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Copagril começa revolução para dobrar produção de frango e entrar no mundo da piscicultura

Presidente Ricardo Chapla, destaca mudanças no modelo de gestão da empresa e revela os planos da cooperativa cinquentenária paranaense

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Os planos da Copagril para os próximos anos são audaciosos. A cooperativa com sede em Marechal Cândido Rondon e atuação na região Oeste do Paraná e Sul de Mato Grosso do Sul chega aos seus 50 anos em 2020, com propostas que vão elevar a cooperativa a outro patamar. Começar a produção de peixes e duplicar a produção de carne de frango são algumas delas. O faturamento de R$ 1,7 bilhão deve ficar significativamente mais robusto nos próximos anos. Em entrevista exclusiva ao jornal O Presente Rural, o presidente Ricardo Chapla, fala do novo ambiente político no Brasil, da recuperação que o agronegócio teve no segundo semestre de 2019, destaca mudanças no modelo de gestão da empresa e revela os planos da cooperativa cinquentenária paranaense.

O Presente Rural (OP Rural) – Presidente, faça um balanço de 2019, tanto do agronegócio como da cooperativa Copagril?

Ricardo Sílvio Chapla (RSC) – Podemos dizer que estamos chegando em um dos melhores finais de ano para o agronegócio no Brasil. O ano passado foi difícil, especialmente para quem tem a parte pecuária, como nós temos. Infelizmente, na nossa área de atuação, Paraná e Mato Grosso do Sul, tivemos uma perda muito grande na safra de verão, perdemos a metade. E isso, evidentemente, faz falta para todos, faz falta para o produtor e para a cooperativa também. É um faturamento que você poderia ter e não teve, mas, mesmo assim, nós vamos fechar o ano com um faturamento maior do que o ano passado e com um resultado muito melhor do que foi ano passado. Isso é muito importante para nós.

Iniciamos 2019 com a mudança de governo. A gente tinha expectativas, mas não sabia o que iria acontecer. Iniciamos 2019 com receio, mas podemos dizer que estamos chegando no final do ano com um dos melhores resultados para o agronegócio e para a cooperativa.

OP Rural – A que o senhor atribui essa arrancada no segundo semestre?

RSC – Vários fatores têm proporcionado no mínimo manter o faturamento e até crescer. Uma é que nós participamos mais do mercado, a Copagril dentro de seus negócios teve crescimentos de alguns negócios. Outra parte que também proporcionou isso a nós é a evolução do preço das carnes. Como trabalhamos com um volume grande de carne de frango e temos produção de suínos, isso também nos ajudou na evolução do faturamento. São dois fatores que nos ajudaram. Estamos felizes porque nós, queira ou não queira, crescemos dentro de todos os negócios que a Copagril tem. As atividades tiveram um crescimento dentro do mercado como um todo.

OP Rural – O que a China tem a ver com essa evolução?

RSC – A china tem muito a ver. A gente, como ser humano, não quer que ninguém tenha nenhum tipo de desgraça, mas o que aconteceu na China para nós foi muito benéfico. Eles tiveram uma perda muito grande na produção de suínos com doenças que eliminaram um volume muito grande de animais (40% do rebanho). A China sozinha produz e consome a metade ou mais dos suínos do mundo. Eles tiveram essa infelicidade da Peste Suína Africana, o que provocou uma corrida maior para eles poderem se abastecer com carne, especialmente carne suína, mas de frango também. Hoje está saindo um volume maior de frango do Brasil para a China, e com preços melhores. Esse, eu diria, é o principal fator da mexida (no preço) das carnes, o fator China, isso é o que influenciou.

OP Rural – Hoje a Copagril comercializa seus produtos principalmente para qual país?

RSC – Hoje, na parte de carne de frango, nós exportamos o maior volume para China e Japão, e aí, claro, nós temos inúmeros países para onde vai a carne, mas são compras menores. Os mais significativos são esses dois. Nós temos nossa central Frimesa, na qual a Copagril tem, inclusive, o maior percentual de capital. O suíno e o leite são repassados automaticamente para a central, que industrializa e também exporta.

OP Rural – A Copagril já planeja aumentar o plantel de suínos com essa nova indústria da Frimesa de abate de suínos em Assis Chateaubriand?

