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Cooperativas reúnem agroindústrias gigantes no mercado de carnes

No Estado, 19 das 79 agroindústrias ligadas às cooperativas são do segmento de carnes, entre elas Frimesa, Alegra, Copacol, Coopavel, Lar, C.Vale

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Divulgação/AENPr

As cooperativas agrícolas paranaenses têm cada vez mais investido na industrialização dos seus produtos. Com o objetivo de agregar maior valor à produção de seus cooperados, as agroindústrias se tornaram potências espalhadas pelo Estado, gerando emprego, renda e muitos produtos, que vão direto para a mesa do consumidor final.

De acordo com dados da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), no Estado existem 215 cooperativas, sendo que 60 são do ramo agropecuário. Ao todo, são 2 milhões de cooperados e o setor gera cerca de 100 mil empregos diretos em todo o Paraná.

São 79 agroindústrias ligadas às cooperativas, sendo 10 indústrias de óleo de soja, 12 moinhos de trigo e milho, 30 indústrias de ração, 16 indústrias de carne, frango e suínos, além de oito plantas de processamento de leite.

Na série de reportagens sobre empresas e produtos “Feitos no Paraná”, apresentamos algumas cooperativas que produzem carnes e derivados.

De acordo com a Ocepar, são 19 cooperativas no Estado com agroindústrias no segmento de carnes (que contemplam bovinos, suínos, frangos, peixes e cordeiros). A maior parte dedica-se à produção de produtos derivados de carne suína. São 11 ao todo e a Alegra é uma delas.

Com sede em Castro, a unidade abate 3.200 suínos por dia e produz cerca de 140 toneladas de produtos diariamente, o que leva a uma média mensal de 3,3 mil toneladas de carnes industrializadas por mês.

De acordo com Valdomiro Santuches, gerente de operações industriais da Alegra, além dos produtos de marca própria, a fábrica industrializa produtos para as marcas Boua e Ceratti, de Goiás e de São Paulo, respectivamente. “Além disso, temos clientes para os quais somos os fornecedores exclusivos, como é o caso do Madero. Todo o bacon utilizado na rede de restaurantes deles é produzido por nós. E também sai daqui 80% de todo o bacon usado no McDonalds no Brasil”, explica.

Além de atender todo o mercado nacional, os produtos da Alegra são exportados para 33 países. São 1,6 mil funcionários na unidade de Castro, o que torna a cooperativa a maior empregadora da região. A empresa integra o grupo Unium, que reúne as cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal.

Referência

Outra gigante do setor, a Frimesa, está investindo pesado na produção de carne suína processada. Está prevista para 2023 a inauguração do maior frigorífico de suínos da América Latina em Assis Chateaubriand, na Região Oeste.

O complexo, com 147 mil metros quadrados de área construída, terá capacidade para abater 15 mil porcos diariamente, resultado de um investimento de R$ 2,5 bilhões. Serão 5,5 mil empregos diretos, que chegam a 8,5 mil quando contados os indiretos.

Toda essa produção fará a cooperativa ganhar escala nacional e internacional. Atualmente, a agroindústria em operação abate 8,3 mil suínos por dia ou 5% da produção nacional. Quantia que abastece parte do mix de 445 produtos.

A cooperativa, explica o diretor-presidente da Frimesa, Valter Vanzella, é resultado da união de outras cinco: Lar, Copagril, Copacol, C. Vale e Primato. Reunião que dá sustentação ao projeto de expansão. “Temos de crescer sempre, não podemos parar no tempo. Mas isso tendo por base uma produção de qualidade, garantindo segurança para quem compra”, ressalta.

Vanzella explica que o planejamento passa diretamente por ganhar mercado no exterior, especialmente no Oriente. “Exportar se tornou um bom negócio, especialmente depois da peste suína africana na China. Saímos de 5% para 20% do faturamento. E há ainda muitas oportunidades para venda no mercado externo”, diz.

Peixes 

Em Cafelândia, no Oeste paranaense, a Copacol também processa carnes, conta com seis mil associados, grupo formado basicamente por pequenos produtores rurais, e emprega, diretamente, 15 mil pessoas.

