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Copacol capacita 1,2 mil cooperados para a semeadura do milho
A tecnologia aplicada nas propriedades integradas tem como princípio a análise criteriosa do Centro de Pesquisa Agrícola (CPA), que compartilha os resultados dos experimentos em ciclos do Seminário Técnico Copacol.
Mais de 1,2 mil cooperados participaram da rodada de encontros no Oeste do Paraná para planejar a próxima safra de milho, frente adversidades climáticas, pragas e doenças mais susceptíveis. A capacitação também será realizada a partir de 18 de novembro no Sudoeste do Paraná.
Com especialistas focados em cada especificidade, a Copacol obtém dados exclusivos sobre o desempenho produtivo em diferentes áreas de atuação. Esse trabalho de pesquisa garante o posicionamento ideal do cooperado, muito antes de a safra iniciar. “Com base nos dados de clima da safra de 2024 e dos dados obtidos em experimentos desenhamos as recomendações para a safra de 2025. Quem define o ritmo da implantação da cultura do milho é a própria cultura da soja. A semeadura se iniciou na primeira quinzena do mês de setembro, o que nos dá um direcionamento para a época da colheita, que tende a se concretizar na segunda quinzena de janeiro, dependendo do clima que se estabelecerá nos próximos meses”, afirma o supervisor do CPA, Vanei Tonini.
Manejo
O manejo do solo é uma etapa fundamental para garantir safra cheia. Experimentos realizados pela Cooperativa demonstraram a eficiência do incremento de calcário na lavoura. A elevação em produtividade foi de 15,8 sacas de milho por alqueire ao ano, na média de quatro safras.
Entre as doenças que mais afetam os resultados produtivos do milho estão a cercosporiose, a mancha-marrom, a mancha-branca, a estria bacteriana e a bipolaris. A sensibilidade de diferentes híbridos foi verificada pelo CPA com o propósito de recomendar as variedades mais eficientes para cada propriedade. “O produtor deve antecipar as aplicações na cultura do milho, com monitoramento contínuo da doença em maior predominância. Cada safra tem uma variação que acompanha a condição climática, estamos com chuvas regulares e precisamos manter essa verificação”, recomenda a pesquisadora Kelen Bordignon, responsável pelo laboratório de plantas e condução experimentos produtos biológicos do CPA.
Preocupação
Em relação às plantas daninhas no sistema de produção, o desafio maior está em combater o capim-amargoso, a trapoeraba e o capim pé-de-galinha. Testes realizados pelos pesquisadores demonstraram a eficiência de herbicidas, bem como a quantidade de aplicações em cada manejo.
O milho voluntário também deve ser controlado: além de ser um hospedeiro da cigarrinha, a competição soja e milho causa 69,9% de redução na produtividade da soja.
Já em relação as pragas, a safra tende a enfrentar o ataque da lagarta do cartucho, do percevejo barriga-verde e da cigarrinha do milho. “A predominância do clima seco e quente elevou a população de pulgões na safra anterior. Para a próxima, devemos nos atentar, na fase inicial, para os percevejos, a cigarrinha e as lagartas”, explica Júnior Somavilla, pesquisador do CPA que também participou das apresentações dos Seminários Técnicos.
Parâmetros de análise
A Copacol conta com estações meteorológicas nas áreas de atuação, que permitem um comparativo de safras, assimilando os resultados com as condições climáticas. O clima para a safra de milho em 2024 foi favorável à produtividade. Na área do CPA foi registrado um total de 578,6 milímetros de chuva no primeiro semestre. As temperaturas ficaram elevadas de janeiro a junho, com máximas superiores a 30°C em janeiro, fevereiro e março.
Em produtividade, a média da Cooperativa ficou em 261 sacas/alqueire, com maior média alcançada em Central Santa Cruz, totalizando 345 sc/alq. A condição de plantio foi um fator predominante para o bom desempenho: a semeadura começou em janeiro e encerrou em 11 de março.
A análise do CPA demonstrou que quanto mais tarde o plantio, menor a produtividade: a redução chegou a 3,4 sacas/dia, em áreas acompanhadas pelos pesquisadores.
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Primato é a grande campeã do setor de Agronegócio no Anuário Época Negócios 360º
Premiação reconhece a cooperativa como líder no setor, destacando suas práticas de inovação, sustentabilidade e gestão responsável.
Na última segunda-feira (04), a Primato Cooperativa Agroindustrial foi celebrada como a grande campeã do setor de Agronegócio no prestigiado Anuário Época Negócios 360º. O evento, que aconteceu na Villa Bisutti Cardoso de Melo, na Vila Olímpia, em São Paulo, contou com a presença de líderes e representantes de diversas empresas, destacando a importância da excelência na gestão empresarial.