RSC – Como ano passado foi um ano muito ruim, tivemos que segurar o planejamento, tanto é que também foi segurado o investimento (na planta industrial), mas agora as projeções que nós temos é de que vai se retomar o investimento no início do ano que vem por parte da Frimesa. Automaticamente, estamos retomando o crescimento da nossa suinocultura. Então, vamos ter sim oportunidades para produtores que já são iniciadores e que querem ampliar. Alguns já estão com projetos, alguns já estão em andamento. Tendo mais leitões, vão vir oportunidades para investimento em crechários e terminação. Hoje, nosso sistema tem pouco mais de 300 associados que estão envolvidos na suinocultura.

OP Rural – E a ideia é chagar a quanto? Tem isso já em mente?

RSC – Não, em números de produtores e associados nós não temos, mas em número de produção sim, porque muitos dos que estão hoje vão ampliar, mas, claro, vai ter oportunidades para novos também, sempre atendendo a avaliação e aos critérios que nós temos. Mas isso envolve várias questões. Cada produtor tem sua maneira, seu jeito e sua capacidade de investimento. Tudo isso tem que ser levado em consideração, mas nós já estamos bem adiantados.

OP Rural – A Copagril tem feito uma reestruturação nas equipes e modelo de gestão. Fale mais sobre isso?

RSC – As vezes as pessoas que estão do lado de fora não têm o conhecimento. Nós somos uma grande empresa, nós fazemos muitas atividades, lidamos com produções, industrializações, varejo, enfim. E é evidente que precisamos estar inovando, buscar caminhos diferentes, inclusive na gestão. A gestão que se tinha há alguns anos servia, mas hoje já não serve, temos de modificar isso. O próprio mercado impõe isso. Nós nunca desprezamos nem vamos desprezar ninguém que tenha feito parte da Copagril, mas começamos estamos dentro desse processo (mudança nas equipes) desde o ano passado e ainda não estamos concluídos.

Às vezes não é tão fácil trabalhar a cabeça das pessoas, têm pessoas que se adaptam e aceitam as mudanças, mas têm aquelas que não, isso é natural do ser humano. Nos últimos anos nós visitamos muitas universidades no mundo, onde a gente sempre tem observado e buscado ideias do que está vindo pela frente. A velocidade das mudanças está cada vez maior e vai acontecer, independente se as pessoas querem ou não.

Como a grande empresa que somos, precisamos estar atentos. Temos mudanças muito significativas dentro da empresa, mas sempre olhando para ela ser uma empresa inovadora e competitiva dentro do mercado.

OP Rural – E as perspectivas para 2020?

RSC – A perspectiva nossa para o ano que vem é totalmente diferente do que foi, por exemplo, de 2018 para 2019. Nós estamos otimistas que no ano que vem iniciaremos o ano diferente, já bem positivo, estamos esperando muitas coisas positivas em termos de ajustes no nosso país. Consequentemente a isso, há uma possibilidade de nós termos um crescimento da economia, com o PIB crescendo, e isso mexe nos investimentos. Esse ano iniciamos meio desconfiados, meio esperando o que iria acontecer, mas podemos dizer que agora, no final do ano, estamos chegando com resultados bons e muito otimismo para 2020.

OP Rural – Quais os projetos e investimentos da Copagril para os próximos anos?

RSC – Sempre vai ter investimento, não tem como parar. Às vezes se acelera mais ou menos, com investimentos maiores ou menores. Quando a maioria deles é pequeno, as pessoas muitas vezes nem percebem, mas nós temos produções para os próximos anos de investimentos bastantes significativos, bastante altos. No ano que vem, é um ano que vai ter investimentos mais pontuais, deve ter algo no frigorífico, temos que investir na ampliação de alguns setores lá.

Devemos colocar em funcionamento um novo supermercado em El Dourado, Mato Grosso do Sul, talvez até antes da Páscoa. Há outros investimentos menores, mas são coisas essenciais, como substituição de equipamentos, modernização de alguma unidade de recebimento de grãos. Falando em mais prazo, sem ser prazo determinado, temos coisas grandes. A Copagril tem projeção de dobrar ou mais do que dobrar o frigorífico de aves. Essa é uma projeção para os próximos anos. Nós não estipulamos prazos, vai depender de várias coisas, mas isso é certo que vai ter. A Copagril nos próximos anos vai ter até quem sabe desativado

Temos a ideia de desativar uma unidade de recebimento e construir uma nova, dentro de sua área de atuação, por questões de logística, de funcionabilidade, questões de licenciamento. Isso tudo está dentro da nossa projeção para os próximos anos.

