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Copa faz árabes reforçarem estoque de carnes

Venda de frango brasileiro aos países do Golfo avança 37% entre janeiro e outubro; carnes crescem 31% no período.

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Foto: Arquivo/OP Rural

A presença de cerca de um milhão de torcedores estrangeiros nos países do Golfo para acompanhar a Copa do Mundo do Catar deu um impulso importante às vendas brasileiras de carnes.

Segundo levantamento da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, as exportações de frango para Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes, Kuwait e Omã, que integram o bloco conhecido como Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) e hospedam turistas para o mundial, avançaram 37,14% entre janeiro e outubro de 2022, para US$ 2,059 bilhões. Já as vendas de carne bovina ao CCG cresceram 30,87%, somando US$ 459,53 milhões.

O Catar, país sede do mundial e o que recebeu a maioria dos turistas, registrou o maior crescimento nas exportações de aves. As vendas de frango ao país subiram 66,71% no período, para US$ 177,98 milhões. Os dados indicam ainda que os embarques subiram nos meses que antecederam o mundial. Em julho, agosto e setembro, o Brasil enviou uma média de 11,58 mil toneladas de frango por mês ao Catar. Entre janeiro e junho, a média foi de 7,99 mil toneladas.

No caso da proteína bovina, o Catar registrou o segundo maior crescimento em vendas, logo atrás do Kuwait. As exportações de derivados bovinos ao país avançaram 91,27%, para US$ 31,45 milhões. Nos meses de julho, agosto e setembro, os embarques foram intensificados para reforçar os estoques. A média mensal foi de 528,90 toneladas, frente às 478,22 toneladas embarcadas nos seis primeiros meses do ano.

Tamer Mansour, secretário-geral da Câmara Árabe-Brasileira, destaca que a Copa do Mundo, o Mundial de Clubes nos Emirados Árabes, as provas da Fórmula 1 na região e a retomada da peregrinação às cidades sagradas da Arábia Saudita tiveram papel importante nas vendas de proteínas brasileiras.

Para o dirigente, esses eventos vêm atraindo um volume expressivo de turistas a todos os países do Golfo, movimentando a rede hoteleira e a venda de alimentos. “Em todos os países vendeu-se mais carnes brasileiras. Em quase todos houve aumento nos volumes, a despeito dos esforços árabes para ampliar a produção local de proteínas”, lembra Mansour.

Ainda de acordo com a entidade, as exportações do Brasil para os 22 países da Liga Árabe totalizaram US$ 14,47 bilhões no período, alta de 25,71%, com frango, açúcar, minério de ferro, milho, soja, carne bovina e trigo posicionados na dianteira da pauta de comércio. “Devemos ter um novo recorde de exportações em 2022”, prevê Mansour.

Fonte: Ascom

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Antimicrobianos na agropecuária: por que o futuro da produção animal depende de bem-estar e sustentabilidade

Debate ganha força com a pressão global por modelos pecuários de baixa emissão, transparência no uso de medicamentos e integração entre sanidade, clima e bem-estar nos sistemas de produção.

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Antimicrobianos na pecuária - Foto: Divulgação

O debate sobre antimicrobianos na agropecuária se conecta de forma cada vez mais nítida à agenda ambiental e climática. Sistemas produtivos que dependem fortemente de insumos químicos e medicamentos tendem a ser mais vulneráveis, menos eficientes e mais poluentes. As discussões da COP30, encerrada em 22 de novembro, ofereceram uma oportunidade renovada de trazer o tema para o centro da agenda climática e trouxeram ênfase na defesa por transições justas e inclusivas, que levem a uma só saúde, considerando novas promessas de financiamento e propostas de mecanismos globais para restaurar terras degradadas.

Segundo alerta da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) os sistemas agroalimentares continuam recebendo apenas uma fração do financiamento climático necessário. No Brasil, o setor pecuário enfrenta pressão crescente para adotar modelos de baixa emissão, como pecuária regenerativa, maior eficiência alimentar e melhor monitoramento ambiental, além de avançar em sistemas agroflorestais e práticas que integrem saúde animal e adaptação climática.

Elisa Tjarnstrom, diretora-executiva da COBEA – Foto: Divulgação/COBEA

Falar sobre sustentabilidade na pecuária é também falar sobre sanidade, bem-estar e uso responsável de antimicrobianos. A transição para sistemas mais saudáveis, baseados em prevenção e não em correção, está diretamente ligada à capacidade de adaptação da agropecuária às mudanças climáticas. A Semana Mundial de Conscientização sobre a Resistência Antimicrobiana também se encerrou recentemente, em 24 de novembro, e agora temos uma oportunidade de juntar as duas agendas para facilitar os avanços necessários na agropecuária brasileira.

