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Copagril 50 anos: uma história de trabalho, conquista e valor

Em 09 agosto de 1970 foi fundada a Cooperativa Agrícola Mista Rondon, hoje nomeada como Cooperativa Agroindustrial Copagril

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Divulgação/Copagril

Há 50 anos, um grupo de produtores rurais da Região Oeste do Paraná mobilizava-se para uma organização produtiva e econômica que transformaria a realidade de todos, assim, em um domingo de agosto de 1970, mais exatamente no dia 9, fundou-se a Cooperativa Agrícola Mista Rondon, hoje nomeada como Cooperativa Agroindustrial Copagril. Uma organização de produtores, feita para produtores, pautada nos princípios cooperativistas e com o propósito de transformar a realidade produtiva e econômica de agricultores e suinocultores, que na época ainda eram chamados de produtores de porcos.

A nova cooperativa nasceu por muitas mãos, na ata assinaram 29 sócios-fundadores, mas a reunião de fundação tinha mais de 100 produtores e que ligeiramente se tornaram sócios. Uma mobilização de tamanha importância, que no primeiro ano já contava com 352 associados.

Marcando esse período de surgimento, o armazém inflável para cereais foi fundamental para as primeiras atividades e representou um modelo icônico para a época, fomentando o envolvimento da cooperativa na comunidade e na região, com construções de estruturas de armazenamento e atendimento, expansão e atendimento de novas localidades. Em 1971 foi construído o primeiro armazém de fundo chato e a fábrica de rações, assim, o espírito cooperativista prosperava e aquele ano fechou já com 1278 associados.

Nos anos seguintes a Copagril já atendia produtores em vários municípios da Região Oeste, além de Marechal Cândido Rondon, e também no Sul do Mato Grosso do Sul. E com o atendimento de novas áreas e cooperados, também aumentava a necessidade de armazéns, entrepostos, unidades de atendimento e equipamentos, com estruturas físicas e também veículos, como o caso de caminhões para transporte da produção adquiridos ainda nos primeiros anos da década de 70.

Como importante elemento econômico e social para a comunidade local, também foi dentro da Copagril que surgiu, em setembro de 1974, a Associação Atlética Cultural Copagril (AACC), que se mantém atuante até hoje, com projetos que atendem crianças e adolescente, assim como toda gestão social dos empregados. E o compromisso social, também reforçado nos princípios cooperativistas da Copagril, já era vívido em 1977, quando foi fundado o primeiro Clube de Jovens Cooperativistas nomeado “Ordem e Progresso” e ainda atuante, bem como a fundação da Associação de Comitês de Jovens da Copagril e os comitês que surgiram nos anos seguintes, voltados ao envolvimento técnico e social dos jovens do campo.

Com a gestão do recebimento, comercialização, atendimento técnico e insumos, a Copagril firmava-se com bases solidas no apoio ao homem do campo e no desenvolvimento dos municípios de atuação. A relevância cooperativista da Copagril ficou evidente e assim, o ano de 1977 findou com o registro de mais de 5 mil associados.

O final da primeira década foi marcado por enfrentamentos no campo em relação ao clima e com diminuição dos municípios, em decorrência do alagamento do Lago de Itaipu, assim como remodelação na gestão da cooperativa. Mas a década de 80 chegou com novas oportunidade e grandes projetos, quando a cooperativa também passou a atuar com transportes, supermercados e postos de combustíveis. Foi em 1979 que a Copagril se associou a Cooperativa Central Agropecuária Sudoeste (SUDCOOP), hoje Frimesa, e então em 1983 efetivou atuação no setor leiteiro.

