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Copacol reconhece os Melhores das Integrações 2024
Melhores índices regionais foram premiados nas categorias avicultura, suinocultura, piscicultura, bovinocultura de leite e ovos férteis.
Pelo pioneirismo da diversificação, a Copacol torna cada uma das propriedades integradas um verdadeiro celeiro de oportunidades. Tradicionalmente, para incentivar o contínuo desenvolvimento das atividades, os cooperados que atingem índices mais elevados de produção são homenageados na Premiação dos Melhores das Integrações.
A edição de 2024 do evento que consagra os Melhores dos Melhores em Avicultura, Suinocultura, Piscicultura, Bovinocultura de Leite e Ovos Férteis ocorreu na última sexta-feira (1º), na Aercol, em Cafelândia (PR).
Durante a cerimônia, os produtores que fazem parte da base desse processo que gera emprego e renda para milhares de pessoas comemoraram a evolução alcançada.
O diretor-presidente, Valter Pitol, enfatiza que a Cooperativa desbravou um caminho que possibilizou a realização de sonhos ao longo dos 61 anos de existência da Copacol. Além de valorizar as áreas agrícolas da região, a diversificação das propriedades fez o movimento inverso ao êxodo rural: jovens que antes saiam em busca de emprego nas cidades, agora permanecem ao lado dos pais, agregando conhecimento às atividades. “Olhar essa trajetória e onde chegamos é perceber a importância da diversificação na formação de um cenário rural totalmente diferente do que havia no passado. Os cooperados são especialistas em suas áreas, conhecedores dos manejos eficientes, com acesso a tecnologia de ponta e capazes de tomar as próprias decisões com segurança. Essa personalidade de um produtor gabaritado tem como princípio a atuação contínua da Copacol, incentivando práticas de excelência com uso de tecnologias eficientes presentes no mercado, com a união de esposas, maridos, filhos e netos em todas as ações da Cooperativa”.
Durante o evento, os melhores índices regionais foram premiados com cheques no valor de R$ 1,5 mil. No entanto, o anúncio mais esperado da noite foi do Prêmio dos Melhores dos Melhores, onde apenas um cooperado por categoria recebeu R$ 3 mil como recompensa pela atuação exemplar. Conheça os grandes destaques por atividade.
Avicultura
Dos 754 avicultores da Copacol, 22 foram premiados, cada um representando a região em que atua. O Prêmio de Melhor na Avicultura 2024 ficou para Reginaldo Aparecido Trevisan, da regional de Nova Aurora, com a média do IEP (Índice de Eficiência Produtiva) de 469 pontos; a extensionista destaque ficou para Liana Monteiro Hartmann Massoquetti; o médico veterinário, Bruno Rosseto.
Suinocultora
Composta por 170 suinocultores, três foram premiados (um de cada regional). O Prêmio de Melhor na Suinocultura 2024 ficou para Arlindo Pezenti, da regional de Nova Aurora, com 611 pontos de IEP; a extensionista destaque da área é Ágata Paola Prestes da Silva; a médica veterinária, Isabela de Bortoli.
Piscicultura
A atividade conta com 245 piscicultores integrados, oito foram premiados (um de cada regional), com base na melhor remuneração por quilo dos lotes entregues. O Prêmio de Melhor da Piscicultura 2024 ficou para Valdir Meurer, com R$ 1,5253 de remuneração média por quilo de tilápia; o engenheiro de Pesca destaque na área é Cleiton Pletsch; o extensionista, Luiz Vitor Maximowski.
Bovinocultura de leite
Com uma produção anual de dez milhões de litros de leite entregues à Central Frimesa, a atividade conta com 93 produtores, sendo oito integrados. O Prêmio Melhor da Bovinocultura de Leite 2024 ficou para Márcio Rodrigo Gambetta, de Cafelândia, com média produtiva de 34,22 litros de leite por animal/dia, O médico veterinário destaque é Vinicius Fanhani.
Ovos férteis
A Copacol conta com 26 cooperados que atuam com a produção de ovos férteis, totalizando 48 núcleos. O Prêmio Melhores Ovos Férteis 2024 ficou com Gilseu Griguol, de Anahy. A média de produção por matriz ficou em 166 pintainhos. O médico veterinário destaque ficou para Anderson Luis Moschen; e o extensionista, José Carlos Franco.
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MDA se reúne com Comissão Arns para tratar de violência no campo
Durante a reunião, os membros da Comissão ressaltaram a necessidade de intensificar o enfrentamento contra milícias armadas que têm ameaçado indígenas e agricultores familiares em disputas territoriais.
“A paz no campo inclui a garantia dos direitos dos trabalhadores rurais”, afirma ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.
