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Copacol transforma desafios ambientais em oportunidades na suinocultura

Conheça as principais ações da cooperativa, uma das referências do agronegócio nacional, que vem adotando tecnologias e práticas para mitigar o impacto ambiental de sua produção de suínos.

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A suinocultura, uma das principais cadeias produtivas do agronegócio brasileiro, enfrenta o desafio crescente de alinhar-se às metas globais de sustentabilidade e redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE). Para entender como o setor está inovando nessa direção, o Jornal Presente Rural entrevistou o gerente da Integração de Suínos e Leite da Cooperativa Agroindustrial Consolata (Copacol), Leonardo Dornelles. Ele detalha as principais ações da empresa, uma das referências do setor, que vem adotando tecnologias e práticas para mitigar o impacto ambiental de sua produção de suínos.

Gerente da Integração de Suínos e Leite da Copacol, Leonardo Dornelles: “Estamos sempre atentos às melhores práticas e inovações para garantir a sustentabilidade da nossa cadeia produtiva” – Fotos: Divulgação/Copacol 

Entre as iniciativas mais relevantes está relacionada ao uso de dejetos suínos para a produção de biogás, uma prática que Dornelles ressalta como central para a estratégia de sustentabilidade da cooperativa. “Em nossas unidades de produção de leitões/desmamados (UPL’s/UPD’s), os dejetos dos suínos são utilizados para a produção de biogás, que atende à demanda energética das granjas e, consequentemente, reduz a emissão de gases de efeito estufa”, explica.

Além disso, um projeto piloto em parceria com um banco está sendo implementado com produtores de terminação, utilizando aditivos biológicos e sistemas de aeração nas esterqueiras para diminuir a emissão de metano. “Alguns produtores já possuem biodigestores em suas propriedades, o que contribui ainda mais para a redução das emissões”, acrescenta o gerente.

A utilização de biodigestores em suas unidades de produção é uma das técnicas que contribui diretamente para a diminuição da liberação de metano. Segundo Dornelles, todas as estações de tratamento de dejetos das Unidades de Produção de Leitões e Desmamados (UPL’s/UPD’s) possuem sistemas de biodigestores que transformam a matéria orgânica em biogás, gerando energia para a própria produção.

Essa prática de manejo sustentável não só reduz os gases nocivos ao meio ambiente, mas também minimiza a geração de odores e melhora a ambiência nas propriedades rurais, contribuindo para a qualidade de vida dos trabalhadores e animais.

Energia renovável e eficiência energética

A matriz energética da suinocultura da Copacol é 100% composta por fontes renováveis. “Utilizamos energia hidrelétrica (concessionárias), usinas fotovoltaicas próprias e biogás gerado nas unidades de produção”, afirma Dornelles. A cooperativa ainda conta com uma usina com biorreatores, que aproveita dejetos suínos, bovinos e resíduos orgânicos da indústria avícola para a produção de biogás.

Essa abordagem é um exemplo de como a Copacol busca integrar a economia circular em seus processos, aproveitando todos os resíduos gerados ao longo da cadeia produtiva. “Temos práticas pontuais que mostram como estamos sempre buscando fechar esse ciclo de aproveitamento de recursos”, enfatiza.

Monitoramento das emissões de GEE e melhorias contínuas

Um ponto-chave nas ações da Copacol é o monitoramento das emissões de GEE. “Realizamos um diagnóstico ambiental da nossa cadeia produtiva, mapeando os principais processos para direcionar ações de inventário dos gases de efeito estufa”, conta Dornelles.

Esses dados são essenciais para implementar melhorias contínuas na produção e garantir que a cooperativa esteja sempre alinhada com as melhores práticas ambientais.

Práticas de manejo da água e solo

Além das emissões, a Copacol investe em práticas voltadas ao uso consciente dos recursos hídricos. “Monitoramos o consumo de água nas unidades de produção, assegurando seu uso eficiente nos processos de dessedentação dos animais e higienização das instalações e nos sistemas de refrigeração dos ambientes produtivos”, expõe Dornelles.

