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Copacol antecipa distribuição de R$ 150,7 milhões em sobras
Em comparação ao exercício anterior, o aumento chega a 10%.

Mesmo com o cenário de desafios no agronegócio brasileiro, marcado pelas elevações nos custos de produção e da logística, a Cooperativa Agroindustrial Consolata (Copacol) demonstra novamente a importância da união de produtores e da diversificação no campo com a tradicional antecipação das sobras e complementações.
Mais uma vez, o valor bate novo recorde: serão R$ 150,7 milhões divididos entre os 7,3 mil cooperados do Oeste e Sudoeste do Paraná, montante anunciado nesta sexta-feira (09) em reunião conjunta dos membros dos Comitês Educativos e demais integrantes de lideranças cooperativistas. O montante leva em conta as movimentações de cada produtor entre janeiro e novembro deste ano.

Valter Pitol, diretor-presidente Copacol, anunciou o valor recorde de sobra – Fotos: Ascom Copacol
Em comparação ao exercício anterior, o aumento chega a 10%. “Esse resultado é fruto de um trabalho desenvolvido com planejamento e responsabilidade. Enfrentamos momentos de grandes desafios neste ano, mesmo assim, entendemos o quanto as sobras são importantes para os nossos cooperados realizarem compromissos e fazer novos investimentos. O valor é extremamente significativo para cada um aplicar de maneira muito segura nas atividades. A Copacol tem o compromisso de gerar o crescimento de cada um que faz parte desse trabalho que só dá bons resultados graças a união”, afirma o diretor-presidente, Valter Pitol.
Os pagamentos serão feitos na próxima terça-feira (13) por meio de depósitos bancários –os valores poderão ser consultados individualmente no Aplicativo Copacol Cooperado. A segunda parcela será repassada após a AGO (Assembleia Geral Ordinária), prevista para 03 de fevereiro, quando ocorre o fechamento do balanço anual, com os rendimentos de dezembro.
Os cooperados receberão R$ 3 por saca de soja fixada na Cooperativa. Por saca de trigo será pago R$ 1,50; milho R$ 1,50; café R$ 15; 0,10 centavos por litro de leite; insumos 3,5% sobre o faturamento do que foi comprado pelo cooperado na Cooperativa; supermercado e rações 3%; juvenil 0,0141 (unidade); 0,1807 por quilo de peixe.
A Cooperativa também pagará as complementações. Por ave, a primeira parcela de complementação será de R$ 1; a previsão da segunda parcela após a AGO é de
0,30; ovos 0,0319 centavos a unidade agora, 0,0088 após a Assembleia; leitão R$ 10 (cabeça) de adiantamento e R$ 2,19 em fevereiro; no caso do suíno (cabeça), R$ 15 de adiantamento e mais R$ 24,50 após a AGO.
Coopera Sempre
Em seus 59 anos de história, a Copacol se consolida como a grande sustentação para 7,3 mil cooperados, 16 mil colaboradores e comunidade. Com investimentos contínuos, a empresa se destaca na produção de grãos, aves, suínos, leite e peixes – é uma das maiores agroindústrias brasileiras, que neste ano deve atingir R$ 9,3 bilhões em faturamento – o valor final será apresentado após a AGO em fevereiro.
Em 2022, a Cooperativa deu novos passos, ampliando a atuação com a aquisição de novas Unidades de Grãos, Insumos e Sementes no Sudoeste do Paraná, construção da UPD (Unidade de Produção de Desmamados) em Jesuítas e revitalização da Unidade Industrial de Aves de Cafelândia – a primeira do sistema cooperativista no oeste do estado. “Temos consciência da responsabilidade da Copacol em toda a região. É com esse trabalho que milhares de famílias retiram seu sustento. Além dos nossos cooperados e colaboradores, a Cooperativa movimenta a economia. As sobras têm grande impacto no comércio, movimentando a geração de emprego e renda na região”, ressalta Pitol.

