduos em biogás, receberam aprimoramentos, assim como os sistemas de geração de energia elétrica para o autoconsumo da usina. Entre 2024 e 2025 serão investidos R$ 80 milhões, que vão impulsionar a geração de empregos diretos e indiretos, movimentar a economia local e colocar a região na vanguarda da transição energética. A dimensão deste projeto também pode ser observada com a tecnologia de ponta que a Agric utilizará. Será a mesma que é empregada na Europa, em termos de solução de gerenciamento automatizado, reatores de grande porte e engenharia de processos para maximizar o aproveitamento do resíduo como fonte de energia e nutrientes para retornar à cadeia produtiva. A expectativa é que a usina impulsione a transição energética e a descarbonização do Estado.
Segundo Frederico Botelho, líder de soluções bioenergéticas da (re)energisa, Santa Catarina é considerada um local estratégico porque apresenta abundância no suprimento de resíduos para a operação. “É um insumo de energia resiliente ao ambiente econômico, e que combina a demanda com impacto social e ambiental crescentes. Por isso, torna-se um movimento estratégico, dado que a Associação Brasileira de Gás (Abiogás) prevê o aumento de 500 mil m³/dia para 7 milhões m³/dia de consumo de biometano até 2029. O biocombustível tem a possibilidade de substituir o consumo de gás natural, GLP e diesel e seu crescimento depende apenas da sua competitividade frente aos demais combustíveis.”, afirma Frederico Botelho.
Todo o processo, da geração à comercialização do gás, será feito pela (re)energisa. O biometano será comercializado para o mercado local, atendendo a demandas já mapeadas para biocombustível e energia. Trata-se de um insumo estratégico para a marca e para o mercado em dimensões econômica, energética e ambiental. Também existem planos para replicar esse modelo de negócios em outros estados brasileiros.
“A entrada da Energisa no mercado de biometano e biogás consolida a posição do Grupo como um player integrado que oferece um ecossistema de soluções energéticas, e integra a estratégia de diversificação de portfólio da companhia. Além disso, reafirma o papel da Energisa em ser protagonista da transição energética no Brasil rumo a uma matriz mais limpa e sustentável, que promove mais segurança energética ao país e gera inúmeros benefícios para o desenvolvimento socioeconômico” conclui Botelho.
A (re)energisa participa do 6º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano, que está acontecendo, em Chapecó. Além de marcar presença com um espaço no evento, o Líder de Soluções Bioenergéticas Frederico Botelho fez uma apresentação do case da AGRIC na manhã desta quarta-feira (17/4).
Estado de Santa Catarina é estratégico para negócios em biometano
A escolha pela aquisição do empreendimento em Campos Novos foi estratégica, considerando o alto volume de resíduos orgânicos disponíveis na região, provenientes principalmente de frigoríficos de aves e suínos e indústrias de laticínios.
Isso significa que as indústrias locais podem se beneficiar diretamente de uma unidade de tratamento de resíduos que garanta segurança ambiental no processo de destinação e também do biometano produzido, criando uma cadeia circular em que o resíduo de uma indústria pode ser utilizado como matéria-prima na produção do biometano que será comercializado para indústrias da própria região.
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Agroceres PIC prestigia premiação “Quem é Quem: As Maiores e Melhores Cooperativas Brasileiras de Aves e Suínos”
O prêmio tem como objetivo reconhecer e valorizar o importante papel desempenhado pelas cooperativas no desenvolvimento do agronegócio nacional. Agroceres PIC foi uma das patrocinadoras da premiação, realizada em Medianeira (PR), durante a AveSui.
A Agroceres PIC participou no dia 16 de abril, em Medianeira, no Paraná, da premiação “Quem é Quem: As Maiores e Melhores Cooperativas Brasileiras de Aves e Suínos”, realizada durante a Feira da indústria Latino-Americana de Aves e Suínos (AveSui). Promovido pela Gessulli Agrimídia, por meio das publicações Suinocultura Industrial e Avicultura Industrial, o prêmio tem como objetivo ressaltar a importância do cooperativismo na produção suinícola e avícola do Brasil.
Nilo Chaves de Sá, Supervisor Técnico Comercial, representou a Agroceres PIC na premiação. De acordo com ele, o setor cooperativista desempenha um papel destacado na promoção do desenvolvimento do agronegócio brasileiro. “É um modelo extremamente eficiente, que assegura aos produtores acesso à tecnologia de ponta e a modernos conceitos de produção”, afirma. “Tudo isso, aliado a um sistema de gestão firme e competente, faz das cooperativas verdadeiras indutoras de eficiência zootécnica e da qualidade no campo brasileiro”.
Lado a lado com o sistema cooperativista
Segundo Nilo, a Agroceres PIC tem uma atuação antiga e muito próxima ao sistema cooperativista e se orgulha por colaborar com o trabalho de excelência que as cooperativas realizam na suinocultura brasileira.
“A Agroceres PIC mantém uma sólida política de investimentos em sua estrutura de produção, em novos e melhores produtos e serviços e, também, em pesquisa e desenvolvimento. O exemplo mais representativo desse programa de inversões é o Núcleo Gênesis, que faz parte da infraestrutura global de Granjas Elite da PIC, e é uma das maiores e mais avançadas unidades de produção de material genético do mundo”, comentou Nilo durante a cerimônia de premiação. “São investimentos contínuos, estratégicos, e que têm objetivos muito claros: impulsionar o setor e manter os senhores na dianteira da competitividade”.
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Nova linha Eleva da Vaccinar traz otimização e versatilidade à suinocultura
A Vaccinar Nutrição Animal apresenta ao mercado sua recente inovação: a linha Eleva, um avanço significativo em soluções nutricionais para todas as fases da suinocultura. Com foco em otimizar o desempenho e assegurar maior rentabilidade aos suinocultores, a linha Eleva oferece ampla variedade de concentrados e núcleos de alta inclusão.
Matias Appelt, gerente de nutrição da linha Suínos da Vaccinar, enfatiza que a linha Eleva é uma evolução ao aprimorar a eficiência dos produtos das linhas consagradas como QualiSTART e QualiNÚCLEO.
“A linha Eleva traz o conceito de nutrição de precisão, ao maximizar o desempenho dos suínos, evitando que o excesso de nutrientes seja eliminado no ambiente, melhorando o ganho de peso e a conversão alimentar, além de proporcionar maior rentabilidade ao sistema produtivo. Na QualiSTART ELEVA, serão disponibilizadas três linhas de concentrados e núcleos, permitindo diferentes inclusões e combinações para atender às especificidades de cada cliente. E na QualiNÚCLEO ELEVA, a empresa apresentará duas linhas de núcleos diferenciados, atentando-se às particularidades dos produtores”, destaca.
O diferencial da linha Eleva está na sua versatilidade, possibilitando combinações personalizadas para cada perfil de cliente. Essa abordagem visa aprimorar a eficiência produtiva, impulsionando o desempenho e os ganhos financeiros, assim elevando a lucratividade na suinocultura.
Sebastião Borges, diretor de Nutrição da Vaccinar, destaca: “Eleva traz consigo um conceito de evolução. A produção suinícola é muito competitiva. Tendo em vista esse cenário, a Vaccinar desenvolve soluções nutricionais voltadas para a nutrição de precisão, que busca o ajuste mais preciso entre as exigências nutricionais e as dietas fornecidas. Dessa forma, podemos contribuir para melhorar a lucratividade do negócio e minimizar os impactos ambientais da suinocultura.” Essa afirmação reflete o compromisso da empresa em antecipar-se às exigências do mercado, investindo em soluções inovadoras e eficientes para o setor da suinocultura.