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Cotações regionais do suíno atingem novas máximas nominais

Combinação de aquecimento da demanda final e menor oferta de animais para abate no mercado interno impulsionou os valores do animal vivo e da carne

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Arquivo/OP Rural

Os preços do suíno vivo seguiram em forte ritmo de alta em agosto, impulsionados pelas vendas mais aquecidas da carne – que elevam a demanda de frigoríficos por novos lotes – e pela oferta enxuta de animais. Assim, o Indicador CEPEA/ESALQ do suíno tem renovado as máximas nominais em todos os estados acompanhados pelo Cepea. Em termos reais, os Indicadores de Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul são recordes da série do Cepea, iniciada em julho de 2010 (as médias mensais foram deflacionadas pelo IGP-DI de agosto/20 para o suíno vivo e pelo IPCA, também de agosto, para a carcaça).

No Paraná, o Indicador atingiu R$ 7,22/ kg na média de agosto, alta de 23,6% frente ao mês anterior e ainda 38,5% acima da de agosto/19. Em Santa Catarina, a elevação mensal foi de 23,1%, chegando a R$ 6,68/kg, alta anual de 41,1%. No Rio Grande do Sul, a média de agosto atingiu R$ 6,28/kg, elevação de 21,2% frente a julho e de 32,7% na comparação com o mesmo mês de 2019. Vale lembrar que os Indicadores nos três estados do Sul consideravam, até julho de 2019, tanto as comercializações de animais no mercado independente quanto no integrado, contexto que tende a pressionar os valores para baixo. Desde 1º de agosto de 2019, esses Indicadores passaram a considerar apenas os preços recebidos por produtores independentes.

Em Minas Gerais, a elevação foi de 14,5% frente a julho, atingindo R$ 7,50/kg na média do último mês, 43,5% acima do observado em agosto/19. Em São Paulo, o Indicador chegou a R$ 7,23/kg na média de agosto, forte avanço de 19,9% frente ao mês anterior e de 42% na comparação com agosto/19. Em termos reais, a média do Indicador paulista se aproxima do recorde, atingido em novembro de 2014, quando fechou a R$ 7,67/kg.

Colaboradores do Cepea apontam, inclusive, dificuldades em encontrar novos lotes de suínos em peso ideal para abate, com muitos animais sendo negociados mais leves.

No mercado de carnes, a tendência foi a mesma, com a carcaça especial negociada no atacado da Grande São Paulo atingindo recorde nominal e se aproximando da máxima real da série histórica, iniciada em janeiro de 2004. Na média de agosto, o produto foi cotado a R$ 9,92/kg, alta de 21% frente a julho e de 50% na comparação com o mesmo mês de 2019.

Fonte: Cepea

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IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano

Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).

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Fotos: Marcello Casal

O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.

No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.

No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.

No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.

Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.

A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.

Fonte: Assessoria Cepea
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ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro

Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.

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Fotos: Divulgação/ABCZ

Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.

A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.

Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian: “Temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”

A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.

Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.

O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.

Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.

Fonte: Assessoria ABCZ
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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro

Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.

No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.

Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.

No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a  liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.

Fonte: Assessoria Cepea
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