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Cooperativistas catarinenses participam do Integracoop 2022 em Chapecó
Evento acontece nesta sexta (11) e sábado (12) e deve reunir mais de duas mil cooperativistas de todo Estado.

Com a previsão de reunir mais de duas mil pessoas, sendo 1.600 atletas em 19 modalidades esportivas e mais 400 trabalhadores internos e contratados, a 28ª edição do Encontro do Cooperativismo Catarinense (Integracoop ) ocorre entre esta sexta (11) e sábado (12), em Chapecó (SC). A coordenação será da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), com apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo de Santa Catarina (Sescoop/SC) e organização da Cooperativa Agroindustrial Alfa (CooperAlfa). O evento tem como slogan – Gerando Conexões – que faz referência aos 55 anos da anfitriã, a CooperAlfa, juntando a energia das 29 delegações inscritas.
A programação inicia nesta sexta-feira (11), às 13h30 com o show no Pavilhão IV da Efapi, com o reconhecido pianista internacional Rodrigo Sóltton, de Bento Gonçalves (RS). Depois, pontualmente às 14 horas, com a contribuição do Grupo Sou Arte, iniciará o cerimonial de abertura, seguida do momento solene, juramento dos atletas, pronunciamentos e acendimento da Pira Olímpica.
Modalidades e locais das disputas
As modalidades em disputa serão: atletismo, bocha rolada, boliche, canastra, dominó, futebol suíço, futevôlei, futsal, futebol dos presidentes, general, jogos cooperativos (Cooperativismo em Conexão), sinuca, tênis de mesa e de quadra, tiro esportivo, truco, voleibol (quadra), vôlei de areia e xadrez.
O Complexo Verdão será palco do atletismo. Na Associação dos Funcionários da Cooperativa Agroindustrial Alfa (AARA) serão disputadas a bocha feminina e masculina em trios, vôlei de quadra feminino, o futebol suíço livre, o futebol dos presidentes, vôlei de areia masculino e feminino em duplas, futevôlei em dupla masculino e os jogos cooperativos inspirados pelo tema “Cooperativismo em Conexão”. O Strike Boliche Bar será o local do boliche feminino e masculino, além da sinuca em duplas livre. A AABB abrigará os jogos do futsal feminino e também sediará o tênis de quadra individual masculino.
Os embates do tênis de mesa masculino e feminino ocorrerão no Centro Ivo Silveira. O campus da Unoesc estará aberto para os jogos de futebol suíço máster (35 anos), vôlei de quadra feminino, truco em duplas livre, xadrez individual livre, canastra em duplas livre, general caneco (individual) livre e dominó em duplas livre. O tiro esportivo será disputado no Clube Armeria e no Ginásio Marista (Toca da Coruja) serão disputadas as partidas de vôlei de quadra masculino.
Evento em Chapecó
Além da histórica tradição de fomento ao cooperativismo e de reunir importantes cooperativas catarinenses, a escolha de Chapecó levou em conta a estrutura do município para sediar grandes eventos. A cidade conta com uma ampla rede hoteleira formada por 37 estabelecimentos que oferecem 2.400 unidades de hospedagem e 4.500 leitos. Além disso, estão em obras mais três grandes hotéis que,

Presidente da CooperAlfa, Romeo Bet: “A meta é proporcionar as melhores condições e, especialmente, aproximar ao máximo as pessoas” – Foto: Elizandro Giacomini
quando concluídos, representarão um acréscimo de mais 600 unidades com 1.000 novos leitos. Soma-se a isso a estrutura de restaurantes, bares, centro comercial e a vasta rede de prestadores de serviços especializados. Chapecó é um polo educacional (mais de 30 instituições de ensino superior) e de serviços médicos de alta e média complexidade, além de se constituir no segundo maior centro de comunicação social em território barriga-verde.
Essas qualificações garantem segurança, praticidade e conforto para recepção de milhares de convidados em grandes eventos, observa o presidente da CooperAlfa, Romeo Bet. Ele antecipou ainda que a direção da CooperAlfa decidiu que a anfitriã não participará dos jogos este ano, objetivando priorizar o atendimento aos convidados. “Estamos organizando um encontro para atender com atenção e carinho quem vier a Chapecó. A meta é proporcionar as melhores condições e, especialmente, aproximar ao máximo as pessoas. E qualquer ajuste ou contratempo devem ser clareados com harmonia e humanismo, afinal, vamos nos reunir para reforçar amizades e gerar novas e conexões ainda mais fortes”, comentou.

Presidente do Sistema Ocesc/Sescoop-SC, Luiz Vicente Suzin: “A equipe da Alfa é conhecida pelo seu engajamento, comprometimento e eficiência, garantia de sucesso”
O presidente do Sistema Ocesc/Sescoop-SC, Luiz Vicente Suzin, está convicto de que o Integracoop será um grandioso e bem-sucedido evento. “A equipe da Alfa é conhecida pelo seu engajamento, comprometimento e eficiência, garantia de sucesso”.
Presidentes confirmados
Estão confirmadas a presença de diversos presidentes de cooperativas de todo Estado de Santa Catarina para o evento. Eles acompanharão suas delegações, durante a solenidade de abertura oficial, dia 11 de novembro, às 14 horas no Pavilhão IV da Efapi, em Chapecó.
Dentre eles estão Adriano dos Santos (Cooper Vale), Francisco Greselle (Sicoob Credicanoinhas), Neivor Canton (Aurora Coop), Celso Marques Menezes (Unicred Desbravadora), José Pegoraro Foresti (Unimed Chapecó), José Samuel Thiesen (Ceraçá Energia), José Samuel Thiesen (Ceraça Infraestrutura), Moacir Krambeck (Central Ailos), Paulo Renato Camillo (Sicoob Crediauc), Arno Pandolfo (Fecoagro), Arno Pandolfo (Cooperitaipu), Edemar Fronchetti (Sicoob São Miguel), Vanduir Luis Martini (Copérdia), João Carlos Di Domenico (Coocam), Francisco Niehues Neto (Cegero), Walmir João Rampinelli (Coopera), Arlindo Manenti (Coopersulca), Luis Carlos Chiocca (Copercampos), Simplício Meurer (Sicoob Creditapiranga SC/RS), Rui Schneider da Silva (Sicoob Central SC/RS), Elio Casarin (Cooper A1), Vanir Zanatta (Cooperja), Ivair Luiz Filippi Chiella (Sicoob Maxicredito), Claudio Post (Auriverde), Lauri Inacio Slomski (Sicoob Oestecredi), Hercilio Schmitt (Cooper), Carlos Alberto Utzig (Sicoob Creditaipu) e Sergio Cadore (Viacredi).

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025
Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves
A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.
Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.
Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.
Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves
Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.
Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.
Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.
Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro
Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.
No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.
Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável
Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”
Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.
Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.
As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).
Maior mercado mundial de bioinsumos
O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.
A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.
Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.
Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.