O uso de antimicrobianos na produção animal tem se tornado um dos temas mais sensíveis e estratégicos da agropecuária moderna. O que antes era visto como ferramenta essencial para garantir produtividade e prevenir doenças, hoje é questionado por seus impactos na saúde pública, no meio ambiente, na imagem e até mesmo na resiliência do setor quando se pensa em resistência aos antimicrobianos. No Brasil, embora o tema tenha ganhado força nas políticas públicas e nas discussões setoriais, ainda há desafios importantes a serem superados para reduzir o uso excessivo e avançar na transparência dos dados.

A produção intensiva de suínos, aves e bovinos geralmente envolve alta densidade de animais e forte pressão sanitária, o que historicamente levou ao uso preventivo de antimicrobianos e, em alguns casos, ao emprego desses produtos como promotores de crescimento. Apesar dos avanços, muitas empresas ainda mantêm práticas profiláticas e poucas adotam planos de redução gradual. Paralelamente, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) vem ampliando o monitoramento e incentivando o uso racional, por meio de diretrizes e de sistemas como o AgroMonitora, que consolida dados nacionais sobre a comercialização de antimicrobianos veterinários.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) recomendam que antimicrobianos de importância crítica para a medicina humana não sejam usados em animais saudáveis. Países da União Europeia proibiram o uso como promotor de crescimento desde 2006, e o mercado internacional vem impondo restrições cada vez maiores. No Brasil, programas de exportação e grandes redes varejistas começam a exigir comprovação de práticas mais responsáveis. É um movimento que alia ciência, segurança e reputação.

Uma resposta promissora para essas questões vem de uma fonte muitas vezes subestimada – o bem-estar animal. A relação entre antimicrobianos e bem-estar é direta como animais criados em ambientes confortáveis, ventilados, com espaço adequado, enriquecimento ambiental, nutrição balanceada e manejo cuidadoso e que adoecem menos. Modelos produtivos com melhor bem-estar conseguem reduzir a dependência de insumos químicos e antimicrobianos, preservam os recursos naturais e se tornam mais resilientes, éticos e competitivos.

Por isso, promover o bem-estar animal não é apenas uma questão ética, mas também uma estratégia sanitária e econômica. A combinação de práticas de BEA, monitoramento comportamental e de saúde, biosseguridade adequada e protocolos eficazes de limpeza e desinfecção é complementar e essencial para reduzir o uso de antimicrobianos. Isso é especialmente relevante porque resíduos de antimicrobianos podem contaminar solos e corpos d’água, favorecendo o surgimento de bactérias multirresistentes – um dos maiores riscos à saúde global.

Para o Brasil, esse é um momento estratégico. Somos um dos maiores produtores e exportadores de proteína animal do mundo e, portanto, temos peso e responsabilidade na definição de padrões sustentáveis globais. Investir em bem-estar animal, biosseguridade e inovação para reduzir o uso de antimicrobianos não é apenas uma questão de conformidade regulatória, é uma aposta em reputação, acesso a mercados estratégicos e segurança alimentar de longo prazo.

O futuro da produção animal será medido não apenas pela quantidade que produzimos, mas pela forma como produzimos. Sistemas que colocam o bem-estar no centro e reduzem a dependência de antimicrobianos são mais alinhados às demandas do século 21: transparência, saúde, clima e ética. A COP30 pode e deve ser um ponto de virada nessa narrativa, consolidando o Brasil como líder na construção de uma agropecuária verdadeiramente sustentável – capaz de alimentar o mundo sem comprometer o futuro. Além disso, chegou a hora de o setor de proteína animal se unir para trabalhar de forma mais focada e estratégica a fim de acelerar os avanços em BEA, um propósito que levou à criação da Colaboração Brasileira de Bem-Estar Animal (COBEA) em 2024.

Fonte: Artigo escrito por Elisa Tjarnstrom, diretora-executiva da Colaboração Brasileira de Bem-Estar Animal (COBEA).
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Paraná lidera produção agro com energia limpa e sustentável

Programa RenovaPR e aproveitamento de resíduos da agropecuária transformam dejetos em biogás e energia solar, reduzindo custos para produtores rurais, fortalecendo a competitividade do campo e promovendo sustentabilidade na agroindústria estadual.

