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Copagril 50 anos: uma história de trabalho, conquista e valor

Em 09 agosto de 1970 foi fundada a Cooperativa Agrícola Mista Rondon, hoje nomeada como Cooperativa Agroindustrial Copagril

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Divulgação/Copagril

Há 50 anos, um grupo de produtores rurais da Região Oeste do Paraná mobilizava-se para uma organização produtiva e econômica que transformaria a realidade de todos, assim, em um domingo de agosto de 1970, mais exatamente no dia 9, fundou-se a Cooperativa Agrícola Mista Rondon, hoje nomeada como Cooperativa Agroindustrial Copagril. Uma organização de produtores, feita para produtores, pautada nos princípios cooperativistas e com o propósito de transformar a realidade produtiva e econômica de agricultores e suinocultores, que na época ainda eram chamados de produtores de porcos.

A nova cooperativa nasceu por muitas mãos, na ata assinaram 29 sócios-fundadores, mas a reunião de fundação tinha mais de 100 produtores e que ligeiramente se tornaram sócios. Uma mobilização de tamanha importância, que no primeiro ano já contava com 352 associados.

Marcando esse período de surgimento, o armazém inflável para cereais foi fundamental para as primeiras atividades e representou um modelo icônico para a época, fomentando o envolvimento da cooperativa na comunidade e na região, com construções de estruturas de armazenamento e atendimento, expansão e atendimento de novas localidades. Em 1971 foi construído o primeiro armazém de fundo chato e a fábrica de rações, assim, o espírito cooperativista prosperava e aquele ano fechou já com 1278 associados.

Nos anos seguintes a Copagril já atendia produtores em vários municípios da Região Oeste, além de Marechal Cândido Rondon, e também no Sul do Mato Grosso do Sul. E com o atendimento de novas áreas e cooperados, também aumentava a necessidade de armazéns, entrepostos, unidades de atendimento e equipamentos, com estruturas físicas e também veículos, como o caso de caminhões para transporte da produção adquiridos ainda nos primeiros anos da década de 70.

Como importante elemento econômico e social para a comunidade local, também foi dentro da Copagril que surgiu, em setembro de 1974, a Associação Atlética Cultural Copagril (AACC), que se mantém atuante até hoje, com projetos que atendem crianças e adolescente, assim como toda gestão social dos empregados. E o compromisso social, também reforçado nos princípios cooperativistas da Copagril, já era vívido em 1977, quando foi fundado o primeiro Clube de Jovens Cooperativistas nomeado “Ordem e Progresso” e ainda atuante, bem como a fundação da Associação de Comitês de Jovens da Copagril e os comitês que surgiram nos anos seguintes, voltados ao envolvimento técnico e social dos jovens do campo.

Com a gestão do recebimento, comercialização, atendimento técnico e insumos, a Copagril firmava-se com bases solidas no apoio ao homem do campo e no desenvolvimento dos municípios de atuação. A relevância cooperativista da Copagril ficou evidente e assim, o ano de 1977 findou com o registro de mais de 5 mil associados.

O final da primeira década foi marcado por enfrentamentos no campo em relação ao clima e com diminuição dos municípios, em decorrência do alagamento do Lago de Itaipu, assim como remodelação na gestão da cooperativa. Mas a década de 80 chegou com novas oportunidade e grandes projetos, quando a cooperativa também passou a atuar com transportes, supermercados e postos de combustíveis. Foi em 1979 que a Copagril se associou a Cooperativa Central Agropecuária Sudoeste (SUDCOOP), hoje Frimesa, e então em 1983 efetivou atuação no setor leiteiro.

Os anos 80 representaram grandes avanços no campo e que também refletiam em produção, onde a Copagril desempenhava papel fundamental ao lado do produtor rural. No período destacaram-se as produções de soja, milho, trigo, algodão, sorgo, suínos e leite. A cooperativa figura como elo de tecnificação importante, transferindo conhecimento, inovação e tecnologia ao cooperado, citamos a difusão do uso de curvas de nível, sistema de plantio direto, sustentabilidade, difusão de tecnologia em sementes, insumos e equipamentos. Uma das principais vitrines de conhecimento é o Dia de Campo Copagril, nos primeiros anos da cooperativa era caracterizado por encontros técnicos diretamente nas propriedades dos cooperados, no final da década de 1980 e início dos anos 1990, a Copagril passou a realizar oficialmente o Dia de Campo, de 1993 até 2011 em área arrendada, e no ano de 2012 passou a ser em uma área de 14,5 hectares, próxima ao aeroporto de Marechal Cândido Rondon. No início da década de 1970 os encontros reuniam em torno de 70 a 100 pessoas, atualmente o público visitante no Dia de Campo Copagril ultrapassa 10.000 pessoas, em dois dias de evento.

Agroindustrialização

A agroindustrialização que marcou a consolidação da Copagril entre os anos de 1985 e 1990, período que também consolida as melhorias em estrutura, diversificação de atividades e ampliação da área de atendimento. Período que também converge com a fundação da Cooperativa de Credito Rural Copagril (Credilago), hoje Sicredi Aliança PR/SP, em julho de 1985.