Os anos 80 representaram grandes avanços no campo e que também refletiam em produção, onde a Copagril desempenhava papel fundamental ao lado do produtor rural. No período destacaram-se as produções de soja, milho, trigo, algodão, sorgo, suínos e leite. A cooperativa figura como elo de tecnificação importante, transferindo conhecimento, inovação e tecnologia ao cooperado, citamos a difusão do uso de curvas de nível, sistema de plantio direto, sustentabilidade, difusão de tecnologia em sementes, insumos e equipamentos. Uma das principais vitrines de conhecimento é o Dia de Campo Copagril, nos primeiros anos da cooperativa era caracterizado por encontros técnicos diretamente nas propriedades dos cooperados, no final da década de 1980 e início dos anos 1990, a Copagril passou a realizar oficialmente o Dia de Campo, de 1993 até 2011 em área arrendada, e no ano de 2012 passou a ser em uma área de 14,5 hectares, próxima ao aeroporto de Marechal Cândido Rondon. No início da década de 1970 os encontros reuniam em torno de 70 a 100 pessoas, atualmente o público visitante no Dia de Campo Copagril ultrapassa 10.000 pessoas, em dois dias de evento.

Agroindustrialização

A agroindustrialização que marcou a consolidação da Copagril entre os anos de 1985 e 1990, período que também consolida as melhorias em estrutura, diversificação de atividades e ampliação da área de atendimento. Período que também converge com a fundação da Cooperativa de Credito Rural Copagril (Credilago), hoje Sicredi Aliança PR/SP, em julho de 1985.

Avanços que se estenderam pela década de 90, com a consolidação da agroindustrialização, da tecnificação da produção dos cooperados e da Copagril, bem como intensificação das atividades associativas. Período de mudanças econômicas em nível nacional, mas que demostraram a perícia organizacional da cooperativa. Ademais, seguem as ampliações estruturais, informatização das atividades e modernização de governança. Em 1995 a Copagril comemorava o Jubileu de Prata, os 25 anos de fundação, com o lema “Copagril 25 anos – A base do desenvolvimento”.

Em julho 1997 foi inaugurada a Associação dos Comitês Feminos da Copagril e assim como a ACJC, tem como objetivo fomentar a diversificação de atividades, oportunizar crescimento e desenvolvimento para as participantes e familiares com conhecimento técnico e desenvolvimento humano.

O ano de 1999 fechou com ampliações e reformas em estruturas de serviços e unidades, com desempenho positivo no campo, marcado pelos serviços desenvolvidos pela Copagril em produtos, insumos, assistência e tecnologia, de modo a acompanhar o mercado.

Novos desafios

A virada do milênio traz novos modelos para a cooperativa, especialmente marcando a entrada em uma era de expansão, modernização industrial e internacionalização, apoiados no “Projeto Repensando a Copagril”. O período também marca o início da gestão de Ricardo Sílvio Chapla – atual diretor-presidente, o qual foi precedido por Arlindo Alberto Lamb (gestão 1970 – 1973), Leopoldo Piotrowski (gestão 1974 – 1978), Alfredo Kunkel (gestão 1979 -1987) e Valter Vanzella (gestão 1988 – 1999).

Em 2000 a Copagril contava com Unidades em Marechal Cândido Rondon (Sede, Margarida, São Roque, Porto Mendes e Iguiporã), Guaíra (Sede, Bela Vista e Oliveira Castro), Entre Rios do Oeste, Mercedes, Pato Bragado, Santa Helena (Sub-Sede), São José das Palmeiras e Mundo Novo.

Desde a fundação da AACC, as atividades esportivas integram as ações da associação e então, em 2001, junto com a Copagril, instituiu-se a equipe de futsal profissional, que surgiu como projeto de marketing e seguiu até 2019. O time participou dos principais campeonatos estaduais e nacionais, com destaque para três títulos do Campeonato Paranaense Chave Ouro e segundo lugar na Liga Nacional. Uma das principais ações ligadas ao futsal é a atuação nas escolinhas de base, que tem por objetivo a integração esportiva, o desenvolvimento motor e social das crianças e adolescentes, projetos que são mantidos pela AACC e Copagril.