Ainda, é claro, desde os nossos negócios de varejo aqui na cidade, os dois supermercados da Copagril vão ser ampliados. Queremos aumentar o número de clientes, apesar de estarmos muito felizes com a clientela que nós temos.

Temos também, nas atividades de suinocultura, a precisão de crescer na produção, junto com nosso associado. Outras atividades devem ter ampliação, estamos em pleno projeto de ampliação da unidade de recebimento de Oliveira Castro, por exemplo, na secagem, especialmente de milho. Temos várias unidades também projetadas para os próximos anos, vamos estar modernizando as que já temos. Em termos de investimento, a Copagril sempre vai ter todo ano vários milhões de investimentos.

A hora em que nós implementarmos efetivamente nosso projeto de duplicação do nosso abatedouro – falamos duplicação, mas vai ser mais do que isso -, isso vai proporcionar oportunidades para os associados e produtores que queiram ter um atividade a mais ou, para aqueles que já têm, ampliar. Aí teremos novos investimentos em aviários e assim por diante. Uma coisa puxa a outra, nós precisamos ter a industrialização para poder propiciar essa oportunidade para os associados.

Como um todo, temos projeções muito grandes para os próximos anos, mas não estipulamos prazos, porque são vários fatores que levamos em conta. Nós temos vários interesses em parcerias que, no futuro, podem acontecer. Precisamos estar atentos ao mercado como um todo e dentro das possibilidades que alguns setores podem nos oferecer.

OP Rural – O senhor está falando na produção de peixes, de filé de tilápia?

RSC – Peixe não está descartado, sempre está no nosso radar. Aliás, até já temos área disponível para isso, se for o caso, ao lado do que nós temos hoje o abatedouro de aves.

OP Rural – Área para uma planta de abate de peixes?

RSC – Sim. Para construir o abatedouro futuramente, mas não temos definido o prazo. E automaticamente, se vai aumentar a produção de carnes, nós precisamos aumentar as indústrias de produção de ração.

OP Rural – E o Brasil? Está no caminho certo?

RSC – A linha do governo federal, na nossa opinião, é a correta, observando com o que temos visto em outros países do mundo. O Brasil é talvez um dos países mais ricos do mundo em questões naturais, mas é pobre. Então tem coisa errada. Na nossa opinião, a gestão pública brasileira é muito ruim, muito fraca, mas agora pegou uma nova linha. Há muitos anos se implantou, na verdade, um socialismo, e isso em lugar nenhum no mundo serve. Precisamos valorizar o capital, porque as pessoas dizem que não tem emprego, mas só vai ter emprego se alguém tiver capital, investir e gerar emprego.

O poder público virou um inchaço, nós temos muitas pessoas que vivem sem trabalhar, vivendo com bons salários, outros trabalham muito pouco.

Na nossa avaliação, temos a melhor equipe de ministros dos últimos anos. São pessoas qualificadas e que não têm, digamos assim, conchavos políticos ou interesses políticos. Felizmente isso hoje nós temos no Brasil, mas infelizmente temos um Congresso que trava muito. Se nosso Congresso não fosse travar todas as vezes que trava, o país já estaria bem mais avançado. Nós achamos que a população brasileira, na grande maioria, vai cada vez mais pressionar e os congressistas terão de rever sua forma de agir. Tem muito congressista que ainda hoje não percebeu que a população quer mudança e que não quer mudar. Aquela velha política tem que acabar, temos que ter uma visão diferente das coisas.

Nós, como contribuintes, estamos cansados de pagar cada vez mais impostos. Em primeiro lugar, tem que enxugar a máquina pública, de cima até embaixo. Essa estrutura leva a custos demasiados e não sobra dinheiro para investimento. Se nós tivéssemos uma estrutura mais enxuta, sobraria dinheiro para investir. E se o poder público investir, o privado também investe.