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Fotos: José Fernando Ogura/Arquivo AEN

Enquanto o mundo debate soluções concretas contra as mudanças climáticas, o Paraná acumula resultados expressivos na transição para uma economia de baixo carbono, principalmente pelo empurrão da transformação energética. Com políticas públicas voltadas à geração de energia limpa no campo, nas cidades e na indústria, o Estado se consolida como uma das principais referências do País no uso de fontes renováveis.

A ampliação da matriz solar e de biogás, a expansão das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e a instalação do maior parque eólico da Região Sul reforçam o protagonismo paranaense em sustentabilidade e segurança energética. Mais do que discurso, a agenda tem se traduzido em investimentos e inovação tecnológica.

A geração de energia a partir de fontes limpas foi um dos temas centrais da COP30, que reuniu representantes de quase 200 países para discutir formas de acelerar a transição global e reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), as fontes renováveis responderam por apenas 30% da eletricidade gerada no mundo em 2023 e a expectativa é de que ultrapassem 40% somente no final desta década.

Nesse contexto, o Paraná surge como exemplo de ação local com impacto global. O Estado (que já possui 98% da sua energia produzida a partir de fontes renováveis) constrói uma política energética que alia desenvolvimento econômico, inovação e preservação ambiental, adotando uma visão de longo prazo capaz de unir competitividade e sustentabilidade. “Temos uma grande oportunidade de mostrar ao mundo que no Paraná existem boas políticas públicas de preservação, geração de energia renovável e, acima de tudo, de exemplo para os países de primeiro mundo”, disse o governador. “No Paraná, buscamos ser cada vez mais um Estado equilibrado, que concilia sustentabilidade, desenvolvimento econômico, social e cuidado com o meio ambiente”.

Energia no campo

Lançado em 2021, o programa RenovaPR é um dos principais marcos da política estadual de incentivo à energia limpa. Voltado à geração de energia solar e biogás no campo, o programa já mobilizou cerca de R$ 5,8 bilhões em investimentos e resultou na instalação de 38 mil novas usinas de geração distribuída em propriedades rurais. O volume equivale a mais de 1 gigawatt de potência instalada – energia suficiente para abastecer uma cidade de 2 milhões de habitantes.

O programa combina apoio técnico do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) e condições financeiras facilitadas por meio do Banco do Agricultor Paranaense, cujos juros são subsidiados pela Fomento Paraná. Com isso, milhares de produtores rurais passaram a gerar a própria energia e reduziram custos com eletricidade em até 95%.

Segundo o governador, enquanto o mundo está iniciando a sua transição energética, o RenovaPR é um exemplo de que o Paraná está um passo à frente neste assunto. “Já somos o maior produtor de energia do Brasil, sendo que 98% são de fontes renováveis. Nosso projeto, agora, é aproveitar esse enorme potencial do campo e usar os dejetos da produção suína, avícola e da pecuária leiteira para gerar energia sustentável”, afirma Ratinho Junior.

Os impactos positivos vão além da economia direta. O RenovaPR estimula o aproveitamento de resíduos da produção agropecuária, especialmente na cadeia de suínos e aves, para a geração de biogás e biometano. O uso dos dejetos evita a contaminação de cursos d’água e do solo e ainda garante uma nova fonte de renda, já que os produtores podem vender o excedente de energia ou o biogás purificado para outras finalidades, como o abastecimento de veículos.

O programa também contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa e melhora a eficiência energética no meio rural. A disseminação de painéis solares e biodigestores representa um salto tecnológico importante no campo, com reflexos diretos na competitividade da agroindústria paranaense. “Os novos números do RenovaPR comprovam que o programa tem causado uma verdadeira transformação no campo, baixando o custo de produção para os agricultores, além de reforçar a vocação do Estado como produtor de energia limpa e renovável”, diz o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Marcio Nunes.

Reconhecido como um dos maiores programas estaduais do País no setor, o RenovaPR segue em expansão com a abertura de novas linhas de crédito e capacitações técnicas voltadas a cooperativas e pequenos produtores. O objetivo é ampliar ainda mais a autossuficiência energética rural e consolidar o Estado como referência nacional na transição energética.

