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Coopercitrus fatura R$ 8 bilhões e cresce 35% em 2021

O patrimônio líquido da cooperativa totalizou R$ 1,5 bilhão, com acréscimo de 14,5% sobre o total do exercício anterior. Os resultados de 2021 foram apresentados durante a Assembleia Geral Ordinária, realizada quarta-feira (30), em Bebedouro (SP), reunindo cooperados e dirigentes.

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Divulgação/Coopercitrus

A Cooperativa de Produtores Rurais (Coopercitrus) registrou recorde no faturamento de 2021, chegando a R$ 8 bilhões, com crescimento de 35% frente aos R$ 5.929 bilhões registrados em 2020. O patrimônio líquido totalizou R$ 1,5 bilhão, com acréscimo de 14,5% sobre o total do exercício anterior. Os resultados foram apresentados durante a Assembleia Geral Ordinária, realizada na manhã de quarta-feira (30), em Bebedouro (SP), reunindo cooperados e dirigentes.

O faturamento de 2021 no setor de insumos atingiu 43% em relação a 2020. As vendas de defensivos aumentaram 23% e o faturamento do solo cresceu 73%. Com adubos foliares, a evolução foi de 32%. No ramo de saúde e nutrição animal, o aumento foi de 25%. No de sementes, superior a 64%.

O CEO da Coopercitrus, Fernando Degobbi, destaca que esse crescimento é resultado de um atendimento totalmente integrado. “Minha convicção é que só haverá sustentabilidade no agro com o uso de tecnologia e da inovação. E isso só é possível quando estamos próximos dos cooperados e compreendendo suas demandas. Nós sabemos que o produtor precisa de presença no campo, por isso, continuamos investindo em assistência de técnicos e especialistas. Nosso objetivo é entender, estar próximo e encontrar soluções para contribuir com a jornada de valor do agro”.

Só em 2021, foram 270 mil atendimentos aos cooperados nas unidades de negócios em São Paulo, Minas Gerais e Goiás, com a comercialização de insumos, máquinas e tecnologias agrícolas, na prestação de serviços agropecuários e de agricultura de precisão.

Nova Diretoria

Durante a Assembleia foi realizada eleição da nova diretoria da Coopercitrus. Matheus Marino assumiu a presidência do Conselho Administrativo e José Geraldo da Silveira Mello, foi eleito vice-presidente.

José Vicente da Silva, ex-presidente da cooperativa, passou a integrar o quadro de conselho consultivo. Ele agradeceu a confiança durante seus anos à frente da cooperativa: “Agora passamos para uma nova fase: a consolidação de todo o nosso crescimento. Em 12 anos, a Coopercitrus saltou de um faturamento de R$ 700 milhões para a projeção de R$ 10 bilhões em 2022. Chegamos a esse faturamento graças às nossas estratégias de preservar nosso patrimônio, diversificar nosso portfólio de produtos e intensificar a prestação de serviços aos cooperados. Agora, a Cooperativa irá voar cada vez mais alto”.

O novo presidente do Conselho, Matheus Marino, destaca o êxito no processo da sucessão da diretoria. “Não é apenas uma troca, vamos continuar contando com quem fez e faz história dentro da cooperativa para atendermos às demandas deste novo agro. Essa sucessão é, acima de tudo, uma continuidade, o alinhamento constante das nossas estratégias para oferecer ao cooperado o que ele realmente precisa”.

O novo vice-presidente do Conselho, José Geraldo da Silveira Mello, falou sobre unir experiência e inovação para continuar crescendo: “Ao longo desses 43 anos como colaborador na Coopercitrus eu construí uma relação de confiança e comprometimento com os cooperados e fornecedores. Ao unir minhas forças com o Matheus, formamos uma parceria que foca nos resultados, preservando nossos valores”.

Plano de expansão para 2022 

Ao longo de 2022, a Cooperativa irá inaugurar 10 novas unidades de negócios, entre os estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Com investimentos na ordem de R$ 50 milhões em unidades de fornecimento de insumos e equipamentos, na ampliação do conceito Campo Digital e uma nova fábrica de ração. A previsão é ter a contratação de mais de 200 profissionais especializados.

Crescimento sustentável

A cooperativa publicou o Relatório de Sustentabilidade de acordo com as normas GRI, para apresentar e mensurar os impactos de suas ações junto aos cooperados e sociedade em seu entorno.

Em sua estratégia de sustentabilidade, a cooperativa tem intensificado sua atuação dentro dos conceitos ESG (ambiental, social e de governança). Entre os destaques estão as ações da Fundação Coopercitrus Credicitrus, que desenvolve projetos nas áreas de educação, pesquisa e meio ambiente.

No último ano a Coopercitrus recuperou cerca de 200 minas de água assoreadas em propriedades rurais, através da Fundação, além de realizar o plantio de 35 mil mudas de árvores nativas em propriedades rurais.