Um problema é o judiciário se envolvendo (no governo), querendo legislar, o que está errado. Hoje os ministros (do STF) têm uma opinião, amanhã têm outra. Prende um dia, solta depois. E aí o negócio é realmente complicado.

Temos que querer produzir, querer evoluir em todos os sentidos. A parte privada está fazendo sua parte. O poder público age em algumas situações, em outras não; precisa evoluir.

Felizmente, estamos vendo que esse ano, com os novos governos a nível federal e estadual, estão havendo coisas muito positivas com esses dirigentes, que têm uma cabeça um pouco diferente do que governantes tinham no passado recente. A gente espera que realmente nós possamos superar as dificuldades. O Brasil está no caminho certo.

Outras notícias você encontra no Anuário do Agronegócio Paranaense de 2020 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Avicultura

Relatório traz avanços e retrocessos de empresas latino-americanas sobre políticas de galinhas livres de gaiolas

Iniciativa da ONG Mercy For Animals, a 4ª edição do Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais identifica compromisso – ou a ausência dele – de 58 grandes companhias, com o fim de uma das piores práticas de produção animal: o confinamento de aves na cadeia de ovos.

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Foto: Freepik

O bem-estar de galinhas poedeiras é gravemente comprometido pelo confinamento em gaiolas. Geralmente criadas em espaços minúsculos, entre 430 e 450 cm², essas aves são privadas de comportamentos naturais essenciais, como construir ninhos, procurar alimento e tomar banhos de areia, o que resulta em um intenso sofrimento.

Fotos: Divulgação/MFA

Estudos, como o Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais (MICA) da ONG internacional Mercy For Animals (MFA), comprovam que esse tipo de confinamento provoca dores físicas e psicológicas às galinhas, causando problemas de saúde como distúrbios metabólicos, ósseos e articulares, e o enfraquecimento do sistema imunológico das aves, entre outros problemas.

Para a MFA, a adoção de sistemas de produção sem gaiolas, além de promover o bem-estar animal, contribui para a segurança alimentar, reduzindo os riscos de contaminação e a propagação de doenças, principalmente em regiões como a América Latina, o que inclui o Brasil.

Focada nesse processo, a Mercy For Animals acaba de lançar a quarta edição do Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais (MICA 2024), um instrumento essencial para analisar e avaliar o progresso das empresas latino-americanas em relação ao comprometimento com políticas de bem-estar animal em suas cadeias produtivas.

O relatório considera o compromisso – ou a ausência dele – de 58 grandes empresas, com o fim de uma das piores práticas de produção animal: o confinamento de galinhas em gaiolas em suas cadeias de fornecimento de ovos.

Destaques

A pesquisa se concentrou na análise de relatórios públicos de companhias de diversos setores com operações em territórios latino-americanos, da indústria alimentícia e varejo aos serviços de alimentação e hospitalidade. Elas foram selecionadas conforme o tamanho e influência em suas respectivas regiões de atuação, bem como a capacidade de se adaptarem à crescente demanda dos consumidores por práticas mais sustentáveis, que reduzam o sofrimento animal em grande escala.

O MICA 2024 aponta que as empresas Barilla, BRF, Costco e JBS, com atuação no Brasil, se mantiveram na dianteira por reportarem, publicamente, o alcance de uma cadeia de fornecimento latino-americana 100% livre de gaiolas. Outras – como Accor, Arcos Dourados e GPA – registraram um progresso moderado (36% a 65% dos ovos em suas operações vêm de aves não confinadas) ou algum progresso, a exemplo da Kraft-Heinz, Sodexo e Unilever, em que 11% a 35% dos ovos provêm de aves livres.

De acordo com a MFA, apesar de assumirem um compromisso público, algumas empresas não relataram, oficialmente, nenhum progresso – como a Best Western e BFFC. Entre as empresas que ainda não assumiram um compromisso público estão a Assaí e a Latam Airlines.

“As empresas que ocupam os primeiros lugares do ranking demonstram um forte compromisso e um progresso significativo na eliminação do confinamento em gaiolas. À medida que as regulamentações se tornam mais rigorosas, essas empresas estarão mais bem preparadas para cumprir as leis e evitar penalidades”, analisa Vanessa Garbini, vice-presidente de Relações Institucionais e Governamentais da Mercy For Animals.

