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Cotrijal anuncia faturamento recorde e R$ 25 milhões em sobras

Valor distribuído entre os mais de 8 mil associados representa uma injeção de ânimo nesse período de dificuldades devido à seca.

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Divulgação/Cotrijal

A Cotrijal Cooperativa Agropecuária e Industrial, que tem sede em Não-Me-Toque (RS), apresentou na segunda-feira (28), durante Assembleia Geral Ordinária (AGO), o balanço financeiro de 2021. A direção anunciou o melhor faturamento em 64 anos de existência da cooperativa, R$ 4,33 bilhões, e também sobras recordes, R$ 25,4 milhões.

A distribuição integral das sobras aos mais de oito mil associados da cooperativa foi aprovada por unanimidade durante a assembleia. Os valores serão repassados proporcionalmente e distribuídos em espécie aos cooperados. O resultado ameniza a situação crítica vivida pelos produtores rurais em função da seca, que afeta a produção de grãos e de leite, e representa uma injeção de ânimo para a economia regional.

O presidente da Cotrijal, Nei César Manica, ressaltou que o excelente resultado se deve aos bons preços das commodities, ótima média de produtividade das safras de verão 2020/21 e de inverno 2021 e ao crescimento do volume de grãos entregues pelos produtores na cooperativa e também da aquisição de insumos. “Crescemos com solidez, transferindo segurança a nossos associados, produtores e clientes”, afirmou.

Sobre as dificuldades enfrentadas pelos produtores devido à seca, que já afetou de forma severa a produção de grãos e de leite, Manica disse que a cooperativa está gestionando medidas emergenciais junto aos governos. “Se até a Expodireto Cotrijal não tivermos anúncio dessas medidas, vamos fazer uma grande mobilização para que considerem as demandas do Estado”, relatou.

Aos associados da Cotrijal, recomendou tranquilidade. “Colham a safra, entreguem a produção na cooperativa e vamos buscar equacionar as situações de dificuldade caso a caso”, explicou.

O vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder, valorizou o caráter cooperativo da entidade para justificar o resultado, mesmo em um ano tão desafiador. “Seguimos crescendo, mas com solidez, segurança e capacidade de gestão”, destacou.

Mais espaço para liderança e conselhos

A assembleia geral ordinária teve a participação dos líderes/delegados eleitos nas assembleias de núcleo, entre 8 e 17 de fevereiro, para representar o quadro social. Eles trouxeram as decisões de cada núcleo.

A mudança no formato de gestão, com a reforma do Estatuto Social, foi aprovada em 21 de dezembro, durante assembleia geral extraordinária, e é considerada um grande avanço, pois amplia a representatividade dos associados na liderança e nos conselhos, através de uma segmentação por regionais.

Durante a AGO, o presidente Nei César Manica e o vice-presidente Enio Schroeder foram reeleitos para seus cargos por mais quatro anos. Também foram eleitas as chapas sugeridas pelos associados para compor o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal.

Confira a nominata:

Conselheiros de Administração – Eliandro Rigo, Fabiana Venzon, Gervásio Francisco Bins, Jackson Berticelli Cerini, Juliano Costa, Marcelo André Van Riel, Marivaldo Maurina, Mauro João Giacobo, Milton Antônio Marquetti, Ricardo César Tomazoni e Roveni Lúcia Doneda; conselheiros fiscais – Eliar Winter, Fabrício Zatt, Heitor José Palharini (titulares), Leomar Bissolotti, Leonardo Dal Moro e Marcos Delmar Pasinato (suplentes).

Até finalizarem seu mandato, conforme aprovado no Estatuto Social, permanecem também no Conselho de Administração os associados Cristiano Ulrich, Délcio Reno Beffart, Francisco Jorge Eckstein, Girlando Neiss, Inézia Toso Meira, Jair Paulo Kuhns, João Caetano da Rosa Netto, José Valdir Kappaun e Mateus Tonezer.