Em 2001 foi inaugurada a Loja Agropecuária em Quatro Pontes e também a remodelação do Supermercado de Marechal Rondon. No ano seguinte houveram remodelações no posto de combustíveis da sede, unidades de Margarida, Pato Bragado e Mercedes. O ano de 2003 contou com a inauguração da Unidade de Recebimento em Eldorado (MS) e o lançamento da pedra fundamental da Unidade Industrial de Aves.

A inauguração da Unidade Industrial de Aves (UIA) em janeiro de 2005 representa um importante passo para a diversificação da produção, fortalecendo a atividade do homem do campo por meio de novas oportunidades de renda e verticalização da gestão rural, em abril começaram os abates de frango e em agosto do mesmo ano foi realizado o primeiro embarque de carne para exportação destinado ao Japão.

Entre 2005 e 2006, a Copagril em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) estabeleceu o projeto “Cooperjovem”, direcionado a educação de crianças com o objetivo de estimular a formação de uma consciência sobre cooperar e o cooperativismo. Atualmente são aproximadamente 25 escolas atendidas, com o envolvimento de mais de 400 professores e 1600 alunos.

No ano de 2007 foi inaugurada a Unidade Industrial de Rações de Entre Rios do Oeste e a Unidade Copagril em Itaquiraí (MS). Em 2009 houve a instalação da Loja Copagril em Nova Santa Rosa e ações de estímulo à atividade leiteira no Mato Grosso do Sul.

O lema “Cooperação, desenvolvimento e oportunidades” acompanhou as celebrações dos 40 anos da Copagril, em 2010. No ano também foi inaugurado o Posto de Combustíveis em Margarida e o lançamento da linha Copagril Alimentos. Em 2011 foi inaugurado o Supermercado Copagril II, em Marechal Cândido Rondon, e a formalização da Loja de Máquinas e Equipamentos Agrícolas, assim como reformas e ampliações em armazéns de várias unidades. Além da intensificação dos projetos ambientais que já compunham o escopo de produção da cooperativa, destacando para o ano os projetos “Águas do futuro” e programa “Mais florestas Copagril”, reforçando o comprometimento da Copagril com o progresso responsável, valorizando o equilíbrio na produção de modo sustentável. Para o setor industrial, o ano de 2011 também foi muito importante, marcado pela certificação British Retail Consortium (BRC) na Unidade Industrial de Aves, fundamental para comercialização, em especial para o mercado interacional.

Em 2012 foi inaugurado o Supermercado Copagril em Guaíra e novas instalações na Unidade de Bela Vista, distrito do município. E ainda a inauguração do Posto de Combustível de Entre Rios do Oeste. O ano seguinte contou com a inauguração da nova estrutura do Posto Copagril de Marechal Cândido Rondo (Sede), novas instalações da Loja em Quatro Pontes e a ampliação de unidades de recebimento de armazenagem. Destaque para 2013 foi o faturamento, quando o ano fechou com mais de R$ 1 bilhão.

A implantação do Núcleo de Recria de Matrizes e Produção de Ovos Férteis – importante para a maximização da produção da cadeia avícola – começou em 2014 e no mesmo período também foram inaugurados os Supermercados Copagril em Nova Santa Rosa e Novo Sarandi (Toledo). De mesmo modo, ocorreram certificações em unidades de recebimento e armazenagem e habilitação na IN 65/2006 da Fábrica de Entre Rios do Oeste, sendo a primeira cooperativa do Paraná a receber tal certificação. O ano ainda foi marcado por uma grande participação, com mais de 3.500 pessoas, na Copa Copagril – o principal evento poliesportivo direcionado aos cooperados.

Em 2015 foram inauguradas as Lojas em Novo Sarandi (Toledo), Pato Bragado e Porto Mendes (Marechal Cândido Rondon), bem como inaugurada a Indústria de Farinha e Gordura Animal (Astrea), junto à Unidade Industrial de Aves. No ano seguinte houve a inauguração da Unidade de Recebimento de grãos na Linha São João, distrito de Margarida em Marechal Cândido Rondon; inauguração da Unidade de Recebimento e Armazenagem em Itaquiraí (MS) e a Inauguração do Posto de Combustíveis em Nova Santa Rosa.

