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Cooperativismo pode auxiliar outros modelos de negócio sobre a agenda ESG

O Jornal O Presente Rural entrevistou o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, para falar sobre o atual momento do cooperativismo no Brasil, como as cooperativas e o Sistema OCB têm encarado a agenda ESG e como o modelo de negócio pode inspirar outros setores dentro do agronegócio. Confira!

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Foto: Shutterstock

O Jornal O Presente Rural entrevistou o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, para falar sobre o atual momento do cooperativismo no Brasil, como as cooperativas e o Sistema OCB têm encarado a agenda ESG e como o modelo de negócio pode inspirar outros setores dentro do agronegócio. Confira!

O Presente Rural – Presidente Márcio, fale sobre o cooperativismo agropecuário no Brasil.

Presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas: “A agenda ESG está presente na cultura cooperativista. E cada vez mais estamos empenhados em ampliar isso” – Foto: Divulgação/OCB

Márcio Lopes de Freitas – Com mais de 170 anos de existência no Brasil, as cooperativas agropecuárias têm como objetivo reunir e organizar produtores rurais para fortalecer o seu poder de escala e a sua atuação no mercado. Além desse processo de organização, elas exercem um papel fundamental na assistência técnica, industrialização e comercialização de toda a produção dos cooperados. Uma atuação que pode acontecer nas atividades agropecuária, extrativista, agroindustrial, aquícola ou pesqueira. Com a implementação de novas tecnologias, as cooperativas levam modernização ao campo, abastecem os lares brasileiros com alimentos de qualidade e contribuem diretamente para a economia do país.

O Presente Rural – Qual o impacto social econômico que as cooperativas do Brasil representam?
Márcio Lopes de Freitas – Todos os dias, nossas cooperativas reforçam a relevância do nosso modelo de negócios transformando a realidade de milhares de brasileiros. Ao movimentar a economia com a geração de trabalho, emprego e renda, o cooperativismo leva progresso e qualidade de vida para todo o país.

O cooperativismo possui uma função relevante no meio urbano e rural. Marcando sua relevância em diversos setores distintos, como no mercado financeiro, na agropecuária, na área da saúde, da educação, na geração e distribuição de energia, no turismo, na atividade mineradora, no transporte e também no setor habitacional e de consumo. As cooperativas são, sem dúvida, um agente fundamental para a promoção do desenvolvimento em todos os estados brasileiros.

Hoje são mais de 4,8 mil cooperativas em todos os estados brasileiros da federação, atuantes nos sete ramos do cooperativismo, oferecendo ao mercado e à população produtos e serviços de qualidade e com a marca coop.

O Presente Rural – Quantos empregos e tributos são gerados pelas cooperativas agro do Brasil?
Márcio Lopes de Freitas – Em 2020 as cooperativas agropecuárias brasileiras possuíam mais de 223 mil colaboradores, empregados diretamente no modelo de negócio, fora os incontáveis empregos indiretos gerados pelo modelo. Naquele ano, elas recolheram R$ 8,5 bilhões aos cofres públicos, valor 30% maior que o obtido no ano anterior. Isso sem contar com os mais de R$ 7,1 bilhões investidos em salários e benefícios aos seus funcionários. Totalizando mais de R$ 15 bilhões em tributos e despesas com pessoal.

O Presente Rural – ESG está no DNA das cooperativas agro. Fale a respeito.
Márcio Lopes de Freitas – É isso mesmo. O ESG está no DNA do cooperativismo.  Os conceitos atrás dessas três letrinhas estão presentes nos sete princípios do cooperativismo. O primeiro, “adesão livre e voluntária” está aderente a participação social, ao protagonismo social.  O segundo, “gestão democrática”, onde cada cooperado tem um voto, além de ratificar o social, com o protagonismo das pessoas, também garante que os aspectos de governança da agenda ESG sejam alcançados. Ou seja, só nesses dois princípios o cooperativismo atende aos conceitos social e de governança e isso é cultural no cooperativismo. Não foi incorporado agora, vem da origem do cooperativismo. Já o sétimo princípio, “interesse pela comunidade” nos coloca à frente também na vertente ambiental, pois o cooperativismo é feito de pessoas, que integram as comunidades.  Por isso, ele se preocupa com todas as demandas das comunidades por meio do processo de governança que as cooperativas desenvolvem para preservar e recuperar o meio ambiente, mitigar os impactos ambientais, etc. Ou seja, o cooperativismo busca sempre alternativas mais sustentáveis no seu modelo de negócio. E isso vem desde a sua origem.