Os dejetos, após o devido tratamento, são utilizados para a fertirrigação de áreas próprias, onde a cultura de tifton é cultivada. Essa planta absorve os nutrientes presentes nos dejetos e gera pré-secado de alta qualidade, utilizado na Unidade de Produção de Bezerras e Novilhas (UPBN) e comercializado como excedente.

Certificações e conformidade ambiental

As boas práticas ambientais da Copacol também estão alinhadas com as exigências de certificações e regulações nacionais e internacionais. “Temos uma área dedicada ao meio ambiente, que presta assistência técnica aos cooperados e garante que as atividades agropecuárias, como avicultura, suinocultura e piscicultura, sejam licenciadas e cumpram a legislação vigente”, enfatiza Dornelles.

Essa abordagem inclui a gestão de resíduos, monitoramento de particulados atmosféricos e o tratamento de água e efluentes, reuso de água, além do uso de energia renovável em todas as áreas produtivas.

As iniciativas da Copacol na suinocultura são um exemplo claro de como inovação e sustentabilidade podem caminhar juntas no agronegócio. Com a adoção de tecnologias avançadas, como os biodigestores, e um forte compromisso com o uso de energias renováveis, a cooperativa tem mostrado que é possível produzir de forma responsável, atendendo às demandas de mercado e, ao mesmo tempo, reduzindo o impacto ambiental. “Estamos sempre atentos às melhores práticas e inovações para garantir a sustentabilidade da nossa cadeia produtiva”, enaltece Dornelles.

Fonte: O Presente Rural

Suínos Congresso O Presente Rural

Focada no produtor rural, programação técnica facilita compreensão e aplicação dos conhecimentos nas práticas diárias do campo

Dedicado e focado no produtor rural, o evento se consolidou como um espaço para a troca de conhecimentos e a promoção de práticas inovadoras no agronegócio brasileiro.

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Foto: Jaqueline Galvão/OP Rural

Com a presença de 800 produtores rurais e profissionais do setor, além de centenas de espectadores que acompanharam a programação online, o Congresso de Suinocultores e Avicultores O Presente Rural, realizado em meados de junho, se firmou como uma plataforma indispensável para o desenvolvimento dos segmentos avícola e suinícola. Dedicado e focado no produtor rural, o evento se consolidou como um espaço para a troca de conhecimentos e a promoção de práticas inovadoras no agronegócio brasileiro.

Dedicado à suinocultura, o primeiro dia do evento abordou os desafios atuais, perspectivas de mercado, a importância do bem-estar animal e da biosseguridade nas granjas, contando entre os palestrantes os presidentes da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Marcelo Lopes, e da Frimesa Cooperativa Central, Elias Zydek. A programação técnica do evento contou com o trabalho da médica-veterinária, mestra em Zootecnia e gerente de Suprimento Suíno da Frimesa, Luana Torres da Rocha, como uma das coordenadoras.

Segundo a profissional, a escolha dos temas abordados no congresso foi cuidadosamente pensada com base nos desafios enfrentados pelos produtores. Ela enfatizou a importância da capacitação em sanidade e bem-estar animal, destacando que ambos são interdependentes. “É impossível garantir o bem-estar animal sem condições sanitárias adequadas e vice-versa”,  expôs.

Os produtores presentes no congresso tiveram a oportunidade de se aprofundar nos principais desafios do setor e discutir soluções em tempo real com os palestrantes e outros participantes. Luana destacou a importância dessa interação para a tomada de decisões estratégicas, especialmente no manejo diário das granjas, como a avaliação de suínos enfermos, o uso correto de antibióticos e os indicadores de bem-estar animal.

A médica-veterinária também ressaltou a importância do congresso para a capacitação dos novos produtores do setor, afirmando que o evento oferece uma linguagem didática que facilita a compreensão e aplicação dos conhecimentos no dia a dia.

A gerente de Suprimento Suíno da Frimesa evidencia que o congresso teve um impacto positivo na adoção de novas tecnologias e práticas sustentáveis pelos produtores. “Apesar de amplamente difundido, o conceito de sustentabilidade poucas vezes é repassado diretamente ao produtor de maneira clara. O congresso apresentou esse conceito de forma acessível, incluindo temas relacionados à produção sustentável”, disse Luana.