Representando a Primato, o diretor e presidente Anderson Léo Sabadin, junto com o diretor executivo Juliano Millnitz, receberam o prêmio que reconhece a cooperativa como um dos principais protagonistas do agronegócio brasileiro. Para Sabadin, este prêmio é um reflexo do comprometimento de toda a equipe e da visão a longo prazo. “Na Primato, acreditamos que o agronegócio não é apenas uma questão de produtividade, mas também de responsabilidade social e ambiental. Estamos empenhados em inovar e evoluir, sempre buscando melhores práticas para garantir um futuro sustentável para todos”, ressalta.
Avaliação abrangente
A 13ª edição do anuário, realizada em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC), se consolidou como uma referência na avaliação de empresas no Brasil. Diferentemente de outros rankings, o Época Negócios 360º considera não apenas o desempenho financeiro das companhias, mas também cinco desafios fundamentais da administração: inovação, visão de futuro, governança corporativa, performance socioambiental e gestão de pessoas.
Nesta edição, 420 empresas participaram do ciclo de avaliação, um aumento de 2,4% em relação ao ano anterior, demonstrando o crescente interesse das organizações em se destacarem por suas práticas de gestão e sustentabilidade.
Rankeamento
Além das premiações setoriais, o anuário Época Negócios 360º apresenta também rankings das maiores empresas por receita líquida no Brasil, além dos 100 maiores bancos por ativo total e das 50 maiores seguradoras por prêmios emitidos líquidos. Essa diversidade de informações permite que o anuário se torne uma ferramenta valiosa para investidores, analistas e o público em geral.
A conquista da Primato no setor de Agronegócio é um importante marco, reafirmando seu papel como líder no mercado e sua dedicação a práticas empresariais éticas e inovadoras. Com essa premiação, a cooperativa se posiciona ainda mais forte no cenário competitivo do agronegócio nacional.
Notícias Em Minas Gerais
Primeiro Centro de Hidrogênio Verde do Brasil inicia produção
Projeto é uma parceria entre a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável e a Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI).
Desde o dia 30 de outubro, o primeiro centro de hidrogênio verde do Brasil (CH2V), instalado em Minas Gerais, inicia sua produção. A unidade é resultado de uma parceria entre a Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), a Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão de Itajubá (Fapepe) e o projeto H2Brasil, que integra a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável. Com investimento de aproximadamente 5 milhões de euros, o centro tem como objetivo integrar várias frentes de pesquisa com foco na expansão do mercado.
Além da unidade de produção de hidrogênio verde, composta por um eletrolisador do tipo PEM com potência de 300 kW, também foi construída uma estação para abastecimento de veículos, ambas situadas no campus da UNIFEI. Com essa infraestrutura, a universidade terá capacidade de produzir 60Nm³/h de hidrogênio verde, utilizando energia solar proveniente de três usinas próprias, tornando-se um laboratório para pesquisa, desenvolvimento e demonstração da produção e uso desse recurso sustentável. Já existem diversos MoUs e NDAs assinados com indústrias e outras instituições ou em fase de negociação.
Conforme Markus Francke, diretor do H2Brasil, no contexto da atual urgência de transição energética frente à crise climática e à sustentabilidade dos sistemas energéticos globais, o hidrogênio verde (H2V) produzido a partir de fontes renováveis tem sido apontado como peça-chave na descarbonização da indústria, sobretudo em setores difíceis de abater. “O H2V pode servir como combustível para diversas formas de transporte, terrestres, marítimos e aéreo. O Brasil tem vantagens naturais e estruturais para se tornar um player mundial na transição para uma economia de baixo carbono e aproveitar as oportunidades econômicas associadas ao hidrogênio verde”.
Centro de Hidrogênio
O Centro é composto de um prédio com área aproximada de 800 m² dotado de salas, equipamentos e laboratórios para desenvolver atividades e projetos de pesquisa que vão indicar caminhos do hidrogênio com valor agregado nas condições brasileiras. “Agora estamos produzindo hidrogênio a partir da água ao invés do gás natural que é um combustível fóssil. O H2V proveniente de fontes limpas de energia contribuirá direta e indiretamente para que o Brasil assuma o protagonismo global esperado em diversos setores da economia, por exemplo o agronegócio com a produção de fertilizantes”, comenta Luiz Horta Nogueira, professor da Unifei.