Além disso, o Governo do Estado, por meio da Secretaria do Planejamento e a Superintendência-Geral de Gestão Energética, criou um Plano de Biogás e Biometano do Paraná com propostas de ações para diversificar a matriz energética, integrar recursos renováveis e otimizar a gestão de resíduos. Entre os principais benefícios, destacam-se a redução das emissões de gases de efeito estufa, a valorização de resíduos e o fortalecimento da economia local.

Sistema hidrelétrico descentralizado

O Paraná também avança na geração de energia a partir das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), reforçando o protagonismo estadual em fontes limpas e de longo prazo. Atualmente, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Estado possui 114 PCHs e Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) em operação, outras cinco em construção, sete com obras prestes a iniciar e mais de 150 projetos em fase de registro ou estudos de viabilidade.

Nos próximos anos, o Paraná deve receber R$ 1,1 bilhão em investimentos privados para a construção de 11 novas PCHs que abrangem 15 municípios, contratadas no 39º Leilão de Energia Nova A-5 promovido pelo Ministério de Minas e Energia. Os empreendimentos somam 110 megawatts (MW) em potência instalada e têm início de fornecimento previsto para 2030, com foco no atendimento ao mercado regulado.

Essas pequenas usinas representam benefícios socioambientais significativos porque preservam e ampliam matas ciliares, protegem nascentes, contribuem para a melhoria da qualidade da água e reduzem emissões de carbono. Além de ofertarem energia limpa e contínua, geram empregos e aumentam a renda local, impulsionando o desenvolvimento em cidades de pequeno e médio porte.

Na avaliação do presidente do Instituto Água e Terra (IAT), Everton Souza, as PCHs também cumprem um papel de proteção das áreas verdes. “É um exemplo que o Paraná dá. Neste novo leilão, serão mil hectares do empreendimento em si e outros quatro mil hectares que deverão ser protegidos. Ou seja, ofertamos energia limpa e crescemos de maneira sustentável”, detalha.

O governo estadual também estuda, em parceria com o setor privado, a criação de um fundo específico para projetos de energia renovável, com o objetivo de ampliar linhas de crédito e atrair novos investidores. A proposta deve seguir o modelo de fundos voltados ao agronegócio, com condições facilitadas e juros reduzidos para fomentar o crescimento sustentável do setor.

Polo de energia eólica

Na região Sul do Estado, outro marco reforça o protagonismo paranaense na matriz limpa. O IAT autorizou neste ano a instalação do Complexo Eólico Palmas II, um dos maiores empreendimentos do País em geração de energia a partir dos ventos. O investimento de R$ 3,5 bilhões prevê a construção de 72 aerogeradores (turbinas) com potência total de 504 megawatts (MW), o que representa energia suficiente para atender o consumo médio de 300 mil residências.

A nova estrutura é mais potente que o pioneiro Parque Eólico Palmas I, implantado pela Copel há 25 anos, que possuía 2,5 MW de capacidade instalada. Enquanto as turbinas antigas geravam 500 quilowatts por unidade, as atuais podem ultrapassar 7 megawatts cada, produzindo mais energia com menos equipamentos e ocupando uma área proporcionalmente menor. Isso significa menos necessidade de infraestrutura, menor impacto visual e ambiental e mais eficiência na produção.

O empreendimento também é um exemplo de compatibilidade entre desenvolvimento econômico e conservação ambiental. O licenciamento foi concedido após estudos detalhados e prevê a utilização de áreas já abertas, sem supressão de vegetação nativa.

“Conseguimos eliminar totalmente o corte florestal, e cada torre foi posicionada respeitando os corredores de vento e a rota das aves. Foi um projeto construído junto com a população e com os produtores rurais que participam do arrendamento das áreas”, explica Pedro Dias, diretor-executivo do instituto ambiental – responsável pelo licenciamento, estudos técnicos e gestão ambiental do empreendimento, idealizado pela Vento Sul Energia.

O potencial eólico das regiões Sudoeste e Centro-Sul do Paraná, até pouco tempo pouco explorado, ganha com o novo parque um impulso decisivo. Estudos do setor indicam que o Estado reúne condições naturais favoráveis, com ventos estáveis e boa infraestrutura de transmissão, por isso o Governo do Estado aposta que a entrada em operação do complexo de Palmas pode atrair novos investidores e consolidar o Paraná como polo eólico do Sul do Brasil.

Economia com energia solar

A transição energética paranaense também alcança as cidades. Com apoio do Governo do Estado, diversas prefeituras têm adotado sistemas fotovoltaicos em prédios públicos, escolas, unidades de saúde e estações de tratamento de água. As iniciativas contam com suporte técnico da Copel e da Celepar, responsáveis por orientar a instalação e o monitoramento remoto dos equipamentos, o que permite maior eficiência e controle do consumo.