Por outro lado, continua a executiva, “as empresas que não demonstraram compromisso com o bem-estar animal e não assumiram um posicionamento público sobre a eliminação dos sistemas de gaiolas, colocam em risco sua reputação e enfraquecem a confiança dos consumidores”.

“É fundamental que essas empresas compreendam a urgência de aderir ao movimento global sem gaiolas para reduzir o sofrimento animal”, alerta Vanessa Garbini.

Metodologia

A metodologia do MICA inclui o contato proativo com as empresas para oferecer apoio e transparência no processo de avaliação, a partir de uma análise baseada em informações públicas disponíveis, incluindo relatórios anuais e de sustentabilidade.

Os critérios de avaliação foram ajustados à medida que o mundo se aproxima do prazo de “2025 sem gaiolas”, estabelecido por muitas empresas na América Latina e em todo o planeta. “A transição para sistemas livres de gaiolas não é apenas uma questão ética, mas um movimento estratégico para os negócios. Com a crescente preocupação com o bem-estar animal, empresas que adotam práticas sem gaiolas ganham vantagem competitiva e a confiança do consumidor. A América Latina tem a oportunidade de liderar essa transformação e construir um futuro mais justo e sustentável”, avalia Vanessa Garbini.

Para conferir o relatório completo do MICA, acesse aqui.

Para saber mais sobre a importância de promover a eliminação dos sistemas de gaiolas, assista ao vídeo no Instagram, que detalha como funciona essa prática.

Assine também a petição e ajude a acabar com as gaiolas, clicando aqui.

Fonte: Assessoria MFA
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Avicultura

Sustentabilidade em foco na Conbrasfran 2024

Evento acontece de 25 a 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha.

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Foto: Divulgação/Asgav e Sipargs

A importância de uma produção mais sustentável foi a lição mais importante que este ano deixou aponta o presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos. “A natureza nos lembrou que é soberana e da necessidade de nos reciclarmos cada vez mais do que fizemos no passado. Eu digo a humanidade como um todo. As práticas sustentáveis que tanto se fala e que vamos discutir na Conbrasfran, essas práticas que estamos implementando agora é para amenizar o que vem pela frente, já que estamos enfrentando agora as consequências do que foi feito no passado”.

Então, para ele, a lição é a necessidade de insistirmos no tema da sustentabilidade ambiental e social, insistir na educação, na orientação e na disciplina ambiental com o objetivo de mitigar os efeitos climáticos no futuro. “Os efeitos podem ser vistos no mundo todo. Aumento dos dias de calor extremo, chuvas recordes no Brasil, na Espanha e outros países, além das queimadas em várias regiões do mundo também”.

A Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango (Conbrasfran 2024), que vai ser realizada entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha, vai reunir empresários, indústrias, produtores e lideranças de todo o país para discutir todas as áreas estratégicas. “Vamos falar sobre sanidade avícola, um simpósio tradicional da Asgav será absorvido pela programação da Conbrasfran 2024. Vamos debater qualidade industrial, que trata questões de inspeção, controle, autocontrole e processo produtivo, entre outros temas. Teremos também um seminário sobre segurança do trabalho com uma abordagem do ambiente laboral dos colaboradores e da proteção deles em um quadro em que surgem novos desafios na medida em que aumentamos a produção”, pontuou.

Um dos destaques do evento será o 1º Seminário de Sustentabilidade Ambiental e Adequação Global. “Também teremos discussões sobre a área comercial, que impulsiona a nossa economia e é responsável por levar o nosso produto até a mesa do consumidor brasileiro e de mais de 150 países”, salientou Santos. Ele destaca ainda os debates sobre questões jurídicas e tributárias. “São temas que permeiam o nosso dia a dia e estamos diante de uma reforma tributária, que também será abordada”, afirmou mencionando o Agrologs, que vai falar sobre logística, outro desafio para a cadeia produtiva. “O Brasil precisa avançar em ferrovias, hidrovias é uma necessidade para garantir sustentáculos de competitividade”. “É um evento que vai trazer temas estratégicos”, encerrou.