Avanços que se estenderam pela década de 90, com a consolidação da agroindustrialização, da tecnificação da produção dos cooperados e da Copagril, bem como intensificação das atividades associativas. Período de mudanças econômicas em nível nacional, mas que demostraram a perícia organizacional da cooperativa. Ademais, seguem as ampliações estruturais, informatização das atividades e modernização de governança. Em 1995 a Copagril comemorava o Jubileu de Prata, os 25 anos de fundação, com o lema “Copagril 25 anos – A base do desenvolvimento”.

Em julho 1997 foi inaugurada a Associação dos Comitês Feminos da Copagril e assim como a ACJC, tem como objetivo fomentar a diversificação de atividades, oportunizar crescimento e desenvolvimento para as participantes e familiares com conhecimento técnico e desenvolvimento humano.

O ano de 1999 fechou com ampliações e reformas em estruturas de serviços e unidades, com desempenho positivo no campo, marcado pelos serviços desenvolvidos pela Copagril em produtos, insumos, assistência e tecnologia, de modo a acompanhar o mercado.

Novos desafios

A virada do milênio traz novos modelos para a cooperativa, especialmente marcando a entrada em uma era de expansão, modernização industrial e internacionalização, apoiados no “Projeto Repensando a Copagril”. O período também marca o início da gestão de Ricardo Sílvio Chapla – atual diretor-presidente, o qual foi precedido por Arlindo Alberto Lamb (gestão 1970 – 1973), Leopoldo Piotrowski (gestão 1974 – 1978), Alfredo Kunkel (gestão 1979 -1987) e Valter Vanzella (gestão 1988 – 1999).

Em 2000 a Copagril contava com Unidades em Marechal Cândido Rondon (Sede, Margarida, São Roque, Porto Mendes e Iguiporã), Guaíra (Sede, Bela Vista e Oliveira Castro), Entre Rios do Oeste, Mercedes, Pato Bragado, Santa Helena (Sub-Sede), São José das Palmeiras e Mundo Novo.

Desde a fundação da AACC, as atividades esportivas integram as ações da associação e então, em 2001, junto com a Copagril, instituiu-se a equipe de futsal profissional, que surgiu como projeto de marketing e seguiu até 2019. O time participou dos principais campeonatos estaduais e nacionais, com destaque para três títulos do Campeonato Paranaense Chave Ouro e segundo lugar na Liga Nacional. Uma das principais ações ligadas ao futsal é a atuação nas escolinhas de base, que tem por objetivo a integração esportiva, o desenvolvimento motor e social das crianças e adolescentes, projetos que são mantidos pela AACC e Copagril.

Em 2001 foi inaugurada a Loja Agropecuária em Quatro Pontes e também a remodelação do Supermercado de Marechal Rondon. No ano seguinte houveram remodelações no posto de combustíveis da sede, unidades de Margarida, Pato Bragado e Mercedes. O ano de 2003 contou com a inauguração da Unidade de Recebimento em Eldorado (MS) e o lançamento da pedra fundamental da Unidade Industrial de Aves.

A inauguração da Unidade Industrial de Aves (UIA) em janeiro de 2005 representa um importante passo para a diversificação da produção, fortalecendo a atividade do homem do campo por meio de novas oportunidades de renda e verticalização da gestão rural, em abril começaram os abates de frango e em agosto do mesmo ano foi realizado o primeiro embarque de carne para exportação destinado ao Japão.

Entre 2005 e 2006, a Copagril em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) estabeleceu o projeto “Cooperjovem”, direcionado a educação de crianças com o objetivo de estimular a formação de uma consciência sobre cooperar e o cooperativismo. Atualmente são aproximadamente 25 escolas atendidas, com o envolvimento de mais de 400 professores e 1600 alunos.

No ano de 2007 foi inaugurada a Unidade Industrial de Rações de Entre Rios do Oeste e a Unidade Copagril em Itaquiraí (MS). Em 2009 houve a instalação da Loja Copagril em Nova Santa Rosa e ações de estímulo à atividade leiteira no Mato Grosso do Sul.

O lema “Cooperação, desenvolvimento e oportunidades” acompanhou as celebrações dos 40 anos da Copagril, em 2010. No ano também foi inaugurado o Posto de Combustíveis em Margarida e o lançamento da linha Copagril Alimentos. Em 2011 foi inaugurado o Supermercado Copagril II, em Marechal Cândido Rondon, e a formalização da Loja de Máquinas e Equipamentos Agrícolas, assim como reformas e ampliações em armazéns de várias unidades. Além da intensificação dos projetos ambientais que já compunham o escopo de produção da cooperativa, destacando para o ano os projetos “Águas do futuro” e programa “Mais florestas Copagril”, reforçando o comprometimento da Copagril com o progresso responsável, valorizando o equilíbrio na produção de modo sustentável. Para o setor industrial, o ano de 2011 também foi muito importante, marcado pela certificação British Retail Consortium (BRC) na Unidade Industrial de Aves, fundamental para comercialização, em especial para o mercado interacional.