Divulgação
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, participou de uma reunião com a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns, em São Paulo. O objetivo é discutir soluções para a violência no campo e fortalecer os direitos dos trabalhadores rurais. “A paz no campo inclui a garantia dos direitos dos trabalhadores rurais”, afirmou o ministro, destacando o papel essencial da Comissão Arns na orientação de ações focadas em direitos humanos e na proteção dos povos originários.
Desde que assumiu a pasta, Paulo Teixeira estabeleceu um diálogo contínuo com a Comissão Arns, incorporando várias de suas recomendações nas políticas do MDA. A presidente da Comissão, Maria Victoria Benevides, socióloga e professora emérita da USP, expressou satisfação com a atenção dada pelo ministério às questões apresentadas.
Durante a reunião, os membros da Comissão ressaltaram a necessidade de intensificar o enfrentamento contra milícias armadas que têm ameaçado indígenas e agricultores familiares em disputas territoriais.
Entre as ações do MDA para enfrentar a violência no campo, o ministro Paulo Teixeira destacou a reforma agrária como uma medida essencial para promover a paz e a segurança rural. “Estamos retomando a reforma agrária no Brasil, com foco na capacitação dos agricultores e na preservação do meio ambiente”, afirmou o ministro, ressaltando que a inclusão social e a qualificação dos trabalhadores são fundamentais para combater a violência e garantir os direitos no campo.
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Copacol capacita 1,2 mil cooperados para a semeadura do milho
A tecnologia aplicada nas propriedades integradas tem como princípio a análise criteriosa do Centro de Pesquisa Agrícola (CPA), que compartilha os resultados dos experimentos em ciclos do Seminário Técnico Copacol.
Mais de 1,2 mil cooperados participaram da rodada de encontros no Oeste do Paraná para planejar a próxima safra de milho, frente adversidades climáticas, pragas e doenças mais susceptíveis. A capacitação também será realizada a partir de 18 de novembro no Sudoeste do Paraná.
Com especialistas focados em cada especificidade, a Copacol obtém dados exclusivos sobre o desempenho produtivo em diferentes áreas de atuação. Esse trabalho de pesquisa garante o posicionamento ideal do cooperado, muito antes de a safra iniciar. “Com base nos dados de clima da safra de 2024 e dos dados obtidos em experimentos desenhamos as recomendações para a safra de 2025. Quem define o ritmo da implantação da cultura do milho é a própria cultura da soja. A semeadura se iniciou na primeira quinzena do mês de setembro, o que nos dá um direcionamento para a época da colheita, que tende a se concretizar na segunda quinzena de janeiro, dependendo do clima que se estabelecerá nos próximos meses”, afirma o supervisor do CPA, Vanei Tonini.
Manejo
O manejo do solo é uma etapa fundamental para garantir safra cheia. Experimentos realizados pela Cooperativa demonstraram a eficiência do incremento de calcário na lavoura. A elevação em produtividade foi de 15,8 sacas de milho por alqueire ao ano, na média de quatro safras.
Entre as doenças que mais afetam os resultados produtivos do milho estão a cercosporiose, a mancha-marrom, a mancha-branca, a estria bacteriana e a bipolaris. A sensibilidade de diferentes híbridos foi verificada pelo CPA com o propósito de recomendar as variedades mais eficientes para cada propriedade. “O produtor deve antecipar as aplicações na cultura do milho, com monitoramento contínuo da doença em maior predominância. Cada safra tem uma variação que acompanha a condição climática, estamos com chuvas regulares e precisamos manter essa verificação”, recomenda a pesquisadora Kelen Bordignon, responsável pelo laboratório de plantas e condução experimentos produtos biológicos do CPA.
Preocupação
Em relação às plantas daninhas no sistema de produção, o desafio maior está em combater o capim-amargoso, a trapoeraba e o capim pé-de-galinha. Testes realizados pelos pesquisadores demonstraram a eficiência de herbicidas, bem como a quantidade de aplicações em cada manejo.
O milho voluntário também deve ser controlado: além de ser um hospedeiro da cigarrinha, a competição soja e milho causa 69,9% de redução na produtividade da soja.
Já em relação as pragas, a safra tende a enfrentar o ataque da lagarta do cartucho, do percevejo barriga-verde e da cigarrinha do milho. “A predominância do clima seco e quente elevou a população de pulgões na safra anterior. Para a próxima, devemos nos atentar, na fase inicial, para os percevejos, a cigarrinha e as lagartas”, explica Júnior Somavilla, pesquisador do CPA que também participou das apresentações dos Seminários Técnicos.
Parâmetros de análise
A Copacol conta com estações meteorológicas nas áreas de atuação, que permitem um comparativo de safras, assimilando os resultados com as condições climáticas. O clima para a safra de milho em 2024 foi favorável à produtividade. Na área do CPA foi registrado um total de 578,6 milímetros de chuva no primeiro semestre. As temperaturas ficaram elevadas de janeiro a junho, com máximas superiores a 30°C em janeiro, fevereiro e março.