A Copacol é uma potência, com números robustos na produção de aves e peixes. São 172,3 milhões de frangos abatidos por ano, cerca de 700 mil por dia. E outros 42 milhões de peixes, que ajudam a fazer do Paraná o maior produtor de tilápias do País. Já os suínos são entregues à Frimesa, que fica responsável por industrializar este segmento do negócio.

De acordo com o presidente da Copacol, Valter Pitol, a intenção é dobrar a capacidade de alguns setores até 2023, como a produção de peixes. Hoje, diz ele, os produtos que saem do Oeste paranaense com a marca Copacol chegam a boa parte do Brasil e a 60 países. “Aumentando o processo industrial, aumentamos os empregos e melhoramos a qualidade de vida das pessoas e das cidades”, afirma o presidente.

Crescimento

Também no Oeste, a Coopavel é outra cooperativa forte. Com 50 anos de história, reúne cerca de seis mil cooperados e produz insumos, grãos, trigo, suínos e frango, que representam um faturamento de R$ 3,5 bilhões ao ano.

A Coopavel deve fechar 2020 com um crescimento entre 25% e 30%, mesmo em um período marcado pela pandemia do novo coronavírus. Desempenho semelhante é esperado para 2021. “A geração de emprego começa pela preferência do consumidor. Um produto da Coopavel, por exemplo, está gerando emprego no Paraná. E essa é uma identidade que cresce no Estado de uma maneira muito forte”, ressalta Dilvo Grolli, diretor-presidente da cooperativa. “Nos orgulhamos de ser uma cooperativa 100% paranaense”, acrescenta.

Segundo ele, a cooperativa abate atualmente 220 mil frangos, número que deve saltar para 250 mil em 2021. São também 2 mil suínos diariamente, quantidade prevista para subir 50% no ano que vem, chegando a 3 mil animais.

Emprego

“Somos a cooperativa agroindustrial que mais emprega no País”, afirma o diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial, Irineo da Costa Rodrigues. Com 56 anos de história e quase 12 mil cooperados, a Lar gera 18,3 mil empregos diretos, trabalhando em três atividades principais: produção e soja, de milho e abate de aves.

Considerando apenas a produção de carnes, a Lar abate 700 mil aves por dia, com metade desta produção direcionada para o exterior. De acordo com Rodrigues, a marca Lar está presente em aproximadamente 300 produtos, entre enlatados, congelados, cortes de frangos e grãos. As exportações chegam às Américas, Europa e Ásia.

Por aqui, as unidades da cooperativa estão instaladas em 12 municípios do Oeste paranaense, Leste do Paraguai (10 unidades), em Mato Grosso do Sul com 14 unidades, em Santa Catarina no município de Xanxerê para produção de sementes. Tudo isso, junto, significa um faturamento estimado em R$ 10 bilhões em 2020. “Nosso objetivo é viabilizar as pequenas propriedades. E isso não tem limite”, destaca Rodrigues.

Imponente

Em Palotina, é difícil chegar e não se impressionar com a imponência da C. Vale. Todo dia, por ali, são abatidos 615 mil frangos e 100 mil tilápias. Entre empanados, grelhados, temperados e outros gêneros, 160 toneladas saem da fábrica rumo a pontos de venda de diferentes regiões do País. Há ainda produção de soja, milho, trigo, mandioca, leite e suínos. Tudo isso administrado por um exército de 12 mil funcionários e 23 mil associados.

“O cooperativismo foi a forma que encontramos para fazer com que o pequeno produtor se fixasse no campo. Uma ajuda mútua em que todos ganham”, diz o presidente da cooperativa, Alfredo Lang.

O dirigente conta que tudo ali é aproveitado. Restos da tilápia, por exemplo, são transformados em farinha e as escamas vendidas para a China, usada no Oriente como matéria-prima para a produção de colágeno. Já o pé do frango, pouco aproveitado no Brasil, também é exportado para a China. “Lá é uma iguaria, a população disputa o corte. Chega a ser mais caro do que a coxa e sobrecoxa”, destaca o presidente.

Fonte: AEN/Pr

Notícias

Investidores dos Estados Unidos conhecem Programa de Conversão de Pastagens do Brasil 

Delegação participou de um dos maiores eventos do cenário mundial de investimentos do agronegócio.