“Foi um dia pensado de maneira a agregar valor sem prejudicar as atividades diárias” – Foto: Divulgação

Outro ponto alto do evento foi a facilitação da troca de experiências entre produtores, equipes de fomento das cooperativas Frimesa, Lar, Copagril, C.Vale, Primato e Copacol, além de empresas do setor. “O congresso propicia um ambiente onde produtores, técnicos e empresas podem se encontrar, trocar experiências e realizar benchmarking”, destacou.

Os feedbacks dos produtores após o evento foram extremamente positivos. “Os participantes avaliaram o congresso como uma experiência enriquecedora, destacando a interação com outros suinocultores e equipes técnicas. Foi um dia pensado de maneira a agregar valor sem prejudicar as atividades diárias”, frisou Luana.

Edição 2025

O Congresso de Suinocultores e Avicultores O Presente Rural ganha uma nova roupagem a partir de 2025, quando passa a se chamar Alimenta – Congresso Brasileiro de Proteína Animal & Rendering. Marcado para junho do próximo ano, o evento será bienal, em Foz do Iguaçu, PR, com a promessa de trazer ainda mais novidades e oportunidades para o setor agropecuário brasileiro.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo na suinocultura acesse a versão digital de Suínos clicando aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
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Suínos

Dados dos custos mundiais de suínos são atualizados na CIAS

Em 2023, os estados brasileiros de Mato Grosso e Santa Catarina, assim como os Estados Unidos, se mantiveram na liderança em termos de competitividade de custos em comparação com os demais países da rede InterPIG.

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Foto: Ari Dias
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Estão disponíveis para consulta no site da Central de Inteligência em Aves e Suínos (CIAS) da Embrapa, dados selecionados dos custos mundiais de suínos divulgados durante a reunião anual do Grupo para Comparação dos Custos de Produção na Suinocultura (InterPIG). Este ano, o encontro, organizado pela empresa Átria, aconteceu na Finlândia, na cidade de Seinäjoki, a 360 km da capital Helsinque, entre os dias 17 e 21 de junho.

Os estados do Mato Grosso e de Santa Catarina, no Brasil, e os Estados Unidos mantiveram em 2023 a liderança em custos em relação aos demais países da rede InterPIG.

A reunião InterPIG ocorre anualmente, envolvendo as principais instituições de pesquisa que estudam a competitividade da suinocultura nos principais países produtores e a Embrapa Suínos e Aves participa desde 2008.

Fonte: Assessoria Embrapa Suínos e Aves
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Suínos

Especialista cita práticas fundamentais para a suinocultura dos próximos anos

O cuidado com o conforto, a saúde e o comportamento natural dos suínos atende não apenas às crescentes demandas éticas e regulatórias, como também resulta em benefícios econômicos vantajosos para a cadeia de produção.

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Foto: Shutterstock

Para impulsionar a competitividade e a sustentabilidade na suinocultura brasileira, a promoção do bem-estar animal se torna cada vez mais essencial. O cuidado com o conforto, a saúde e o comportamento natural dos suínos atende não apenas às crescentes demandas éticas e regulatórias, como também resulta em benefícios econômicos vantajosos para a cadeia de produção. “Produtores que investem em práticas de manejo humanitárias observam melhorias na qualidade da carne, na eficiência produtiva e na redução de custos com tratamentos veterinários. Além disso, o bem-estar animal fortalece a imagem do agronegócio brasileiro no mercado internacional, em que consumidores estão cada vez mais exigentes quanto às práticas sustentáveis e responsáveis de produção”, ressaltou a médica-veterinária, mestre em Ciências dos Alimentos, doutora em Medicina Veterinária em Inspeção de Produtos de Origem Animal e diretora técnica da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Charli Ludtke, durante o Congresso de Avicultores e Suinocultores O Presente Rural, realizado em meados de junho em Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná.