Em produtividade, a média da Cooperativa ficou em 261 sacas/alqueire, com maior média alcançada em Central Santa Cruz, totalizando 345 sc/alq. A condição de plantio foi um fator predominante para o bom desempenho: a semeadura começou em janeiro e encerrou em 11 de março.
A análise do CPA demonstrou que quanto mais tarde o plantio, menor a produtividade: a redução chegou a 3,4 sacas/dia, em áreas acompanhadas pelos pesquisadores.
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Pioneiro em implantar sistema de plantio direto na palha, Hans Peeten destaca importância do calcário para o sucesso da agricultura brasileira
Atualmente mais de 90% das áreas agricultáveis do Brasil adotam a técnica trazida pelo pesquisador holândes.
De passagem pelo Brasil, um dos idealizadores da Fundação ABC e responsáveis pela difusão do plantio direto na palha em solo brasileiro, o holandês Hans Peeten visitou fábricas do setor agrícola no Paraná e destacou o papel fundamental do calcário para a expansão e sucesso da agricultura na região dos Campos Gerais. “Toda a história do desenvolvimento da região começa com o calcário. Sem isso, não teria agricultura aqui”, enalteceu o pesquisador.
A produção agrícola por hectare cresceu de froma expressiva, atingindo pelo menos o dobro, e, em muitos casos, o triplo de produtividade por hectare nas últimas décadas. “Vocês estão no primeiro mundo. Hoje, a região é um cartão de visitas. É uma paisagem fantástica, conservada, limpa, de alta produtividade, com o produtor animado”, ressaltou Peeten, que morou no Brasil por 15 anos, a partir de 1974, e hoje reside na Holanda, onde atua como consultor em cultivo de batata em países da África e até na Rússia.
Pioneirismo
Peeten esteve em Castro para participar da celebração dos 40 anos da Fundação ABC, instituição particular sem fins lucrativos que realiza pesquisa aplicada para desenvolver e adaptar novas tecnologias para mais de cinco mil produtores rurais filiados das Cooperativas Frísia (Carambeí), Castrolanda (Castro) e Capal (Arapoti), além de agricultores contribuintes de outras três cooperativas do Paraná e Goiás.
Segundo o pioneiro, que ajudou a implantar o sistema de plantio direto na palha no Brasil, modo mais sustentável e que dispensa o arado no solo, o que ainda falta é uma maior atenção para as estradas para escoar a produção. “É uma coisa que eu não entendo. A Holanda que é o segundo maior exportador de produção agrícola do mundo e só funciona por causa da infraestrutura. O diamante agrícola é a pesquisa, a extensão, a assistência técnica e esse trabalho deve ser feito junto pelo governo e o produtor”, apontou, ressaltando que a área agrícola da Holanda é praticamente igual à área que a Fundação ABC atende, cerca de 650 a 700 mil hectares.
Segundo a Federação Brasileira do Plantio Direto, estima-se que atualmente mais de 90% das áreas agricultáveis do Brasil adotam a técnica trazida por Peeten. “Tive a felicidade de encontrar aqui na região produtores que queriam avançar, melhorar a situação. Isso trouxe um ânimo. Em 1977, conseguimos compor um grupo das cooperativas ABC e também de Guarapuava, de Ponta Grossa, da Coopagrícola e de Holambra 2 para uma viagem técnica. Fiz questão de levar gente também do Iapar, da Acarpa para os Estados Unidos e os produtores voltaram com confiança. Era necessário olhar para fora, abrir os horizontes”, relembra.
De acordo com o pesquisador, o solo brasileiro estava se degradando. “A erosão era uma vergonha. A paisagem estava se perdendo e a produção regredindo. Eu já estava trabalhando no plantio direto na Holanda, em solos arenosos, contra a ação do vento. Então surgiu a oportunidade e o pessoal das três cooperativas me contratou”, conta.
O resultado, segundo ele, foi revolucionário e agora é referência para o mundo. “Quem tem palha em cima deste solo tropical, tem produção”, comemora Peeten, que ficou responsável pela parte técnica dentro da Fundação, junto com equipes das três cooperativas, implementando a pesquisa em parceria com as instituições governamentais e empresas, adaptando inclusive as máquinas que na época não eram apropriadas para o novo modelo de cultivo. “Tive a oportunidade de levar a primeira máquina na Toyota para fazer os primeiros testes para o plantio direto”, pontua.
O pesquisador vislumbra oportunidades de expansão no agro regional. “Tem potencial sobrando aqui. O desafio é a genética, a tecnologia, a mão-de-obra. Precisamos treinar mão-de-obra e incentivar o jovem a permanecer no campo”, diz, refletindo sobre os desafios para que a região aumente ainda mais sua produtividade.