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Brasil e Reino Unido avançam em diálogo sobre agro de baixo carbono na COP30
Fávaro apresenta o Caminho Verde Brasil e discute novas parcerias para financiar recuperação ambiental e ampliar práticas sustentáveis no campo.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu nesta quarta-feira (19) com a ministra da Natureza do Reino Unido, Mary Creagh, durante a COP30, em Belém. O encontro teve como foco a apresentação das práticas sustentáveis adotadas pelo setor agropecuário brasileiro, reconhecidas internacionalmente por aliarem produtividade e conservação ambiental.
Fávaro destacou as iniciativas do Caminho Verde Brasil, programa que visa impulsionar a recuperação ambiental e o aumento da produtividade por meio da restauração de áreas degradadas e da promoção de tecnologias sustentáveis no campo.
Segundo o ministro, a estratégia tem ampliado a competitividade do agro brasileiro, com acesso a mercados mais exigentes, ao mesmo tempo em que contribui para metas climáticas.
A agenda também incluiu discussões sobre mecanismos de financiamento voltados a ampliar projetos de sustentabilidade no setor. As autoridades avaliaram oportunidades de cooperação entre Brasil e Reino Unido para apoiar ações de recuperação ambiental, inovação e produção de baixo carbono na agricultura.
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Oferta robusta pressiona preços do trigo no mercado brasileiro
Levantamento do Cepea aponta desvalorização influenciada pela ampla oferta interna, expectativas de safra recorde no mundo e competitividade do produto importado.

Levantamento do Cepea mostra que os preços do trigo seguem enfraquecidos. A pressão sobre os valores vem sobretudo da oferta nacional, mas também das boas expectativas quanto à produtividade desta temporada.
Além disso, pesquisadores do Cepea indicam que o dólar em desvalorização aumenta a competitividade do trigo importado, o que leva o comprador a tentar negociar o trigo nacional a valores ainda menores.

Foto: Shutterstock
Em termos globais, a produção mundial de trigo deve crescer 3,5% e atingir volume recorde de 828,89 milhões de toneladas na safra 2025/26, segundo apontam dados divulgados pelo USDA neste mês.
Na Argentina, a Bolsa de Cereales reajustou sua projeção de produção para 24 milhões de toneladas, também um recorde.
Pesquisadores do Cepea ressaltam que esse cenário evidencia a ampla oferta externa e a possibilidade de o Brasil importar maiores volumes da Argentina, fatores que devem pesar sobre os preços mundiais e, consequentemente, nacionais.
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Instabilidade climática atrasa plantio da safra de verão 2025/26
Semeadura avança lentamente no Centro-Oeste e Sudeste devido à má distribuição das chuvas e períodos secos, segundo dados do Itaú BBA Agro.

O avanço do plantio da safra de verão 2025/26 tem sido afetado por condições climáticas instáveis em diversas regiões do país. De acordo com dados do Itaú BBA Agro, os estados do Centro-Oeste e Sudeste registraram os maiores atrasos, reflexo da combinação entre pancadas de chuva isoladas, má distribuição das precipitações e períodos prolongados de estiagem. O cenário manteve os níveis de umidade do solo abaixo do ideal, dificultando o ritmo da semeadura até o início de novembro.
Enquanto isso, outras regiões apresentaram desempenho distinto. As chuvas mais intensas ficaram concentradas entre Norte e Sul do Brasil, com destaque para o centro-oeste do Paraná, oeste de Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul, onde os volumes superaram 150 mm somente em outubro. Nessas áreas, o armazenamento hídrico mais elevado favoreceu o avanço do plantio, embora episódios de granizo e temporais tenham provocado prejuízos em algumas lavouras. A colheita do trigo também sofreu atrasos e, em determinados pontos, perdas de qualidade.

Foto: José Fernando Ogura
No Centro-Oeste, a distribuição das chuvas variou significativamente ao longo de outubro. Regiões como o noroeste e o centro de Mato Grosso, além do sul de Mato Grosso do Sul, receberam volumes acima de 120 mm, enquanto outras áreas não ultrapassaram os 90 mm. Somente no início de novembro o padrão começou a mostrar maior regularidade.
No Sudeste, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo registraram precipitações que ajudaram a recompor a umidade do solo. Minas Gerais, por outro lado, enfrentou acumulados abaixo da média — especialmente no Cerrado Mineiro, onde outubro terminou com menos de 40 mm de chuva. Com a retomada das precipitações em novembro, ocorreu uma nova florada do café, embora os efeitos da estiagem prolongada continuem gerando preocupação entre produtores.
O comportamento irregular das chuvas segue como fator determinante para o ritmo da safra e mantém o setor em alerta para os próximos meses.