Fonte: Assessoria

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Oferta robusta pressiona preços do trigo no mercado brasileiro

Levantamento do Cepea aponta desvalorização influenciada pela ampla oferta interna, expectativas de safra recorde no mundo e competitividade do produto importado.

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Foto: Jaelson Lucas

Levantamento do Cepea mostra que os preços do trigo seguem enfraquecidos. A pressão sobre os valores vem sobretudo da oferta nacional, mas também das boas expectativas quanto à produtividade desta temporada.

Além disso, pesquisadores do Cepea indicam que o dólar em desvalorização aumenta a competitividade do trigo importado, o que leva o comprador a tentar negociar o trigo nacional a valores ainda menores.

Foto: Shutterstock

Em termos globais, a produção mundial de trigo deve crescer 3,5% e atingir volume recorde de 828,89 milhões de toneladas na safra 2025/26, segundo apontam dados divulgados pelo USDA neste mês.

Na Argentina, a Bolsa de Cereales reajustou sua projeção de produção para 24 milhões de toneladas, também um recorde.

Pesquisadores do Cepea ressaltam que esse cenário evidencia a ampla oferta externa e a possibilidade de o Brasil importar maiores volumes da Argentina, fatores que devem pesar sobre os preços mundiais e, consequentemente, nacionais.

Fonte: Assessoria Cepea
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Instabilidade climática atrasa plantio da safra de verão 2025/26

Semeadura avança lentamente no Centro-Oeste e Sudeste devido à má distribuição das chuvas e períodos secos, segundo dados do Itaú BBA Agro.

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Foto: Sistema Faep

O avanço do plantio da safra de verão 2025/26 tem sido afetado por condições climáticas instáveis em diversas regiões do país. De acordo com dados do Itaú BBA Agro, os estados do Centro-Oeste e Sudeste registraram os maiores atrasos, reflexo da combinação entre pancadas de chuva isoladas, má distribuição das precipitações e períodos prolongados de estiagem. O cenário manteve os níveis de umidade do solo abaixo do ideal, dificultando o ritmo da semeadura até o início de novembro.

Enquanto isso, outras regiões apresentaram desempenho distinto. As chuvas mais intensas ficaram concentradas entre Norte e Sul do Brasil, com destaque para o centro-oeste do Paraná, oeste de Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul, onde os volumes superaram 150 mm somente em outubro. Nessas áreas, o armazenamento hídrico mais elevado favoreceu o avanço do plantio, embora episódios de granizo e temporais tenham provocado prejuízos em algumas lavouras. A colheita do trigo também sofreu atrasos e, em determinados pontos, perdas de qualidade.

Foto: José Fernando Ogura

No Centro-Oeste, a distribuição das chuvas variou significativamente ao longo de outubro. Regiões como o noroeste e o centro de Mato Grosso, além do sul de Mato Grosso do Sul, receberam volumes acima de 120 mm, enquanto outras áreas não ultrapassaram os 90 mm. Somente no início de novembro o padrão começou a mostrar maior regularidade.

No Sudeste, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo registraram precipitações que ajudaram a recompor a umidade do solo. Minas Gerais, por outro lado, enfrentou acumulados abaixo da média — especialmente no Cerrado Mineiro, onde outubro terminou com menos de 40 mm de chuva. Com a retomada das precipitações em novembro, ocorreu uma nova florada do café, embora os efeitos da estiagem prolongada continuem gerando preocupação entre produtores.

O comportamento irregular das chuvas segue como fator determinante para o ritmo da safra e mantém o setor em alerta para os próximos meses.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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Mercado da soja inicia novembro com preços instáveis e influência do cenário internacional

Oscilações refletem exportações brasileiras em alta, avanço do plantio e incertezas sobre o acordo China–EUA, aponta análise da Epagri/Cepa.

