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Copacol foca em capacitação e bem-estar dos funcionários para suprir escassez de mão de obra em áreas operacionais e de gestão

Os feirões de emprego organizados pela Copacol são uma resposta concreta a esse desafio.

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Fotos: Divulgação/Copacol

Ciente de que o sucesso de suas operações depende do talento humano, a Cooperativa Agroindustrial Consolata (Copacol), com sede em Cafelândia, PR, tem intensificado seus esforços para atrair pessoas capacitadas para atuar tanto nas áreas operacionais quanto na gestão. No entanto, o cenário atual revela uma preocupação pela escassez de mão-de-obra qualificada, o que exige ações mais assertivas para lidar com essa carência.

Os feirões de emprego organizados pela Copacol são uma resposta concreta a esse desafio. Ao levar a iniciativa para diferentes cidades da região, a cooperativa visa alcançar um maior número de potenciais candidatos, facilitando o acesso a oportunidades de emprego no setor agropecuário. “Até o momento já foram realizados feirões nas cidades de Braganey, Cafelândia, Nova Aurora, Goioerê, Moreira Sales, Cruzeiro do Oeste, Assis Chateaubriand e Ubiratã. Devido ao pleno emprego na região, o desafio está em atrair e reter pessoas tanto nas áreas operacionais quanto em áreas técnicas e de gestão, em especial aquelas com maior qualificação”, salienta o gerente de Gestão de Pessoas da Copacol, Marcos Roberto Antunes.

Para suprir a crescente demanda por mão-de-obra, a Copacol tem adotado diversas outras estratégias para atrair e reter trabalhadores. Além do Feirão de Emprego, intensificou suas ações nos últimos anos, especialmente após a pandemia, quando a escassez de profissionais se agravou. Entre as iniciativas da cooperativa para proporcionar um ambiente de trabalho mais atrativo estão a remuneração variável, a melhoria na divulgação da marca empregadora, campanhas voltadas ao público interno, melhoria das áreas de convivência, volta das mesas de jogos, premiações e a disponibilização de rede de internet para os colaboradores da indústria nos intervalos para descanso. A Copacol também implementou um programa chamado Diálogo de Desenvolvimento Humano Individual (DDI), que possibilita a aproximação das lideranças com os outros colaboradores, fortalecendo as relações de trabalho e a valorização dos profissionais.

Desenvolvimento profissional

A Copacol também investe no desenvolvimento profissional de seus colaboradores. Para isso estabeleceu parcerias educacionais com faculdades e instituições de ensino como o Serviço Social da Indústria (Sesi), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop). “Através dessas parcerias, são oferecidas formações técnicas em áreas como segurança do trabalho, eletromecânica, programa trainee, estágios e pós-graduação, entre outras oportunidades de qualificação. Essas iniciativas visam proporcionar aos colaboradores oportunidades de formação profissional continuada, aprimorando suas habilidades e conhecimentos para atender às demandas específicas da cooperativa”, afirma Antunes.

Primeiro emprego

Para promover a capacitação profissional e estimular a criação de novas iniciativas de emprego, a Copacol também estabelece parcerias com outros setores. Um exemplo é o Programa Jovem Aprendiz, que tem como objetivo preparar as novas gerações para ingressar no mercado de trabalho e seguir uma carreira de forma mais assertiva. A cooperativa reconhece que o futuro da comunidade e da própria Copacol depende da boa formação desses jovens, que precisam desenvolver habilidades e comportamentos essenciais.

Automação

A Copacol tem se dedicado à adoção da automação em seus processos visando reduzir a dependência da mão de obra e aprimorar a qualidade de seus produtos e serviços. Com um olhar atento para a eficiência, a cooperativa estabeleceu o Comitê de Automação, que concentra esforços nos processos industriais e na busca pela redução da necessidade de mão-de-obra. “Diversos setores da empresa têm se beneficiado com a automação, resultando em impactos positivos em termos de eficiência e produtividade”, ressalta Antunes.