O impacto econômico é direto. Em São Miguel do Iguaçu, no Oeste do Estado, por exemplo, a implantação de painéis solares garantiu uma economia mensal de aproximadamente R$ 24 mil, reduzindo em até 95% a conta de energia elétrica. A iniciativa permitiu que o valor economizado fosse direcionado a outras áreas prioritárias da administração municipal, como educação e saúde.

O modelo vem se expandindo para municípios de diferentes portes, especialmente nas regiões Oeste e Norte do Estado. Em muitos casos, os projetos são desenvolvidos em parceria com cooperativas e consórcios intermunicipais, o que reduz custos e viabiliza investimentos coletivos em energia solar. Além de aliviar os cofres públicos, essas ações fortalecem o compromisso dos municípios com a sustentabilidade e contribuem para a meta estadual de ampliar a participação das fontes renováveis na matriz energética.

Outra ideia anunciada recentemente foi a instalação de usinas fotovoltaicas para o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR) e para a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED). O projeto contempla a implantação de oito usinas de geração solar fotovoltaica, cada uma com potência instalada de 2,5 megawatts (MW), totalizando 20 MW de capacidade. Juntas, essas unidades serão capazes de gerar aproximadamente 32 GWh por ano, energia suficiente para abastecer mais de 15 mil residências de médio porte, contribuindo de forma significativa para a redução da demanda por energia proveniente de fontes fósseis.

Fonte: AEN-PR
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Brasil explora inovação agrícola na Coreia do Sul

Delegação visita LG e CJ Bio para conhecer tecnologias de bioinsumos e soluções sustentáveis que podem transformar o futuro do agro brasileiro.

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Foto; Divulgação/Mapa

Em missão oficial à Coreia do Sul, a delegação brasileira liderada pelo secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Goulart, realizou, na segunda-feira (24), visitas técnicas a fábricas e centros de pesquisa das empresas LG e CJ Bio.

A agenda teve como objetivo aprofundar a cooperação entre os dois países nas áreas de inovação em agrotóxicos, bioinsumos e tecnologias voltadas à agricultura sustentável, com foco no desenvolvimento de produtos mais modernos, seguros e eficientes.

Para o secretário Goulart, as visitas reforçam o interesse mútuo do Brasil e da República da Coreia em ampliar a parceria técnica e comercial no setor agropecuário. “A agricultura brasileira é baseada em inovação. Somos a potência que somos por conta da inovação. Por isso, estreitar relações entre os países é essencial para manter a competitividade do agro”, afirmou.

Compõem a delegação pelo Mapa o coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins, José Victor Torres, e a coordenadora de Registro, Tatiane Nascimento. Pela Anvisa, participam a gerente-geral de Toxicologia, Cassia Fernandes, a gerente de Avaliação de Segurança Toxicológica, Marina Aguiar, o gerente de Produtos Equivalentes, Juliano Malty e a assessora da Terceira Diretoria, Letícia Filier.

Visita ao parque de inovações da LG

Na LG, a delegação conheceu a estrutura global do grupo, que atua em setores como eletrônicos, telecomunicações, química e soluções para agricultura. A empresa apresentou sua visão de gestão baseada em inovação, sustentabilidade e governança, além dos investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento.

A LG também destacou o papel da LG Chem e da FarmHannong, divisão agrícola líder na Coreia em proteção de cultivos, sementes e fertilizantes. A companhia reforçou o interesse em ampliar sua atuação no Brasil e dar continuidade às parcerias com o Mapa e a Anvisa.

CJ Bio apresenta avanços em biotecnologia e soluções sustentáveis

A delegação visitou ainda a CJ Bio, referência mundial em biotecnologia aplicada à agricultura, nutrição e biomateriais. A empresa apresentou seus laboratórios e plataformas de desenvolvimento de microrganismos, fermentação, purificação e produção de bioinsumos.

Foram demonstradas tecnologias voltadas à produção de inoculantes, pesticidas e bioestimulantes, com foco em soluções de baixo impacto ambiental, redução de emissões e recuperação de solos. A CJ Bio também reforçou o interesse em desenvolver produtos biológicos para soja, milho e outras culturas estratégicas para o Brasil.

Fonte: Assessoria Mapa
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