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Cooperativas realizam videoconferência com Ministra Tereza Cristina

As lideranças solicitaram o apoio da ministra no sentido de que medidas preventivas para esta possibilidade sejam tomadas, para que as atividades não parem

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Fotos: Assessoria

Por iniciativa do Sistema OCB, foi realizada nesta quarta-feira (18/03), uma videoconferência com a participação da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, do secretário da Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara, e do presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, e presidentes e lideranças das cooperativas paranaenses, Frimesa, Coopavel, Copagril, Coasul, Copacol, C.Vale, Castrolanda, Frísia, Lar, Cocari e Primato, e das cooperativas de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Aurora, Dália,Languirú e Santa Clara, do superintendente da Ocesc, Neivo Luiz Panho, além de um representante da Fecoagro.

Covid-19 – O tema principal dessa reunião virtual foi o compartilhamento de informações sobre os reflexos de medidas de prevenção do Covid-19, o novo coronavírus, no País, especialmente nas cooperativas que atuam nos setores de carnes (aves e suínos) e lácteos. As lideranças cooperativistas manifestaram preocupação com os impactos na possibilidade de encerramento das atividades nas plantas frigoríficas de abate. E, caso isso aconteça, os resultados serão extremamente danosos, não só economicamente mas socialmente. “Bem pior do que a greve dos caminhoneiros em 2018”, afirmou um dirigente cooperativista.

Medidas – As lideranças solicitaram o apoio da ministra no sentido de que medidas preventivas para esta possibilidade sejam tomadas, para que as atividades não parem totalmente caso o vírus se espalhe como em outros países. “As cooperativas paranaenses já se anteciparam e tomaram medidas no sentido de cumprir as determinações do Ministério da Saúde, em dispensar colaboradores em grupos de risco, além de redobrar a atenção sobre os demais. O momento é grave e temos que ter muita tranquilidade neste momento”, frisou Ricken.

Crédito – Durante a reunião também foi apresentada a proposta para criação de uma linha emergencial, com o objetivo de manter a liquidez financeira, fluxo comercial e de pagamentos dos cooperados, fornecedores e trabalhadores dos empreendimentos cooperativos, diante da possibilidade da interrupção do fluxo comercial e de embarques de mercadorias no mercado interno e externo.

Mapa – O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, sinalizou sobre a possibilidade de adequações no programa “Procap-Agro Giro”, do BNDES nos moldes adotados pós-crise de liquidez do mercado americano, conhecida como a “crise do subprime”, em 2008. A ministra Tereza Cristina disse que a equipe da Secretaria de Política Agrícola já está trabalhando em uma linha estruturada junto com o BNDES visando atender a essa necessidade.

Apoio do governo – Na avaliação do presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, a reunião virtual foi excelente, em especial com a presença da ministra. “Só o fato da ministra Tereza Cristina ter aceito o convite da OCB em participar da videoconferência, diante de todos os seus compromissos, é prova da sua consideração pelo sistema cooperativista e que está empenhada em dar uma solução a todos os pontos levantados”. O dirigente ainda afirmou que “precisamos de recursos equivalente a EGF – Empréstimos do Governo Federal para dar liquidez aos produtores no momento de fixação da safra. A safra de verão é excelente, uma das melhores dos últimos anos e o produtor precisa comercializar com toda tranquilidade o seu produto, que pode garantir os financiamentos necessários a comercialização. Portanto, o apoio do governo neste momento é fundamental”, destacou Ricken.

Matéria-prima– Outra preocupação manifestada pelas lideranças é com relação a possibilidade de escassez de ingredientes ativos para continuidade das atividades agroindustriais, como vitaminas, essenciais no processo de produção e processamento de produtos. Outro tema levantado na videoconferência foi a questão da oferta de milho, uma vez que os estoques e a disponibilidade desta commodity no mercado interno estão mais escassas. Situação que pode se agravar com a possibilidade de fechamento de fronteiras, os fluxos comerciais com os países vizinhos acirrariam ainda mais esta condição. Aguarda-se a correção de fluxos através da colheita de 2ª safra, em especial do Mato Grosso e Paraná. As lideranças apresentaram a proposta da possibilidade de “estoques reguladores” via Conab a fim de mitigar o impacto na escassez do produto no mercado.

Ajustes – Também foi mencionado a necessidade de ampliar o período de abate e processamento em uma ou duas horas, que seria possível por meio de ajustes nos normativos da Secretaria de Defesa Agropecuária e Secretaria de Defesa Agropecuária (DAS) do Mapa. Essa medida teria o efeito positivo por ampliar a eficiência operacional das plantas frigoríficas.

Posição – Diante de todas as manifestações das lideranças cooperativistas, ficou claro para a ministra, de que a atividade econômica, os compromissos firmados com o mercado comprador, tanto interno como externo, não poderão ser alvos de paralização sob pena de prejudicar todo o abastecimento da população e ocasionar uma crise sem precedentes para toda sociedade e para a cadeia agroindustrial.

Interlocução – O secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, José Guilherme Tollstadius Leal, que também participou da videoconferência ao lado da ministra, solicitou que o grupo indicasse uma pessoa para ser interlocutora para dar encaminhamento a todas essas demandas. Foi indicada a gerente da OCB, Tânia Zanella, que fará a interlocução entre as cooperativas e o Mapa. O presidente da OCB propôs também sobre a possibilidade da contratação de médicos infectologistas pela OCB com o objetivo de condicionar a adequada orientação, expondo medidas de controle e ambiência às cooperativas que possuem plantas de abates. Proposta que foi bem recebida pela ministra e todos os participantes.

Vida – A ministra agradeceu a participação de todos e disse que o momento exige essa abertura de diálogo para que os impactos sejam os menores possíveis tantos econômicos quanto sociais e que a vida, acima de tudo, seja preservada. “Fico feliz em poder falar com cada um nesta nova modalidade de reunião virtual, mas não tão importante como pessoalmente, mas o momento exige”. Por sugestão da própria ministra ficou acertada uma nova reunião na semana que vem, quarta-feira, dia 25/03, para falar sobre o andamento das propostas apresentadas e providências.

Fonte: OCEPAR

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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo

Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024

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Fotos: Shutterstock

No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.

Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.

“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.

Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.

“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.

Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.

Mudanças estabelecidas

Prazos

Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Fonte: Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado

Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.

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Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.

A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.

Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.

A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.

Ameaças sanitárias e os impactos para a economia

No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.

A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.

Fonte: Assessoria Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

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Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
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