Além disso, a automação permite que os colaboradores sejam preparados para assumir novas funções que demandam qualificações adequadas. “A Copacol reconhece a importância de investir no desenvolvimento de sua equipe, proporcionando oportunidades de capacitação e formação para que estejam preparados para as demandas tecnológicas e desafios futuros”, salienta o gerente de Gestão de Pessoas da Copacol.

Gerente de Gestão de Pessoas da Copacol, Marcos Roberto Antunes

Antunes reconhece que o futuro do emprego na cooperativa está intimamente ligado às transformações trazidas pelo avanço da automação. Compreendendo a necessidade de se adaptar a essas mudanças tecnológicas, a Copacol está implementando uma série de estratégias para garantir a preparação e a qualificação de seus colaboradores em um ambiente cada vez mais integrado. “Estamos cientes de que a empregabilidade continua sendo uma prioridade, embora agora demande maior ênfase na qualificação e adaptação dos trabalhadores, como o home office e o treinamento dos colaboradores da indústria por meio da realidade virtual”, expõe.

Conforme o profissional, a Copacol promove a qualificação contínua dos colaboradores em consonância com as mudanças tecnológicas, adotando medidas proativas para garantir a adaptação dos trabalhadores. Segundo o gestor, já são adotadas na cooperativa metodologias ágeis como o Design Thinking (modelo de pensamento que vai além da necessidade de criar um produto ou serviço, centrado no ser humano), oficinas de criatividade e palestras sobre tecnologia e inovação. “Essas iniciativas visam capacitar os colaboradores, proporcionando a eles habilidades e conhecimentos necessários para se adaptar e prosperar em um ambiente de trabalho cada vez mais dinâmico e tecnologicamente avançado”, afirma.

Empregabilidade

A Copacol possui 31 unidades de grãos e insumos espalhadas pelo Oeste e Sudoeste do Paraná, além de duas Unidades Industriais de Aves (Ubiratã e Cafelândia), duas Unidades Industriais de Peixes (Nova Aurora e Toledo), sete fábricas de ração, uma nova Unidade de Produção de Alevinos, em Nova Aurora, e outra que está sendo construída em Quarto Centenário.

Com um quadro de aproximadamente 16 mil funcionários, a Copacol reconhece o impacto das mudanças no mercado de trabalho nas regiões em que atua. No entanto, Antunes ressalta que mesmo com tantas transformações no mercado de trabalho, no que diz respeito a implantação de novas tecnologias nos processos produtivos e de serviços, o reflexo disso nos índices de desemprego são baixos na área de abrangência da cooperativa. “Existe um equilíbrio entre o custo, a velocidade da adoção dessas tecnologias e a qualificação da mão-de-obra para os setores que estão passando por essas mudanças”, sintetiza.

Projetos em andamento

Antunes conta que cooperativa possui projetos em andamento para garantir seu crescimento sustentável. Alguns deles incluem aumentar a capacidade de armazenamento de cereais e insumos, concluir as obras das novas unidades na região Sudoeste do Paraná, automatizar a maior parte do processo industrial, ampliar o abatimento de tilápias na Unidade Industrial de Toledo e implantar projetos para a produção de energias renováveis, como bioenergia e energia fotovoltaica.

Valores da Copacol

Valores como ética, honestidade, responsabilidade, respeito às diferenças e relações humanas exemplares são vivenciados diariamente na cooperativa e têm um impacto significativo no relacionamento com seus funcionários. “A ética e a honestidade são fundamentais para estabelecer um ambiente de confiança e integridade dentro da organização. Os funcionários da Copacol são incentivados a agir de acordo com esses valores, promovendo a transparência e a conduta ética em todas as suas atividades”, enfatiza Antunes, ampliando: “A Copacol demonstra responsabilidade no cuidado com a segurança e o bem-estar dos funcionários, garantindo um ambiente de trabalho seguro e saudável”.