O Presente Rural – Como o setor cooperativista do país tem incorporado a agenda ESG em seu dia a dia?
Márcio Lopes de Freitas – Como vimos, a agenda ESG está presente na cultura cooperativista. E cada vez mais estamos empenhados em ampliar isso. Nossas cooperativas estão também empenhadas em mostrar o que estão fazendo nesse sentido, em dar transparência, em melhorar o conhecimento sobre essa agenda. Temos o compromisso de sermos cada vez mais sustentáveis e assim atender aos anseios da sociedade e continuar contribuindo para um mundo melhor.

O Presente Rural – Que tipos de ações ambientais, sociais e de governança as cooperativas realizam?
Márcio Lopes de Freitas – Vamos começar pelo ambiental, onde somos protagonistas na adoção de tecnologias sustentáveis, com foco na preservação e recuperação de ativos ambientais. Fazemos isso com adoção de tecnologias de baixo carbono, recuperação de matas nativas, preservação de nascentes de água, tratamento correto dos nossos resíduos e conscientização ambiental.

No social e na governança, as cooperativas se empenham em garantir o protagonismo de seus cooperados nos processos decisórios da cooperativa, criando mecanismos que facilitem ainda mais a participação social, como criação de conselhos de jovens e mulheres.  Além disso, muitas vezes, criam canais diretos de comunicação entre o cooperado e os conselhos fiscais e de administração da cooperativa.

O Presente Rural – Como o senhor avalia a participação das cooperativas no movimento ESG?
Márcio Lopes de Freitas – O cooperativismo tem muito a ensinar e muito a aprender com o movimento ESG, como por exemplo, evoluir na prestação de contas de suas atividades e externalizar o que já sabemos: somos referência para a agenda ESG.

Portanto, nossa participação é fundamental para nortear a agenda ESG e assim colaborar parar um futuro mais sustentável, onde a participação social seja plena e capaz de orientar e definir os rumos de nossas atividades. Nossa participação está no exemplo e na busca constante pelo desenvolvimento sustentável e participativo.

O Presente Rural – O que esperar do futuro das cooperativas agropecuárias em relação a agenda ESG?
Márcio Lopes de Freitas – Nossa expectativa é que nossas cooperativas continuem sendo protagonistas em relação a agenda ESG e, para isso, estamos trabalhando no nivelamento de conceitos que facilitem ao cooperativismo brasileiro demonstrar, comprovar e evoluir nessa agenda.

O Presente Rural – Como a OCB pode contribuir para o desenvolvimento de uma agenda ESG no sistema cooperativista agropecuário?
Márcio Lopes de Freitas – Como dissemos, o cooperativismo tem em seu DNA a agenda ESG, fato que faz com que muitas cooperativas que desenvolvem ações relevantes em relação ao meio ambiente, social e governança ainda não se reconheçam na agenda ESG, e é aí que reside a maior contribuição.

Do Sistema OCB para nossas cooperativas: colaborar na informação, formação do conhecimento e auxiliar nossas cooperativas a reportar esse protagonismo. Para isso, construímos um plano de trabalho, onde temos ações que vão desde a orientação até a oferta de ferramentas que facilitem os passos das cooperativas na agenda. Ações que permitam às nossas cooperativas, entre elas as agropecuárias, continuarem sendo protagonistas na agenda ESG.

Para saber um pouco mais de como a agenda ESG está movimentando o cooperativismo brasileiro acesse a versão digital da edição Especial de Cooperativismo clicando aqui.

