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Cooperativismo em destaque na COP 28

São três diferentes painéis programados para apresentações no Espaço Brasil, além de um quarto organizado pela Organização Mundial do Comércio que prometem dar visibilidade às soluções promovidas pelo movimento brasileiro em prol do desenvolvimento sustentável, econômico e inclusivo.

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Foto: Divulgação/OCB

A agenda do governo brasileiro durante a 28ª Conferência sobre Mudanças Climáticas da ONU, a COP 28, contará com participação ativa e destacada do cooperativismo. São três diferentes painéis programados para apresentações no Espaço Brasil, além de um quarto organizado pela Organização Mundial do Comércio (OMC) que prometem dar visibilidade às soluções promovidas pelo movimento brasileiro em prol do desenvolvimento sustentável, econômico e inclusivo. A COP 28 acontece em Dubai, nos Emirados Árabes, de 30 de novembro a 12 de outubro com a participação de 80 mil delegados dos 195 países membros da ONU.

A participação é resultado da atuação do Sistema OCB, com o apoio das Organizações Estaduais (OEs) para inserir o cooperativismo na agenda de participação do Brasil no evento. O pavilhão do país, organizado pelo governo federal, unificará as participações do Estado, sociedade civil e setor produtivo. Uma concorrida seleção foi feita pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) para definir a programação. Foram recebidas mais de 700 propostas para as 120 vagas disponíveis. “A realização da Imersão em Cooperativismo Pré-Cop 28 no Paraná e Pará, além da realização de diversas reuniões com órgãos do governo, conseguimos garantir uma agenda de participação bastante positiva para o movimento”, afirmou João Marcos Silva Martins, coordenador de Relações Internacionais do Sistema OCB.

Para o presidente Márcio Lopes de Freitas, o espaço conquistado pelo cooperativismo na conferência reflete a importância que o modelo de negócios tem para a preservação ambiental. “Faz parte da natureza do cooperativismo a busca e a implementação de soluções que conciliem o desenvolvimento econômico com o combate ao aquecimento global e a preservação do meio ambiente. Somos, definitivamente, parte da solução no que diz respeito às questões climáticas, tanto que já somos referência mundial na produção sustentável. O agronegócio cooperativo é pautado em sustentabilidade e no desafio de alcançar uma economia neutra em carbono, com destaque para a redução das emissões de metano”.

O painel Cooperativas: aliadas da sustentabilidade ambiental e segurança alimentar será totalmente coordenado pelo Sistema OCB. Ele será realizado no dia 09 de dezembro e terá 01h30 de duração. Serão apresentados cases de sucesso das cooperativas Cooperacre, Frimesa e Sicoob, e, ainda, relatos de representantes da Alinça Cooperativa Internacional (ACI) da África e Europa. O painel será mediado pela superintendente Tania Zanella e terá também a participação do presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Jorge Viana.

Além do painel do cooperativismo, o Sistema OCB também foi convidado a participar de dois outros coordenados pelos ministérios do Meio Ambiente e Agricultura (Mapa). No dia 05 de dezembro, a analista técnica e especialista em meio ambiente, Laís Nara Castro, irá compor o quadro de palestrantes do painel Proteção e Participação Social construindo resiliência às Mudanças Climáticas, organizado pelo MMA. Já no dia 11, o Mapa promove o painel Plano ABC+ e seu papel na segurança Alimentar. A gerente-geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta fará apresentação sobre as contribuições das cooperativas agropecuárias no fortalecimento do principal programa do governo voltado à agricultura de baixo carbono.

Fabíola também participará, ainda no dia 11, do painel As contribuições da Economia Social e Solidária para os ODS: o papel da política comercial, promovido pela OMC. A apresentação será sobre os impactos do comércio internacional das cooperativas brasileiras para o desenvolvimento sustentável do país, com detalhes das ações práticas realizadas com esse propósito.

Participação do cooperativismo na COP 28:

05/12, terça-feira, 10h30 de Dubai – 03h30 de Brasília
Proteção e Participação Social construindo resiliência às Mudanças Climática – Coordenado pelo Ministério de Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA)
Laís Nara Castro, analista técnica e especialista em meio ambiente do Sistema OCB, apresenta um panorama das soluções brasileiras que impactam o desenvolvimento sustentável.
Trasmissão ao vivo pelo canal do MMA no Youtube

09/12, sábado, 13h30 de Dubai – 06h30 de Brasília
Cooperativas: aliadas da sustentabilidade ambiental e segurança alimentar – Coordenado pelo Sistema OCB
Mediação:Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB
Susanne Westhausen, presidente da Aliança Cooperativa Internacional para a Europa
Sifa Chiyoge, diretora-Geral da Aliança Cooperativa Internacional para as África
Sebastião Nascimento de Aquino, membro do Conselho da cooperativa Cooperacre
Marcelo Cerino, superintendente de Logística Integrada da Central Cooperativa Frimesa
Ênio Meinen, diretor de Coordenação Sistêmica e Relações Institucionais do Sicoob
Trasmissão ao vivo pelo canal do MMA no Youtube
Dia 11/12, segunda, 10h30 de Dubai – 3h30 de Brasília
Plano ABC+ e seu papel na segurança Alimentar – Coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)
Fabíola Nader Mota, gerente-geral do Sistema OCB, apresenta as contribuições das cooperativas brasileiras no fortalecimento do principal programa do governo voltado à agricultura de baixo carbono.
Trasmissão ao vivo pelo canal do MMA no Youtube

Dia 11/12, segunda, 13h30 de Dubai – 06h30 de Brasília
As contribuições da Economia Social e Solidária para os ODS: o papel da política comercial – coordenado pela Organização Mundial do Comércio (OMC)
Fabíola Nader Mota, gerente-geral do Sistema OCB, apresenta os impactos do comércio internacional das cooperativas brasileiras para o desenvolvimento sustentável do país.

Fonte: Assessoria OCB

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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo

Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024

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Fotos: Shutterstock

No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.

Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.

“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.

Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.

“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.

Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.

Mudanças estabelecidas

Prazos

Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Fonte: Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado

Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.

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Fotos: Shutterstock

Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.

A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.

Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.

A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.

Ameaças sanitárias e os impactos para a economia

No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.

A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.

Fonte: Assessoria Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

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Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
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