O respeito às diferenças e às relações humanas exemplares são outros pilares importantes entre os funcionários. “A Copacol promove um ambiente inclusivo, onde a diversidade é valorizada e cada indivíduo é celebrado em suas singularidades. Isso cria um clima de trabalho saudável, estimula a colaboração e a troca de ideias entre os funcionários, fortalecendo as relações interpessoais e gerando um ambiente de trabalho mais produtivo e harmonioso”, enaltece Antunes.

A cooperação e os princípios cooperativistas são enraizados na essência da Copacol. Esses valores são vivenciados no relacionamento com os funcionários, onde a colaboração, o apoio mútuo e o trabalho em equipe são incentivados. Os funcionários são encorajados a contribuir com suas ideias, conhecimentos e habilidades, fortalecendo a cultura de cooperação e o senso de pertencimento. “Essa cultura organizacional fortalece o engajamento dos funcionários, estimula o seu desenvolvimento profissional e contribui para o sucesso e crescimento sustentável da cooperativa”, frisa.

Protagonismo

A Copacol, além de ser uma locomotiva econômica importante nas regiões em que atua, reconhece o papel crucial que desempenha no desenvolvimento econômico e social das comunidades. A cooperativa compreende que sua responsabilidade vai muito além do aspecto econômico, buscando promover um impacto positivo nas regiões onde está presente. “A Copacol atua fortemente na área educacional, pois acredita ser essa a mola propulsora do desenvolvimento de uma sociedade. Através de parcerias com o poder público e outras entidades, desenvolvemos projetos sociais junto à comunidade como o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência, o Apoio Cultural, o Busão da Imaginação, o Cooperjovem e a Escola no Campo. Todos eles fazem parte do Propósito Estratégico RG Copacol, iniciativa que já atendeu 37 mil crianças”, comenta Antunes, orgulhoso.

A sustentabilidade ambiental também faz parte da rotina da cooperativa, que cuida do meio ambiente hoje para manter o equilíbrio do ecossistema no presente e para o futuro. Segundo Antunes, o resultado das ações contínuas são propriedades que respeitam a natureza e as pessoas que fazem o uso racional das riquezas naturais. “Reafirmando seu compromisso em contribuir para o desenvolvimento social, busca promover a educação, o respeito ao meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida nas comunidades onde está presente. Por meio de iniciativas sociais e ambientais, a cooperativa demonstra seu comprometimento em ir além do crescimento econômico, ajudando a construir um futuro sustentável e próspero para todos”, pontua.

Futuro promissor

A Copacol vislumbra um futuro promissor, ancorado na essência da cooperação. Como uma das principais cooperativas agropecuárias do Brasil e uma referência na produção de alimentos, reconhece que seu sucesso é fruto do trabalho dedicado de seus cooperados e colaboradores.

A chave para solidificar ainda mais a cooperativa, garantir sua sustentabilidade e continuar sendo uma referência no setor agropecuário está na cooperação de todos os envolvidos. “A união e os esforços de todos garante que projetos sejam executados e concluídos com excelência, proporcionando o equilíbrio econômico e social, o desenvolvimento de pessoas e das cidades, gerando emprego e renda”, destaca.
Antunes reforça que a Copacol está comprometida em fortalecer seus laços cooperativos, fomentar a participação ativa dos cooperados e colaboradores e investir em iniciativas que impulsionem o desenvolvimento sustentável. “A cooperativa continua buscando a excelência em seus processos, aprimorando suas práticas de gestão e capacitando sua equipe. Além disso, seguirá promovendo ações sociais e ambientais que contribuam para o bem-estar das comunidades onde atua. O apoio à educação, o respeito ao meio ambiente e o estímulo ao empreendedorismo local são pilares que dão suporte ao futuro da cooperativa”, evidencia.

A edição Especial de Cooperativismo de O Presente Rural pode ser lida na íntegra on-line clicando aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural

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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo

Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024

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Fotos: Shutterstock

No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.

Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.

“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.

Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.

“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.

Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.

Mudanças estabelecidas

Prazos

Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Fonte: Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado

Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.

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Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.

A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.

Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.

A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.

Ameaças sanitárias e os impactos para a economia

No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.

A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.

Fonte: Assessoria Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

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Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
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