De acordo com ela, a busca por melhores práticas na suinocultura brasileira enfrenta uma série de desafios complexos e interconectados. Entre eles a especialista destaca a necessidade de reduzir as emissões de gases do efeito estufa, um fator crítico para mitigar as mudanças climáticas e promover uma produção com práticas mais responsáveis e eficientes; além de fazer a gestão dos resíduos gerados nas propriedades suinícolas. “Isso inclui o tratamento de dejetos líquidos, a destinação adequada de animais mortos, tratamento de efluentes e a transformação dos resíduos em produtos úteis, como biogás e fertilizantes orgânicos”, apontou, enfatizando: “A implementação de sistemas eficientes de gestão de resíduos é importante para minimizar o impacto ambiental e melhorar a sustentabilidade das operações. No entanto, implica custos que devem ser considerados e gerenciados pelos produtores”.

O terceiro fator está relacionado a gestão eficiente da água, a conservação do solo e a utilização responsável de antibióticos, medidas  que visam garantir a sustentabilidade da atividade a longo prazo. “A redução do uso de antibióticos, em particular, é essencial para prevenir a resistência antimicrobiana e proteger a saúde pública”, reforça.

Além disso, um manejo nutricional, sanitário e de bem-estar adequado é indispensável para uma produção de suínos cada vez mais sustentável. “O melhoramento genético, que visa a precocidade e a melhor absorção dos nutrientes pelos animais, contribui para uma produção mais eficiente e menos poluente. O balanceamento das formulações de rações, com o objetivo de reduzir a excreção de nitrogênio, também é uma estratégia importante para diminuir a contaminação ambiental”, afirmou.

O quinto fator diz respeito a educação e capacitação contínua de todos os envolvidos na cadeia produtiva. De acordo com a médica-veterinária, investir em treinamento e atualização constante garante que as práticas sustentáveis sejam adotadas de maneira eficaz, contribuindo para a melhoria contínua da produção e para a competitividade do setor no mercado global.

Contudo, a adoção de boas práticas também depende de políticas públicas e regulamentações que incentivem e norteiem a produção sustentável. “As políticas precisam ser claras e oferecer suporte aos produtores, seja por meio de subsídios, incentivos fiscais ou programas de financiamento específicos. A conformidade com essas regulamentações pode gerar custos adicionais, mas também traz benefícios a longo prazo, como acesso a mercados mais exigentes e valorização do produto”, considera.

Aplicar práticas que promovam a saúde única, integrando a saúde de pessoas, animais, plantas e do ambiente, é essencial para atender às exigências de mercados globais. “A suinocultura brasileira se destaca por seu sistema sanitário robusto, com fiscalização rigorosa e confiável, o que é um diferencial competitivo no cenário internacional”, assegura Charli.

Transparência no mercado

Em um mundo cada vez mais globalizado, a diretora técnica da ABCS enaltece que a transparência dos processos produtivos é uma exigência crescente dos consumidores e dos mercados internacionais. “A implementação de sistemas de rastreabilidade e certificações de qualidade são investimentos necessários para garantir essa transparência e construir a confiança dos consumidores”, sustenta, acrescentando: “Não basta apenas produzir de forma ética e responsável, é preciso mostrar isso de maneira clara e acessível”.

A doutora em Medicina Veterinária em Inspeção de Produtos de Origem Animal diz que os custos de implementação das boas práticas na suinocultura são variados e abrangem desde a capacitação de profissionais até investimentos em infraestrutura e conformidade regulatória. Contudo, esses investimentos são necessários para manter a competitividade do setor e garantir a sustentabilidade da produção. “O desafio da suinocultura é demonstrar que seus sistemas de produção são sustentáveis, garantindo biosseguridade, bem-estar animal e transparência. O setor deve ir além das boas práticas agropecuárias e compartilhar responsabilidades para construir um futuro mais sustentável e ético. O papel do produtor é, portanto, central na promoção da sustentabilidade e na melhoria contínua das práticas de bem-estar animal”, salienta Charli.

