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Cresce demanda pelo Simental para a pecuária leiteira

Simental é reconhecido por sua dupla-aptidão, atendeu a diferentes objetivos de seleção, sendo alguns mais focados nas qualidades leiteiras e outros na carne

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Com mais de cem anos de seleção no Brasil e a segunda maior raça no mundo, a raça Simental é reconhecida pelos benefícios para a qualidade de carne e ganho de carcaça no cruzamento industrial, porém cresce também no Brasil o interesse por animais leiteiros, provenientes de famílias com produção comprovada. As informações são da Simental/SimBrasil.

Isso é possível, pois em sua origem, o Simental é reconhecido por sua dupla-aptidão, sendo que por sua facilidade de adaptação, atendeu a diferentes objetivos de seleção, sendo alguns mais focados nas qualidades leiteiras e outros na carne.

No Brasil, o interesse pelo leite cresce devido às qualidades apresentadas pelos animais que na maioria são de origem europeia. Seja pelo gado puro, de linhagem leiteira, ou pelo cruzamento com o Holandês, formando o Simlandês.

No velho continente, principalmente, em países como Alemanha e França, o cruzamento é muito comum, com matrizes que superam os 7.000 quilos na primeira cria, mantendo persistência produtiva com lactações com mais de 300 dias. Na prática, significa que o produtor tem uma alta produção, porém com um animal mais adaptado ao seu sistema de criação, por ter menos exigências. “Entre tantas características, isso se deve ao choque de sangue entre raças, a famosa heterose, que soma a rusticidade da raça Simental com a produtividade da Holandesa”, explica o presidente da Associação Brasileira de Criadores das Raças Simental e Simbrasil (ABCRSS), Alan Fraga, que reconhece um crescimento da demanda.

Experiência de quem cria

O Simental está distribuído por todo o país, porém há maior concentração da aptidão leiteira no Sul e Sudeste. Exemplo é a Simental PPA, que trabalha a seleção há mais de 20 anos, em Ponta Grossa, PR. “A raça tem essa vantagem de ser boa de leite e boa de carne, que nos atraiu há muitos anos e hoje podemos mostrar os bons resultados”, explica Roberto Abreu de Aguiar. “A intensificação das áreas rurais na direção da lavoura leva à otimização também da produção pecuária da fazenda com mais sustentabilidade”, diz ele. Entre as características que o atraem para a raça e são diretrizes da fazenda está a vitalidade, fertilidade, longevidade e rentabilidade. “O Simental tem excelente habilidade materna: mais de 95% dos partos não são assistidos”, explica.

Atualmente, localizada em uma das maiores bacias leiteiras do país, a empresa faz também cruzamentos. “Graças aos progressos de desenvolvimento genético, o Simental atinge números de produção comparáveis às raças especializadas no leite, enquanto se nota um limite claro em melhor saúde de úbere, mais velocidade de ordenha, células somáticas e contagem de sólidos”, explica e ressalta a longevidade com vacas de mais de dez anos em produção. Com foco na dupla aptidão, o rebanho geneticamente apurado mereceu este ano investimento em uma nova estrutura para a ordenha e segue sua seleção com base em genética alemã e austríaca.

A empresa ainda faz o aproveitamento dos machos, Simental ou cruzados para a venda de carne, com ganho que pode ser superior a 2 quilos/dia. “Em um mundo onde a sociedade questiona sobre o aproveitamento dos machos nas raças leiteiras, no Simental aproveitamos e com isso a raça pratica sustentabilidade todos os dias”, reconhece Aguiar.

No interior de São Paulo, a Fazenda JR, de Rogério Sawaia, destaca-se na seleção do Simlandês, animal cruzado Simental com Holandês. Com 50 animais em produção, tem uma média de 25 kg/dia, em compost barn, chegando a picos de lactação de 50 kg/dia com vacas Simental puras e cruzadas Holandês. Em expansão, após implantação de 150 embriões, espera atingir os 5.000 litros dia. “Acreditamos muito no Simental por seu potencial produtivo”, diz o pecuarista com base em dados de sua gestão.

Na Fazenda JR, ele faz o aproveitamento de machos com um pequeno confinamento para abate precoce de bezerros com 16@. “O macho é uma renda extra e importante para a propriedade”, afirma com a expectativa de lucro de R$ 700 por animal. Além disso, investe em controle de carrapatos com homeopatia como também usa touros e matrizes comprovadamente A2A2, ou seja, com genética para a produção de leite muito procurado. “Temos que estar preparados para nichos de mercado”, afirma o criador, quem tem o rebanho de matrizes genotipadas.

Também no Simlandês um dos rebanhos mais antigos é de Alberto Los, da Fazenda Bela Vista. Ele orgulha-se da escolha de cruzamento feita há dez anos. Em Carambeí, PR, em meio a uma tradicional bacia leiteira, foi vanguardista e optou por inseminar seu rebanho Holandês com Simental para uma produção mais sustentável. “Temos economia de 80% em uso de antibióticos, além de melhora na fertilidade”, explica. Com mais de cem matrizes em lactação, o criador ressalta o aumento dos sólidos no leite. Para ele a raça tem muito a contribuir em regiões com menor uso de tecnologia e que demandam uma produção menos intensiva por não ser um gado muito exigente.

Simental

O Simental é uma raça taurina, cujo berço é a suíça, mas que rapidamente se espalhou por todo o mundo, com rebanhos na Alemanha, África, Áustria, Canadá, França, Itália, Estados Unidos e também com uma criação sólida, desde a década de 60, no Brasil, capitaneada pela família Fraga. No Brasil, segundo a associação, estima-se que existam cerca de 800 mil animais com sangue Simental e o rebanho registrado Simental e Simbrasil chega a 440 mil cabeças, cujos principais polos são São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e Goiás. A entidade é responsável também pelo controle de dados do Simlandês. Em uma nova fase, a entidade intensifica sua divulgação nas redes sociais para quem busca mais conteúdo sobre as raças.

Os benefícios para o leite são

  • Maior produção de sólidos totais no leite
  • Persistência de lactação
  • Qualidade do úbere para qualquer sistema de produção
  • Sanidade de úbere, com baixo CCS.
  • Vacas sadias e longevas, com mais tempo em produção
  • Adaptação a qualquer condição de manejo
  • Não necessita do bezerro para a produção
  • Aproveitamento do macho e da fêmea descarte no corte

Outras notícias você encontra na edição de Bovinos, Grãos e Máquinas de agosto/setembro de 2020 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Boletim do leite de novembro

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
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Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito

CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.

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Foto e texto: O Presente Rural

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .

Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.

O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.

Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.

A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.

Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.

O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.

Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.

Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.

Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.

Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat

Fonte: O Presente Rural com informações de assessoria
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

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Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
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