Em 2012 foi inaugurado o Supermercado Copagril em Guaíra e novas instalações na Unidade de Bela Vista, distrito do município. E ainda a inauguração do Posto de Combustível de Entre Rios do Oeste. O ano seguinte contou com a inauguração da nova estrutura do Posto Copagril de Marechal Cândido Rondo (Sede), novas instalações da Loja em Quatro Pontes e a ampliação de unidades de recebimento de armazenagem. Destaque para 2013 foi o faturamento, quando o ano fechou com mais de R$ 1 bilhão.

A implantação do Núcleo de Recria de Matrizes e Produção de Ovos Férteis – importante para a maximização da produção da cadeia avícola – começou em 2014 e no mesmo período também foram inaugurados os Supermercados Copagril em Nova Santa Rosa e Novo Sarandi (Toledo). De mesmo modo, ocorreram certificações em unidades de recebimento e armazenagem e habilitação na IN 65/2006 da Fábrica de Entre Rios do Oeste, sendo a primeira cooperativa do Paraná a receber tal certificação. O ano ainda foi marcado por uma grande participação, com mais de 3.500 pessoas, na Copa Copagril – o principal evento poliesportivo direcionado aos cooperados.

Em 2015 foram inauguradas as Lojas em Novo Sarandi (Toledo), Pato Bragado e Porto Mendes (Marechal Cândido Rondon), bem como inaugurada a Indústria de Farinha e Gordura Animal (Astrea), junto à Unidade Industrial de Aves. No ano seguinte houve a inauguração da Unidade de Recebimento de grãos na Linha São João, distrito de Margarida em Marechal Cândido Rondon; inauguração da Unidade de Recebimento e Armazenagem em Itaquiraí (MS) e a Inauguração do Posto de Combustíveis em Nova Santa Rosa.

No ano de 2017 foram inauguradas as novas estruturas da Loja Copagril, Fábrica de Rações, armazém graneleiro e oficina mecânica de Marechal Cândido Rondon. Neste ano houve o lançamento do projeto “Rota 50”, projetando os 50 anos com foco no desenvolvimento de novos mercados, diversificação de atividades e gestão focada em resultados. Neste ano, a Revista Copagril chegou à marca de 100 edições.

A linha de produtos IQF (cortes de frango congelados individualmente) foi lançada em 2018. No ano também se retomou as ações em piscicultura e produção do filé de tilápia Copagril, bem como melhorias em unidades de recebimento e a inauguração da Loja Copagril em Realeza, na região Sudoeste do Paraná. Em março do ano seguinte foi inaugurada a Loja em Naviraí, no Mato Grosso do Sul, e ampliado o Supermercado em Nova Santa Rosa. De mesmo modo, 2019 também foi marcado pela realização do Elicoop Feminino – evento anual do Sistema Ocepar – sediado na Copagril, e o lançamento do slogan da celebração do jubileu de ouro: Copagril 50 anos – O valor está nas pessoas.

50 anos de história

O ano do cinquentenário (2020) começou como um verdadeiro ano de celebração. O Dia de Campo Copagril foi sucesso de público, aproximadamente 13 mil pessoas passaram pelo evento. Em março outro evento de sucesso, quando mais de 2 mil mulheres cooperativistas participaram de uma tarde especialmente preparada para elas. Também houve a abertura do sexto Supermercado Copagril e o primeiro no Mato Grosso do Sul, na cidade de Eldorado. Infelizmente, a extensa programação que envolveria jovens, cooperados, empregados em eventos sociais e técnicos foi cancelada pela pandemia da Covid-19. Contudo, 2020 ainda é de celebração, como revela o diretor-presidente, Ricardo Sílvio Chapla. “São poucas as empresas que chegam aos 50 anos e que chegam como a Copagril. Essa é uma conquista de todos, cada um que passou pela cooperativa e por todos que ainda estão conosco. Parabéns e muito obrigado a todos”, enaltece.

Em agosto de 2020 a Copagril chega a marca de 5.395 cooperados, 3781 empregados e uma estrutura de 22 Lojas, 17 unidades de recebimento de grãos e destas, 14 também de armazenagem, seis Supermercados, quatro Postos de Combustíveis, duas Fábricas de Rações, Unidade Industrial de Aves, Unidade de Recria de Matrizes e Produção de Ovos Férteis, Centro Administrativo, Transportadora, Loja de Máquinas e Implementos, Centro de Distribuição e Estação Experimental.

Com a produção de grãos, suínos, leite e aves crescendo periodicamente, a Copagril firma-se como fundamental aliada ao produtor rural e especialmente ao cooperado, alinhando conhecimento, assistência, insumos e industrialização. Com destaque especial para as comitivas nacionais e internacionais que visitam a Copagril ao longo dos anos para acompanhar os processos e programas de gestão e qualidade.

Uma marca de 50 anos que representa a força do cooperativismo, que representa a superação, o trabalho e vida de muitos que fazem a história da Copagril, porque são elas o principal valor neste meio século de existência e são elas que carregarão a essência do cooperativismo e da Copagril.

Fonte: Assessoria

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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