No ano de 2017 foram inauguradas as novas estruturas da Loja Copagril, Fábrica de Rações, armazém graneleiro e oficina mecânica de Marechal Cândido Rondon. Neste ano houve o lançamento do projeto “Rota 50”, projetando os 50 anos com foco no desenvolvimento de novos mercados, diversificação de atividades e gestão focada em resultados. Neste ano, a Revista Copagril chegou à marca de 100 edições.

A linha de produtos IQF (cortes de frango congelados individualmente) foi lançada em 2018. No ano também se retomou as ações em piscicultura e produção do filé de tilápia Copagril, bem como melhorias em unidades de recebimento e a inauguração da Loja Copagril em Realeza, na região Sudoeste do Paraná. Em março do ano seguinte foi inaugurada a Loja em Naviraí, no Mato Grosso do Sul, e ampliado o Supermercado em Nova Santa Rosa. De mesmo modo, 2019 também foi marcado pela realização do Elicoop Feminino – evento anual do Sistema Ocepar – sediado na Copagril, e o lançamento do slogan da celebração do jubileu de ouro: Copagril 50 anos – O valor está nas pessoas.

50 anos de história

O ano do cinquentenário (2020) começou como um verdadeiro ano de celebração. O Dia de Campo Copagril foi sucesso de público, aproximadamente 13 mil pessoas passaram pelo evento. Em março outro evento de sucesso, quando mais de 2 mil mulheres cooperativistas participaram de uma tarde especialmente preparada para elas. Também houve a abertura do sexto Supermercado Copagril e o primeiro no Mato Grosso do Sul, na cidade de Eldorado. Infelizmente, a extensa programação que envolveria jovens, cooperados, empregados em eventos sociais e técnicos foi cancelada pela pandemia da Covid-19. Contudo, 2020 ainda é de celebração, como revela o diretor-presidente, Ricardo Sílvio Chapla. “São poucas as empresas que chegam aos 50 anos e que chegam como a Copagril. Essa é uma conquista de todos, cada um que passou pela cooperativa e por todos que ainda estão conosco. Parabéns e muito obrigado a todos”, enaltece.

Em agosto de 2020 a Copagril chega a marca de 5.395 cooperados, 3781 empregados e uma estrutura de 22 Lojas, 17 unidades de recebimento de grãos e destas, 14 também de armazenagem, seis Supermercados, quatro Postos de Combustíveis, duas Fábricas de Rações, Unidade Industrial de Aves, Unidade de Recria de Matrizes e Produção de Ovos Férteis, Centro Administrativo, Transportadora, Loja de Máquinas e Implementos, Centro de Distribuição e Estação Experimental.

Com a produção de grãos, suínos, leite e aves crescendo periodicamente, a Copagril firma-se como fundamental aliada ao produtor rural e especialmente ao cooperado, alinhando conhecimento, assistência, insumos e industrialização. Com destaque especial para as comitivas nacionais e internacionais que visitam a Copagril ao longo dos anos para acompanhar os processos e programas de gestão e qualidade.

Uma marca de 50 anos que representa a força do cooperativismo, que representa a superação, o trabalho e vida de muitos que fazem a história da Copagril, porque são elas o principal valor neste meio século de existência e são elas que carregarão a essência do cooperativismo e da Copagril.

Fonte: Assessoria

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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo

Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024

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Fotos: Shutterstock

No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.

Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.

“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.

Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.

“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.

Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.

Mudanças estabelecidas

Prazos

Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Fonte: Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado

Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.

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Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.

A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.

Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.

A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.

Ameaças sanitárias e os impactos para a economia

No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.

A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.

Fonte: Assessoria Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

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Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
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