Fonte: O Presente Rural

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Brasil e Japão assinam memorando para fortalecimento da cooperação agrícola

Objetivo é ampliar as relações comerciais entre os países.

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Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro e Ministro da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão, Tetushi Sakamoto - Foto: Divulgação/Mapa

Em reunião bilateral realizada entre o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e o ministro da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão, Tetushi Sakamoto, foi assinado o Memorando de Entendimento para fortalecimento da cooperação entre os dois países no âmbito da agricultura.

O objetivo é tratar da expansão das relações comerciais entre os países, bem como o suprimento estável de grãos do Brasil ao Japão e a promoção de sistemas agroalimentares sustentáveis.

O encontro aconteceu na tarde desta última sexta-feira (13), em Chapada dos Guimarães (MT), após o encerramento da Reunião Ministerial do Grupo de Trabalho de Agricultura do G20.

“Temos muito orgulho da relação Brasil Japão. Temos grandes oportunidade na cooperação e produção de alimentos e energias renováveis”, pontuou o ministro Carlos Fávaro na reunião.

O ministro japonês ressaltou a importância da assinatura do memorando, destacando que a medida atende a diversos aspectos da agropecuária para ambos os países.

Ele aproveitou a ocasião para parabenizar o Brasil pelo sucesso na organização do G20.

Além da assinatura do Memorando de Entendimento, a reunião tratou de temas como a transição energética. Em missão no Japão, Fávaro vistou a Toyota para tratar da fabricação de carros movidos a combustíveis renováveis no Brasil, fortalecendo a agroindústria brasileira e contribuindo como a sustentabilidade do planeta.

Fonte: Assessoria Mapa
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Brasil e Azerbaijão assinam memorando de entendimento para a pecuária e saúde animal

Acordo foi firmado na última sexta-feira (13) durante reunião bilateral no G20 Agro.

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Ministros da Agricultura do Brasil e do Azerbaijão, Carlos Fávaro e Magnum Mammadov - Foto: Divulgação/Mapa

Os ministros da Agricultura do Brasil e do Azerbaijão, Carlos Fávaro e Magnum Mammadov, respectivamente, assinaram Memorando de Entendimento para a cooperação em pecuária e saúde animal nesta sexta-feira (13), durante uma reunião bilateral no G20 Agro.

A cooperação abrange o desenvolvimento da pecuária, saúde animal e matérias-primas; fomento à horticultura; e gestão sustentável do agronegócio e sustentável territorial, além de áreas como genética, biotecnologias de processamento e colheita, aprimoramento de maquinário agrícola e controle de pragas e doenças.

Ministros da Agricultura do Brasil e do Azerbaijão, Carlos Fávaro e Magnum Mammadov – Foto: Divulgação/Mapa

O ministro Carlos Fávaro destacou a importância do compartilhamento de ciência e tecnologia e afirmou que o acordo possibilitará avanços comerciais. “Vamos avançar na implementação dessas cooperações. Este é um momento muito oportuno para firmar novas oportunidades comerciais que sejam benéficas e equilibradas para ambos os países”, disse Fávaro.

 

Já o ministro Mammadov ressaltou a relevância da assinatura do memorando, destacando a importância da cooperação com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Ele mencionou que, nesta sexta-feira, houve uma reunião com a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, na qual foram discutidas parcerias para pesquisa sobre mudanças climáticas. “Entendemos a importância da colaboração e da pesquisa nesse campo. No que diz respeito às relações diplomáticas e à cooperação agrícola, nosso compromisso é firme”, afirmou o ministro do Azerbaijão.

Neste ano, a 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29) acontecerá em novembro, na capital do Azerbaijão, Baku. O evento foi destacado pelos ministros como um marco importante, especialmente por anteceder a COP30, que será realizada em novembro de 2025, em Belém (PA).