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O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) marcou presença no Global AgInvesting New York, um dos mais importantes eventos do cenário mundial de investimentos no agro, que reúne fundos, bancos e empresas que atuam no setor. O evento ocorreu entre os dias 15 e 17 de abril, no Sheraton New York Times Square, nos Estados Unidos.

A comitiva do Mapa contou com a participação do secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais, Julio Ramos, do diretor de Promoção Comercial e Investimentos, Marcel Moreira, e da adida agrícola junto à Embaixada do Brasil em Washington, Ana Lúcia Viana.

Fotos: Divulgação/Mapa

Na oportunidade, foi apresentado o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD), que tem por objetivo incorporar 40 milhões de hectares de pastagens degradadas aos sistemas produtivos brasileiros de alimentos, biocombustíveis e florestas de alta produtividade, através da adoção de tecnologias de produção sustentáveis.

Durante os três dias do evento, os representantes do Mapa se reuniram com diversos investidores interessados no PNCPD.

“Com esse programa, pretendemos não apenas dobrar a produção brasileira nos próximos dez anos, mas também converter pastagens degradadas em áreas produtivas diversificadas. O objetivo é atender às metas nacionais de redução do desmatamento e recuperação da vegetação nativa, fortalecendo a segurança alimentar mundial e a resiliência climática”, ressaltou Marcel Moreira.

De acordo com os representantes do Ministério, a presença brasileira potencializou ainda a promoção dos benefícios do programa, que incluem a segurança alimentar global, a conservação das florestas nativas brasileiras, a fixação de carbono, além da geração de renda e emprego para o Brasil.

“Foi uma ótima oportunidade para o Brasil dialogar com fundos privados, bancos estrangeiros e grandes empresas interessadas em investir em nosso país, reconhecendo o nosso potencial para o desenvolvimento sustentável mundial. Representando o ministro Carlos Fávaro e o secretário Roberto Perosa, deixamos o encontro com grandes perspectivas e oportunidades. É o Brasil sendo protagonista mais uma vez uma vez em programas de sustentabilidade e geração de emprego, desempenhando um importante papel no combate à insegurança alimentar mundial”, comentou Julio Ramos.

Fonte: Assessoria Mapa
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Notícias

Poder de compra do avicultor cresce frente ao milho, mas cai em relação ao farelo

Os preços do cereal estão caindo com mais intensidade em relação ao frango vivo, comparando-se as médias da parcial de abril com as observadas em março.

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Foto: Guilherme Viana

O poder de compra de avicultores paulistas vem crescendo frente ao milho.

Isso porque, segundo pesquisas do Cepea, os preços do cereal estão caindo com mais intensidade em relação ao frango vivo, comparando-se as médias da parcial de abril com as observadas em março.

Já no caso do farelo de soja, outro importante insumo da alimentação do setor, o poder de compra de avicultores está menor – os valores do derivado registram pequena queda mensal.

Para o frango vivo, pesquisadores do Cepea indicam que a pressão sobre as cotações vem das fracas vendas internas da carne.

Muitos compradores estão um pouco mais afastados da aquisição de novos lotes de animais, evitando formar estoques elevados da proteína.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Notícias Rio Grande do Sul

Sindilat apoia decreto de proteção da cadeia láctea

O decreto do Governo do Estado limita a utilização de benefícios fiscais por empresas que adquirem leite em pó ou queijo importados

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Foto: O Presente Rural

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) apoia o decreto do Governo do Estado que limita a utilização de benefícios fiscais por empresas que adquirem leite em pó ou queijo importados. “Qualquer medida que valorize o produtor e o leite do produtor gaúcho é bem-vinda para as indústrias de laticínio do Rio Grande do Sul”, indica o presidente do Sindilat, Guilherme Portella. O decreto deve ser publicado nesta sexta-feira (19/04) no Diário Oficial do Estado e passa a vigorar a partir de 2025.

O presidente do Sindilat salienta que a medida não representa prejuízo para a indústria leiteira, uma vez que quase a totalidade do leite em pó e derivados lácteos que vêm do Uruguai e Argentina são adquiridos por indústrias transformadoras. “Mais de 80% do leite em pó e derivados lácteos que entram para reprocessamento no Brasil vêm via empresas que fazem produtos como chocolates, sorvetes e biscoitos, por exemplo. A indústria de laticínios não importa leite em pó de fora”, destaca.

 

 

Fonte: Assessoria
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