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Correção do sinal GPS evita falhas e otimiza produtividade no campo

Além da navegação, o sistema é amplamente utilizado para mapear e monitorar terrenos agrícolas

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Foto: Divulgação/Jacto

No mundo moderno, a tecnologia desempenha um papel vital em todos os setores, incluindo a agricultura. Uma das inovações mais significativas é o Sistema de Posicionamento Global (GPS), que revolucionou a forma como os agricultores planejam, monitoram e executam suas operações. Entretanto, para que essa tecnologia impulsione ainda mais a eficiência, a precisão e a sustentabilidade nas práticas agrícolas, é preciso ficar atento à correção de sinal GPS.

Antes do surgimento do GPS, os agricultores dependiam de métodos tradicionais de navegação, como mapas e marcadores visuais, para orientar seus equipamentos agrícolas. No entanto, esses métodos muitas vezes eram imprecisos e sujeitos a erros humanos. Com o aperfeiçoamento dessa tecnologia, os agricultores podem acessar coordenadas precisas em tempo real, permitindo uma navegação mais eficiente no campo.

De acordo com João Alberto Lelis Neto, engenheiro agrônomo da Jacto, para maximizar as vantagens e produtividade da lavoura é necessário manter o sinal GPS atualizado. “A cada ano o GPS apresenta uma diferença na localização, um erro no nível métrico – que é normal, então se não houver uma correção atualizada ele irá apontar para um local mais distante”, exemplifica.

Engenheiros agrônomos Jéssica Costalonga e João Alberto Lelis Neto. Foto: Francieli Baumgarten

Para que se tenha maior precisão da operação, João salienta a importância da diminuição do erro na localização. “Com a correção do sinal, os níveis de precisão variam até 2,5 cm, garantindo assim uma certa repetibilidade”, frisa. Assim, esse melhoramento resulta em linhas de plantio mais retas, menor sobreposição de trabalho e redução do tempo de operação.

Além da navegação, o sistema é amplamente utilizado para mapear e monitorar terrenos agrícolas. Os agricultores podem criar mapas detalhados de suas propriedades, identificando variações na fertilidade do solo, drenagem e outras características importantes. A também engenheira agrônoma Jéssica Costalonga detalha como é feita a correção das coordenadas de imagens. “Um drone de asa fixa é lançado e nele há uma câmera RGB que tira fotos. Depois é feita a colagem dessas fotos, criando um mapa aéreo da área que chamamos de ortomosaico”.

Esses mapas ajudam os agricultores a otimizar o uso de insumos, como fertilizantes e pesticidas, aplicando-os com um direcionamento mais exato.  Para que a colagem dessas imagens seja feita é necessário precisão e, por isso, existe uma base (antena) que coleta as coordenadas das imagens. “Em cima desse ortomosaico é feito a identificação dos focos de infestação das plantas daninhas. A imagem passa por um algoritmo e gera-se então um mapa de aplicação localizada” explana a engenheira agrônoma.

Além disso, o monitoramento contínuo por meio do GPS permite aos agricultores acompanhar o crescimento das culturas e identificar problemas precocemente, como pragas ou doenças.

AUTOMAÇÃO

O GPS também desempenha um papel fundamental na automação de equipamentos agrícolas. Segundo Jéssica Costalonga, muitos tratores e máquinas agrícolas modernas são equipados com sistemas de direção automática baseados em GPS, que podem operar com precisão sem a intervenção constante do operador. “De forma geral, hoje temos máquinas agrícolas com muita tecnologia embarcada, então além da correção de sinal maximizar a produtividade em campo, ela também aumenta a eficiência de utilização dessas tecnologias. Isso permite que você use da melhor forma possível os recursos, taxa variável, aplicação localizada e piloto, por exemplo”.

Ao aumentar a precisão e a eficiência, o uso do GPS no campo agrícola ajuda a reduzir os custos operacionais. Menos sobreposição de insumos significa menos desperdício e uma utilização mais eficiente de recursos como água, fertilizantes e combustível. Sobre isso, Lelis ressalta que com um espaçamento singular, o produtor pode garantir a repetibilidade e evitar falhas nas operações. “Se não houver a correção do sinal, as chances de jogar o produto fora das plantas em questão são grandes. Assim garante-se que o alvo será atingido e que não ocorram falhas no processo. Lembrando que menos amassamento significa menos perda”, pontua.

Com o contínuo avanço da tecnologia, espera-se que o desempenho do GPS na agricultura continue a melhorar, impulsionando ainda mais a inovação e o progresso no setor agrícola. Consequentemente, o maior cuidado nas etapas do manejo resultam em um trabalho mais preciso e produtivo, garantindo ainda a economia e sustentabilidade.

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Fonte: O Presente Rural

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Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
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Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito

CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.

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Foto e texto: O Presente Rural

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .

Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.

O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.

Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.

A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.

Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.

O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.

Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.

Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.

Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.

Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat

Fonte: O Presente Rural com informações de assessoria
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Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

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Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
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