Fonte: Assessoria Mapa
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No G20 Agro, Brasil e Portugal firmam memorando para produtos agroalimentares

Foco será garantir o cumprimento das normas de segurança e qualidade

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Reunião bilateral - Foto: Divulgação/Mapa

Durante o encontro do Grupo de Trabalho da Agricultura do G20, no estado de Mato Grosso, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, aproveitou a oportunidade para realizar uma série de reuniões bilaterais estratégicas. Os encontros ocorreram nesta sexta-feira (13), no município de Chapada dos Guimarães (MT).

Os acordos visam fortalecer as relações bilaterais na agricultura e viabilizar projetos conjuntos de cooperação técnica para promover a evolução sustentável dos sistemas produtivos.

Em encontro com o ministro da Agricultura e Pescas de Portugal, José Manuel Fernandes, foi assinado um Memorando de Entendimento (MoU) entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério da Agricultura e Pescas de Portugal (MAGRIP). O documento regula o controle de segurança e qualidade dos produtos agroalimentares, promovendo a cooperação institucional e técnica entre os dois países.

“Esta assinatura demonstra o equilíbrio nas relações e reciprocidade entre Brasil e Portugal, além de abrir portas para novos diálogos e parcerias. Temos outros setores que também podemos explorar em conjunto”, destacou o ministro Carlos Fávaro.

Na ocasião, também foram discutidos pontos de interesse mútuo. O Brasil solicitou o apoio de Portugal nas negociações sanitárias e fitossanitárias junto à União Europeia.

Cooperação Internacional

Índia

Reunião bilateral – Foto: Divulgação/Mapa

O ministro Carlos Fávaro e o ministro da Agricultura e Bem-Estar dos Agricultores da Índia, Ramnath Thakur, reforçaram o interesse e o compromisso de ambos os países em continuar o diálogo em prol dos produtores, por meio de cooperações técnicas. “O Brasil tem grande interesse em manter e ampliar as relações comerciais com a Índia. Nosso objetivo é desenvolver capacidades mútuas na área agropecuária, especialmente no setor de pulses e pecuária leiteira”, afirmou Fávaro.

O ministro indiano convidou Fávaro a conhecer os sistemas agrícolas da Índia, ressaltando que “com certeza o ministro ficará surpreso”.

Emirados Árabes Unidos

Reunião bilateral – Foto: Divulgação/Mapa

Durante o encontro com a ministra das Mudanças Climáticas e Meio Ambiente dos Emirados Árabes, Amna Al Dahhak Al Shamsi, e sua delegação, o ministro Carlos Fávaro apresentou o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD). Fávaro reafirmou o compromisso do Brasil com a sustentabilidade.”Estamos com um objetivo muito claro de zerar o desmatamento. Como? Por meio desse programa que criamos para a recuperação de pastagens degradadas”, disse Fávaro.

A ministra Shamsi destacou a importância da pesquisa para o desenvolvimento de práticas sustentáveis. “Temos avançado nas pesquisas em colaboração com universidades, o Ministério das Mudanças Climáticas e centros de pesquisa dos Emirados Árabes. É essencial para nós garantir que estamos desenvolvendo culturas climaticamente inteligentes que possam prosperar”, afirmou.

Itália

Reunião bilateral – Foto: Divulgação/Mapa

Em continuidade às reuniões bilaterais, o ministro Carlos Fávaro se encontrou com o ministro da Agricultura, Soberania Alimentar e Florestas da Itália, Francesco Lollobrigida, para debater cooperações técnicas e inovações tecnológicas entre os países.

“O G20 Agro foi um grande evento”, afirmou Lollobrigida. “Como presidente do G7, a Itália vê os temas abordados no G20 no Brasil como um ponto de convergência importante”.

Reino Unido

Reunião bilateral – Foto: Divulgação/Mapa

Em reunião com Daniel Zeichner, ministro de Estado para o Departamento de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais (Defra) do Reino Unido, o ministro Fávaro reiterou a satisfação do Brasil em ter o Reino Unido como parceiro para alcançar o objetivo de erradicar a fome, promover a segurança alimentar e melhorar a nutrição global por meio de uma agricultura sustentável, com alta produtividade e resiliência às mudanças climáticas.

Fonte: Assessoria Mapa
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