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Foto: Daiane Mendonça

O mercado da soja entrou novembro sob influência de uma combinação de fatores internos e externos que têm gerado oscilações nos preços e incertezas quanto ao comportamento da demanda global. Em Santa Catarina, conforme o Boletim Agropecuário elaborado pela Epagri/Cepa, a média mensal paga ao produtor em outubro registrou leve recuo de 0,6%, fechando o mês em R$ 124,19 a saca.

Já no início de novembro, até o dia 10, há indicação de recuperação: a média estadual subiu para R$ 125,62/sc, movimento influenciado principalmente pelo comportamento das exportações brasileiras e pelas notícias vindas do mercado internacional.

Foto: Claudio Neves

A elevação dos embarques do Brasil em outubro, 6,7 milhões de toneladas, com volume acumulado superior a 100 milhões de toneladas em 2025, ajudou a firmar as cotações internas. Ao mesmo tempo, o anúncio da retomada das importações de soja dos Estados Unidos pela China e os avanços no acordo comercial entre os dois países impulsionaram os contratos futuros em Chicago (CBOT), com reflexos imediatos nos preços no Brasil.

A análise é do engenheiro-agrônomo Haroldo Tavares Elias, da Epagri/Cepa, que classifica o momento como de viés misto, com o mercado reagindo de forma alternada a notícias de estímulo e pressão.

Fatores que influenciam mercado 
Segundo o boletim, fatores de baixa predominam no curto prazo, puxados principalmente pela lentidão nas negociações internas no Brasil, pelo avanço do plantio da nova safra e pela sinalização do acordo China–EUA. Esse movimento pressiona o mercado brasileiro, ao mesmo tempo que fortalece o mercado americano e sustenta as cotações em Chicago.

1. Mercado internacional
Dados de USDA, CBOT, Esalq-Cepea, Investing.com e Bloomberg, compilados pela Epagri/Cepa, apontam:

Foto: Claudio Neves

Fatores de alta:

  • Importações recordes da China em outubro, 9,48 milhões de toneladas, majoritariamente provenientes da América Latina;
  • Recuperação da CBOT por quatro semanas consecutivas.

Fatores de baixa:

  • Falta de confirmação pela China da compra de 12 milhões de toneladas dos EUA;
  • Retomada das importações chinesas de soja americana, reduzindo o espaço para o produto brasileiro;
  • Negociações internas mais lentas no Brasil, o ritmo mais baixo em quatro anos;
  • Correção técnica de estocásticos e realização de lucros após sequência de altas em Chicago.

2. Oferta e mercado interno

Fatores de alta:

  • Exportações brasileiras mantêm ritmo forte;
  • Estruturação da presença chinesa no Brasil, com ampliação de operações, incluindo um novo escritório no Mato Grosso.

Fatores de baixa:

  • Pressão sobre os preços internos, com queda de 1,4% em outubro.

3. Safra e clima
Fatores de baixa:

  • Plantio avançado, com 47% da safra já implantada, reforçando a expectativa de safra recorde entre 177 e 180 milhões de toneladas no

    Foto: Claudio Neves

    ciclo 2025/26;

  • Produtores nos EUA voltaram a vender após as recentes altas, aumentando a oferta global no curto prazo.

Acordo China-EUA 
Embora o mercado tenha reagido às declarações do governo dos Estados Unidos sobre um novo acordo com a China envolvendo a compra de soja, não houve confirmação por parte dos chineses até 12 de novembro, ressalta a Epagri/Cepa. Caso confirmado, o pacto poderia redirecionar parte da demanda da China para a soja americana, reduzindo o volume destinado ao Brasil.

Contudo, a proximidade da entrada da nova safra brasileira — combinada com o calendário já avançado para novembro, torna improvável a formalização do acordo ainda este ano. Por isso, a tendência, segundo a análise, é que a China siga priorizando a soja brasileira nas próximas semanas.

Fonte: O Presente Rural
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