Em parceria com o Centro Paula Souza, iniciou-se o curso superior de Big Data para o Agronegócio pela FATEC e o curso de Técnico em Agronegócio, pela Etec, proporcionando formação profissionalizante gratuita e de qualidade para cooperados, filhos de cooperados e toda a comunidade.

Fonte: Assessoria

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Instabilidade climática atrasa plantio da safra de verão 2025/26

Semeadura avança lentamente no Centro-Oeste e Sudeste devido à má distribuição das chuvas e períodos secos, segundo dados do Itaú BBA Agro.

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Foto: Sistema Faep

O avanço do plantio da safra de verão 2025/26 tem sido afetado por condições climáticas instáveis em diversas regiões do país. De acordo com dados do Itaú BBA Agro, os estados do Centro-Oeste e Sudeste registraram os maiores atrasos, reflexo da combinação entre pancadas de chuva isoladas, má distribuição das precipitações e períodos prolongados de estiagem. O cenário manteve os níveis de umidade do solo abaixo do ideal, dificultando o ritmo da semeadura até o início de novembro.

Enquanto isso, outras regiões apresentaram desempenho distinto. As chuvas mais intensas ficaram concentradas entre Norte e Sul do Brasil, com destaque para o centro-oeste do Paraná, oeste de Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul, onde os volumes superaram 150 mm somente em outubro. Nessas áreas, o armazenamento hídrico mais elevado favoreceu o avanço do plantio, embora episódios de granizo e temporais tenham provocado prejuízos em algumas lavouras. A colheita do trigo também sofreu atrasos e, em determinados pontos, perdas de qualidade.

Foto: José Fernando Ogura

No Centro-Oeste, a distribuição das chuvas variou significativamente ao longo de outubro. Regiões como o noroeste e o centro de Mato Grosso, além do sul de Mato Grosso do Sul, receberam volumes acima de 120 mm, enquanto outras áreas não ultrapassaram os 90 mm. Somente no início de novembro o padrão começou a mostrar maior regularidade.

No Sudeste, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo registraram precipitações que ajudaram a recompor a umidade do solo. Minas Gerais, por outro lado, enfrentou acumulados abaixo da média — especialmente no Cerrado Mineiro, onde outubro terminou com menos de 40 mm de chuva. Com a retomada das precipitações em novembro, ocorreu uma nova florada do café, embora os efeitos da estiagem prolongada continuem gerando preocupação entre produtores.

O comportamento irregular das chuvas segue como fator determinante para o ritmo da safra e mantém o setor em alerta para os próximos meses.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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Mercado da soja inicia novembro com preços instáveis e influência do cenário internacional

Oscilações refletem exportações brasileiras em alta, avanço do plantio e incertezas sobre o acordo China–EUA, aponta análise da Epagri/Cepa.

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Foto: Daiane Mendonça

O mercado da soja entrou novembro sob influência de uma combinação de fatores internos e externos que têm gerado oscilações nos preços e incertezas quanto ao comportamento da demanda global. Em Santa Catarina, conforme o Boletim Agropecuário elaborado pela Epagri/Cepa, a média mensal paga ao produtor em outubro registrou leve recuo de 0,6%, fechando o mês em R$ 124,19 a saca.

Já no início de novembro, até o dia 10, há indicação de recuperação: a média estadual subiu para R$ 125,62/sc, movimento influenciado principalmente pelo comportamento das exportações brasileiras e pelas notícias vindas do mercado internacional.

Foto: Claudio Neves

A elevação dos embarques do Brasil em outubro, 6,7 milhões de toneladas, com volume acumulado superior a 100 milhões de toneladas em 2025, ajudou a firmar as cotações internas. Ao mesmo tempo, o anúncio da retomada das importações de soja dos Estados Unidos pela China e os avanços no acordo comercial entre os dois países impulsionaram os contratos futuros em Chicago (CBOT), com reflexos imediatos nos preços no Brasil.

A análise é do engenheiro-agrônomo Haroldo Tavares Elias, da Epagri/Cepa, que classifica o momento como de viés misto, com o mercado reagindo de forma alternada a notícias de estímulo e pressão.

Fatores que influenciam mercado 
Segundo o boletim, fatores de baixa predominam no curto prazo, puxados principalmente pela lentidão nas negociações internas no Brasil, pelo avanço do plantio da nova safra e pela sinalização do acordo China–EUA. Esse movimento pressiona o mercado brasileiro, ao mesmo tempo que fortalece o mercado americano e sustenta as cotações em Chicago.

1. Mercado internacional
Dados de USDA, CBOT, Esalq-Cepea, Investing.com e Bloomberg, compilados pela Epagri/Cepa, apontam:

Foto: Claudio Neves

Fatores de alta:

  • Importações recordes da China em outubro, 9,48 milhões de toneladas, majoritariamente provenientes da América Latina;
  • Recuperação da CBOT por quatro semanas consecutivas.

Fatores de baixa:

  • Falta de confirmação pela China da compra de 12 milhões de toneladas dos EUA;
  • Retomada das importações chinesas de soja americana, reduzindo o espaço para o produto brasileiro;
  • Negociações internas mais lentas no Brasil, o ritmo mais baixo em quatro anos;
  • Correção técnica de estocásticos e realização de lucros após sequência de altas em Chicago.