Os interessados podem se inscrever através do site do evento. E a programação completa da Conbrasfran 2024 também está disponível clicando aqui.

Fonte: Assessoria Asgav e Sipargs
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Avicultura

Conbrasfran 2024 ressalta superação e resiliência da avicultura gaúcha em meio a desafios históricos

Evento será realizado entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha.

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Presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: "São muitos os empresários que acreditam nesses movimentos e nos dão carta branca para seguir em frente" - Foto: Divulgação

Se desafio é uma palavra que faz parte do dia a dia da avicultura, este ano levou o seu significado a um novo patamar, especialmente falando do Rio Grande do Sul. O estado enfrentou enchentes e depois um caso isolado de Doença de Newcastle. “Tudo isso nos abalou sim. Redirecionamos toda a atenção e os nossos esforços para ser o elo de ligação do setor com o poder público, com a imprensa e a atender as demandas dos setores. A organização do evento já estava em curso quando tivemos 45 dias de interdição do prédio onde fica a nossa sede, localizado à beira do rio Guaíba. Tivemos enchente. Para se ter uma ideia, a água chegou até 1,80 metro do 1º andar e não pudemos entrar por conta da falta de luz, de água e outra série de dificuldades”, ressaltou o presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos.

Ainda assim, estes entraves não foram suficientes para desistir da realização da Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango (Conbrasfran 2024), que vai ser realizada entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha. “Não houve um único questionamento sequer por parte de associados e dirigentes, o que demonstra que o setor está convencido da importância deste encontro e das discussões que ele vai trazer. Serão vários temas, técnicos, conjunturais, temas estratégicos, de planejamento e de superação de desafios, entre outros. E tudo isso fez com que o setor mantivesse acesa a chama para realizar este evento”, destacou Santos.

De acordo com ele, diante dos desafios, as atividades da organização da Conbrasfran 2024 foram acumuladas com o trabalho da linha de frente para atender as demandas cruciais que chegaram, além da interação com órgãos oficiais, imprensa e parceiros estratégicos, como a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). “E mesmo assim, continuamos com a manutenção e organização do evento. E isso nos sobrecarregou sim. Temos uma equipe enxuta, mas que trabalhou bravamente, com máximo empenho, naqueles dias”.

Santos destaca que os esforços levaram a realização de um evento muito especial, que teve a colaboração de grande parte empresários e técnicos do setor. “São muitos os empresários que acreditam nesses movimentos e nos dão carta branca para seguir em frente, que sabem que apesar das dificuldades, continuamos um estado atrativo, com indústrias e produtores de pequeno, médio e grande portes que continuam produzindo por acreditar no empreendedorismo, na pujança na mão-de-obra, na gestão”, disse o executivo lembrando que apesar dos desafios, o estado conseguiu valorizar a produção, manter empresas e ainda está recebendo novos empreendimentos.

Superação
A superação das dificuldades trazidas pelo ano exigiu muito trabalho, organização e confiança. “Precisamos valorizar a confiança daqueles que são nossos associados e dirigentes. A confiança que recebi deles e da minha equipe como dirigente executivo foi importante. Também vale mencionar as estratégias e ações que colocamos em prática para atender todas as demandas que nos chegaram. Sempre buscamos a melhor forma de atender e ajudar os associados”.

E foi também de maneira virtual que estes desafios foram enfrentados. “Interagimos muitas vezes através de plataforma virtual com os serviços oficiais , seguimos em conjunto e dentro das diretrizes da ABPA e tivemos o apoio incondicional da nossa Federação. Com uma soma de esforços, com a confiança de dirigentes que depositam confiança em nosso trabalho, conseguimos ir para a linha de frente e atender as diferentes demandas do setor e da imprensa”, contou Santos que agiu com firmeza em seus posicionamentos e conseguiu liderar o setor na retomada até chegarmos neste momento.

Os interessados podem se inscrever e conferir a programação completa da Conbrasfran 2024 clicando aqui. Outras informaçõe podem ser obtidas pelo e-mail conbrasfran@asgav.com.br, através do telefone (51) 3228-8844, do WhatsApp (51) 98600-9684 ou pelo Instagram do encontro.

Fonte: Assessoria Asgav
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