No entanto, a especialista afirma que o grande desafio da suinocultura é desenvolver sistemas de produção que sejam comprovadamente sustentáveis. Isso inclui garantir a biosseguridade (saúde do rebanho e segurança do alimento), promover o bem-estar animal, e operar dentro de um sistema de fiscalização sanitária confiável e transparente. “O Brasil possui um sistema sanitário robusto. Poucos países têm um sistema de fiscalização tão estruturado como do nosso país, com entidades nacionais e estaduais de fiscalização”, destaca Charli, ressaltando: “A sustentabilidade na suinocultura vai além de práticas isoladas. É necessário compartilhar responsabilidades entre todos os elos da cadeia produtiva. Isso inclui produtores, reguladores, distribuidores e consumidores, todos trabalhando juntos para criar um sistema de produção mais sustentável e transparente”.

Exigências

A suinocultura no Brasil tem avançado de forma significativa em termos de bem-estar animal, estando alinhada com os padrões internacionais estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA). Conforme Charli, a legislação brasileira converge com as diretrizes de bem-estar animal da OMSA, especialmente em relação ao abate humanitário e às práticas nas granjas e no transporte terrestre dos animais. “O Brasil está muito bem posicionado no que diz respeito ao bem-estar animal. Conseguimos alinhar nossas legislações com as diretrizes da OMSA, estabelecendo parâmetros rigorosos para o abate humanitário e as condições nas granjas”, garante Charli.

No Brasil, três legislações estruturam a atividade  suinícola, assegurando a qualidade de vida dos animais e a conformidade com os padrões internacionais de bem-estar animal. A Portaria 365 estabelece normas para o abate humanitário, garantindo que os procedimentos sejam realizados de maneira a minimizar o sofrimento dos animais. A Instrução Normativa 113 define as práticas de bem-estar nas granjas, abrangendo aspectos como instalações, comportamentos dos suínos, saúde dos animais, práticas de manejo e procedimentos dolorosos, assegurando um ambiente adequado e saudável para os suínos. A Resolução 1.236 especifica o que é considerado maus-tratos aos animais, proporcionando um marco legal para a proteção dos suínos contra práticas abusivas. “Estas legislações fornecem uma base sólida para o setor, mas o desafio agora é integrar o conceito de saúde única, que abrange bem-estar animal, boas práticas agropecuárias, biosseguridade, uso preventivo de vacinas, saúde intestinal e uso prudente de antibióticos”, aponta a profissional. “Para reduzir e racionalizar o uso de antibióticos na suinocultura, precisamos de uma abordagem integrada que melhore a biosseguridade, alimentação animal, meio ambiente e sustentabilidade, implementando e monitorando programas preventivos nas granjas,” complementa Charli.

Prazos de adequação das granjas

A Instrução Normativa 113 estabelece prazos para que as granjas se adequem às novas exigências. Até dezembro de 2021, os produtores tiverem que ajustar a densidade por categorias, incluindo marrãs em pré-cobertura, cachaços adultos em baias, leitões de creche até 30kg e acima de 30kg. “Os produtores precisam ajustar suas instalações, como embarcadouros com inclinação máxima de 25 graus, e realizar a castração cirúrgica com analgesia e anestesia até janeiro de 2030. Além disso, é necessário desenvolver planos de contingência para situações de falta de ração, água ou energia elétrica, bem como treinamentos bienais das equipes, cujas informações devem ser arquivadas por um ano”, detalha Charli.

E ainda, a cadeia produtiva tem até fevereiro de 2031 para adequar o alojamento coletivo de marrãs gestantes, matrizes gestantes ou vazias, e suínos de terminação; e até janeiro de 2045 deve realizar a transição para o alojamento coletivo de matrizes gestantes, eliminar as gaiolas individuais para cachaços e adequar as instalações com pisos compactos e ripados.

Inspeção diária

Charli enfatiza a importância da inspeção diária nas granjas para identificar lesões que possam se agravar, minimizar a necessidade de eutanásia, melhorar os tratamentos e assegurar o bem-estar dos animais. “É nossa responsabilidade garantir sistemas de produção de alimentos cada vez mais sustentáveis”, reforça.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo na suinocultura acesse a versão digital de Suínos clicando aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
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