2. Oferta e mercado interno

Fatores de alta:

  • Exportações brasileiras mantêm ritmo forte;
  • Estruturação da presença chinesa no Brasil, com ampliação de operações, incluindo um novo escritório no Mato Grosso.

Fatores de baixa:

  • Pressão sobre os preços internos, com queda de 1,4% em outubro.

3. Safra e clima
Fatores de baixa:

  • Plantio avançado, com 47% da safra já implantada, reforçando a expectativa de safra recorde entre 177 e 180 milhões de toneladas no

    Foto: Claudio Neves

    ciclo 2025/26;

  • Produtores nos EUA voltaram a vender após as recentes altas, aumentando a oferta global no curto prazo.

Acordo China-EUA 
Embora o mercado tenha reagido às declarações do governo dos Estados Unidos sobre um novo acordo com a China envolvendo a compra de soja, não houve confirmação por parte dos chineses até 12 de novembro, ressalta a Epagri/Cepa. Caso confirmado, o pacto poderia redirecionar parte da demanda da China para a soja americana, reduzindo o volume destinado ao Brasil.

Contudo, a proximidade da entrada da nova safra brasileira — combinada com o calendário já avançado para novembro, torna improvável a formalização do acordo ainda este ano. Por isso, a tendência, segundo a análise, é que a China siga priorizando a soja brasileira nas próximas semanas.

Fonte: O Presente Rural
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Santa Catarina mantém 93% das lavouras de milho em boa condição no início da safra

Epagri/Cepa registra avanço consistente do plantio, com alertas para falhas de germinação e manejo fitossanitário.

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Foto: Shutterstock

O avanço do plantio do milho em Santa Catarina, que já alcança 92% da área prevista para a safra de verão 2025/2026, confirma um início de ciclo predominantemente positivo no estado, mas acompanhado de sinais de alerta pontuais. Segundo o Boletim Agropecuário da Epagri/Cepa, 93% das lavouras são classificadas como boas, um indicador robusto para o período, porém a evolução do desenvolvimento apresenta nuances importantes entre as microrregiões produtoras.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

De maneira geral, o estabelecimento das plantas ocorreu dentro do esperado, com solo apresentando boa umidade e clima favorável nas principais áreas de produção. Ainda assim, a distribuição das chuvas definiu comportamentos distintos entre as regiões, influenciando estandes, sanidade e andamento dos tratos culturais.

No Alto Vale do Itajaí, onde 90% das lavouras estão em boas condições, o desenvolvimento vegetativo é satisfatório, com umidade adequada e apenas focos pontuais de percevejos e cigarrinha. Situação semelhante aparece em Campos de Lages, Planalto Norte e Concórdia, todas com 100% das lavouras avaliadas como boas, apresentando germinação regular, plantas sadias e baixa pressão de pragas. Em Concórdia, inclusive, as primeiras áreas já entraram em floração.

Outras regiões apresentam ritmos distintos. Em Joaçaba, por exemplo, parte das áreas atrasou o plantio devido ao excesso de chuva, e os técnicos registraram ocorrências de percevejo, lagarta e tripes. Já no Litoral Norte, apesar de 100% de condição boa, o excesso de precipitação provocou falhas de germinação, especialmente em lavouras entre os estádios V3 e V8.

No Oeste, regiões importantes para o milho catarinense também mostram realidades variadas. Chapecó/Xanxerê registra 90% das

Foto: Gessí Ceccon

lavouras em boas condições, com plantas em V6 e crescimento favorecido por radiação solar. Em São Miguel do Oeste, o plantio já está finalizado, com início de floração e controle de cigarrinha e ervas daninhas em andamento; 94% das lavouras são classificadas como boas.

O extremo Sul do estado, por sua vez, vem sendo impactado por chuvas intensas. Ainda que 98% das áreas apresentem condição boa, os agrônomos alertam para os efeitos acumulados da umidade elevada nas fases seguintes do desenvolvimento. Em Curitibanos, a semana chuvosa também impôs ajustes no cronograma de tratos culturais, embora as lavouras sejam avaliadas como boas a ótimas.

No cenário estadual, a cigarrinha-do-milho continua sob vigilância, embora com baixa incidência até o momento. A manutenção de condições de sanidade dependerá do monitoramento contínuo e da disciplina no manejo fitossanitário, especialmente em áreas com histórico de enfezamento e maior pressão de insetos.

A Epagri/Cepa reforça que, apesar dos pontos de atenção, o potencial produtivo da safra é positivo. Os próximos dias, marcados pelo comportamento das chuvas e pela manutenção de temperaturas adequadas, serão decisivos para consolidar esse cenário. Se as condições atuais persistirem, Santa Catarina tende a iniciar a colheita com nível elevado de desempenho agronômico e produtivo.

Fonte: O Presente Rural
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