O Projeto H2Brasil
O projeto H2Brasil integra a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável e é implementado pela Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH e pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e financiado pelo Ministério Federal da Cooperação Econômica e Desenvolvimento (BMZ) da Alemanha. O objetivo principal do H2Brasil é apoiar a expansão do mercado de hidrogênio verde no país, por meio de fomento à pesquisa, troca de informações entre universidades brasileiras e alemãs, promoção de projetos de inovação e novas tecnologias, estudos de certificação e regulamentação com foco no H2V e promoção de cursos de capacitação profissional.
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Governo encaminha projeto para modernizar licenciamentos ambientais no Paraná
A medida a ser analisada agora pelos deputados estaduais visa aprimorar a regulamentação existente ao aliar as necessidades do setor produtivo com a preservação do meio ambiente.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior encaminhou na última segunda-feira (4) um projeto de lei para a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) com o objetivo desburocratizar os processos de licenciamento ambiental no Estado. A medida a ser analisada agora pelos deputados estaduais visa aprimorar a regulamentação existente ao aliar as necessidades do setor produtivo com a preservação do meio ambiente.
Um dos pilares da proposta é garantir mais segurança jurídica aos empresários que desejam investir no Paraná, bem como aos técnicos envolvidos com a análise e emissão de licenças. Isso porque atualmente não há uma lei específica sobre o tema em âmbito estadual e a regulamentação está espalhada em inúmeras normativas, decretos, portarias e resoluções de órgãos distintos.
Com a aprovação da lei, os procedimentos serão uniformizados e as diretrizes estabelecidas terão mais força legal, além de estarem em consonância com os dispositivos da Política Nacional de Meio Ambiente. A unificação do texto em uma lei própria do Estado também deverá facilitar a consulta e a compreensão de todos os envolvidos.
O projeto prevê a criação de modalidades diferenciadas de licenciamento, com níveis de exigência adaptados ao potencial de impacto de cada atividade. Para empreendimentos considerados de baixo risco ambiental, poderá ser adotada a chamada Licença Ambiental por Adesão e Compromisso (LAC). Nela, o processo será simplificado – em que o próprio empreendedor registrará as informações necessárias –, automático e informatizado, com emissão da licença em até 24 horas.
A consolidação e regularização desse sistema simplificado de licenciamento para empreendimentos de baixo impacto ambiental deverá dar mais celeridade ao processo de aprovação, mas sem abrir mão do cumprimento de critérios rígidos de proteção ambiental. As mudanças também devem significar mais economia de recursos para o Estado e aos empreendedores que precisam da autorização dos órgãos de controle para iniciarem as suas atividades econômicas.
Também haverá a possibilidade da emissão da chamada Declaração de Dispensa de Licenciamento Ambiental (DLAM), a ser concedida para atividades e empreendimentos com baixo potencial de emissão de poluentes ou de impacto no meio ambiente. Dentro dessa modalidade, muitas atividades que se enquadrarem como de baixo risco passam a receber a dispensa de forma automática pelo sistema digital.
No caso de empreendimentos de médio e alto impacto, a proposta continua seguindo o processo de licenciamento mais rigoroso e com etapas específicas de análise, garantindo que os projetos atendam integralmente às normas ambientais estaduais e federais. A uniformização destas etapas também tem o intuito de garantir mais previsibilidade aos empreendedores.
O texto prevê a possibilidade de que os novos estudos ambientais poderão aproveitar dados de estudos de empreendimentos anteriores. Além disso, reforça a importância da fiscalização contínua e de relatórios periódicos para monitorar o cumprimento das normas ambientais sob coordenação dos órgãos responsáveis, especialmente o Instituto Água e Terra (IAT).
O novo modelo deverá facilitar o fluxo de dados no Sistema de Gestão Ambiental (SGA), que já é utilizado pelo Instituto Água e Terra (IAT). Com a centralização e categorização das informações de acordo com o porte dos empreendimentos e o seu impacto ambiental, a expectativa é de que o tempo de análise seja reduzido na maioria dos casos, liberando
Saneamento Básico
Um dos principais benefícios da nova lei é a possibilidade do Paraná avançar mais rápido na universalização do saneamento básico, conforme estabelecido no Marco Legal do Saneamento. Isso porque o texto prevê que as obras ligadas à ampliação e universalização do saneamento poderão ser tratadas com prioridade para a emissão de licenças.
Da mesma forma, também serão priorizadas as análises de obras para ampliação da malha viária, bem como a pavimentação de vias em instalações preexistentes, faixas de domínio e servidão.