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Cresce demanda por carne suína e Extra e Pão de Açúcar aumentam estoque para 8ª semana nacional
De janeiro a setembro deste ano, as vendas de carne suína aumentaram 15% nas lojas das redes; durante a 8ª Semana Nacional da Carne Suína diversas ofertas são realizadas pelas redes para incentivar o consumo da proteína

Com uma demanda que segue aquecida nos últimos anos, a carne suína tem ganhado cada vez mais destaque nas gôndolas do varejo alimentar – nas lojas do Extra e do Pão de Açúcar, as vendas aumentaram 15% de janeiro a setembro deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado. E para reforçar essa tendência, começou na quinta-feira (1°) a 8ª Semana Nacional da Carne Suína, evento consolidado no calendário promocional e que, pelo oitavo ano consecutivo, contará com a participação de todas as lojas do Extra (hipermercados, Mercado Extra e Mini Extra) e Pão de Açúcar (supermercados e Minuto Pão de Açúcar), além das lojas virtuais das duas redes.
A iniciativa, organizada em parceria com a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), possui como foco incentivar o consumo da proteína e, para isso, as bandeiras prepararam ofertas especiais para o período, reforçando seus estoques para que os clientes encontrem as melhores opções de corte de suínos. Neste ano, o Extra e o Pão de Açúcar projetam um crescimento nas vendas de 20% na comparação com a edição da Semana realizada em 2019 e, para atender essa demanda, um reforço de 5% em volume adicional foi contemplado para as duas bandeiras.
“O consumo de carne suína tem crescido no Brasil ao longo dos últimos anos. Este é um reflexo direto de como, cada vez mais, o cliente tem percebido os benefícios de saudabilidade e as ofertas atrativas da carne suína tem optado por incluí-la em seu cardápio. Nas lojas do Extra e do Pão de Açúcar, temos reforçado informações sobre as formas de preparo e as vantagens de se consumir a proteína, ressaltando seus benefícios, seja para a saúde, seja pela economia”, explica Edi Carlos Galvão, Gerente Nacional de Carnes do Extra e do Pão de Açúcar.
Embora seja o quarto maior produtor e o quarto maior exportador de carne suína do mundo, o Brasil ainda ocupa a 23ª posição quando o assunto é o mercado interno. Mas essa é uma tendência que está mudando nos últimos anos, com um crescimento no consumo que já alcançou 15,9 quilos per capta em 2018, ante 14,7% até 2015, de acordo com os dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). A tendência se mantém em alta também nas lojas do Extra e do Pão de Açúcar: de janeiro a setembro deste ano, a venda da categoria cresceu 15% ante o mesmo comparativo com 2019. “O consumo está em alta e o país ainda possui um grande potencial de crescimento de mercado. Por isso, nas nossas lojas os clientes encontram as melhores opções de produtos congelados e cortes da proteína, além do atendimento especializado dos nossos colaboradores, que são treinados para compartilhar informações tanto sobre os benefícios da carne suína, quanto sobre dicas de preparo. Tudo para auxiliar o consumidor a inserir a carne suína no seu cardápio do dia a dia”, complementa Galvão.
Plano de Desenvolvimento de suínos
O Extra e o Pão de Açúcar contam com um plano de desenvolvimento que tem como principal objetivo dobrar as vendas de carne suína até 2021, além de aumentar o share e gerar melhor rentabilidade e diferenciação para o açougue. Neste ano, todas as lideranças responsáveis pela categoria de suínos nas lojas das duas redes passaram por treinamentos bastante diversificados. Entre os temas em debate, estavam pontos como a estratégia e o plano da categoria de suínos para a Semana Nacional da Carne Suína 2020, o panorama do mercado, reciclagem de conhecimento técnico sobre suínos, segurança do alimento em tempos de pandemia e uma oficina gastronômica com foco na praticidade, sabor e custo benefício da carne. Dentro dos protocolos sanitários implementados para garantir a segurança de clientes e colaboradores das redes, este ano os treinamentos foram realizados de maneira totalmente digital – permitindo o desenvolvimento à distância da categoria com a segurança de todos e todas para o processo.
O projeto também conta com o apoio da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e foi pensado para ser 360º, garantindo a qualidade desde a produção até a divulgação e chegada do produto nas gôndolas das lojas das bandeiras Extra e Pão de Açúcar. Uma das frentes de atuação do plano de desenvolvimento de suínos é na produção e envolve treinamentos e capacitação nas granjas fornecedoras e consiste no alinhamento de temas como o bem-estar animal. Além disso, esse pilar também prevê a produção de conteúdos técnicos e científicos relacionados a temas de segurança alimentar e normativas para as fábricas de ração, por exemplo. Por fim, contempla, também, em tempos regulares, visitas técnicas das equipes do Extra e Pão de Açúcar em granjas para alinhar o conhecimento sobre a produção, bem como a origem da matéria-prima e a adequação de processos.
Efetivamente nas gôndolas e nos açougues das lojas, o plano tem o objetivo de aumentar a exposição de carne suína nos balcões expositores e disponibilizar uma maior variedade de cortes para que os consumidores possam comparar as formas de preparo e perceber as vantagens de se consumir a proteína, seja para a saúde, seja pela economia, já que os suínos têm preços mais competitivos na comparação com a carne bovina, por exemplo. Na última frente de trabalho está a atuação na formação dos colaboradores, o que prevê desenvolvimento de treinamentos e metodologias sobre cortes suínos, saudabilidade, segurança alimentar, treinamentos de vendas e atualizações para aprimorar o atendimento ao cliente.

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025
Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves
A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.
Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.
Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.
Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves
Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.
Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.
Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.
Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro
Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.
No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.
Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável
Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”
Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.
Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.
As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).
Maior mercado mundial de bioinsumos
O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.
A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.
Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.
Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.



